Resumo do Mês - Abril
1 de maio de 2017
Esse mês foi o mais vergonhoso da história desse blog, convenhamos. Li pouco, atualizei o blog igual minha cara e, sim, fiquei com vergonha desse desleixo triste. Mas, é difícil demais ficar sentada aqui tentando ser produtiva e tentando tirar ânimo do além quando a indisposição e as dores tomam conta dessa pessoa que vos fala. Agora que maio chegou espero ficar livre da pança gigante e por mais que um neném recém nascido precise de toda atenção do mundo, espero que eu fique livre dessas dores infernais e consiga tirar um tempo, mesmo que seja enquanto o menino estiver dormindo, pra poder ficar no pc sem quase morrer de desconforto e cumprir com meus compromissos bloguísticos, caso contrário, tô é ferrada.
♥ Resenhas
- A Caminho do Azul Sereno - Veronica Rossi
- A Magia da Raposa - Inbali Iserles
- #Fui - Viviane Maurey
- Caraval - Stephanie Garber
- Perdão Mortal - Robin LaFevers
- Divina Vingança - Robin LaFevers
- Amor Letal Robin LaFevers
♥ Na Telinha
- 13 Reasons Why
♥ Top 10
- Melhores Leituras Infantojuvenis
♥ Caixa de Correio de Abril
Caixa de Correio #62 - Abril
30 de abril de 2017
Útimo dia do mês, como sempre, é dia de caixinha! Esse mês chegou muita coisa boa, desde cortesias, livro que ganhei no sorteio do Mochilão da Record (que teve aqui em BH bem no dia do meu aniversário), e, enfim, o livro que comprei na promoção do Dia da Mulher na Saraiva que chegou só semana passada. Espiem:
Amor Letal - Robin LaFevers
29 de abril de 2017
Título: Amor Letal - O Clã das Freiras Assassinas #3
Autora: Robin LaFevers
Editora: Plataforma21/V&R
Gênero: Fantasia
Ano: 2016
Páginas: 442
Nota:★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Resenha: Amor Letal é o terceiro volume da trilogia O Clã das Freiras Assassinas, escrita pela autora Robin LaFevers e publicado pelo selo Plataforma21 da V&R Editoras.
Annith foi entregue ao convento de Saint Mortain ainda recém nascida e era frequentemente castigada pela já falecida madre superiora do lugar, Dragonnete, que não aceitava erros ou demonstrações de fraqueza por parte da menina. As punições eram muito severas, Annith sempre teve muito medo desses castigos, e a única solução que via para tentar amenizar a situação era obedecendo e se submetendo a todas as ordens que recebia, mesmo que vivesse se questionando sobre sua real função no convento como assassina. Suas habilidades sempre foram superiores se comparadas as das outras garotas que treinaram no convento, mas ela jamais fora enviada a nenhuma missão. Vivia presa e, mesmo sendo filha de Mortain, se sentia perseguida pela abadessa por sempre ser deixada de lado. Quando ela é obrigada a aceitar um destino do qual não tinha a menor intenção de seguir, ela passa a acreditar que a abadessa está tramando algo em segredo, então, num momento de rebeldia, Annith decide fugir do convento para tentar a própria sorte e ser dona de seu destino, mesmo que isso signifique desafiar o Deus da Morte e ter hellequins, almas condenadas pelas irmãs do convento, em seu encalço. O que ela não esperava era ser encontrada por Balthazaar, um desses hellequins, e ter ajuda dele em seus propósitos. Annith descobre que as histórias que os cercam não são verdadeiras, que eles possuem outras funções no mundo que remetem às vontades de Mortain e que em companhia de Balthazaar, ela vai aprender coisas das quais desconhecia além de ir atrás da verdade que, com certeza, mudará sua vida.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista da protagonista e notei uma evolução no ritmo de leitura desse volume. Ainda percebi uma certa lentidão na escrita, o que não é um ponto negativo pra ser sincera nesse caso, mas talvez por ser um livro onde o elemento sobrenatural se destaca mais do que nos livros anteriores, a abordagem é maior sobre os deuses de forma geral, e este possuir mais revelações e reviravoltas também, ele tenha me intrigado mais.
A mescla de fatos históricos com ficção fantástica continua presente no enredo e a ideia de usar a duquesa Anne, que existiu, e suas tentativas de salvar a Bretanha da França como pano de fundo para o desenrolar da história foi algo bastante impressionante de se acompanhar. O envolvimento de Annith com Balthazaar é algo gradual e que cresce aos poucos de acordo com a aproximação e confiança que eles vão adquirindo ao longo do caminho que percorrem, e isso acaba fazendo com que Annith se revele alguém diferente do que costumava ser quando era reprimida em Saint Mortain. A busca pela verdade dá lugar a descoberta para o autoconhecimento, assim como as revelações sobre os mistérios que cercam Balthazaar, logo o livro traz várias respostas, mesmo que também deixe alguns pontos fechados, talvez para que o leitor imagine por si só o que poderia ser.
Ismae e Sybella também marcam presença e suas participações, mesmo que pequenas, são importantes para a história como um todo e ainda é possível sabermos o que o futuro reserva a elas.
Sobre a parte física, assim como os outros, só tenho elogios. A capa tem o mesmo padrão dos livros anteriores, seja com relação a foto da personagem, tipografia e maiores detalhes, as páginas são amarelas e a diagramação também é muito boa.
