Novidades de Outubro - Galera Record

22 de outubro de 2015

O Diário da Princesa - O Diário da Princesa #1 (Edição de luxo comemorativa de 15 anos) - Meg Cabot
Lançado originalmente em 2000, O diário da princesa transformou Meg Cabot na rainha da literatura teen e inspirou um bem-sucedido filme da Disney estrelado por Anne Hathaway.
Mia Thermopolis é uma típica adolescente americana que recebe uma notícia que vira sua vida de cabeça para baixo: seu pai é um príncipe e ela, consequentemente, uma princesa! Como única herdeira do trono da Genovia, sua vida muda completamente. Ela passa a ser abordada por paparazzi que invadem seu colégio e num passe de mágica se torna bastante popular. Porém, ainda longe de ser uma Cinderela, Mia logo se vê obrigada a deixar sua cidade e seu colégio para ter aulas de boas maneiras com sua avó, uma europeia tradicional. O que pode ser o sonho de muitas meninas está bem perto de se transformar em um verdadeiro pesadelo...

O Casamento da Princesa  - O Diário da Princesa #11 - Meg Cabot
A série mais amada pelas adolescentes dos anos 2000 está de volta em um romance para os jovens adultos. No novo volume de O diário da princesa, cinco anos se passaram desde que Mia se formou na faculdade - e sua vida anda bem agitada. Ela coordena um centro comunitário em Nova York, continua perdidamente apaixonada por Michael e está sempre cheia de compromissos reais na agenda. E por falar em compromisso... A imprensa não perde uma oportunidade de maldizer a vida do casal. Por que não se casaram até hoje? Existe outro pretendente? Como a família real permite que ela passe as noites fora de casa? Os paparazzi vivem atrás da princesa, mas ela tem outras prioridades. Até passar um fim de semana romântico com seu amor nas Bahamas. Será que chegou mesmo a hora do “felizes para sempre”?

A Luva de Cobre - Magisterium #2 - Cassandra Clare e Holly Black
Um universo repleto de intrigas, onde crianças aprimoram seus poderes em uma escola de magia chamada Magisterium, com Mestres que temem a volta do mago mais poderoso, e ambicioso, de todos os tempos, o Inimigo da Morte. Nesse volume, o aprendiz de mago Callum Hunt precisa encontrar uma antiga arma mágica roubada do Magisterium. A luva de cobre é capaz de arrancar a magia de uma pessoa e destruí-la completamente. Ao mesmo tempo, ele tem de decidir se conta aos amigos que, dentro dele, vive a alma do Inimigo da Morte, apenas à espera do momento perfeito para retomar sua escalada pelo poder.



De Volta ao Presente  - As leis de Allie Finkle para meninas #6 - Meg Cabot
Allie Finkle está muito animada para a excursão que fará com a escola a um museu vivo, mas ela é pega de surpresa quando a professora anuncia que a turma passará o dia todo com alunos de sua antiga escola, e adivinha quem está no mesmo grupo de Allie? Mary Key, sua ex-melhor amiga, que traiu sua confiança no ano anterior. Agora Allie terá que conviver com aquela chata o dia inteiro.
Com o passado pegando no seu pé, Allie terá que escrever mais algumas importantes regras em seu livro de leis.




Me Abrace Mais Forte - David Levithan
Uma novela musical do universo de Will & Will – um nome, um destino, escrito em parceria com John Green e o primeiro livro juvenil com protagonista gay a figurar na lista do New York Times. Em Me abrace mais forte, o personagem Tiny Cooper, um dos mais carismáticos da trama, disponibiliza o roteiro do musical que acompanha sua trajetória: do berçário até o ensino médio. Com participação especial do fantasma de Oscar Wilde, o roteiro revela os detalhes da vida amorosa de Tiny, seu relacionamento com seus vários ex-namorados, a amizade com a babá lésbica, a relação com os pais e o encontro com o amigo Will Grayson.


Um Dia Existimos - As Crônicas Híbridas #2 - Kat Zhang
Uma trama distópica, passada num futuro onde híbridos - pessoas com duas almas habitando o mesmo corpo - são uma possibilidade. Considerados instáveis e perigosos, os híbridos foram perseguidos e eliminados das Américas. As fugitivas irmãs Addie e Eva encontram abrigo com um grupo de híbridos que coordenam um movimento de resistência. Apesar dos conflitos envolvidos em dividir um corpo, ambas estão animadas para se juntar à revolução. Com o envolvimento, entretanto, surgem as dúvidas: até que ponto Addie e Eva estão dispostas a usar da violência em nome dessa causa?

Novidades de Outubro - Bertrand

Vida Após o Roubo - Aprilynne Pike
Kimberlee Schaffer talvez fosse linda de morrer... só que ela acabou morrendo mesmo, há mais de um ano. Agora, precisa da ajuda de Jeff para resolver alguns assuntos pendentes. E não vai aceitar um "não" como resposta.
Quando estava viva, Kimberlee não era apenas uma menina maldosa; era, também, cleptomaníaca. Portanto, se Jeff não quiser ser assombrado pelo fantasma dela até o dia de sua formatura, terá de ajudá-la a devolver tudo que roubou. Rapidamente, porém, ele descobre que é muito mais fácil roubar do que devolver.
Pagar pelos erros cometidos adquire um significado completamente novo nesta versão moderna e inteligente do clássico Pimpinela Escarlate, criada por Aprilynne Pike.


