Novidades de Abril - Rocco

3 de abril de 2017

Rocco

Animais Fantásticos e Onde Habitam - O Roteiro Original - J.K Rowling

Descubra uma nova era de magia com o aguardado Animais fantásticos e onde habitam – O roteiro original, edição impressa do roteiro do filme Animais fantásticos e onde habitam que a Editora Rocco lança em português como parte do novo programa de publicação do Mundo Bruxo de J.K. Rowling. Inspirado no livro-texto de Hogwarts escrito pelo personagem Newt Scamander, Animais fantásticos e onde habitam – O roteiro original é uma aventura nova e emocionante que apresenta uma variedade de personagens e criaturas mágicas. O livro marca a estreia como roteirista para o cinema da autora da adorada série Harry Potter e chega às prateleiras em edição de luxo, com capa dura e miolo em papel off-white.

Eu e você de A a Z - James Hannah

Ivo tem todos os motivos para ser feliz — ele é jovem, está apaixonado e tem amigos que prometem ficar ao seu lado se a vida um dia der errado. Até que, um dia, a vida dá errado.
Para Ivo, o jogo do A a Z é uma maneira de passar o tempo, de evitar a dor, de deixar de lado a doença que o persegue e uma maneira de pensar sobre o que realmente o trouxe até ali. A sugestão veio de sua enfermeira: “Pense em uma parte do corpo para cada letra, e pense em memórias conectadas a cada uma.”
E assim Ivo dá início a um compêndio de sua vida: das alegrias às escolhas duvidosas na adolescência, os momentos felizes ao lado de sua irmã, o insubstituível grupo de amigos, os relacionamentos rompidos, e, principalmente, o amor que ele nunca terá de volta. Ivo se lembra da garota que tentou ajudá-lo, do amigo que a impediu, e do erro que cometeu, um do tipo grande e imperdoável. Agora, o tempo está se esgotando enquanto sua vida aos poucos desmorona. Mas ele pretende colocá-la no lugar novamente. À sua maneira.
Emocionante, honesto e surpreendentemente bem-humorado, Eu e você de A a Z traz a revelação crua de uma existência vivida rápida e intensamente em um impressionante livro de estreia.

A Lição de Anatomia - Nina Siegal

A Lição de Anatomia do Doutor Tulp”, um dos quadros mais conhecidos de Rembrandt, é a inspiração para o romance histórico de Nina Siegal, especialista em Belas-Artes com textos publicados em veículos como The New York Times, Bloomberg News e outros. Fruto de uma encomenda da Guilda dos Cirurgiões de Amsterdã, o quadro representa a dissecação do corpo de um ladrão condenado à morte. No romance, a autora acompanha vários personagens direta ou indiretamente envolvidos na cena, entre eles a mulher do condenado; um colecionador que também trabalha na obtenção de cadáveres para dissecações; o filósofo René Descartes; o próprio Rembrandt, que, aos 26 anos de idade, sente um leve constrangimento diante da encomenda; e ainda uma historiadora de arte que estuda o quadro em pleno século XXI.

A Aventura Do Estilo -  Henry James e Robert Louis Stevenson

Primeiro livro da coleção Marginália, que reunirá textos pouco conhecidos de grandes escritores modernos, selecionados principalmente entre cartas, diários, artigos e outros papéis avulsos e apresentados por diferentes pesquisadores, A aventura do estilo reúne a correspondência de dois gigantes da literatura inglesa: Robert Louis Stevenson e Henry James. Apresentada por Marina Bedran, mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP, a obra aproxima dois escritores de trajetórias e estilos muito diferentes – Henry James foi um cronista da vida da alta sociedade vitoriana e um estudioso da escrita e da arte da ficção; já Stevenson teve uma vida de aventuras, foi um escritor popular e alcançou o sucesso comercial que James nunca conheceu em vida – que discutem arte, literatura e estética oferecendo ao leitor os bastidores de seu processo criativo e de suas ambições literárias, numa rica e saborosa troca de ideias.

