Os pais de Marguerite Caine são físicos conhecidos por suas conquistas científicas radicais. A invenção mais surpreendente deles é o Firebird, que permite que seus usuários pulem para universos paralelos, alguns completamente diferentes do nosso. Mas quando o pai de Marguerite é assassinado, o assassino, – Paul, o enigmático e belo assistente – escapa para outra dimensão antes que possa ser julgado.
Marguerite não pode deixar que o homem que destruiu sua família fica livre, então ela corre atrás de Paul através de diferentes universos, nos quais suas vidas se entrelaçam de formas familiares. A cada encontro ela começa a questionar a culpa de Paul – e seu próprio coração. Logo ela irá descobrir que a verdade sobre a morte de seu pai é mais sinistra do que ela pode imaginar.
"Mil pedaços de você" explora uma realidade onde testemunhamos as incontáveis outras vidas que podemos levar em um universo incrivelmente intrincado e nos perguntar se no meio de infinitas possibilidades o amor pode durar.
Novidade de Novembro - Agir Now
3 de novembro de 2015
Mil Pedaços de Você - Firebird #1 - Claudia Gray
Quando Saturno Voltar - Laura Conrado
2 de novembro de 2015
Título: Quando Saturno Voltar
Autora: Laura Conrado
Editora: Globo Livros
Gênero: Chick lit/Romance/Nacional
Ano: 2015
Páginas: 248
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Resenha: Quando Saturno Voltar é um chick lit escrito pela autora nacional Laura Conrado.
Explicando o título para nos situarmos, o que acontece é que Saturno demora pouco mais de 29 anos para completar sua translação (o movimento em torno do sol) e os astrólogos apontam que quando o planeta retorna para o mesmo ponto do nascimento de uma pessoa, ocorrem mudanças. O que a astrologia chama de "retorno de Saturno", o resto dos mortais chama de "crise dos 30".
E levando isso em consideração, somos apresentados a Déborah Zolini, uma mulher beirando os trinta que leva uma vida bem rotineira. Ela trabalha como assessora de imprensa de um time de futebol de segunda divisão de Minas Gerais, o Tricolor Associação Esportiva (ou Taes) e está num relacionamento confortável, mas bem desgastado, há quatro anos com Sérgio, um médico residente que vive para estudar. Até que um dia Déborah vai para o Chile a trabalho e se depara com Saphyra, uma cigana que lhe faz um alerta de que Saturno estaria voltando e isso traria mudanças bem significativas para ela.
Déborah não acreditou na cigana mas acabou se surpreendendo quando conheceu Henrique, um cara gato e com aquela pegada. Seria a primeira mudança? A aproximação faz com que eles descubram ter várias coisas em comum e Déborah começa a repensar sua vida que sempre foi totalmente estagnada com um namoro sem graça e falido, e um emprego cheio de cobranças onde ela nunca é reconhecida. Ela sempre optou pela segurança de sua vida, ainda que seja monótona e não lhe traga muita felicidade, por ter medo de mudanças, sem confiar que as coisas podem dar certo se ela arriscar, e por sempre considerar o lado negativo do "e se", ela se recusava a sair de sua zona de conforto. Mas até quando?
A narrativa é feita em primeira pessoa e é super leve, flúida e com várias frases de impacto que dizem muito em poucas palavras.
Déborah faz com que várias pessoas se identifiquem com ela. Dona de uma personalidade e um temperamento ótimos, ela é desbocada e tem percepções super inteligentes. Por mais que ela tenha planos e sonhos, Déborah é acomodada, insegura e tem medo de dar um passo que vá mudar o que não está "estragado". Mas por tudo o que a protagonista passa, é possível acompanhar seu amadurecimento, as mudanças de sua concepção sobre determinados assuntos, seus questionamentos sobre seu emprego e refletir que o que aconteceu na vida dela é algo que todas nós estamos sujeitas, e que pra mudar basta um impulso. Esses pontos tornam a protagonista alguém muito real e humana.
No caso de Déborah, seu impulso foi Henrique, ou melhor, o que ele despertou nela. Através disso, ela percebe que precisa mudar e aos poucos vai adquirindo confiança em si mesma, tomando as rédeas de sua vida e dando um novo rumo a ela, além de entender que o caminho mais curto nem sempre é o que trará os louros que ela tanto deseja. Se desejamos e sonhamos com alguma coisa, temos que gostar de nós mesmos e correr atrás do que queremos, sem medo.
Apesar de não gostar de futebol e não achar a menor graça nesse esporte, não achei de todo ruim que a autora tivesse aproveitado desse tema para construir a história porque foge um pouco da ambientação padrão. Déborah é jornalista, o que não é nenhuma novidade já que quase todas as personagens de chick lit são, mas ao trabalhar com um time de futebol e ser torcedora fanática, a história sai um pouco daquele ambiente de escritório num empresa multimilionária. Mas, a impressão que tive foi que pela autora gostar e entender de futebol, quis mostrar um pouco disso alí (talvez um pouco dela mesma?), e pra mim foi bem boring saber de alguns detalhes desse universo já que não é algo relevante pra mim.