O Clã das Freiras Assassinas é uma trilogia com toques obscuros e até mesmo estranhos, mas ainda assim consegue envolver e despertar o interesse e a curiosidade do leitor devido a autora se manter fiel aos fatos e construir algo concreto sobre eles. As protagonistas são diferentes entre si e em alguns pontos cheguei até a pensar que Annith não teve um destaque tão grande quanto as duas primeiras, mas elas amadurecem e evoluem com o devido impulso sem que as coisas pareçam forçadas ou convenientes demais.
Pra quem gosta de fantasias medievais que trazem fatos históricos para tornar a história rica e convincente, é leitura mais do que obrigatória.
Autora: Robin LaFevers
Editora: Plataforma21/V&R
Gênero: Fantasia
Ano: 2016
Páginas: 442
Nota:★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Annith passou sua vida no convento de Saint Mortain aguardando ser enviada em missão, para lutar em nome do Deus da Morte. Por medo de ser punida ou rejeitada, durante seus anos de reclusão ela tentou ser sempre bondosa e obediente. Cobrava-se para ser a melhor, porém, em seu coração pairava a incerteza sobre seus dons e seu real valor como serva da Morte.
Suas habilidades com arco e flecha e como lutadora sempre superaram a de todas as outras. Então, por que nunca a escolheram? Eis que Annith chega à conclusão de que existe algo errado no convento: a abadessa.
Ao perceber isso, Annith decide ser dona de seu próprio destino e, num momento de extrema rebeldia, resolve fugir – ainda que isso signifique desafiar Mortain. Incerta e com medo sobre qual caminho seguir, ela aceita a ajuda de Baltazaar, uma das almas condenadas pelas irmãs do convento. Mesmo assim, Annith decide seguir seu caminho ao lado dele. No entanto, essa escolha pode ameaçar sua vida e seu grande amor.
Resenha: Amor Letal é o terceiro volume da trilogia O Clã das Freiras Assassinas, escrita pela autora Robin LaFevers e publicado pelo selo Plataforma21 da V&R Editoras.
Annith foi entregue ao convento de Saint Mortain ainda recém nascida e era frequentemente castigada pela já falecida madre superiora do lugar, Dragonnete, que não aceitava erros ou demonstrações de fraqueza por parte da menina. As punições eram muito severas, Annith sempre teve muito medo desses castigos, e a única solução que via para tentar amenizar a situação era obedecendo e se submetendo a todas as ordens que recebia, mesmo que vivesse se questionando sobre sua real função no convento como assassina. Suas habilidades sempre foram superiores se comparadas as das outras garotas que treinaram no convento, mas ela jamais fora enviada a nenhuma missão. Vivia presa e, mesmo sendo filha de Mortain, se sentia perseguida pela abadessa por sempre ser deixada de lado. Quando ela é obrigada a aceitar um destino do qual não tinha a menor intenção de seguir, ela passa a acreditar que a abadessa está tramando algo em segredo, então, num momento de rebeldia, Annith decide fugir do convento para tentar a própria sorte e ser dona de seu destino, mesmo que isso signifique desafiar o Deus da Morte e ter hellequins, almas condenadas pelas irmãs do convento, em seu encalço. O que ela não esperava era ser encontrada por Balthazaar, um desses hellequins, e ter ajuda dele em seus propósitos. Annith descobre que as histórias que os cercam não são verdadeiras, que eles possuem outras funções no mundo que remetem às vontades de Mortain e que em companhia de Balthazaar, ela vai aprender coisas das quais desconhecia além de ir atrás da verdade que, com certeza, mudará sua vida.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista da protagonista e notei uma evolução no ritmo de leitura desse volume. Ainda percebi uma certa lentidão na escrita, o que não é um ponto negativo pra ser sincera nesse caso, mas talvez por ser um livro onde o elemento sobrenatural se destaca mais do que nos livros anteriores, a abordagem é maior sobre os deuses de forma geral, e este possuir mais revelações e reviravoltas também, ele tenha me intrigado mais.
A mescla de fatos históricos com ficção fantástica continua presente no enredo e a ideia de usar a duquesa Anne, que existiu, e suas tentativas de salvar a Bretanha da França como pano de fundo para o desenrolar da história foi algo bastante impressionante de se acompanhar. O envolvimento de Annith com Balthazaar é algo gradual e que cresce aos poucos de acordo com a aproximação e confiança que eles vão adquirindo ao longo do caminho que percorrem, e isso acaba fazendo com que Annith se revele alguém diferente do que costumava ser quando era reprimida em Saint Mortain. A busca pela verdade dá lugar a descoberta para o autoconhecimento, assim como as revelações sobre os mistérios que cercam Balthazaar, logo o livro traz várias respostas, mesmo que também deixe alguns pontos fechados, talvez para que o leitor imagine por si só o que poderia ser.
Ismae e Sybella também marcam presença e suas participações, mesmo que pequenas, são importantes para a história como um todo e ainda é possível sabermos o que o futuro reserva a elas.
Sobre a parte física, assim como os outros, só tenho elogios. A capa tem o mesmo padrão dos livros anteriores, seja com relação a foto da personagem, tipografia e maiores detalhes, as páginas são amarelas e a diagramação também é muito boa.