Fila e Democracia - Roberto DaMatta e Alberto Junqueira

Há muito se sabe que o Brasil não é um país para amadores e tampouco para principiantes. É uma peculiar democracia republicana em que todos são iguais perante a Lei, porém alguns são claramente mais iguais do que os outros. E, em caso de dúvida a esse respeito, o igual diferenciado não hesita em dar a carteirada definidora com o intimidador: “Você sabe com quem está falando?”
Os desatinos e as incongruências nacionais têm em Roberto DaMatta um intérprete perfeito. Característica que fez dele o cientista político mais citado em teses e estudos científicos do país, assim como um dos raríssimos intelectuais que conseguiram estabelecer a ponte entre a universidade e o mundo real.
Para esmiuçar o fenômeno da fila, evidenciador do pseudoigualitarismo nacional, Roberto DaMatta associou-se a Alberto Junqueira, seu orientando na PUC-Rio, produzindo um estudo fascinante em que a concisão vai de par com a profundidade. Mais uma importante contribuição para nos explicar o que faz o Brasil ser como é e nós sermos como somos.

Fábrica 231

Melodia Mortal - Pedro Bandeira e Guido Levi

Será que Mozart foi assassinado por Salieri? Tchaikovsky morreu de cólera ou envenenamento? Chopin morreu mesmo tuberculoso? E Beethoven, foi vítima do alcoolismo? A resposta, ou pelo menos algumas hipóteses plausíveis para essas perguntas, estão em Melodia mortal, estreia na ficção adulta de um dos maiores autores para o público juvenil do país. Escrito a quatro mãos por Pedro Bandeira com o médico Guido Levi, o livro examina, à luz dos conhecimentos da medicina contemporânea, os indícios possíveis sobre as mortes polêmicas de alguns grandes compositores da música clássica. E quem conduz a investigação é ninguém menos que Sherlock Holmes, auxiliado pelo seu fiel escudeiro, o doutor John H. Watson, que narra as aventuras do detetive na empreitada. Talvez não seja possível, tanto tempo depois, elucidar a causa dessas mortes que a medicina da época não foi capaz de precisar, mas a diversão é garantida neste romance cheio de teorias científicas e enigmas que formam um intricado quebra-cabeça, na tradição da melhor literatura policial.

A Busca Sofrida de Martha Perdida - Caroline Wallace

Liverpool, 1976. Martha tem 16 anos e mora numa estação de trem desde que se entende por gente. Mais especificamente, desde que foi encontrada, ainda bebê, em uma mala na estação Lime Street, ficando sob os “cuidados” da dona da loja de achados e perdidos do local. Proibida de deixar a estação, sob a ameaça de uma maldição, Martha espera diariamente que alguém venha buscá-la. Enquanto isso, passa seus dias atendendo os passageiros que circulam por ali, conhece todos os segredos da estação e acaba se envolvendo em alguns mistérios, entre eles o aparecimento de uma mala que talvez tenha pertencido aos Beatles e que coloca a cidade em polvorosa. Mas o maior mistério começa quando ela passa a receber livros com cartas de um desconhecido que parece saber tudo sobre a sua vida. Martha precisará correr contra o tempo se quiser encontrar repostas e não se perder novamente.

Bicicleta Amarela

Pais e Mães Conscientes - Shefali Tsabary

Não existem pais nem filhos ideais. E fazer da convivência familiar algo harmônico é um processo cada vez mais trabalhoso, num mundo em que paciência e tempo para ouvir o outro são artigos raros e a maioria dos pais acaba projetando nos filhos seus próprios anseios e frustrações. Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de Columbia, Shefali Tsabary aborda, em Pais e mães conscientes, alguns dos principais desafios da árdua tarefa de educar, começando por entender que a criação dos filhos não deve ser encarada como a fabricação de um novo “minieu”, mas como a chance de estimular da melhor forma alguém que possui identidade própria. Comparando a educação de uma criança ao ato de andar numa corda bamba, em que os pais precisam se equilibrar o tempo todo entre o coração e a razão, a autora defende que criar um filho é uma grande oportunidade de mudança e crescimento.