Eu gostei muito das descrições dos cenários, do Chile e principalmente pela história ter um pé aqui em Belo Horizonte. Pra mim, quando outras cidades assim servem de cenário na literatura é um meio de fazer com que tenham destaque e mostre que o Brasil não é feito só de Rio e São Paulo.
A capa é uma graça e com detalhes em verniz que a deixam bem enfeitada. É simples mas ilustra bem a ideia de Saturno. A diagramação é simples, cada início de capítulo traz um trecho de Ode a uma Estrela, do poeta chinelo Pablo Neruda (de quem Déborah é fã). Os capítulos são bem compridos mas o livro é tão bem escrito e a leitura flui tão bem que foi algo que não me incomodou.
Quando Saturno Voltar é um livro que expõe as pessoas como elas são, em conflitos e situações cotidianas, mostrando hábitos e costumes rotineiros, mas acima de tudo, que deixa a reflexão de que mudanças, ainda que inesperadas, muitas vezes são inevitáveis, mas independente de qualquer coisa, o que importa é seguir em busca da felicidade.
Autora: Laura Conrado
Editora: Globo Livros
Gênero: Chick lit/Romance/Nacional
Ano: 2015
Páginas: 248
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Em seu novo romance, Laura Conrado conta a história de Déborah Zolini, uma jornalista sonhadora e fã de Pablo Neruda que trabalha como assessora de imprensa de um clube de futebol da segunda divisão e namora o médico Sérgio há quatro anos. Ela faz planos de construir uma vida a dois, arrumar um emprego melhor e correr atrás de desejos que ainda não realizou. Só que a vida, ou as estrelas, guardam surpresas para Déborah. Em uma viagem ao Chile, ela encontra uma mulher misteriosa que lhe fala sobre o retorno de Saturno. O planeta, que leva, em média, 29 anos para dar uma volta no sistema solar, voltará à posição em que se encontrava quando a jornalista nasceu. Para quem acredita em astrologia, esse é momento em que as pessoas passam por várias mudanças, que vão prepará-las para encarar o resto de sua vida. Déborah não leva a moça muito a sério, mas pede às estrelas que a ajudem a realizar seus desejos. No entanto, no voo de volta ao Brasil, um encontro inesperado começa a abalar a vida aparentemente certinha da protagonista. Aos poucos, Déborah começa a notar que seu namoro anda meio morno, a falta de reconhecimento no trabalho a incomoda. Ela começa a admitir que não está gostando do rumo que as coisas estão tomando. Será a hora de partir para novos desafios? Trocar aquele relacionamento confortável pelo frio na barriga? Sair de vez da zona de conforto e ver o que acontece?
Resenha: Quando Saturno Voltar é um chick lit escrito pela autora nacional Laura Conrado.
Explicando o título para nos situarmos, o que acontece é que Saturno demora pouco mais de 29 anos para completar sua translação (o movimento em torno do sol) e os astrólogos apontam que quando o planeta retorna para o mesmo ponto do nascimento de uma pessoa, ocorrem mudanças. O que a astrologia chama de "retorno de Saturno", o resto dos mortais chama de "crise dos 30".
E levando isso em consideração, somos apresentados a Déborah Zolini, uma mulher beirando os trinta que leva uma vida bem rotineira. Ela trabalha como assessora de imprensa de um time de futebol de segunda divisão de Minas Gerais, o Tricolor Associação Esportiva (ou Taes) e está num relacionamento confortável, mas bem desgastado, há quatro anos com Sérgio, um médico residente que vive para estudar. Até que um dia Déborah vai para o Chile a trabalho e se depara com Saphyra, uma cigana que lhe faz um alerta de que Saturno estaria voltando e isso traria mudanças bem significativas para ela.
Déborah não acreditou na cigana mas acabou se surpreendendo quando conheceu Henrique, um cara gato e com aquela pegada. Seria a primeira mudança? A aproximação faz com que eles descubram ter várias coisas em comum e Déborah começa a repensar sua vida que sempre foi totalmente estagnada com um namoro sem graça e falido, e um emprego cheio de cobranças onde ela nunca é reconhecida. Ela sempre optou pela segurança de sua vida, ainda que seja monótona e não lhe traga muita felicidade, por ter medo de mudanças, sem confiar que as coisas podem dar certo se ela arriscar, e por sempre considerar o lado negativo do "e se", ela se recusava a sair de sua zona de conforto. Mas até quando?
A narrativa é feita em primeira pessoa e é super leve, flúida e com várias frases de impacto que dizem muito em poucas palavras.
Déborah faz com que várias pessoas se identifiquem com ela. Dona de uma personalidade e um temperamento ótimos, ela é desbocada e tem percepções super inteligentes. Por mais que ela tenha planos e sonhos, Déborah é acomodada, insegura e tem medo de dar um passo que vá mudar o que não está "estragado". Mas por tudo o que a protagonista passa, é possível acompanhar seu amadurecimento, as mudanças de sua concepção sobre determinados assuntos, seus questionamentos sobre seu emprego e refletir que o que aconteceu na vida dela é algo que todas nós estamos sujeitas, e que pra mudar basta um impulso. Esses pontos tornam a protagonista alguém muito real e humana.