O Clã das Freiras Assassinas é uma trilogia com toques obscuros e até mesmo estranhos, mas ainda assim consegue envolver e despertar o interesse e a curiosidade do leitor devido a autora se manter fiel aos fatos e construir algo concreto sobre eles. As protagonistas são diferentes entre si e em alguns pontos cheguei até a pensar que Annith não teve um destaque tão grande quanto as duas primeiras, mas elas amadurecem e evoluem com o devido impulso sem que as coisas pareçam forçadas ou convenientes demais.
Pra quem gosta de fantasias medievais que trazem fatos históricos para tornar a história rica e convincente, é leitura mais do que obrigatória.
Divina Vingança - Robin LaFevers
28 de abril de 2017
Título: Divina Vingança - O Clã das Freiras Assassinas #2
Autora: Robin LaFevers
Editora: V&R
Gênero: Fantasia
Ano: 2016
Páginas: 394
Nota:★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Resenha: Divina Vingança é o segundo volume da trilogia O Clã das Freiras Assassinas, escrita pela autora Robin LaFevers.
O primeiro volume, Perdão Mortal, conta a história de Ismae, como ela se tornou uma assassina que serve Mortain, o deus da morte, e seus passos em suas missões, e introduz o leitor ao universo criado pela autora, que mescla fantasia medieval com fatos históricos.
Nesse segundo livro, a história é voltada a Sybella, uma das filhas de Mortain, e assim como Ismae, foi treinada para ser uma assassina letal e seguir as ordens e missões que lhe são atribuídas.
Depois de três anos em treinamento no convento, Sybella recebe a missão de voltar pro lugar onde passou a infância, se infiltrar na corte e espionar Lorde D'Albret para descobrir seus planos contra a duquesa. Esse homem não só arruinou a vida de Sybella no passado até que ela encontrasse refúgio em Saint Mortain, mas também é uma ameaça para o reino. Logo, é bem provável que Sybella precise silenciá-lo de uma vez por todas utilizando de suas habilidades, e não importa que ele seja seu pai... Sybella vive sendo vigiada e precisa ter bastante cautela a cada passo dado para que seja bem sucedida em sua missão, e em meio a intrigas e lembranças de um passado que ainda a perturba, ela recebe uma nova missão em que deve libertar a Fera de Waroch, um guerreiro de confiança da duquesa que fora aprisionado na corte, para que ele escape de uma execução terrível a mando de D'Albret. O que Sybella não esperava era se envolver com Fera, abrindo seu coração sobre o ódio que ela carrega por ter tido a infância corrompida com tanta crueldade enquanto viveu naquele lugar. Ela acaba encontrando nele a confiança que jamais tivera em alguém. Entre sua missão e um desejo avassalador, cabe a assassina percorrer um caminho árduo para fazer - e entender - a vontade de Mortain, buscando vingança contra os traidores que levam a marca da morte.
Apesar da história apresentar um ponto de vista diferente do primeiro livro devido a mudança da protagonista, as tramas políticas e a cronologia seguem de forma que a leitura fora de ordem dos livros não é recomendada para uma melhor compreensão dos fatos, sem contar que alguns dos personagens do livro anterior ainda aparecem em alguma situação importante para o desenrolar da história.
Sybella foi apresentada em Perdão Mortal como uma jovem fechada, misteriosa e perigosa, cujo passado obscuro a tornou uma pessoa muito fria, porém, sem maiores detalhes sobre o que lhe aconteceu. Em Divina Vingança, tudo vem a tona e o aprofundamento na história dela faz com que o leitor possa compreender os motivos que a levaram a ser uma pessoa tão difícil de lidar, dessa forma, a história se torna bastante pessoal quando fica claro que o que lhe restou de uma vida regada a desgraças e sofrimento foi a amargura, o ódio e a vontade imensa de se vingar de todos aqueles que a prejudicaram, inclusive seu odioso pai, logo, o próprio título do livro faz jus ao que ela passou e o que podemos esperar, mas não antes de passarmos por tudo o que ela carrega em seu íntimo, suas inseguranças, incertezas e pensamentos, por mais sombrios e até autodestrutivos que possam ser. Sybella é determinada e muito forte como pessoa, mas até que finalmente reconheça isso, ela passa por um período turbulento onde vive se culpando ou acreditando que não merece nada além de sofrimento, e isso, em alguns momentos, cansa, mesmo que seja possível compreender seus motivos, afinal, sua história de vida é muito difícil.
Dessa forma, mesclar esses conflitos pessoais com um conflito político grandioso e que viria a mudar o destino do próprio reino, acabou tornando a história bastante lenta, mesmo que a todo momento esteja acontecendo alguma coisa. O romance também está lá, e assim como no primeiro livro, não é o foco principal no enredo, mas uma forma de fazer com que a personagem cresça, mudando conceitos que estavam entranhados nela e que, aparentemente, eram imutáveis. E o melhor é que esse sentimento e essa mudança vem a partir do improvável, pois ninguém poderia esperar que um "ogro" pudesse despertar qualquer sentimento em alguém, principalmente em alguém tão fechada e sem esperanças quanto Sybella. O contraste entre os dois é algo que funcionou bem para que um pudesse completar as falhas do outro.
Divina Vingança é mais sombrio do que o primeiro livro mas continua com a mesma pegada histórica envolvendo lendas, deuses, santos e suas mitologias, assim como mistérios, mortes dolorosas e uma guerra iminente que se desenrola. Tudo isso misturado e contado de forma bastante convincente e que prende o leitor do início ao fim.