Baía da Esperança - Jojo Moyes
Quando Mike Dormer parte de Londres para uma cidadezinha litorânea da Austrália, a fim de empreender a construção de um resort de luxo, tudo o que ele tem em mente é mais um contrato milionário. Mas o destino lhe reserva algo diferente.
Baía da Esperança não é um lugar qualquer, e os habitantes do excêntrico, mas decadente, Hotel Silver Bay — a enigmática marinheira Liza McCullen, sua filha de dez anos e tia Kathleen, lendária caçadora de tubarões, além das tripulações de observação de baleias - logo perceberão o apetite predatório do forasteiro Mike.
Assim que os efeitos da megaconstrução começam a impactar a vida das baleias e golfinhos da região, os mundos de Liza e Mike entram em um conflito de dramáticos resultados. Perigos inesperados irão confrontar os habitantes locais, sejam criaturas marinhas ou seres humanos. E Mike será obrigado a responder à pergunta que paira sobre Baía da Esperança: até onde se pode chegar, antes de se acabar destruindo aquilo que se ama?

A Rainha da Neve - Michael Cunningham
Barrett Meeks, que acabou de perder mais um amor, está à deriva. Ao atravessar o Central Park, ele se vê repentinamente inspirado a erguer os olhos para o céu, onde uma luz pálida e translúcida parece encará-lo de uma forma nitidamente divina. Ao mesmo tempo, seu irmão mais velho Tyler, músico viciado em drogas, tenta em vão escrever uma canção de amor para sua noiva, Beth, que está gravemente doente.
Barrett, assombrado por aquela luz, inesperadamente recorre à religião. Tyler, por sua vez, se convence cada vez mais de que apenas as drogas serão capazes de dar vazão à sua verve criativa mais profunda. E enquanto Beth tenta encarar a morte com o máximo de coragem possível, sua amiga Liz, uma mulher mais velha - cínica, porém perversamente maternal -, lhe oferece ajuda.
Guiados pela narrativa sublime de Michael Cunnningham, acompanhamos Barrett, Tyler, Beth e Liz à medida que trilham caminhos definitivamente distintos em sua busca coletiva pela transcendência. Numa prosa sutil e lúcida, o autor demonstra uma profunda empatia por seus conflituosos personagens, além de uma compreensão singular daquilo que reside no âmago da alma humana.

O Amante Japonês - Isabel Allende
Em 1939, ano da ocupação da Polônia pelos nazistas, Alma Mendel, de oito anos, é enviada pelos pais para viver em segurança com os tios em São Francisco. Lá, ela conhece Ichimei Fukuda, filho do jardineiro japonês da família. Despercebido por todos ao redor, um caso de amor começa a florescer. Depois do ataque a Pearl Harbor, no entanto, os dois são cruelmente separados. Décadas depois, presentes e cartas misteriosos são descobertos trazendo à tona uma paixão secreta que perdurou por quase setenta anos. Varrendo através do tempo e abrangendo diferentes gerações e continentes, O amante japonês explora questões de identidade, abandono, redenção, e o impacto incognoscível do destino em nossas vidas.

Lobos de Loki - K.L. Armstrong e M.A. Marr

21 de outubro de 2015

Título: Lobos de Loki - Crônicas de Blackwell #1
Autoras: K.L. Armstrong e M.A. Marr
Ilustradora: Vivienne To
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: Fantasia/Aventura/Infanto Juvenil
Ano: 2015
Páginas: 320
Nota: ★★★☆☆
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Aos 13 anos, Matt Thorsen, não dava muita importância ao fato de ser um dos descendentes de Thor, o deus do Trovão. Até porque, na pequena Blackwell, a maior parte da população é descendente de deuses. Mas, quando as runas revelam que o Ragnarok – uma batalha capaz de provocar o fim do mundo – está próximo, Matt se vê obrigado a cumprir um destino pelo qual ele não esperava e embarca numa incrível aventura para salvar o mundo, com a ajuda dos primos Fen e Laurie, descendentes do deus Loki. Repleto de ação, fantasia e reviravoltas, Lobos de Loki é um início arrasador para uma saga única. 

Resenha: Lobos de Loki é o primeiro volume das Crônicas de Blackwell escrito pelas autoras K.L. Armstrong e M.A. Marr. O livro é uma publicação da Rocco Jovens Leitores no Brasil.

A história se passa na pequena cidade de Blackwell, Dakota do Sul. A maioria das pessoas são descendentes diretos de Thor e Loki, deuses nórdicos de Asgard. Matt Thorsen é um garoto de treze anos e, pra ele, família e tradição são as coisas mais importantes do mundo. Não é só questão de orgulho ser um descendente de Thor, mas uma questão de responsabilidade, afinal, é Thor quem deve liderar os deuses em sua batalha final quando o fim do mundo chegar. Mas, Thor está morto, assim como todos os outros deuses nórdicos. Então, quando há sinais de que o Ragnarök está chegando, as principais famílias de Blackwell se reúnem para encontrar os que vão substituir os deuses nessa batalha final.