No caso de Déborah, seu impulso foi Henrique, ou melhor, o que ele despertou nela. Através disso, ela percebe que precisa mudar e aos poucos vai adquirindo confiança em si mesma, tomando as rédeas de sua vida e dando um novo rumo a ela, além de entender que o caminho mais curto nem sempre é o que trará os louros que ela tanto deseja. Se desejamos e sonhamos com alguma coisa, temos que gostar de nós mesmos e correr atrás do que queremos, sem medo.
Apesar de não gostar de futebol e não achar a menor graça nesse esporte, não achei de todo ruim que a autora tivesse aproveitado desse tema para construir a história porque foge um pouco da ambientação padrão. Déborah é jornalista, o que não é nenhuma novidade já que quase todas as personagens de chick lit são, mas ao trabalhar com um time de futebol e ser torcedora fanática, a história sai um pouco daquele ambiente de escritório num empresa multimilionária. Mas, a impressão que tive foi que pela autora gostar e entender de futebol, quis mostrar um pouco disso alí (talvez um pouco dela mesma?), e pra mim foi bem boring saber de alguns detalhes desse universo já que não é algo relevante pra mim.
Eu gostei muito das descrições dos cenários, do Chile e principalmente pela história ter um pé aqui em Belo Horizonte. Pra mim, quando outras cidades assim servem de cenário na literatura é um meio de fazer com que tenham destaque e mostre que o Brasil não é feito só de Rio e São Paulo.
A capa é uma graça e com detalhes em verniz que a deixam bem enfeitada. É simples mas ilustra bem a ideia de Saturno. A diagramação é simples, cada início de capítulo traz um trecho de Ode a uma Estrela, do poeta chinelo Pablo Neruda (de quem Déborah é fã). Os capítulos são bem compridos mas o livro é tão bem escrito e a leitura flui tão bem que foi algo que não me incomodou.
Quando Saturno Voltar é um livro que expõe as pessoas como elas são, em conflitos e situações cotidianas, mostrando hábitos e costumes rotineiros, mas acima de tudo, que deixa a reflexão de que mudanças, ainda que inesperadas, muitas vezes são inevitáveis, mas independente de qualquer coisa, o que importa é seguir em busca da felicidade.
Resumo do mês - Outubro
1 de novembro de 2015
Mês das crianças, Outubro Rosa, Dia das Bruxas... Outubro tem bastante coisa pra se comemorar, né?
Como sempre, o mês foi tão corrido quanto os outros, mas bora conferir um resumo do que rolou no blog:
♥ Resenhas
- Sonho de Prata - Neil Gaiman, Michael Reeves e Mallory Reaves
- O Vilarejo - Raphael Montes
- Na Pele de uma Jihadista - Anna Erelle
- O Mundo de Anne Frank - Janny van der Molen
- Muito mais que 5inco Minutos - Kéfera Buchmann
- Escola de Vilões - Jen Calonita
- Zac & Mia - A.J. Betts
- Uma Luz Súbita - Garth Stein
- Descendente - Lesley Livingston
- Adeus, por enquanto - Laurie Frankel
- Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor - Sarah Butler
- Lobos de Loki - K.L. Armstrong e M.A. Marr
- O Mundo das Vozes Silenciadas - Carolina Munhóz e Sophia Abrahão
- Prometo Falhar - Pedro Chagas
- Os Príncipes Encantados Também Viram Sapos - Megan Maxwell
- 13 Incidentes Suspeitos - Lemony Snicket
♥ Tag: Outubro Rosa
♥ Caixa de Correio de Outubro
♥ Promoção - Uma Pitada de Amor (até 08/11)
Como sempre, o mês foi tão corrido quanto os outros, mas bora conferir um resumo do que rolou no blog:
♥ Resenhas
- Sonho de Prata - Neil Gaiman, Michael Reeves e Mallory Reaves
- O Vilarejo - Raphael Montes
- Na Pele de uma Jihadista - Anna Erelle
- O Mundo de Anne Frank - Janny van der Molen
- Muito mais que 5inco Minutos - Kéfera Buchmann
- Escola de Vilões - Jen Calonita
- Zac & Mia - A.J. Betts
- Uma Luz Súbita - Garth Stein
- Descendente - Lesley Livingston
- Adeus, por enquanto - Laurie Frankel
- Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor - Sarah Butler
- Lobos de Loki - K.L. Armstrong e M.A. Marr
- O Mundo das Vozes Silenciadas - Carolina Munhóz e Sophia Abrahão
- Prometo Falhar - Pedro Chagas
- Os Príncipes Encantados Também Viram Sapos - Megan Maxwell
- 13 Incidentes Suspeitos - Lemony Snicket
♥ Tag: Outubro Rosa
♥ Caixa de Correio de Outubro
♥ Promoção - Uma Pitada de Amor (até 08/11)
Caixa de Correio #44 - Outubro
31 de outubro de 2015
Ei, pipous!