Anfiteatro

A Vingança dos Analógicos: Por que os objetos de verdade ainda são importantes - David Sax

Em meio a nossa trajetória rumo à utopia digital, algo de engraçado aconteceu – voltamos a nos interessar pelos bons e velhos objetos analógicos, aqueles que os gurus da tecnologia insistiam em dizer que estavam obsoletos. Nichos de mercado que pareciam ultrapassados, como o filme em película ou as vitrolas, ressurgiram com novo fôlego. Escrever em cadernos de papel, escutar discos de vinil e receber os amigos em torno de um jogo de tabuleiro voltaram a ser atividades bacanas. Eis a Vingança dos Analógicos!
O jornalista canadense David Sax percorreu o mundo atrás de histórias de empreendedores, desde pequenos negócios até grandes corporações, que conquistaram uma nova fatia de mercado vendendo não aplicativos ou soluções virtuais, mas coisas reais, palpáveis. Enquanto os e-books estavam supostamente mudando nossa forma de ler, livrarias independentes se espalhavam pelos Estados Unidos. Quando a música parecia ter migrado definitivamente para a “nuvem”, as vendas de discos de vinil cresceram mais de dez vezes. E até mesmo gigantes da tecnologia, como Google e Facebook, confiam cada vez mais no papel-e-caneta para desenvolver as melhores ideias.
Este livro se debruça sobre o que está por trás de nossos hábitos de consumo e interação com as coisas reais. Com um olhar sensível e um texto bem-humorado, Sax nos mostra a limitação dos apelos da vida exclusivamente digital – e quão promissor é o futuro dos objetos de verdade que estão lá fora.

Fantástica

O Livro de Sangue e Sombra - Robin Wasserman

Quando tudo parecia caminhar bem, um atraso para um encontro muda a vida de Nora Kane para sempre. Seu melhor amigo, Chris, está morto; a namorada dele, Adriane, em estado catatônico; e Max, o príncipe encantado de Nora, desaparecido. Mas o que parecia um pesadelo ruim o suficiente, fica ainda pior quando Max se torna o principal suspeito do crime. Desesperada para provar a inocência do namorado, a jovem, que trabalha num projeto de pesquisa traduzindo antigos manuscritos do latim, segue a trilha de sangue sem se importar com o destino final. E ele vai levá-la dos Estados Unidos à histórica Praga, e ao centro de um enigma que inclui uma teia obscura de sociedades secretas movidas pela ambição de encontrar a Lumen Dei, uma misteriosa máquina que contém a receita para o conhecimento supremo e para a comunhão com o divino, e que estaria enterrada num manuscrito de centenas de anos.

Rocco Jovens Leitores

Supergirl na Super Hero High - Lisa Yee

Supergirl é a garota nova na escola. E também a mais poderosa (embora ela não acredite muito nisso). Recém-chegada à Terra, depois de perder sua família e todo o resto do planeta Krypton, a menina está começando a descobrir seu potencial, e a Super Hero High parece ser o local ideal para isso. Mas mesmo para a adolescente mais poderosa da galáxia, acompanhar as aulas do ensino médio e se enturmar com seus novos e poderosos amigos, entre eles Wonder Woman, Katana e Harley Quin, não é nada fácil. Porém, quando misteriosos acontecimentos colocam em risco não só a escola, mas seu novo planeta, Supergirl precisa confiar nos seus amigos e em si mesma e mostrar que é capaz de salvar o dia. No segundo livro da série DC Super Hero Girls, Lisa Yee mantêm o ritmo do primeiro volume e vai além, mostrando um pouco mais do dia a dia e da personalidade das jovens super-heroínas que vem conquistando a garotada com uma aventura recheada de mistério, ação e muito humor.

O Incrível Duelo Dos Biscoitos Fergus Voador #3 - Chris Hoy

No terceiro livro da série Fergus Voador, o escocês Chris Hoy – mais bem-sucedido atleta olímpico da Grã-Bretanha e maior ciclista olímpico masculino de todos os tempos – apresenta mais uma divertida aventura sobre duas rodas para a garotada. Depois de conquistar o segundo lugar no Grande Desafio de Ciclismo, Fergus e seus amigos se preparam para a próxima fase da competição. Mas a notícia da instalação de uma fábrica no parque onde eles treinam ameaça acabar com os sonhos do grupo. Afinal, se já é difícil competir com as outras equipes com suas bicicletas modestas, imagina se eles não tiverem mais onde se preparar? Dinheiro para cobrir a oferta que a Biscoitos do Bruce fez pelo terreno Fergus e seus amigos não têm. Mas uma nova visita a nunca mais e um pouco de imaginação pode ajudá-los a encontrar uma solução e garantir a vitória, ou pelo menos a chance de tentar.