Desta reunião, as Nornes - conhecedoras do futuro e do destino de deuses e humanos - jogaram as runas e fizeram uma grande revelação: O Ragnarök está próximo e Matt é o escolhido para representar Thor na batalha contra a Serpente de Midgard. Tal revelação surpreende a todos, incluindo Matt que fica totalmente desanimado com a nova tarefa de montar uma equipe de novos deuses, e sem ajuda de ninguém da família. Ele deve encontrar outros descendentes e sua ideia é começar pelos descendentes de Loki, mais especificamente Jen e Laurie. Ao começar a leitura já percebemos como o relacionamento dos dois é arisco. Os garotos não se batem, brigam feito loucos e parece que se odeiam, logo, Matt não sabe como fazer Fen lutar ao seu lado já que são "rivais" e as brigas fazem com que Laurie ainda se afaste de Matt por achá-lo um porre.
Mas querendo ou não, Laurie e Fen devem trabalhar juntos com Matt para encontrar as outras crianças que descendem dos outros deuses, além de encontrar artefatos mágicos que pertenceram a Thor para servir de auxílio na tentativa de livrar o mundo do seu iminente fim.

A narrativa se alterna entre Matt e os primos Fen e Laurie. Sendo em terceira pessoa, o leitor não fica limitado a pensamentos particulares de cada um e isso acaba dando um tom mais diversificado para a história, mostrando as coisas de uma forma geral e mais ampla.
Não nego que a premissa não seja boa e interessante, mas não é lá muito original: Um bando de garotos que vão combater um monstro terrível prestes a desencadear o fim do mundo enquanto eles são guiados por lendas antigas para tentarem mudar esse destino trágico. Pra quem leu a série Percy Jackson vai ver claramente que a comparação é inevitável.

Dentro do contexto eu gostei dos personagens. Matt é um garoto que vive frustrado por tentar sem sucesso agradar e família e ser exemplo de filho perfeito. Como é o irmão mais novo, ninguém acredita em seu potencial e os pais pensam que ele deveria ser como os irmãos. Como não é, ele se vê como uma grande decepção. Diferente da família que gosta de futebol, ele gosta de boxe, e talvez essa seja a maneira que ele encontrou para canalizar sua raiva, e consequentemente faz com que ele se revele um ótimo lutador e ainda um bom líder.
Confesso que gostei de ver o crescimento do garoto e a descoberta de seus dons especiais Ele inicialmente estava inseguro com sua tarefa mas ao final se superou ao se transformar em um líder que aprendeu e ensinou o trabalho em equipe.

Fen é aquele personagem antipático e que não conquista a simpatia do leitor logo de cara. Ele é problemático, atrevido e parece gostar se ser visto como alguém encrenqueiro. Mas a medida que a história se desenrola, vemos que ele tem uma ligação muito forte com Laurie e como ele é preocupado com a segurança dela. Ele faria qualquer coisa pra proteger a prima mas confesso ter achado um pouco estranho o fato de eles serem tão próximos assim. Como ele é descendente de Loki, ele consegue se transformar em lobo e tal poder tem tudo a ver com a história.
Eu gostei de Laurie pois ela serve como uma mediadora entre Matt e Fen quando os dois estão em conflito. Ela também é preocupada com o primo e parece ter uma enorme necessidade de cuidar dele.
Há outras crianças que se juntam ao grupo e têm importância na história, alguns guardam segredos, outros têm habilidades incríveis, mas todos colaboram para os acontecimentos.

Pelo fato de ser um livro infanto juvenil, acho até justo que os heróis estejam numa faixa etária que corresponda ao público para o qual o livro se destina: crianças e pré adolescentes. Não que o livro não possa ser aproveitado por leitores mais velhos, mas, para leitores mais exigentes, a falta de aprofundamento no desenvolvimento da história ou outros acontecimentos "inexplicáveis" podem incomodar. Acho muito legal quando autores inserem alguma mitologia conhecida num ambiente atual e que possa remeter ao dia-a-dia, desde que sejam críveis mas aqui não há uma explicação sobre o motivo dos descendentes dos deuses viverem reunidos em Blackwell e a questão do Ragnarök e as catástrofes que antecedem este evento não foram bem pensadas se levarmos em consideração o ambiente e a época em que a história se passa, pois se os desastres naturais são provocados por figuras mitológicas, no caso a Serpente de Midgard, o que a ciência fez pra explicar eventos desse tipo durante todo esse tempo para os meros cidadãos que não têm conhecimento sobre os deuses? E o Monte Rushmore que é composto por trolls que saem vagando por aí? Quando eles saem ninguém percebe que algo está faltando naquela montanha enorme que pode ser vista a quilômetros de distância?

Talvez eu não teria percebido essas "falhas" ou não faria esses questionamentos se fosse uma leitora mais jovem e poderia encarar como mera fantasia, então precisei relevar e tentar ler como se eu fosse uma, mas foi difícil me conectar à história, principalmente por achar a narrativa um pouco arrastada e pouco envolvente. Só senti um gás no final do livro e por isso bateu a curiosidade de continuar a série. Então, para um livro voltado ao público infanto juvenil, acredito que a trama e a construção dos personagens foi, de certa forma, satisfatória e o que foi desenvolvido, apesar do primeiro livro ser mais introdutório, é o bastante pra termos noção da personalidade de cada personagem e nos familiarizarmos com o universo criado pelas autoras.

Com relação desenvolvimento da história, posso dizer que as coisas tiveram uma evolução bem rápida e dinâmica mas o que resume tudo é o progresso da amizade entre dois garotos que não se davam bem quando precisam arriscar as próprias vidas ao lutarem lado a lado contra monstros.