Apesar da correria de sempre, esse mês até que foi produtivo.
Surtando até agora com Cress, e a edição de luxo de O Diário da Princesa (que tá autografado ainda, socorr). Sem muito falatório, bora espiar o que recebi em Outubro?
Apesar da correria de sempre, esse mês até que foi produtivo.
Surtando até agora com Cress, e a edição de luxo de O Diário da Princesa (que tá autografado ainda, socorr). Sem muito falatório, bora espiar o que recebi em Outubro?
13 Incidentes Suspeitos - Lemony Snicket
30 de outubro de 2015
Título: 13 Incidentes Suspeitos - Só Perguntas Erradas #2,5 (livro extra)
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Gênero: Infanto Juvenil/Aventura/Mistério
Ano: 2014
Páginas: 248
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Resenha: 13 incidentes Suspeitos é um livro extra e independente da série Só Perguntas Erradas escrita pelo autor (e também personagem da história) Lemony Snicket.
Até agora foram três volumes (de quatro) publicados pela Seguinte no Brasil, Quem Poderia Ser a Uma Hora Dessas?, Quando Você a Viu Pela Última Vez? e Você Não Deveria Estar na Escola?.
O livro foi lançado depois do segundo volume e os casos se passam durante e pouco depois do que ocorre em Quando Você a Viu Pela Última Vez, mas não há ligações entre as histórias.
Não é necessário ler nenhum dos livros da série para entender este visto que os personagens são devidamente (e novamente) apresentados e os mistérios são isolados e fechados por "casos".
É um livro curto e bem divertido com situações misteriosas que convidam o leitor a investigar com Lemony e tirar as próprias conclusões de acordo com as informações obtidas. Ao final de cada caso há a indicação da página com o mistério solucionado.
O cenário é a pequena cidade de Manchado-pelo-Mar, e ela continua sendo pano de fundo de eventos sinistros que Lemony insiste em investigar para solucionar o mistério da vez. Em 13 Incidentes Suspeitos, Lemony fez um arquivo para registrar e organizar pequenos casos a serem solucionados e de antemão alerta o leitor de que as informações são secretas e destinadas apenas aos membros de sua organização, e que nada é da nossa conta.
Lemony Snicket é membro de uma organização secreta com talentos para a investigação. Ele então, investiga ocorrências misteriosas como quadros que caem sozinhos das paredes, sabotagens aparentemente inexplicáveis, pequenos furtos ou o reconhecimento de alguma figura misteriosa que faz de tudo para não se revelar, e ainda tem que aturar sua tutora de cabeleira indomável, S. Theodora Markson (e continue sem querer saber o que o S significa).
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Lemony, vamos acompanhando os mistérios que ele tenta desvendar enquanto se mete em enrascadas e aventuras bizarras enquanto é cercado de outros personagens caricatos e muito engraçados que estão alí quase sempre para atrapalhar o andamento de suas investigações.
A escrita do autor é sua marca registrada, com metáforas, sempre cheia de sarcasmo e mostrando pré adolescentes inteligentes e irônicos contra adultos idiotas e incompetentes que ainda se acham donos da razão mas nunca dão uma dentro.
Os mistérios são divertidos e alguns deles são bastante óbvios, afinal, os livros são infanto juvenis, mas no geral são muito bem desenvolvidos e inteligentes, mas acho que o ponto forte são os personagens peculiares e engraçados em conjunto com a narrativa cômica do autor.
Um ponto bem relevante sobre a escrita é que o autor costuma usar palavras difíceis em diálogos ou descrições para em seguida explicar o que ela significa, então ele consegue fazer com que qualquer um, independente da idade, entenda o que ele quer dizer sem deixar de lado sua essência e o vocabulário "rico".
A capa do livro segue o padrão de ilustrações dos demais, com silhuetas misteriosas e expressivas. As páginas são amarelas e de uma gramatura maior, então as páginas são mais grossas do que o normal, a fonte é grande e bem espaçada e a diagramação em geral é muito bem feita, com várias ilustrações. Como de costume, Lemony sempre aparece com o rosto oculto pela sombra de seu chapéu.
O autor pode até fazer um apanhado com as histórias para que elas se entrelacem com as outras da série, com alguns personagens já conhecidos por seus infortúnios e desventuras...
Resumindo, pra quem já é fã da série é leitura obrigatória pois o livro relembra personagens e traz à tona um pouco mais da cidade arruinada e de seus moradores falidos, e pra quem não conhece e quer uma amostra do que irá encontrar, 13 Incidentes Suspeitos é uma ótima pedida pra poder se familiarizar com o estilo de escrita do autor e com os personagens, tendo uma provinha do que esperar. Pra quem gosta de livros bem humorados, rápidos de serem lidos e que coloca o leitor no papel de detetive junto com o protagonista, é leitura mais que recomendada.
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Gênero: Infanto Juvenil/Aventura/Mistério
Ano: 2014
Páginas: 248
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Livro extra e independente da série Só Perguntas Erradas, com 13 contos que estimulam o leitor a desvendar os mistérios antes de ler as soluções no final.