Autora: Robin LaFevers
Editora: V&R
Gênero: Fantasia
Ano: 2016
Páginas: 394
Nota:★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Sybella nunca soube ao certo o que era amor. Não sem segunda intenções. Desde sua infância, ela teve de confiar em si mesma para conseguir sobreviver.
Ao chegar no convento de Saint Mortain, Sybella recebe o refúgio de que tanto precisava, porém isso terá o seu preço. As irmãs, que servem ao deus da Morte, percebem que a garota tem atributos e que ela pode se tornar uma arma poderosa. Ela vive durante três anos no convento e é treinada para enfrentar quem quer seja.
Sybella já não é mais uma garotinha inocente, e sabe disso. Agora é uma mulher madura e totalmente preparada, uma assassina experiente, que mata a quem merece e o faz por gosto e sem piedade. Nunca se arrepende de suas decisões. Pelo contrário, ela sabe onde se encontram seus pontos fortes e como usá-los para cumprir sua missão.
Porém, ela é enviada de volta para o lugar onde passou sua infância, para espionar seu pai, o cruel D’Albret. Ela começa a se lembrar de coisas horríveis que aconteceram enquanto estava sob o domínio dele e decide compartilhar com Fera, quem, fora do convento, torna-se seu companheiro. Juntos eles redescobrem a confiança e o amor.
Assim, Sybella caminha por uma teia complexa de vingança e ódio, em busca de seus traidores, que levam a marca do deus da Morte.
Resenha: Divina Vingança é o segundo volume da trilogia O Clã das Freiras Assassinas, escrita pela autora Robin LaFevers.
O primeiro volume, Perdão Mortal, conta a história de Ismae, como ela se tornou uma assassina que serve Mortain, o deus da morte, e seus passos em suas missões, e introduz o leitor ao universo criado pela autora, que mescla fantasia medieval com fatos históricos.
Nesse segundo livro, a história é voltada a Sybella, uma das filhas de Mortain, e assim como Ismae, foi treinada para ser uma assassina letal e seguir as ordens e missões que lhe são atribuídas.
Depois de três anos em treinamento no convento, Sybella recebe a missão de voltar pro lugar onde passou a infância, se infiltrar na corte e espionar Lorde D'Albret para descobrir seus planos contra a duquesa. Esse homem não só arruinou a vida de Sybella no passado até que ela encontrasse refúgio em Saint Mortain, mas também é uma ameaça para o reino. Logo, é bem provável que Sybella precise silenciá-lo de uma vez por todas utilizando de suas habilidades, e não importa que ele seja seu pai... Sybella vive sendo vigiada e precisa ter bastante cautela a cada passo dado para que seja bem sucedida em sua missão, e em meio a intrigas e lembranças de um passado que ainda a perturba, ela recebe uma nova missão em que deve libertar a Fera de Waroch, um guerreiro de confiança da duquesa que fora aprisionado na corte, para que ele escape de uma execução terrível a mando de D'Albret. O que Sybella não esperava era se envolver com Fera, abrindo seu coração sobre o ódio que ela carrega por ter tido a infância corrompida com tanta crueldade enquanto viveu naquele lugar. Ela acaba encontrando nele a confiança que jamais tivera em alguém. Entre sua missão e um desejo avassalador, cabe a assassina percorrer um caminho árduo para fazer - e entender - a vontade de Mortain, buscando vingança contra os traidores que levam a marca da morte.
Apesar da história apresentar um ponto de vista diferente do primeiro livro devido a mudança da protagonista, as tramas políticas e a cronologia seguem de forma que a leitura fora de ordem dos livros não é recomendada para uma melhor compreensão dos fatos, sem contar que alguns dos personagens do livro anterior ainda aparecem em alguma situação importante para o desenrolar da história.
Sybella foi apresentada em Perdão Mortal como uma jovem fechada, misteriosa e perigosa, cujo passado obscuro a tornou uma pessoa muito fria, porém, sem maiores detalhes sobre o que lhe aconteceu. Em Divina Vingança, tudo vem a tona e o aprofundamento na história dela faz com que o leitor possa compreender os motivos que a levaram a ser uma pessoa tão difícil de lidar, dessa forma, a história se torna bastante pessoal quando fica claro que o que lhe restou de uma vida regada a desgraças e sofrimento foi a amargura, o ódio e a vontade imensa de se vingar de todos aqueles que a prejudicaram, inclusive seu odioso pai, logo, o próprio título do livro faz jus ao que ela passou e o que podemos esperar, mas não antes de passarmos por tudo o que ela carrega em seu íntimo, suas inseguranças, incertezas e pensamentos, por mais sombrios e até autodestrutivos que possam ser. Sybella é determinada e muito forte como pessoa, mas até que finalmente reconheça isso, ela passa por um período turbulento onde vive se culpando ou acreditando que não merece nada além de sofrimento, e isso, em alguns momentos, cansa, mesmo que seja possível compreender seus motivos, afinal, sua história de vida é muito difícil.
Dessa forma, mesclar esses conflitos pessoais com um conflito político grandioso e que viria a mudar o destino do próprio reino, acabou tornando a história bastante lenta, mesmo que a todo momento esteja acontecendo alguma coisa. O romance também está lá, e assim como no primeiro livro, não é o foco principal no enredo, mas uma forma de fazer com que a personagem cresça, mudando conceitos que estavam entranhados nela e que, aparentemente, eram imutáveis. E o melhor é que esse sentimento e essa mudança vem a partir do improvável, pois ninguém poderia esperar que um "ogro" pudesse despertar qualquer sentimento em alguém, principalmente em alguém tão fechada e sem esperanças quanto Sybella. O contraste entre os dois é algo que funcionou bem para que um pudesse completar as falhas do outro.