Quando Tudo Faz Sentido - Amy Zhang

Ela seria um objeto em movimento que continuaria em movimento, mesmo que para isso precisasse passar por cima de tudo em seu caminho.
Inércia, força, massa, gravidade, velocidade, aceleração... causa e efeito.
Liz Emerson não entende nada disso.
Mas eu entendo.
Entendo como nós caímos. Onde caímos. Por que caímos. Entendo sua tristeza e solidão e silêncio, seu coração estilhaçado.
Não tem que ser assim, tem?
Não foi sempre assim, foi?
Permaneça viva, Liz Emerson, permaneça viva.

A Cor de Coraline - Alexandre Rampazo

Coraline ouviu de Pedrinho a pergunta que achou difícil: me empresta o lápis cor de pele? Aí começou a aventura da menina que fica indagando qual seria a cor da pele. Ela olhou todas as cores de sua caixa de lápis. Pequena, tinha apenas doze. Coraline repassou todas as cores e descobriu maravilhada que cada cor de pele é bonita, cada cor tem uma razão, cada cor significa uma pessoa, um jeito de ser.
De cor em cor, ela percebeu que não importa o tom de pele, todos são iguais. E então também soube que linda é a cor de sua pele. Assim, Alexandre Rampazo mostrou a diversidade e a unidade deste mundo. As cores não servem para diferenciar, mas para tornar tudo mais belo. Imagine a monotonia de um mundo cheio de gente de uma cor só? A beleza é a multiplicidade. Daria para Rampazo fazer meninos e meninas com todas as cores do mundo?

Resumo do Mês - Março

1 de abril de 2017


Reta final de gravidez é uma coisa super cansativa e desanimadora, viu... Ando sem um pingo de disposição e ânimo pra qualquer coisa, até mesmo pra ler, e, desde o mês passado, sinto que não ando nada produtiva. Claro que isso acaba se refletindo no blog, que acaba ficando sem as postagens que gostaria mesmo que tenha uma lista enorme de coisas a seres postadas aqui, mas logo esse cansaço eterno passa e volto a tomar conta desse cantinho com mais força. Maio tá quase aí e fico livre dessa pança gigante e pesada XD. #VemIan!
Bora ver os livros resenhados aqui no blog?

♥ Resenhas
- Simplesmente o Paraíso - Julia Quinn
- As Mentiras de Locke Lamora - Scott Lynch
- Mares de Sangue - Scott Lynch
- República dos Ladrões - Scott Lynch
- O Despertar do Príncipe - Colleen Houck
- O Coração da Esfinge - Colleen Houck
- Boston Boys - Giulia Paim
- Objetos Cortantes - Gillian Flynn
- Meio Rei - Joe Abercrombie
- Meio Mundo - Joe Abercrombie
- A Irmandade Perdida - Anne Fortier
- Respire - K.A. Tucker
- Uma Pequena Mentira - K.A. Tucker

♥ Tag
- Ai, Misericórdia!

♥ Caixa de Correio de Março

Caixa de Correio #61 - Março

31 de março de 2017

Útimo dia do mês, como sempre, é dia de caixinha! Esse mês chegou vários livritchos de cortesia e os que comprei na promoção da Saraiva no Dia da Mulher (ainda falta chegar mais um, mas como comprei na pré-venda e o bendito só lança em abril, o jeito é esperar).
Confiram os novos moradores da estante dessa casa:

Uma Pequena Mentira - K.A. Tucker

28 de março de 2017

Título: Uma Pequena Mentira - Ten Tiny Breaths #2
Autora: K.A. Tucker
Editora: Fábrica 231/Rocco
Gênero: New Adult
Ano: 2017
Páginas: 352
Nota:★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas | Amazon
Sinopse: Livie, a mais centrada das irmãs Cleary, segurou as pontas após a morte dos pais num acidente em que Kacey, a mais velha, foi a única sobrevivente, e cuidou da irmã quando ela caiu em depressão. Aos poucos, Kacey superou seus traumas e encontrou a felicidade, enquanto Livie se dedicava aos estudos. Agora, no segundo do livro da série de sucesso Ten Tiny Breaths, K. A. Tucker joga o foco de sua envolvente narrativa sobre a caçula. Livie acaba de ingressar na tradicional Universidade de Princeton e está pronta para viver as emoções típicas de uma caloura, o que inclui frequentar as festas no campus, fazer novos amigos e encontrar um namorado bacana com quem possa tecer planos para o futuro. Ela só não esperava se envolver justamente com um cara como Ashton Henley, o capitão do time de remo com fama de garanhão. Com medo de ser apenas mais uma na lista de conquistas de Ashton, Livie tenta agir com a razão, como sempre fez. Mas até que ponto vale a pena dominar seus sentimentos por medo de se machucar?

Resenha: Uma Pequena Mentira é o segundo volume da série Ten Tiny Breaths da autora K.A. Tucker.
Cada livro da série é destinado a um personagem distinto e sua experiência de acordo com a situação, logo é possível ler de forma independente sem que se perca muita coisa. O primeiro, Respire, trouxe Kacey como protagonista abordando seus problemas emocionais e a forma de lidar com eles após a perda dos pais, melhor amiga e namorado, e desta vez o foco fica sobre Livie, a irmã dela, que mesmo tendo passado pelo mesmo trauma de perder os pais de forma tão trágica, se manteve mais centrada sobre o ocorrido, focando nos estudos e lidando de forma totalmente diferente com essa perda, mesmo que Kacey acredite que Livie guarde sentimentos relacionados à tragedia que podem explodir a qualquer momento.

Livie, então, vai pra Universidade de Princeton. Ela é uma jovem inexperiente e acaba seguindo os conselhos de seu terapeuta e tendo ajuda da irmã para se "comportar de acordo com os moldes da vida universitária". Obviamente experimentar álcool, ter envolvimentos amorosos e outras experiências do tipo faz parte, e, mesmo estranhando o que é novo, ela decide se soltar... Numa festa, Livie conhece Ashton, capitão da equipe de remo. Um cara gato e sarado com fama de pegador que desperta seu interesse (e o de todas as outras garotas, claro), mas que, no fundo, ela sabe que ele não é o tipo de cara pra se envolver de um jeito mais romântico e duradouro. E em meio a relutância de Livie, ela conhece Connor, um rapaz super fofo e educado que a deixa encantada, mas logo descobre que ele e Ashton dividem a mesma casa, são amigos e integram o time de remo da universidade.
E em meio a tudo isso, resta a Livie decidir o que fazer com a forte atração que sente por Ashton, mesmo que ele insista que não é o cara certo pra ela, ou investir em um relacionamento com Connor, que parece ser o cara ideal.

O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Livie e, embora também tenha seus momentos clichês, se desenvolve de forma fluida e gradual, mesmo que tenha alguns problemas estruturais, além daquilo que me mata de tanto desgosto: os "benditos" triângulos amorosos nada originais e mais do que desnecessários para que "reviravoltas" ou maiores dramas aconteçam. E o que mais me incomoda e irrita nesse tipo de romance é que não há como negar o óbvio. Desde o início o leitor já sabe quem vai ficar junto com quem e a questão é apenas como isso seria feito. Logo a participação de um segundo pretendente é pura bobagem.

Foi impossível pra mim não fazer uma comparação entre a Livie centrada e madura pra idade de antes e a Livie universitária de agora. Ela foi apresentada como uma menina inteligente e bem tímida, e algumas das suas atitudes eram sempre tomadas em nome do agrado alheio. E dessa vez, por estar num ambiente diferente, com pessoas novas com outros propósitos e interesses, ela também precisou acompanhar tais mudanças de forma a se desprender do que era antes passando a se focar no que a fazia feliz, e não no que era totalmente certo. Agora ela é determinada e está disposta a arriscar, mesmo que isso não lhe traga bons frutos. Não que ela esteja errada. Mudanças, quando pra melhor, são bem vindas e é mais do que normal as pessoas mudarem com o passar do tempo, mas a forma como isso foi feito aqui não me convenceu 100% e em vários pontos achei Livie muito irritante.