A peculiar cidade de Manchado-pelo-Mar é palco de muitos eventos estranhos e é lá que o jovem Lemony Snicket - famoso solucionador de mistérios - tenta resolver seu primeiro grande caso, relatado em detalhes na série Só Perguntas Erradas.
Mas os mistérios se sucedem, e o detetive mirim agora terá de descobrir por que quadros caem sozinhos das paredes, quem roubaria um tritão amarantino, como é possível que um fantasma passeie pelo cais à meia-noite e quem faz parte da famigerada Gangue do Tijolão, entre vários outros enigmas. Lemony Snicket precisará juntar pistas e interrogar testemunhas para desvendar cada caso.
Os leitores se tornam membros da organização secreta de Snicket e também participam da investigação: o desafio será resolver os casos antes de ler as soluções, reveladas no final do livro.
Resenha: 13 incidentes Suspeitos é um livro extra e independente da série Só Perguntas Erradas escrita pelo autor (e também personagem da história) Lemony Snicket.
Até agora foram três volumes (de quatro) publicados pela Seguinte no Brasil, Quem Poderia Ser a Uma Hora Dessas?, Quando Você a Viu Pela Última Vez? e Você Não Deveria Estar na Escola?.
O livro foi lançado depois do segundo volume e os casos se passam durante e pouco depois do que ocorre em Quando Você a Viu Pela Última Vez, mas não há ligações entre as histórias.
Não é necessário ler nenhum dos livros da série para entender este visto que os personagens são devidamente (e novamente) apresentados e os mistérios são isolados e fechados por "casos".
É um livro curto e bem divertido com situações misteriosas que convidam o leitor a investigar com Lemony e tirar as próprias conclusões de acordo com as informações obtidas. Ao final de cada caso há a indicação da página com o mistério solucionado.
O cenário é a pequena cidade de Manchado-pelo-Mar, e ela continua sendo pano de fundo de eventos sinistros que Lemony insiste em investigar para solucionar o mistério da vez. Em 13 Incidentes Suspeitos, Lemony fez um arquivo para registrar e organizar pequenos casos a serem solucionados e de antemão alerta o leitor de que as informações são secretas e destinadas apenas aos membros de sua organização, e que nada é da nossa conta.
Lemony Snicket é membro de uma organização secreta com talentos para a investigação. Ele então, investiga ocorrências misteriosas como quadros que caem sozinhos das paredes, sabotagens aparentemente inexplicáveis, pequenos furtos ou o reconhecimento de alguma figura misteriosa que faz de tudo para não se revelar, e ainda tem que aturar sua tutora de cabeleira indomável, S. Theodora Markson (e continue sem querer saber o que o S significa).
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Lemony, vamos acompanhando os mistérios que ele tenta desvendar enquanto se mete em enrascadas e aventuras bizarras enquanto é cercado de outros personagens caricatos e muito engraçados que estão alí quase sempre para atrapalhar o andamento de suas investigações.
A escrita do autor é sua marca registrada, com metáforas, sempre cheia de sarcasmo e mostrando pré adolescentes inteligentes e irônicos contra adultos idiotas e incompetentes que ainda se acham donos da razão mas nunca dão uma dentro.
Os mistérios são divertidos e alguns deles são bastante óbvios, afinal, os livros são infanto juvenis, mas no geral são muito bem desenvolvidos e inteligentes, mas acho que o ponto forte são os personagens peculiares e engraçados em conjunto com a narrativa cômica do autor.
Um ponto bem relevante sobre a escrita é que o autor costuma usar palavras difíceis em diálogos ou descrições para em seguida explicar o que ela significa, então ele consegue fazer com que qualquer um, independente da idade, entenda o que ele quer dizer sem deixar de lado sua essência e o vocabulário "rico".
A capa do livro segue o padrão de ilustrações dos demais, com silhuetas misteriosas e expressivas. As páginas são amarelas e de uma gramatura maior, então as páginas são mais grossas do que o normal, a fonte é grande e bem espaçada e a diagramação em geral é muito bem feita, com várias ilustrações. Como de costume, Lemony sempre aparece com o rosto oculto pela sombra de seu chapéu.
O autor pode até fazer um apanhado com as histórias para que elas se entrelacem com as outras da série, com alguns personagens já conhecidos por seus infortúnios e desventuras...
Resumindo, pra quem já é fã da série é leitura obrigatória pois o livro relembra personagens e traz à tona um pouco mais da cidade arruinada e de seus moradores falidos, e pra quem não conhece e quer uma amostra do que irá encontrar, 13 Incidentes Suspeitos é uma ótima pedida pra poder se familiarizar com o estilo de escrita do autor e com os personagens, tendo uma provinha do que esperar. Pra quem gosta de livros bem humorados, rápidos de serem lidos e que coloca o leitor no papel de detetive junto com o protagonista, é leitura mais que recomendada.