O projeto gráfico do livro é super caprichado. A capa é bem chamativa e bonita e já dá uma boa ideia do tipo de aventura que as crianças enfrentam. A diagramação é perfeita. Cada início de capítulo tem o nome do personagem da vez seguido por um título e há várias ilustrações representando alguma cena de destaque da história. As páginas são amarelas e tamanho de fonte e das margem são ótimos.

Lobos de Loki é um livro que não é só feito de aventuras e mitologia. Ele fala de amizade verdadeira e laços familiares, mas também inseguranças, decepções e sobre encontrar um lugar onde você se encaixa e pertence.

Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor - Sarah Butler

20 de outubro de 2015

Título: Dez Coisas que Aprendi sobre o Amor
Autora: Sarah Butler
Editora: Novo Conceito
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 256
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Por quase 30 anos, quando a brisa de Londres torna-se mais quente, Daniel caminha pelas margens do Tâmisa e senta-se em um banco. Entre as mãos, tem uma folha de papel e um envelope em que escreve apenas um nome, sempre o mesmo. Ele lista também algumas coisas: os desejos e o que gostaria de falar para sua filha, que ele nunca conheceu. Alice tem 30 anos e sente-se mais feliz longe de casa, sob um céu estrelado, rodeada pela imensidão do horizonte, em vez de segura entre quatro paredes. Londres está cheia de memórias de sua mãe que se fora muito cedo, deixando-a com uma família que ela não parece fazer parte. Agora, Alice está de volta porque seu pai está morrendo. Ela só pode dar-lhe um último adeus. Alice e Daniel parecem não ter nada em comum, exceto o amor pelas estrelas, cores e mirtilos. Mas, acima de tudo, o hábito de fazer listas de dez coisas que os tornam tristes ou felizes. O amor está em todas as partes desta história. Suas consequências também. Sejam boas ou más. Até que ponto uma mentira pode ser melhor do que a verdade?

Resenha: Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor, escrito pela autora americana Sarah Butler e publicado no Brasil pela Novo Conceito traz a história de Daniel e Alice. Daniel vive nas ruas de Londres há décadas, vagando por aí e procurando no lixo o que pode ser aproveitado ou considerado arte. Ele ainda sonha em encontrar a filha que jamais conheceu, e por isso carrega uma enorme tristeza dentro de si. Apesar de sua condição, Daniel tem boas lembranças de sua vida de uma forma geral e tem um dom artístico maravilhoso.
Alice é a caçula de três filhas, perdeu a mãe muito cedo e está quase chegando aos trinta anos. Ela é rebelde e tem o espírito livre, a ovelha negra da família. Ela quer viajar pelo mundo e aproveitar a vida, talvez para fugir de ter que enfrentar seus problemas pessoais. Enquanto está na Mongólia, ela recebe a notícia que seu pai está doente e, de volta a Londres, sentindo que não pertence mais aquele lugar, ela descobre que ele está muito perto do fim. Inquieta, ela só quer fugir, mais uma vez...
Alice e Daniel parecem não ter nada em comum um com o outro, mas além de terem o mesmo hábito de criarem listas pra tudo, eles apreciam as mesmas coisas, coisas pequenas e simples, como observar estrelas no céu, que de alguma forma trazem um pouquinho de conforto e felicidade.

O livro é narrado em primeira pessoa e os capítulos se alternam entre Alice e Daniel. Cada capítulo se inicia com uma lista de dez coisas que eles gostam ou não, coisas que conhecem ou querem fazer, motivos que os levam ou não a fazer alguma coisa e afins, e podemos identificar o personagem pelo tipo de fonte utilizada na lista. Alice tem uma caligrafia mais delicada enquanto Daniel parece escrever à mão, mais rabiscado.
Os dois contam suas vidas de forma paralela e, inicialmente, é um pouco confuso para captar o que está acontecendo, mas ao se situar a leitura flui melhor.
As listas eram bem interessantes pois não deixavam de ser uma forma de conhecermos um pouco mais de cada personagem e até de fazer com que o leitor reflita, mas num determinado ponto se tornaram cansativas e achei que foram mais uma forma de resumir "fora da história" a personalidade de cada um. Ainda assim achei que os personagens foram bem construídos, cada um com pontos positivos ou negativos, mostrando que são humanos e passíveis de erros e acertos de acordo com a experiência de vida que tiveram.

Daniel é um homem sensível, que vê o mundo com os olhos de um artista, sob uma perspectiva diferente, ele enxerga cores em sua essência e não desiste nunca do sentimento pela filha que tanto quer encontrar.
Alice parece conseguir arruinar tudo o que toca, se sente sozinha, perdida e não se conforma muito bem por ter a vida amorosa despedaçada.
O drama familiar que a autora construiu remete a dramas comuns, de pessoas normais, e ainda que os personagens sejam opostos, possuem histórias que se completam e que, de alguma forma, servem como verdadeiras lições de vida e amor.
Eu demorei um pouco a me envolver com a história e achei um tanto arrastada até lá pela metade, não senti afinidade com Alice e só queria abraçar Daniel. A história transborda sentimentalismo e é possível se emocionar com as angústias e outros sentimentos dos personagens, principalmente aqueles ligados à esperança.
A escrita da autora é muito boa e ela soube explorar bem o tema que escolheu para sua história. Ela mostra a importância da comunicação, que, às vezes, é feita por forma de gestos e hábitos em vez de uma conversa propriamente dita. Acho que por ter esperado um final e ter me deparado com outro, não aproveitei tanto a leitura quanto gostaria embora ela traga vários ensinamentos relevantes...