Os demais personagens tiveram seus destaques, tanto os antigos quanto os novos, e todos colaboram para a construção da trama. Até mesmo a participação de Kacey e Trent para matar a saudade, mas, claro, preciso dar um destaque maior para Ashton já que, devido ao gênero, era de se esperar que a mocinha se envolveria com alguém misterioso cujo passado também estaria marcado por algum tipo de trauma horrível que o deixasse quebrado internamente e que servisse de motivo para que ele evitasse relacionamentos a qualquer custo como mecanismo de defesa. Durante um tempo fiquei pensando no que poderia ser, mas acabei sendo surpreendida e no final das contas fiquei muito mal pois não foi nada agradável... De qualquer forma Ashton foi um personagem que me agradou bastante e foi um dos melhores, se não o melhor e mais bem construido, da história.

Enfim, Uma Pequena Mentira fala sobre as mudanças necessárias pelas quais as pessoas tem que passar para amadurecerem e continuarem levando a vida de forma plena e como é importante ter apoio de alguém para ajudar na superação daquilo que mais nos atormenta.

Respire - K.A. Tucker

25 de março de 2017

Título: Respire - Ten Tiny Breaths #1
Autora: K.A. Tucker
Editora: Fábrica 231/Rocco
Gênero: New Adult
Ano: 2016
Páginas: 320
Nota:★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas | Amazon
Sinopse: Kacey Cleary não chora, não suporta o toque das pessoas e canaliza sua energia para treinos intensos de kickboxing. Tudo isso depois de um ano de reabilitação física e de mergulhar num mundo de drogas e álcool para tentar lidar com a perda dos pais, da melhor amiga e do namorado, num acidente de carro do qual ela foi a única sobrevivente. Kacey chegou ao fundo do poço, mas resolve lutar para sair de lá por Livie, a irmã caçula. Depois de irem morar com uma tia religiosa fanática e seu marido alcoólatra, as duas fogem para Miami para tentar recomeçar, e Kacey terá que enfrentar seus fantasmas para derrubar o muro que ergueu ao seu redor. Às vezes, respirar torna-se uma missão quase impossível, mas K.A. Tucker mostra que é preciso neste romance sobre perdas, amizade, amor e superação.

Resenha: Respire é o primeiro volume da série Ten Tiny Breaths, da autora K.A. Tucker publicado no Brasil pelo selo Fábrica 231 da Editora Rocco.

Há quatro anos Kacey perdeu os pais, a melhor amiga e o namorado num trágico acidente de carro em que ela foi a única sobrevivente, e desde então, sua forma de lidar com essa perda dolorosa foi mergulhar num mundo regado a vários vícios destrutivos até encontrar no kickboxing uma forma de canalizar seu trauma. Seu único motivo pra não desistir de viver e ter forças pra sair do buraco em que se enfiou é Livie, sua irmã mais nova. As duas vão morar com os tios mas depois de vários problemas sérios, como a tia que é uma fanática religiosa que condena severamente o comportamento de Kacey sem sequer tentar entendê-la, e o marido dela que é um alcóolatra sem a menor noção, elas decidem que aquilo jamais poderia dar certo, o que as leva a fugir pra Miami e recomeçarem suas vidas. As irmãs encontram um novo lar num complexo de apartamentos e lá conhecem algumas pessoas bastante interessantes. O problema é que Kacey se recusa a falar do passado, e construiu uma muralha ao seu redor não permitindo que ninguém se aproxime, mas seu vizinho, Trent, talvez mude isso quando começa a mexer com suas emoções e a atração entre ambos é algo que se torna inevitável. Mas e se nessa história Kacey não for a única a guardar segredos, que podem, inclusive, botar tudo a perder?