Divina Vingança é mais sombrio do que o primeiro livro mas continua com a mesma pegada histórica envolvendo lendas, deuses, santos e suas mitologias, assim como mistérios, mortes dolorosas e uma guerra iminente que se desenrola. Tudo isso misturado e contado de forma bastante convincente e que prende o leitor do início ao fim.
Perdão Mortal - Robin LaFevers
27 de abril de 2017
Título: Perdão Mortal - O Clã das Freiras Assassinas #1
Autora: Robin LaFevers
Editora: V&R
Gênero: Fantasia
Ano: 2015
Páginas: 408
Nota:★★★★★♥
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Resenha: Perdão Mortal é o primeiro volume da trilogia de fantasia medieval O Clã das Freiras Assassinas escrita pela autora Robin LaFevers e publicado no Brasil pela V&R.
Ismae Rienne é uma jovem de dezessete anos com uma vida bastante difícil. Devido a uma enorme cicatriz que ia do seu ombro ao quadril, resultado de uma tentativa de aborto por veneno feita por sua mãe, ela se sentia constrangida e marginalizada pois isso a fazia ser vista como filha do Deus da Morte por ter sobrevivido. Com o passar dos anos, vivendo na pobreza e sob ataques e abusos constantes, seu pai, que sempre a odiou, arranjou um casamento e a vendeu às pressas para um homem repulsivo de quem ela, milagrosamente, conseguiu escapar. Ela acabou indo parar no Mosteiro de Saint Mortain, o Deus da Morte, onde ela se tornaria uma das lendárias noviças do convento, desenvolveria habilidades únicas e seria treinada para servir a Mortain como uma assassina letal. Diante de uma vida totalmente diferente da qual estava acostumada, onde seria protegida e viveria com dignidade em troca de ser fiel a Mortain, Ismae se dedica às missões que recebe sem questionar, matando aqueles que, segundo o julgamento de Mortain, devem morrer. Porém, o que Ismae não esperava, era receber a missão mais importante que já lhe foi atribuída, missão esta que lhe renderia várias descobertas e revelações em meio a um jogo político repleto de intrigas envolvendo o reino da Bretanha e sua independência. O destino da duquesa e do reino estaria em suas mãos, mas e se isso envolvesse matar aquele que se tornou seu verdadeiro amor?
O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Ismae e a escrita da autora é bastante detalhada, sempre evidenciando as características e a ambientação medieval, assim como alguns aspectos históricos e políticos relacionados à época. Embora o ritmo da leitura seja lento devido a densidade da narrativa, esses elementos são um ponto bastante positivo na obra, pois mostram que a época em si, assim como o cenário e o modo de vida das pessoas, não serve de ornamento para o desenvolvimento da história, mas faz parte dela como um todo.
Eu gostei de como os personagens foram apresentados e como as mudanças pelas quais passaram serviram de experiência para suas vidas, principalmente Ismae. Ela havia sido apresentada como uma jovem oprimida, maltratada e traumatizada pela vida horrível que teve nas mãos do pai cruel e vingativo, sentiu na pele a sensação de ser rejeitada como se não fosse ninguém, e a ideia de que todos os homens são iguais quando o assunto é violência, oportunismo, machismo e afins passou a ser sua verdade absoluta. Porém isso muda gradualmente quando ela passa a ser treinada no convento e começa a ter uma visão diferente do que a vida poderia lhe oferecer. E quando ela precisa cumprir sua missão em companhia de Gavriel Duval, irmão da duquesa a quem eles devem proteger, mesmo que, inicialmente, ela tenha ficado desconfiada, a jovem acaba percebendo que, em meio a tantos calhordas imundos e inúteis, pode haver alguém que lhe desperte um sentimento do qual ela desconhecia.
E por mais que exista esse toque de romance no ar, ele não rouba a cena para que questões mais importantes fiquem de lado. Penso que o sentimento que Gavriel despertou em Ismae foi o estopim para que ela, enfim, pudesse dar um voto de confiança a si mesma quando o assunto é amor, para que ela não levasse uma vida amargurada e baseada em prejulgamentos com base nas experiências ruins que teve no passado nas mãos do pai ordinário, dos garotos que a atacavam quando criança, do pretendente grotesco e dos demais homens nojentos que conheceu ao longo de sua jornada como assassina. E claro, o trauma não some da noite pro dia. O processo é lento até que ela pare de deixar seus pensamentos negativos influenciarem em suas escolhas a ponto de ela questionar sobre seu próximo passo.
A capa chama atenção. É bastante bonita e tem uma textura aveludada. As páginas são amarelas, a diagramação é simples, os capítulos são escritos por extenso com a mesma fonte do nome da trilogia presente na capa, e não percebi erros de revisão.
Alguns leitores podem considerar estranho o fato das freiras da trama serem assassinas, como se isso fosse uma contradição à religião ou coisa do tipo, mas é válido ressaltar que Saint Mortain, obviamente, é um deus fictício, o senhor da morte, e suas filhas servem aos seus propósitos políticos de forma que aqueles que devem morrer são traidores da coroa e que poderiam ameaçar o reino, o que levanta questões voltadas à política em vez de religião. Então é bom levar isso em consideração para que não haja mal entendidos ou pré julgamentos sem que a leitura sequer tenha sido iniciada.