Os Príncipes Encantados Também Viram Sapos - Megan Maxwell
29 de outubro de 2015
Título: Os Príncipes Encantados Também Viram Sapos
Autora: Megan Maxwell
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 376
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Resenha: Megan Maxwell é autora best-seller na Espanha e fez sucesso com a trilogia Peça-me o que Quiser se tornando best-seller no Brasil.
Os Príncipes Encantados Também Viram Sapos é um romance que conta a história de Kate e Sam, que se apaixonaram à primeira vista ainda muito jovens e nutrem um amor inabalável que parece superar tudo nesta vida. Depois da faculdade eles se casam e muitos anos depois o casal parece continuar mantendo uma vida perfeita e feliz. São companheiros, se compreendem, se respeitam e tem valores familiares que são a base do casamento e que se estendem para o resto da família. Até que um dia o telefone tocou, uma notícia inesperada foi dada e as coisas mudaram da água pro vinho pois não se tratava de um simples mal entendido... Um segredo de Sam que ninguém jamais poderia imaginar veio à tona, tudo que Kate e a família acreditavam fluir com perfeição acabou ruindo e a vida se transformou num poço de incertezas e descrenças. Kate e Sam se separam e tudo se desequilibra pois não é fácil aceitar certas escolhas feitas. O perdão não será o bastante para a família lidar, compreender ou aceitar o problema em questão, então, o que fazer? Como agir diante de uma grande decepção?
Não vou me estender muito ao resumir a premissa pois seria um grande spoiler, mas posso dizer que a autora, ao trazer o clímax que se refere ao segredo de Sam para o início da história, trabalhou no desenvolvimento das reações e da atitude que a família e os amigos passaram a ter a partir dali, afinal, o "príncipe" acabou se revelando um "sapo". Mas talvez não sejam só os príncipes que sofram desse mal...
Geralmente nos deparamos com livros que mostram todo aquele romance mágico e lindo até que se casam e vivem felizes para sempre, mas neste livro a autora traz o que muitos se questionam: "o que vem depois do final feliz continua mesmo sendo feliz?"
A narrativa é feita em terceira pessoa e ainda que seja intrigante é bem lenta e cheia de repetições.
Não consegui me conectar aos personagens e nem acreditar que pudessem ser tão felizes e cheios de paixão pois não acredito que isso corresponda à realidade, principalmente porque tudo foi tão rápido que nem deu tempo de me apegar a eles e nem acreditar naquele amor.
Mas não vou negar que a autora tem uma habilidade muito boa em criar uma trama que faz com que o leitor se envolva em emoções e reaja conforme os sentimentos e as atitudes que os personagens têm. Então, ainda que eu não tenha me conformado com muitas escolhas e decisões tomadas aqui, até mesmo porque quando um autor resolve escrever sobre um tema polêmico e que gera discussões infinitas ele não precisa fazer com que as pessoas concordem ou não com as coisas, mas no mínimo deve fazer com que a história se torne real o bastante para se tornar crível sem que o problema que enraíza a trama seja camuflado com humor e outros detalhes que desviem a nossa atenção, acho que pela forma como o livro mexeu com meus sentimentos a ponto de me envolver, me fazendo ora ter vontade de socar a cara de um e ora tendo vontade de abraçar outro, fez, sim, com que a leitura valesse a pena. Posso dizer que a ideia me atraiu, mas o desenvolvimento de forma geral acabou não funcionando pra mim tão bem quanto eu gostaria pois sou da ideia de que a confiança é a base do relacionamento e uma vez que esta é perdida dificilmente pode ser recuperada, nem com segundas chances.
Sobre os personagens, vou ser sincera em dizer que Cat e Ollie, as filhas de Kate e Sam, foram as que mais me agradaram. Elas tentam compreender o que está acontecendo e praticamente fazem papel de adultas, agindo com mais maturidade do que os próprios pais.
Destaque também para Serena, a mãe de Kate, que sempre age com sabedoria e não tem nada de cobra, mesmo sendo a sogra.
Terry e Michael são o que posso chamar de "desvio de atenção" que mencionei anteriormente, pois eles tem um relacionamento que ganha um destaque tão grande que se tornou uma subtrama. Sendo personagens secundários, ela é irmã de Kate e Michael irmão/melhor amigo de Sam, eles conseguiram trazer mais paixão ao livro do que os protagonistas. Deveriam ter um livro dedicado a eles pois neste conseguiram roubar a cena várias vezes.
Quando Kate e Sam se conhecem, o começo do romance se passa no Havaí, então é claro que preciso ressaltar as descrições dos cenários da história, lugares paradisíacos e maravilhosos que praticamente convidam o leitor a fazer uma viagem até lá, mesmo que imaginária. Se a autora nunca esteve lá, sua pesquisa sobre os detalhes da ilha abrangendo o turismo, a cultura, a comida e a paisagem em geral são de tirar o chapéu. A vontade é de estar lá sentada na praia observando o mar e o pôr-do-sol.