O livro é dividido em fases que retraram uma linha de acontecimentos que estão ligados ao vício e que conseguem captar bem a situação da protagonista naquele momento em específico.
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Kacey, o leitor vai acompanhar como o lado emocional da protagonista foi abalado e como ela irá superar seus traumas através da aproximação com o bad boy encantador e tão destruído psicologicamente quanto.
É praticamente inquestionável que exista uma fórmula para o gênero new adult, tanto com relação aos problemas dos personagens quanto a ambientação típica, fora os clichês, e o problema não é a fórmula ou a previsibilidade da trama em si, mas a forma como ela se desenvolve ou apresenta certos tipos de elementos. Não curti a forma como o romance começou de forma instantânea (e até meio doentia) e foi sendo levado com um ar de mistério cujo intuito é surpreender (mas que pra mim foi bastante previsível), mas posso dizer que gostei da ideia de esse relacionamento não ser o motivo principal para Kacey superar o trauma que tanto lhe afeta. A aproximação com Trent ajuda, mas o que realmente faz a diferença são as amizades verdadeiras que ela cultiva e, claro, a terapia, que é abordada de forma natural, descontruindo estereótipos ou preconceitos sobre quem procura esse tipo de ajuda.

Eu tive impressões sobre a protagonista que variavam a cada capítulo e não acho que isso seja um ponto favorável à ela. Por mais que eu entenda que cada um tem sua forma de encarar uma situação traumática, é meio difícil engolir uma pessoa que não tem uma personalidade constante e que a cada momento age de uma forma. Em alguns momentos ela parece uma maluca, outros parece uma criança de cinco anos de idade cheia de mimimis, outros uma adolescente rebelde sem causa, e em outros age como uma adulta super madura e resolvida. Não entendi o motivo dessa variação, principalmente se levarmos em consideração que Livie, que é mais nova e também teve a mesma perda trágica, encara as coisas com muito mais maturidade do que Kacey.

Apesar de algumas falhas, o livro tráz uma história bem bacana sobre perda, luto, medo e inseguranças, mas também fala sobre a amizade sincera, o amor, o perdão, a superação e a esperança de que, embora a vida nos pregue peças que nos deixam em ruínas, grandes reviravoltas podem acontecer onde os envolvidos, enfim, podem encontrar a paz que tanto buscavam e retomarem o controle de suas vidas.

A Irmandade Perdida - Anne Fortier

24 de março de 2017

Título: A Irmandade Perdida
Autora: Anne Fortier
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 528
Nota:★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas | Amazon
Sinopse: Diana Morgan é professora da renomada Universidade de Oxford. Especialista em mitologia grega, tem verdadeira obsessão pelo assunto desde a infância, quando sua excêntrica avó alegou ser uma amazona – e desapareceu sem deixar vestígios.
No mundo acadêmico, a fixação de Diana pelas amazonas é motivo de piada, porém ela acaba recebendo uma oferta irrecusável de uma misteriosa instituição. Financiada pela Fundação Skolsky, a pesquisadora viaja para o norte da África, onde conhece Nick Barrán, um homem enigmático que a guia até um templo recém-encontrado, encoberto há 3 mil anos pela areia do deserto.
Com a ajuda de um caderno deixado pela avó, Diana começa a decifrar as estranhas inscrições registradas no templo e logo encontra o nome de Mirina, a primeira rainha amazona. Na Idade do Bronze, ela atravessou o Mediterrâneo em uma tentativa heroica de libertar suas irmãs, sequestradas por piratas gregos.
Seguindo os rastros dessas guerreiras, Diana e Nick se lançam em uma jornada em busca da verdade por trás do mito – algo capaz de mudar suas vidas, mas também de despertar a ganância de colecionadores de arte dispostos a tudo para pôr as mãos no lendário Tesouro das Amazonas.
Entrelaçando passado e presente e percorrendo Inglaterra, Argélia, Grécia e as ruínas de Troia, A irmandade perdida é uma aventura apaixonante sobre duas mulheres separadas por milênios, mas com uma luta em comum: manter vivas as amazonas e preservar seu legado para a humanidade.