De forma geral, a história é inteligente e muito bem construída, traz personagens enigmáticos e bastante humanos e é uma ótima pedida para fãs de fantasia com uma pegada histórica e medieval. Mesmo que seja o primeiro volume da trilogia, a história de Perdão Mortal é bem fechada para que o segundo volume, Divina Vingança, possa tratar da jornada de outra protagonista, Sybella.
Autora: Robin LaFevers
Editora: V&R
Gênero: Fantasia
Ano: 2015
Páginas: 408
Nota:★★★★★♥
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Aos dezessete anos, tudo o que Ismae Rienne conhecia era pobreza e homens abusivos: garotos que a atacavam com pedras, um pai violento e um pretendente repulsivo, que a comprou por três moedas de prata. Até que ela é levada para o convento de Saint Mortain, o misterioso Deus da Morte.
Lá ela é treinada para se tornar uma habilidosa assassina e descobre que foi abençoada com perigosos dons pelo próprio Mortain. Para provar que merece o título de filha da Morte, Ismae parte em uma importante missão envolvendo a segurança da duquesa da Bretanha e o aniquilamento de seu traidor.
Mas, ser uma serva da Morte pode não ser exatamente o que as freiras tinham ensinado no convento. Ismae vai aprender que a independência é conquistada com duras consequências, e que o destino de um país inteiro – e do único homem que ela seria capaz de amar – estão em suas mãos.
Estabelecida na França medieval, misturando fantasia com ricos detalhes históricos em estilo “Game of Thrones”, Perdão mortal é o primeiro livro do “Clã das Freiras assassinas”, uma trilogia sofisticada, sombria e emocionante.
Resenha: Perdão Mortal é o primeiro volume da trilogia de fantasia medieval O Clã das Freiras Assassinas escrita pela autora Robin LaFevers e publicado no Brasil pela V&R.
Ismae Rienne é uma jovem de dezessete anos com uma vida bastante difícil. Devido a uma enorme cicatriz que ia do seu ombro ao quadril, resultado de uma tentativa de aborto por veneno feita por sua mãe, ela se sentia constrangida e marginalizada pois isso a fazia ser vista como filha do Deus da Morte por ter sobrevivido. Com o passar dos anos, vivendo na pobreza e sob ataques e abusos constantes, seu pai, que sempre a odiou, arranjou um casamento e a vendeu às pressas para um homem repulsivo de quem ela, milagrosamente, conseguiu escapar. Ela acabou indo parar no Mosteiro de Saint Mortain, o Deus da Morte, onde ela se tornaria uma das lendárias noviças do convento, desenvolveria habilidades únicas e seria treinada para servir a Mortain como uma assassina letal. Diante de uma vida totalmente diferente da qual estava acostumada, onde seria protegida e viveria com dignidade em troca de ser fiel a Mortain, Ismae se dedica às missões que recebe sem questionar, matando aqueles que, segundo o julgamento de Mortain, devem morrer. Porém, o que Ismae não esperava, era receber a missão mais importante que já lhe foi atribuída, missão esta que lhe renderia várias descobertas e revelações em meio a um jogo político repleto de intrigas envolvendo o reino da Bretanha e sua independência. O destino da duquesa e do reino estaria em suas mãos, mas e se isso envolvesse matar aquele que se tornou seu verdadeiro amor?
O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Ismae e a escrita da autora é bastante detalhada, sempre evidenciando as características e a ambientação medieval, assim como alguns aspectos históricos e políticos relacionados à época. Embora o ritmo da leitura seja lento devido a densidade da narrativa, esses elementos são um ponto bastante positivo na obra, pois mostram que a época em si, assim como o cenário e o modo de vida das pessoas, não serve de ornamento para o desenvolvimento da história, mas faz parte dela como um todo.
Eu gostei de como os personagens foram apresentados e como as mudanças pelas quais passaram serviram de experiência para suas vidas, principalmente Ismae. Ela havia sido apresentada como uma jovem oprimida, maltratada e traumatizada pela vida horrível que teve nas mãos do pai cruel e vingativo, sentiu na pele a sensação de ser rejeitada como se não fosse ninguém, e a ideia de que todos os homens são iguais quando o assunto é violência, oportunismo, machismo e afins passou a ser sua verdade absoluta. Porém isso muda gradualmente quando ela passa a ser treinada no convento e começa a ter uma visão diferente do que a vida poderia lhe oferecer. E quando ela precisa cumprir sua missão em companhia de Gavriel Duval, irmão da duquesa a quem eles devem proteger, mesmo que, inicialmente, ela tenha ficado desconfiada, a jovem acaba percebendo que, em meio a tantos calhordas imundos e inúteis, pode haver alguém que lhe desperte um sentimento do qual ela desconhecia.
E por mais que exista esse toque de romance no ar, ele não rouba a cena para que questões mais importantes fiquem de lado. Penso que o sentimento que Gavriel despertou em Ismae foi o estopim para que ela, enfim, pudesse dar um voto de confiança a si mesma quando o assunto é amor, para que ela não levasse uma vida amargurada e baseada em prejulgamentos com base nas experiências ruins que teve no passado nas mãos do pai ordinário, dos garotos que a atacavam quando criança, do pretendente grotesco e dos demais homens nojentos que conheceu ao longo de sua jornada como assassina. E claro, o trauma não some da noite pro dia. O processo é lento até que ela pare de deixar seus pensamentos negativos influenciarem em suas escolhas a ponto de ela questionar sobre seu próximo passo.