A capa do livro é bem bonita e a diagramação é um capricho só. As páginas são amarelas e a fonte, tanto do texto quanto das listas, tem um tamanho agradável.
Não percebi erros na revisão e de forma geral o trabalho gráfico está muito bom.

Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor é um livro sobre amor e perda, sobre conexões com pessoas ou lugares que são perdidas ou deixadas pra trás, mas não são impossível de serem encontradas outra vez.

Adeus, por enquanto - Laurie Frankel

19 de outubro de 2015

Título: Adeus, por enquanto
Autora: Laurie Frankel
Editora: Paralela
Gênero: Romance/Drama
Ano: 2013
Páginas: 320
Nota: ★★★★☆
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: A talentosa autora de O Atlas do amor inova em seu segundo romance, no qual conta a história do jovem casal que estendeu seu amor para além dos limites da vida. Não é milagre e nem magia, é pura ciência da computação. Graças ao software que Sam Elling, um divertido programador do MIT, desenvolve, torna-se possível conversar com projeções perfeitas de pessoas queridas que morreram. Assim, ele ajuda sua namorada a superar a perda recente da avó, mas não esperava que um dia fosse precisar se tornar usuário de seu próprio programa...

Resenha: Adeus, por enquanto me ganhou com seu título, que sugere uma despedida, uma separação inaceitável. Em seu segundo romance, a autora de O Atlas do Amor aborda alguns temas que teoricamente seriam incapazes de coexistir: amor, morte e ciência da computação.
Mas esperem, antes de mais nada devo alertá-los para NÃO LER A SINOPSE!!! Ela tem um dos maiores spoilers que já li em minha vida, sim, ela conta um fato que ocorre somente no final do livro e nos tira, completamente o impacto que essa informação nos deva causar. É lamentável, mas remediável! Agora sim, vamos lá.

Sam Elling é um nerd que trabalha com programação e algoritmos em uma empresa criadora de um famoso site de relacionamentos. Desafiados a criar um algoritmo que melhore o desempenho da empresa, Sam cria o algoritmo perfeito que estuda os dados que os candidatos ocultam no preenchimento do perfil, baseando-se em seus hábitos, com informações obtidas através de compras em cartões de créditos, e-mails, etc...
Para testar Sam cadastra-se no site que indica que o seu par perfeito é Meredith, do departamento de Marketing de sua empresa. À primeira vista ela é, nada menos, que seu oposto, contudo, em pouco tempo o algoritmo mostra que funcionou melhor do que imaginavam, a ponto de causar um prejuízo financeiro à empresa à longo prazo, uma vez que a arrecadação com as matrículas aumentou exponencialmente, contudo, a taxa de permanência e assinatura mensal diminuiu, levando consigo "a esperança" dos usuários em encontrar sua alma gêmea.

"Acontece que arrumar namorado para as pessoas não é o que nos dá dinheiro. É não arrumar namorado, mas dar a elas esperança de conseguí-lo."
- Pág. 30

Criador de um sucesso, porém desempregado, Sam tenta agora se adaptar à vida a dois e a ajudar Merde a superar sua enorme perda, a da avó Livie. Sam não aguenta mais assistir a dor de Merde, que desencadeia sua dor pela ausência da mãe que morrera quando ele ainda tinha 18 meses e resolve criar um programa que responde e-mails com base nas palavras chaves e e-mails antigos trocados entre Livie e Meredith. Será que isso será capaz de consolar ou aumentará a ferida? Como lidar com a ânsia de ver novamente um ente querido que já morreu mas responde seus e-mails?
Será que a ciência da computação é capaz de lidar, responder e realizar essas e tantas outras perguntas e expectativas daqueles que ficam? Como você reagiria a isso? Leia Adeus, por enquanto e descubra, reflita e chore muito!

Laurie foi infinitamente feliz em escrever esse livro, contudo temos que entender que é um drama e não um romance romântico, ele vai falar de perda, de luto, de apoio, de superação e das maneiras que isso acontece. Cada um de nós reage de uma determinada maneira e tem x ou y coisas a dizer em seu Adeus e essa foi a grandiosidade da obra, mostrar que enquanto algumas pessoas deixam uma saudade incrívelmente dolorosa, outras deixam mágoas e coisas não ditas.

O programa de Sam, supera tudo isso e permite que todos possam resolver suas pendências com aqueles que já partiram. Quem não gostaria de falar mais uma vez, apenas mais uma vez com aquele ente querido? Confesso que eu pediria à minha avó o segredo de sua receita de charuto de folha de uva, além de dizer o demonstrado mas nunca dito "Eu te amo". Culpas, é disso que Adeus por enquanto vai falar também.
Mas nem tudo são rosas, aliviar um pouco essa dor, fingir que a partida é parcial, é iludir-se e quão amargo pode ser esse enfrentamento? a dor da segunda perda não seria ainda pior? Um paleativo funciona por quanto tempo, já que somos fadados a sempre desejar mais?
Um tema pesado tratado de uma forma respeitosamente leve, dinâmica, porém, inevitavelmente dramática. Eu acreditei na proposta do livro porque minhas expectativas foram atendidas. É claro que, me senti um tanto quanto incomodada com a ideia não crível que se desenrola quando Meredith já não se conforma apenas com a troca de e-mails (optei por não colocá-la aqui, já que faz parte de mais da metade do livro), mas quem pode prever que isso um dia não exista de verdade, não é mesmo?!