Resenha: A Irmandade Perdida, escrito pela autora dinamarquesa Anne Fortier (a mesma do livro Julieta) e publicado no Brasil pela Editora Arqueiro, conta a história de Diana Morgan, uma renomada professora da Universidade de Oxford, filóloga e especialista em mitologia grega que também é fascinada pelas amazonas desde quando sua avó disse ter sido uma no passado, até ter desaparecido misteriosamente deixando apenas um caderno com um idioma desconhecido e um bracelete para a neta.
Até que um dia Diana recebe uma proposta intrigante e muito tentadora... Tratava-se de um convite para que ela decifrasse um código ligado às amazonas num templo arqueológico recém-descoberto na África. Diana não hesita diante dessa oportunidade pois seria sua grande chance de provar que as amazonas existiram, mas o que ela não esperava era que essa viagem rumo a Argélia transformaria sua vida, pois além dos segredos desconhecidos que pairam pelo local, há outras pessoas que também estão nessa corrida contra o tempo para desvendá-los...
Com a ajuda do caderno deixado por sua avó, Diana começa a decifrar as inscrições registradas no templo que estão lá há cerca de três mil anos e não demora a encontrar o nome da primeira rainha amazona, Mirina, cuja história heróica e repleta de aventuras logo desperta a curiosidade de Diana, que começa a seguir rastros para descobrir a verdade escondida por trás da lenda.

A narrativa mescla presente e passado se alternando entre primeira e terceira pessoa. Nas passagens no tempo presente e destinadas a Diana, o leitor tem o ponto de vista dela, enquanto as de Mirina são feitas em terceira pessoa há milênios atrás.
A escrita é mais rebuscada, não sendo muito casual, mas é de fácil compreensão e bastante fluída, e a autora tem uma habilidade muito boa quando o assunto é pesquisar para tornar os elementos impostos na trama plausiveis e convincentes, seja com relação as lendas ou a própria mitologia grega a qual a protagonista é fascinada, e isso colabora muito para despertar não só a curiosidade do leitor, mas também seu interesse por tais temas.
Os diálogos são inteligentes e bastante dinâmicos o que acaba tornando a leitura bastante agradável, e unindo esse fator à construção de personagens incríveis em meio a cenários deslumbrantes, o resultado só poderia ser uma história envolvente e recheada de momentos marcantes e memoráveis.

Apesar da trama ser muito rica, preciso confessar que a parte do romance, pra mim, deixou a desejar, pois soa mais forçado do que eu gostaria e com intençoes um pouco convenientes demais para que algumas reviravoltas pudessem ter sido feitas.
Então, por mais que eu tenha gostado de Diana e sua força de vontade de correr atrás do que acredita sem medo, o que ficou mais evidente que isso foi perceber através de suas ações em sua jornada que ela é uma personagem que tem enormes dificuldades de lidar com situações quando ela é contrariada, e isso acaba se contradizendo um pouco com a forma que ela foi apresentada inicialmente. Ela é forte, mas com ressalvas...
Mirina se destacou muito mais por estar a frente de seu tempo, já demonstrando ter força e coragem numa época dominada pelos homens onde a mulher devia ser submissa. No final das contas fica evidente que os feitos de cada uma se completam, fazendo com que a história se amarre de forma genial e fique ainda mais movimentada e surpreendente.

Um ponto super positivo é a ideia de que existem conexões entre os personagens que são trabalhadas ao longo da trama fazendo com que o leitor fique bastante surpreso com as revelações feitas, mas também há alguns pontos negativos, como vários dos personagens secundários que parecem não terem sido tão bem explorados como deveriam de forma que alguns parecem estar alí mais pra atrapalhar ou ocupar páginas, assim como os flashbacks de Diana que acabam "interrompendo" a fluidez de vários acontecimentos que estavam sendo narrados anteriormente aos quais considerei vários deles super dispensáveis.

A capa é a mesma da original e o capricho é admirável, desde o tom de turquesa e verde até os detalhes de ornamento em volta da imagem com aplicação de verniz para se destacarem. A diagramação é simples e os capítulos, alguns curtos e outros mais longos, são numerados e com a indicação da cidade onde a personagem está a fim de facilitar a localização de onde a situação se passa. As páginas são amarelas, a fonte tem tamanho normal e não percebi erros na revisão.

Em suma, A Irmandade Perdida aborda a vida de duas mulheres fortes em meio a aventuras de tirar o fôlego. Estarem separadas pelo tempo não impediu seus propósitos de manter vivo o legado das amazonas para o mundo inteiro. Pra quem procura por uma história incrível e cheia de aventuras, é livro mais do que recomendado.