A capa chama atenção. É bastante bonita e tem uma textura aveludada. As páginas são amarelas, a diagramação é simples, os capítulos são escritos por extenso com a mesma fonte do nome da trilogia presente na capa, e não percebi erros de revisão.
Alguns leitores podem considerar estranho o fato das freiras da trama serem assassinas, como se isso fosse uma contradição à religião ou coisa do tipo, mas é válido ressaltar que Saint Mortain, obviamente, é um deus fictício, o senhor da morte, e suas filhas servem aos seus propósitos políticos de forma que aqueles que devem morrer são traidores da coroa e que poderiam ameaçar o reino, o que levanta questões voltadas à política em vez de religião. Então é bom levar isso em consideração para que não haja mal entendidos ou pré julgamentos sem que a leitura sequer tenha sido iniciada.
De forma geral, a história é inteligente e muito bem construída, traz personagens enigmáticos e bastante humanos e é uma ótima pedida para fãs de fantasia com uma pegada histórica e medieval. Mesmo que seja o primeiro volume da trilogia, a história de Perdão Mortal é bem fechada para que o segundo volume, Divina Vingança, possa tratar da jornada de outra protagonista, Sybella.
Na Telinha - 13 Reasons Why (1ª Temporada)
26 de abril de 2017
Baseada na obra de Jay Asher
Título: 13 Reasons Why
Temporada: 1 | Episódios: 13
Distribuidora: Netflix
Elenco: Dylan Minnette, Katherine Langford, Christian Navarro, Brandon Flynn, Alisha Boe, Justin Prentice, Miles Heizer, Ross Butler, Devin Druid, Amy Hargreaves, Derek Luke, Kate Walsh, Henry Zaga, Brian d'Arcy James, Josh Hamilton
Gênero: Drama
Ano: 2017
Duração: 60min
Classificação: +16
Nota:★★★★★
No livro, Clay Jensen é a peça central. Na série, Dylan Minnette interpreta o personagem e é o responsável por conduzir o expectador no decorrer das fitas. A regra é clara: ouça as fitas e as repasse para o próximo. É assim que o desenvolvimento acontece, quando Jensen começa a ouvir toda narração de Hannah e os motivos que a levaram a tirar a própria vida.
A série aborda questões muito importantes e verdadeiras sobre a adolescência. Logo nos dois primeiros episódios somos impactados pela narrativa feita por Hannah. e como seu sofrimento começou. Encarar a fase adolescente não é fácil e somar a isso abusos, difamações, depressão, bullying e isolamento pode ser uma bomba capaz de implodir alguém.
Qual adolescente nunca presenciou na escola alguma lista de "quem é a mais bonita ou mais feia", ou ainda casos de difamações sobre alguma menina e sua índole? A tratativa dada na produção da Netflix por vezes é branda, mas é uma realidade a ser discutida. O sofrimento de Hannah é palpável e Katherine conseguiu dar vida a ela de forma excepcional. Mais do que a dor dela, que nos faz refletir sobre muito do que já vivemos, os acontecimentos trazem à tona diversos questionamentos sobre como palavras podem e conseguem machucar e o que cada um de nós pode ter vivenciado em algum momento da vida. A garota sentiu na pele o que é o bullying em sua forma mais pesada e mesmo assim tentava acreditar que ainda tinha amigos, que podia ser inserida em algum grupo; o que não ocorria de fato.
Os dramas que acompanham Hannah Baker são, em suma, aquilo que todo jovem já conhece, entretanto, a garota é aquele tipo esteticamente perfeita, que poderia ter tudo e todos a seus pés acaba não tendo nada. Os 13 Porquês é um leque de informações sobre depressão e como alguém pode querer encontrar respaldo para isso. A série é uma espécie de alerta, um grito de socorro por parte da vítima que quase nunca é ouvida e raramente recebe ajuda necessária.
A produção, no entanto, divide opiniões. Para a Headspace, uma organização de saúde mental estadunidense, o modo como o suicídio e a depressão são retratados precisa ser criticado. “Há uma responsabilidade que as emissoras precisam assumir ao saber que estão mostrando ao seu público cenas de grande impacto, principalmente quando esse público é tão jovem”, disse o Dr. Steven Leicester ao Huffington Post Austrália. “Não é como mostrar acidentes de carro ou câncer. Demonstração irresponsáveis de suicídio pode gerar mais mortes”, explicou ele.
O abuso físico e psicológico é muito aparente ao decorrer dos episódios. Os atores conseguiram transmitir o sentimento de cada personagem incorporado em seus dilemas pessoais. Hannah pode ser a protagonista, mas em cada fita o expectador descobre um pouco mais dela e sobre quem ela fala. Apesar de todos serem responsáveis pelo o que a garota sofre, eles também têm sérios problemas para lidas. Mas vale lembrar que isso não justifica nenhum ato cometido.
Os 13 Porquês pode despertar diversas sensações e percepções para cada um que a assiste. Àquele jovem do ensino médio que gosta de praticar bullying, denegrir a imagem de alguma garota ou achar que é permissivo algum tipo de abuso físico e mental, a história de Hannah pode ser um toque no ombro do tipo "Hey, olha, você não tá fazendo algo legal, ok?!". Para quem sofre de depressão e precisa de ajuda, pode ser um alerta que o fim não é a solução e todo tipo de acompanhamento é importante. A atuação do elenco (novos no ramo) consegue transmitir com clareza o tema bullying e conteúdo da primeira temporada entretém e pode servir como aprendizado para todos nós.