Com relação a capa, além de delicada é uma graça pois traz hibiscos, a flor símbolo do Havaí, dando a impressão de um clima tropical mas sem revelar nada da trama e, sendo sincera, gosto de capas discretas assim. A tipografia do título também é linda, mesclando fontes e criando uma arte visual que camufla o título comprido do livro tornando-o mais justo.
Comparei a capa brasileira com a capa espanhola e graças ao próprio Deus a editora não a manteve, pois a impressão que dá está longe de um príncipe encantado cheio de "magia" saindo de si, mas sim que o modelo sofre de algum distúrbio de flatulência azul Confort e ainda acha que arrasa com essa cara "sedutora", coitado. Essa capa espanhola é muito feia, sério.
A diagramação é bem simples e minimalista e o que me incomodou um pouco, além das letras miúdas, foi a divisão de capítulos. Eles não se iniciam em uma página nova mas sim na mesma página onde o anterior termina apenas com uma linha divisória pra separar um do outro. Acho que se os ornamentos usados na capa fossem utilizados nos inícios dos capítulos daria um charme a mais na obra. As páginas são amarelas e não lembro de ter percebido algum erro de revisão.
Quando as pessoas escondem fatos que podem mudar a vida de todos destruindo seus sonhos devemos compreender ou condenar? É possível perdoar alguém em quem acreditamos mas que nos magoa intensamente? É possível curar um coração que se parte em mil pedaços? O que fazer quando atitudes impensadas geram consequências que serão levadas para o resto da vida? E quando outras pessoas que não tem nada a ver com a história se envolvem sem ter como fugir?
Posso dizer que a história me fez refletir acerca de perguntas como estas mas apesar de ter vivido algo parecido não consegui ter empatia alguma. Não acho que devemos tentar reparar erros cometendo outros erros, mas também posso dizer que o julgamento do que é certo e errado é bem subjetivo pois cada um tem sua própria concepção e visão sobre valores e sobre o que acredita.
Como minha primeira experiência com um livro da autora, apesar do livro não ter superado minhas expectativas não achei que seja ruim, muito pelo contrário. É um livro que fala de sentimentos profundos e verdadeiros, consequências que surgem através de mentiras, reações que envolvem o que é certo e errado e o perdão que devemos conceder se quisermos ter uma segunda chance pra sermos felizes, mas dando espaço à esperança pois, em certos casos, só ela é indício de que as coisas vão se resolver...
Autora: Megan Maxwell
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 376
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Um conto de fadas moderno e apaixonante que tem como cenário as ilhas paradisíacas do Havaí.
Kate e Sam se conheceram muito jovens, durante férias de verão na Califórnia, e se apaixonaram à primeira vista. O amor entre eles supera o tempo e a distância e, ao terminarem a faculdade, ele a pede em casamento.
Os anos se passam e o casal parece ter construído a vida perfeita: eles têm uma carreira de sucesso, duas filhas lindas e ainda são apaixonados. Sam, que cresceu em um orfanato, conseguiu com Kate tudo o que sempre quis: uma grande família.
Até que um telefonema muda tudo...
Resenha: Megan Maxwell é autora best-seller na Espanha e fez sucesso com a trilogia Peça-me o que Quiser se tornando best-seller no Brasil.
Os Príncipes Encantados Também Viram Sapos é um romance que conta a história de Kate e Sam, que se apaixonaram à primeira vista ainda muito jovens e nutrem um amor inabalável que parece superar tudo nesta vida. Depois da faculdade eles se casam e muitos anos depois o casal parece continuar mantendo uma vida perfeita e feliz. São companheiros, se compreendem, se respeitam e tem valores familiares que são a base do casamento e que se estendem para o resto da família. Até que um dia o telefone tocou, uma notícia inesperada foi dada e as coisas mudaram da água pro vinho pois não se tratava de um simples mal entendido... Um segredo de Sam que ninguém jamais poderia imaginar veio à tona, tudo que Kate e a família acreditavam fluir com perfeição acabou ruindo e a vida se transformou num poço de incertezas e descrenças. Kate e Sam se separam e tudo se desequilibra pois não é fácil aceitar certas escolhas feitas. O perdão não será o bastante para a família lidar, compreender ou aceitar o problema em questão, então, o que fazer? Como agir diante de uma grande decepção?
Não vou me estender muito ao resumir a premissa pois seria um grande spoiler, mas posso dizer que a autora, ao trazer o clímax que se refere ao segredo de Sam para o início da história, trabalhou no desenvolvimento das reações e da atitude que a família e os amigos passaram a ter a partir dali, afinal, o "príncipe" acabou se revelando um "sapo". Mas talvez não sejam só os príncipes que sofram desse mal...
Geralmente nos deparamos com livros que mostram todo aquele romance mágico e lindo até que se casam e vivem felizes para sempre, mas neste livro a autora traz o que muitos se questionam: "o que vem depois do final feliz continua mesmo sendo feliz?"
A narrativa é feita em terceira pessoa e ainda que seja intrigante é bem lenta e cheia de repetições.
Não consegui me conectar aos personagens e nem acreditar que pudessem ser tão felizes e cheios de paixão pois não acredito que isso corresponda à realidade, principalmente porque tudo foi tão rápido que nem deu tempo de me apegar a eles e nem acreditar naquele amor.