Outra reflexão interessante trazida para o livro e que analogicamente pode ser aplicada àqueles que ainda estão vivos, é o quanto o virtual nos afasta do real? Chegamos ao ponto de preferir conversar com alguém pela internet a fazê-lo pessoalmente, é ou não é verdade?

"Não sou só eu - todo mundo passa a maior parte do tempo com amigos virtuais hoje em dia. Todo mundo passa mais tempo no Facebook do que com pessoas, mais tempo clicando em perfis do que saindo, mais tempo jogando tênis no videogame do que tênis de verdade, e tocando guitarra no videogame do que guitarra de verdade. As redes sociais não são tão sociais assim. Na verdade, é isolamento. Na verdade, é ficar sozinho."
- Pág. 281

Eu simplesmente amo livros que me fazem pensar, refletir, suspirar, que mexem com meu mundo, que me desestabilizam, me incomodam, sim, muita coisa nesse livro me incomodou, mas de uma forma positiva, de uma forma a sair da minha zona de conforto e mudar, para não me arrepender, para não entristecer ao lembrar que ainda não poderemos trocar e-mail com aqueles que nos deixaram, ainda que de mentirinha.

A capa do livro está totalmente relacionada ao tema do livro, quando apresenta um casal de costas com seus computadores e entre eles uma árvore, que respresenta a vida. A Árvore e o rapaz possuem sombra, enquanto que a moça não a tem. Adoro capas interpretativas e desenhadas. A diagramação está excelente, não percebi erros de revisão, a fonte tem um tamanho médio e as páginas são amareladas, o que no conjunto propiciou uma leitura bastante agradável.

Leiam, leiam e leiam, é só o que me resta fazer agora, além de chorar.

Novidades de Outubro - Companhia das Letras

18 de outubro de 2015

A Resistência - Julián Fuks
“Meu irmão é adotado, mas não posso e não quero dizer que meu irmão é adotado”, anuncia, logo no início, o narrador deste romance. O leitor se descobre de partida imerso numa memória pessoal que se revela também social e política. Do drama de um país, a Argentina a partir do golpe de 1976, desenvolve-se a história de uma família, num retrato denso e emocionante.
Adotado por um casal de intelectuais que logo iriam buscar o exílio no Brasil, o menino cresce, ganha irmãos, e as relações familiares se tornam complexas. Cabe então ao irmão mais novo o exame desse passado e, mais importante, a reescritura do próprio enredo familiar.
Um livro em que emoção e inteligência andam de mãos dadas, tocando o coração e a cabeça dos leitores.

O Frango Ensopado da Minha Mãe - Nina Horta
Não é sopa, publicado pela Companhia das Letras em 1995, tornou-se em pouco tempo um clássico da literatura gastronômica brasileira. Além das generosas lições de sabedoria acumuladas à beira do fogão, o livro fascinava pela qualidade literária da autora, Nina Horta, que, até iniciar as colaborações semanais com a Folha de S.Paulo, em 1987, era reconhecida pela excelência de seu bufê, o Ginger.
O encantamento provocado nos leitores pela nova colunista não escapou ao olho perspicaz do poeta Décio Pignatari, que endereçou uma carta ao “Painel do Leitor” do matutino paulista saudando um dos textos de Nina como “uma das mais surpreendentes peças literárias destes
últimos tempos destes Brasis da prosa prosaica”.
Duas décadas depois, O frango ensopado da minha mãe faz uma nova reunião de textos inéditos em livro - também originalmente publicados na Folha de S.Paulo -, selecionados com a colaboração de Rita Lobo, discípula confessa de Nina Horta. Eles consolidam a presença da autora não apenas como referência na bibliografia gastronômica, o que já seria muito, mas também como lídima continuadora do melhor da tradição da crônica literária brasileira.
Os textos de Nina pretendem falar sobre comida, mas falam de vida. De uma vida simples, rica em experiências e repetições que levam à sabedoria - do jeito que ela prefere a culinária: sem esnobaria e afetação. Bolo de noiva, sardinhas, torresmo e coca-cola são motivos suficientes para evocar a lembrança da revista semanal ilustrada O Cruzeiro, do cheiro do tomate pisado, dos guardanapos de François Vatel, das “varandas mineiras de poucas palavras e muita tosse”.
Família, amigos, cozinheiros, livros, filmes, lugares, nomes de pratos, modismos gastronômicos, dietas e cuidados alimentares contemporâneos - tudo serve para mobilizar a escrita afetuosa em tom de troca de receitas, a glosa sagaz de quem conhece muita coisa e as escolhas de quem chegou à plena liberdade. Como essa, por exemplo: “Deixem em paz o porco, esse poema”.
Uma sábia, essa Nina Horta.