Título: 13 Reasons Why
Temporada: 1 | Episódios: 13
Distribuidora: Netflix
Elenco: Dylan Minnette, Katherine Langford, Christian Navarro, Brandon Flynn, Alisha Boe, Justin Prentice, Miles Heizer, Ross Butler, Devin Druid, Amy Hargreaves, Derek Luke, Kate Walsh, Henry Zaga, Brian d'Arcy James, Josh Hamilton
Gênero: Drama
Ano: 2017
Duração: 60min
Classificação: +16
Nota:★★★★★
Sinopse: Uma caixa de sapatos é enviada para Clay (Dylan Minnette) por Hannah (Katheriine Langford), sua amiga e paixão platônica secreta de escola. O jovem se surpreende ao ver o remetente, pois Hannah acabara de se suicidar. Dentro da caixa, há várias fitas cassete, onde a jovem lista os 13 motivos que a levaram a interromper sua vida - além de instruções para elas serem passadas entre os demais envolvidos.No último dia 31, a Netflix adicionou em sua plataforma uma série que, instantaneamente, se alastrou pelas redes sociais: Os 13 Porquês. A história de Hannah (Katherine Langford) pode ser a de diversos jovens que a assistiram: bullying. A garota nova do Liberty High teve uma breve passagem por ali que resultou em sua morte precoce e numa marca difícil de apagar. Com sua ambientação em um colégio numa pequena cidade, a série conta em treze episódios as razões pelas quais a jovem se suicidou.
No livro, Clay Jensen é a peça central. Na série, Dylan Minnette interpreta o personagem e é o responsável por conduzir o expectador no decorrer das fitas. A regra é clara: ouça as fitas e as repasse para o próximo. É assim que o desenvolvimento acontece, quando Jensen começa a ouvir toda narração de Hannah e os motivos que a levaram a tirar a própria vida.
A série aborda questões muito importantes e verdadeiras sobre a adolescência. Logo nos dois primeiros episódios somos impactados pela narrativa feita por Hannah. e como seu sofrimento começou. Encarar a fase adolescente não é fácil e somar a isso abusos, difamações, depressão, bullying e isolamento pode ser uma bomba capaz de implodir alguém.
Qual adolescente nunca presenciou na escola alguma lista de "quem é a mais bonita ou mais feia", ou ainda casos de difamações sobre alguma menina e sua índole? A tratativa dada na produção da Netflix por vezes é branda, mas é uma realidade a ser discutida. O sofrimento de Hannah é palpável e Katherine conseguiu dar vida a ela de forma excepcional. Mais do que a dor dela, que nos faz refletir sobre muito do que já vivemos, os acontecimentos trazem à tona diversos questionamentos sobre como palavras podem e conseguem machucar e o que cada um de nós pode ter vivenciado em algum momento da vida. A garota sentiu na pele o que é o bullying em sua forma mais pesada e mesmo assim tentava acreditar que ainda tinha amigos, que podia ser inserida em algum grupo; o que não ocorria de fato.
Os dramas que acompanham Hannah Baker são, em suma, aquilo que todo jovem já conhece, entretanto, a garota é aquele tipo esteticamente perfeita, que poderia ter tudo e todos a seus pés acaba não tendo nada. Os 13 Porquês é um leque de informações sobre depressão e como alguém pode querer encontrar respaldo para isso. A série é uma espécie de alerta, um grito de socorro por parte da vítima que quase nunca é ouvida e raramente recebe ajuda necessária.
A produção, no entanto, divide opiniões. Para a Headspace, uma organização de saúde mental estadunidense, o modo como o suicídio e a depressão são retratados precisa ser criticado. “Há uma responsabilidade que as emissoras precisam assumir ao saber que estão mostrando ao seu público cenas de grande impacto, principalmente quando esse público é tão jovem”, disse o Dr. Steven Leicester ao Huffington Post Austrália. “Não é como mostrar acidentes de carro ou câncer. Demonstração irresponsáveis de suicídio pode gerar mais mortes”, explicou ele.
O abuso físico e psicológico é muito aparente ao decorrer dos episódios. Os atores conseguiram transmitir o sentimento de cada personagem incorporado em seus dilemas pessoais. Hannah pode ser a protagonista, mas em cada fita o expectador descobre um pouco mais dela e sobre quem ela fala. Apesar de todos serem responsáveis pelo o que a garota sofre, eles também têm sérios problemas para lidas. Mas vale lembrar que isso não justifica nenhum ato cometido.
Os 13 Porquês pode despertar diversas sensações e percepções para cada um que a assiste. Àquele jovem do ensino médio que gosta de praticar bullying, denegrir a imagem de alguma garota ou achar que é permissivo algum tipo de abuso físico e mental, a história de Hannah pode ser um toque no ombro do tipo "Hey, olha, você não tá fazendo algo legal, ok?!". Para quem sofre de depressão e precisa de ajuda, pode ser um alerta que o fim não é a solução e todo tipo de acompanhamento é importante. A atuação do elenco (novos no ramo) consegue transmitir com clareza o tema bullying e conteúdo da primeira temporada entretém e pode servir como aprendizado para todos nós.
Assinar:
Postagens (Atom)