Mas não vou negar que a autora tem uma habilidade muito boa em criar uma trama que faz com que o leitor se envolva em emoções e reaja conforme os sentimentos e as atitudes que os personagens têm. Então, ainda que eu não tenha me conformado com muitas escolhas e decisões tomadas aqui, até mesmo porque quando um autor resolve escrever sobre um tema polêmico e que gera discussões infinitas ele não precisa fazer com que as pessoas concordem ou não com as coisas, mas no mínimo deve fazer com que a história se torne real o bastante para se tornar crível sem que o problema que enraíza a trama seja camuflado com humor e outros detalhes que desviem a nossa atenção, acho que pela forma como o livro mexeu com meus sentimentos a ponto de me envolver, me fazendo ora ter vontade de socar a cara de um e ora tendo vontade de abraçar outro, fez, sim, com que a leitura valesse a pena. Posso dizer que a ideia me atraiu, mas o desenvolvimento de forma geral acabou não funcionando pra mim tão bem quanto eu gostaria pois sou da ideia de que a confiança é a base do relacionamento e uma vez que esta é perdida dificilmente pode ser recuperada, nem com segundas chances.
Sobre os personagens, vou ser sincera em dizer que Cat e Ollie, as filhas de Kate e Sam, foram as que mais me agradaram. Elas tentam compreender o que está acontecendo e praticamente fazem papel de adultas, agindo com mais maturidade do que os próprios pais.
Destaque também para Serena, a mãe de Kate, que sempre age com sabedoria e não tem nada de cobra, mesmo sendo a sogra.
Terry e Michael são o que posso chamar de "desvio de atenção" que mencionei anteriormente, pois eles tem um relacionamento que ganha um destaque tão grande que se tornou uma subtrama. Sendo personagens secundários, ela é irmã de Kate e Michael irmão/melhor amigo de Sam, eles conseguiram trazer mais paixão ao livro do que os protagonistas. Deveriam ter um livro dedicado a eles pois neste conseguiram roubar a cena várias vezes.
Quando Kate e Sam se conhecem, o começo do romance se passa no Havaí, então é claro que preciso ressaltar as descrições dos cenários da história, lugares paradisíacos e maravilhosos que praticamente convidam o leitor a fazer uma viagem até lá, mesmo que imaginária. Se a autora nunca esteve lá, sua pesquisa sobre os detalhes da ilha abrangendo o turismo, a cultura, a comida e a paisagem em geral são de tirar o chapéu. A vontade é de estar lá sentada na praia observando o mar e o pôr-do-sol.
Com relação a capa, além de delicada é uma graça pois traz hibiscos, a flor símbolo do Havaí, dando a impressão de um clima tropical mas sem revelar nada da trama e, sendo sincera, gosto de capas discretas assim. A tipografia do título também é linda, mesclando fontes e criando uma arte visual que camufla o título comprido do livro tornando-o mais justo.
Comparei a capa brasileira com a capa espanhola e graças ao próprio Deus a editora não a manteve, pois a impressão que dá está longe de um príncipe encantado cheio de "magia" saindo de si, mas sim que o modelo sofre de algum distúrbio de flatulência azul Confort e ainda acha que arrasa com essa cara "sedutora", coitado. Essa capa espanhola é muito feia, sério.
A diagramação é bem simples e minimalista e o que me incomodou um pouco, além das letras miúdas, foi a divisão de capítulos. Eles não se iniciam em uma página nova mas sim na mesma página onde o anterior termina apenas com uma linha divisória pra separar um do outro. Acho que se os ornamentos usados na capa fossem utilizados nos inícios dos capítulos daria um charme a mais na obra. As páginas são amarelas e não lembro de ter percebido algum erro de revisão.
Quando as pessoas escondem fatos que podem mudar a vida de todos destruindo seus sonhos devemos compreender ou condenar? É possível perdoar alguém em quem acreditamos mas que nos magoa intensamente? É possível curar um coração que se parte em mil pedaços? O que fazer quando atitudes impensadas geram consequências que serão levadas para o resto da vida? E quando outras pessoas que não tem nada a ver com a história se envolvem sem ter como fugir?
Posso dizer que a história me fez refletir acerca de perguntas como estas mas apesar de ter vivido algo parecido não consegui ter empatia alguma. Não acho que devemos tentar reparar erros cometendo outros erros, mas também posso dizer que o julgamento do que é certo e errado é bem subjetivo pois cada um tem sua própria concepção e visão sobre valores e sobre o que acredita.
Como minha primeira experiência com um livro da autora, apesar do livro não ter superado minhas expectativas não achei que seja ruim, muito pelo contrário. É um livro que fala de sentimentos profundos e verdadeiros, consequências que surgem através de mentiras, reações que envolvem o que é certo e errado e o perdão que devemos conceder se quisermos ter uma segunda chance pra sermos felizes, mas dando espaço à esperança pois, em certos casos, só ela é indício de que as coisas vão se resolver...
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