Angosta - A cidade do futuro - Héctor Abad
“A capital desse curioso lugar da Terra chama-se Angosta. Com exceção do clima, que é perfeito, tudo em Angosta é ruim. Poderia ser o paraíso, mas se transformou num inferno. Seus habitantes vivem num lugar único e privilegiado, porém não se dão conta disso nem cuidam dele.”
Assim começa o romance de Héctor Abad, que se passa em uma cidade da América Latina próxima à cordilheira dos Andes, onde uma grande muralha separa ricos e pobres. No setor da elite, a entrada de visitantes só é permitida depois de uma constrangedora passagem pela imigração, quando um funcionário desconfiado faz perguntas sobre terrorismo, tráfico, explosivos, aids e distúrbios mentais.
A trama gira em torno do Gran Hotel la Comedia, que nos tempos áureos era sinônimo de luxo e hoje, rebaixado a pensão, é o lar de pessoas à beira da pobreza. É nesse cenário que vivem Jacobo, um amante dos livros que antes de ganhar uma herança fora obrigado a transformar a biblioteca da família em sebo - alternando o seu tempo livre como jornalista, professor de inglês e cronista -, e Andrés, um jovem que escreve versos todos os dias e se julga poeta, ofício que em sua opinião nem de longe pode ser considerado uma profissão mas algo mais elevado, próprio dos espíritos luminosos.
O pano de fundo do romance é bem conhecido de nosso cotidiano. À medida que as desigualdades sociais se tornam mais evidentes, aumenta a tensão entre os que tentam sobreviver e um pequeno grupo de privilegiados que deseja manter tudo como está.
Ao flertar com a distopia e o hiper-realismo social, Héctor Abad cria uma fábula moderna como poucas vezes encontramos na literatura contemporânea. Não à toa, Angosta teve os direitos vendidos para o cinema - sua narrativa vertiginosa expõe de modo contundente um cotidiano perverso, desesperançoso, fruto do desequilíbrio social.

A Vida dos Elfos - Muriel Barbery
Maria e Clara são jovens órfãs unidas por dons secretos. A chegada de Maria a uma granja na Borgonha traz prosperidade à terra, o que leva todos a acreditarem que a menina conversa com a natureza. Enquanto isso, Clara cresce numa aldeia perdida nos Abruzos, no sul da Itália, aprende italiano “na velocidade do milagre” e, depois de se revelar um prodígio no piano, é enviada a Roma para desenvolver sua veia musical.
As duas garotas, cada uma à sua maneira, se comunicam co1m um mundo misterioso que garante à vida dos homens sua profundidade e beleza, mas ao mesmo tempo oferece uma ameaça grave contra nossa espécie. As sombras da guerra e do mal avançam, e só Maria e Clara poderão combatê-las, reinstaurando a paz. Mas elas ainda não compreendem os muitos enigmas que as envolvem. De onde vêm? O que as conecta?
Em O Livro do chá, de 1906, Kakuzo Okakura fala com nostalgia da China antiga, fonte de inspirações da arte japonesa, e lamenta que o mundo chinês tenha se tornado “moderno, isto é, velho e desencantado”. Em entrevista à Gallimard, editora de Muriel Barbery na França, a autora concorda com essa caracterização do mundo moderno, afastado de seus encantamentos, e por isso de suas ilusões poéticas. A vida dos elfos, que terá sequência num segundo volume, busca resgatar essa magia poética e natural das coisas.
“Outra inspiração para o texto foi uma conversa com um amigo”, segue Barbery. “Eu dizia a ele que os jardins japoneses são élficos, ao passo que a estética francesa da natureza é humana.” Numa linguagem arcaizante mas atemporal, que não permite ao leitor situar a época em que se passa a história, a autora de A elegância do ouriço tece um romance original de atmosfera inesquecível, um passeio fabular por jardins encantados e palavras de sonoridade mágica. Ao se aventurar pela fantasia, Barbery faz um elogio à arte e à natureza, as órfãs da contemporaneidade.

Doutor Fausto - A vida do compositor alemão Adrian Leverkühn narrada por um amigo - Thomas Mann
Último grande romance de Thomas Mann, Doutor Fausto foi publicado em 1947. O escritor fez uma releitura moderna da lenda de Fausto, na qual a Alemanha trava um pacto com o demônio - uma brilhante alegoria à ascensão do Terceiro Reich e à renúncia do país a sua própria humanidade. O protagonista é o compositor Adrian Leverkühn, um gênio isolado da cultura alemã, que cria uma música radicalmente nova e balança as estruturas da cena artística da época. Em troca de 24 anos de verve musical sem paralelo, ele entrega sua alma e a capacidade de amar as pessoas. Mann faz uma meditação profunda sobre a identidade alemã e as terríveis responsabilidades de um artista verdadeiro.

A Morte em Veneza & Tonio Kröger - Thomas Mann
A morte em Veneza (1912), aqui na tradução de Herbert Caro, é uma das novelas exemplares da moderna literatura ocidental. A história do escritor Gustav von Aschenbach, que viaja a Veneza para descansar e lá se vê hipnotizado pela beleza do jovem polonês Tadzio, mais tarde daria origem ao notável filme homônimo do diretor italiano Luchino Visconti, de 1971.
O volume traz ainda Tonio Kröger, narrativa de 1903 que Thomas Mann declarava ser uma de suas favoritas. A novela tem diversos traços autobiográficos e está centrada na relação entre artista e sociedade, um tema muito caro à obra de ficção do escritor, sobretudo nos primeiros trabalhos. A nova tradução é de Mario Luiz Frungillo.

Um Crime da Holanda - Georges Simenon
Quando um professor francês em visita a um pacato vilarejo da Holanda se vê acusado de assassinato, o comissário Maigret é enviado para investigar o caso.
A comunidade parece satisfeita em acusar um estrangeiro desconhecido, mas há pessoas do lugarejo que sabem muito mais do que aparentam: Beetje, a filha insatisfeita de um fazendeiro da região, Any van Elst, cunhada do falecido, e um notório vigarista local.
Nesta sétima jornada de Maigret - Simenon escreveu 75 livros com o personagem -, o carismático investigador francês aprende a duvidar de suas certezas.



