Produção: Disney
Elenco: Auli'i Cravalho, Dwayne Johnson
Gênero: Animação/Fantasia/Aventura/Musical
Ano: 2016
Duração: 1h 47min
Classificação: Livre
Nota:★★★★★♥
Sinopse: Moana Waialiki é uma corajosa jovem, filha do chefe de uma tribo na Oceania, vinda de uma longa linhagem de navegadores. Querendo descobrir mais sobre seu passado e ajudar a família, ela resolve partir em busca de seus ancestrais, habitantes de uma ilha mítica que ninguém sabe onde é. Acompanhada pelo lendário semideus Maui, Moana começa sua jornada em mar aberto, onde enfrenta terríveis criaturas marinhas e descobre histórias do submundo.
As animações que andam sendo lançadas ultimamente estão vindo com tudo quando o assunto é quebrar estereótipos de forma única e inovadora. A Disney anda surpreendendo cada vez mais, e com Moana não foi diferente.
A história é ambientada na Polinésia, a traz Moana Waialiki, filha do chefe da tribo Motunui, que foi escolhida pelo próprio oceano para atravessar os limites do recife e restaurar uma relíquia antiga, o coração da deusa Te Fiti, devolvendo a ordem e o equilíbrio à natureza afetada por uma maldição, para salvar seu povo da escuridão. Ela deve zarpar em sua canoa em busca de Maui, o lendário semideus metamorfo que a ajudaria nessa missão.
A partir desta premissa, vamos acompanhando as aventuras de Moana que, ao descobrir mais sobre seu ancestrais - e o que o futuro reserva, caso nada seja feito -, adentra o mar aberto para encontrar Maui e começar sua jornada.
Outro ponto muito interessante é que embora Moana recorra a Maui e aos poderes dele como forma de auxílio em sua jornada, é ela quem conduz a viagem, é ela quem toma as decisões, e por mais petulante e resistente que ele seja no início, no final fica claro que quem manda é ela, e não importa que ele seja imortal, forte, grandalhão (Dwayne Johnson quem o diga) e dotado de poderes metamorfos.
Os personagens secundários sempre estão ao lado de Moana de alguma forma, seja sua avó que sempre está alí para mostrar que há coisas além do que ela imagina e a encorajando a superar suas inseguranças, o frango Heihei, que é o alivio cômico responsável por algumas risadas (mas ao meu ver foi dispensável), e até a própria água, que desde a infância de Moana está alí marcando presença, interagindo, ajudando a garota a sua maneira e ainda colaborando para que a história seja contada mesmo que não fale e nem participe de diálogos, o que não a impede de dar boas lições em quem precisa, e tudo isso através apenas de seus movimentos.
Os demais personagens colaboram para a construção da história, para mostrar como funciona a vida na ilha e a cultura do povo de forma geral, que é bastante rica, interessante e vai sendo revelada gradualmente ao longo do filme. E não digo isso apenas com relação à tribo, mas também às criaturas que a dupla encontra e enfrenta durante a jornada.
O visual da animação é maravilhoso. As ilhas paradisíacas da Oceania, o clima tropical, o contraste entre oceano, céu e vegetação e até os efeitos da água são de encher os olhos. Posso dizer que foi a animação mais perfeita que já assisti, visualmente falando. A parte musical também não fica atrás, pois além de ter um ritmo ótimo e que combina perfeitamente com o contexto, ainda possui letras inspiradoras e que também ajudam a contar a história, seja no idioma original da tribo ou em inglês.
No mais, Moana diverte, emociona e inspira, e é indicado para todas as idades, não só por trazer elementos que vão agradar a todo tipo de público, desde os mais cômicos, os mais emocionantes e até os mais sombrios, mas por conseguir representar perfeitamente uma das formas de empoderamento feminino através de uma "princesa" corajosa e determinada que foge do tradicional, que canta, encanta e brilha como poucas já fizeram na história das animações.