Benjamin Franklin - Uma vida americana - Walter Isaacson
Um dos chamados Pais Fundadores dos Estados Unidos, Benjamin Franklin está entre as figuras mais influentes de sua época, cujas descobertas científicas e ideias filosóficas e de negócios reverberam mundo afora. É também um homem de carne e osso que foi fundamental no desenvolvimento do que é hoje a nação mais poderosa do mundo.
Nessas páginas, Walter Isaacson - autor do best-seller Steve Jobs: A biografia - narra a tumultuada trajetória desse escritor, cientista, inventor, diplomata e jornalista. Isaacson mostra como essa vida inacreditável ultrapassa o seu próprio tempo, e como a colaboração de Franklin em documentos como a Declaração de Independência Americana ajudou a moldar o mundo moderno.

A Realidade Devia ser Proibida - Maria Clara Drummond
Os dilemas e as pressões sociais de Eva podem se parecer com os de qualquer garota da elite. Para quem vê de fora, sua vida se dá entre o restaurante chique e a festa com DJ francês regada a MDMA.
No entanto, tudo que é óbvio sobre Eva será desconstruído pela autora Maria Clara Drummond. Como o ator consciente da farsa encenada, a jovem colocará em evidência cada parte dessas engrenagens sociais.
Um olhar menos compassivo poderia encontrar apenas superficialidade, mas o que se tem é um retrato sincero de uma geração. Narrado em ritmo cinematográfico e com referências a séries como Girls, de Lena Dunham, A realidade devia ser proibida guarda um vislumbre de uma época tão difícil de definir.

Galveias - José Luís Peixoto
Pequena aldeia no Alentejo, interior de Portugal, Galveias é onde nasceu José Luís Peixoto. A partir de suas memórias de infância, o autor constrói neste romance o universo de um lugarejo quase parado no tempo, que subitamente se vê diante de um imenso mistério. Com grandes histórias e um elenco de personagens admiráveis, ele traça um retrato da vida rural portuguesa no início dos anos 1980, que vivia então um embate entre a tradição e a inevitável chegada da modernidade, em um momento economicamente difícil para o país. Um livro essencial para compreender a identidade lusitana no mundo contemporâneo.


O Finado Sr. Gallet - Georges Simenon
Todas as circunstâncias da morte do sr. Gallet parecem falsas: o nome que usava durante sua última viagem, sua presumida profissão, abandonada em segredo há dezoito anos, e, sobretudo, a dor de sua família.
O desdém dos familiares revela sentimentos ambíguos sobre o desafortunado. E a investigação transforma em principal suspeito ninguém menos que seu filho, Henry Gallet.
Nessa história assombrosa, diversas vezes adaptada para o cinema e a televisão, Maigret descobre a verdade desconcertante e o crime oculto sob um manto de mentiras.



Comando e Controle - Armas nucleares, o acidente de Damasco e a ilusão de segurança - Eric Schlosser
Comando e controle explora um dilema existente desde as origens da era nuclear: como desenvolver armas de destruição em massa sem ser destruído por elas?
Escrita com a agilidade de um thriller, esta reportagem de fôlego traz os detalhes sobre o acidente com um míssil nuclear ocorrido nos Estados Unidos em 1980, abarcando uma perspectiva histórica de mais de cinquenta anos.
O livro acompanha a trajetória de pessoas comuns. Pilotos de bombardeiros, engenheiros, tripulações e funcionários do governo que arriscaram a vida para evitar um holocausto nuclear.
Audacioso, sedutor e inesquecível, Comando e controle é um marco do jornalismo investigativo e um alerta para os perigos da era nuclear.

Poesia Antipoesia Antropofagia & Cia - Augusto de Campos
Guimarães Rosa, Mario Faustino, João Cabral, Ferreira Gullar, Wlademir Dias-Pino, Gregorio de Matos e Oswald de Andrade. A primeira edição de Poesia, antipoesia e antropofagia, de 1978, reunia as “incursões errático-críticas” de Augusto de Campos sobre poetas que, como ele, revolucionaram a poesia brasileira vigente.
Passados mais de 35 anos, esta edição revista e ampliada pelo autor volta às livrarias, com a seção & cia., incluindo textos publicados desde então. Os objetos de análise são Ernani Rosas, Oswald de Andrade (novos textos), Sousândrade, Décio Pignatari, Cyro Pimentel, Erthos Albino de Souza e Waldemar Cordeiro, além de reflexões sobre as perspectivas oferecidas à poesia concreta pelas novas tecnologias.



Companhia das Letrinhas
Turma da Mônica em: Os Azuis - Mauricio de Sousa
A Mônica não está entendendo nada: de uma hora para outra, todo mundo ficou azul no bairro do Limoeiro. E o pior: seus vizinhos e amigos - inclusive a Magali - resolveram fugir da dentuça e tratá-la mal só porque ela é a única “alaranjada”. A coitada não sabe o que fazer! Se for mais uma armação do Cebolinha ele vai ver só... Mas... e se não for? Será que foi ela que pirou de vez? Ou está no meio de um pesadelo que não quer acabar?
Desta vez, quem ilustra o clássico de Mauricio de Sousa é Elisabeth Teixeira, um grande nome da literatura infantil brasileira. Aqui, além de descobrir a resposta para esse mistério, o leitor ainda vai conhecer curiosidades sobre a história e seus personagens, em uma seção imperdível de extras!