Na Telinha - The Handsmaid's Tale (1ª Temporada)

2 de agosto de 2017

Baseada na obra de Margaret Atwood
Título: The Handsmaid's Tale
Temporada: 1 | Episódios: 10
Distribuidora: Hulu
Elenco: Elisabeth Moss, Joseph Fiennes, Yvonne Strahovski, Alexis Bledel, Madeline Brewer, Ann Dowd, O. T. Fagbenle, Max Minghella, Samira Wiley
Gênero: Drama/Distopia
Ano: 2017
Duração: 52min
Classificação: +16
Nota:
Sinopse: Depois que um atentado terrorista ceifa a vida do Presidente dos Estados Unidos e de grande parte dos outros políticos eleitos, uma facção catolica toma o poder com o intuito declarado de restaurar a paz. O grupo transforma o país na República de Gilead, instaurando um regime totalitário baseado nas leis do antigo testamento, retirando os direitos das minorias e das mulheres em especial. Em meio a isso tudo, Offred é uma "handmaid", ou seja, uma mulher cujo único fim é procriar para manter os níveis demográficos da população. Na sua terceira atribuição, ela é entregue ao Comandante, um oficial de alto escalão do regime, e a relação sai dos rumos planejados pelo sistema.
Exibida pelo serviço de streaming Hulu, The Handsmaid's Tale é uma série baseada no livro homônimo de Margaret Atwood lançado em 1985 (O Conto da Aia, publicado pela Editora Rocco no Brasil), que se passa num futuro distópico onde poluição e radiação não só degradaram o meio ambiente, como causaram danos que afetaram diretamente na fertilidade das pessoas. Os Estados Unidos foram dissolvidos após um golpe, a constituição foi suspensa, e agora o país se tornou a República de Gileade. Trata-se de um regime totalitário e fundamentalista, em que a bíblia, ou o livro sagrado, é interpretada de forma literal se transformando na base dessa sociedade, e qualquer um que faça ou fale qualquer coisa que tenha se tornado proibida, como ler, cantar, usar métodos contraceptivos ou até mesmo amar, é condenado à morte e pendurado em praça pública até apodrecerem para servir de exemplo.


Mulheres inférteis, feministas e outras que se rebelam ou não tem serventia são enviadas para trabalhos forçados nas Colônias, locais onde o lixo tóxico e os níveis de radiação são tantos que elas morrem em pouco tempo. Médicos a favor do aborto são enforcados, assim como padres que tentem ajudar alguém de alguma forma, e homossexuais por serem considerados traidores de gênero. Todos devem ser punidos, e Os Olhos, um tipo de exército que tomou as ruas, sempre está vigiando.
Escolas e faculdades foram destruídas, os empregos são pontuais de acordo com a necessidade e até o modo de vida de forma geral é tradicional e conservador, a ponto de aparatos tecnológicos como rádio, televisão, telefone e internet serem proibidos para que não influenciem ninguém, e nem propaguem o que não é mais permitido. Ninguém tem voz, ninguém tem vez.


Sem direitos, as mulheres foram divididas em castas, onde algumas delas são propriedades do governo. A fertilidade é uma dádiva divina, e se restaram algumas mulheres férteis, é devido a um propósito bíblico. Assim como Bila serviu Raquel (Gênesis 30:3-8), essas mulheres, agora chamadas de Aias, vão servir os Líderes dos Fiéis e suas esposas estéreis, gerando filhos para eles. As Aias são obrigadas a procriar, cumprindo, assim, suas "funções biológicas", deixando de ser donas dos próprios corpos. Depois de passarem por um treinamento dado pelas Tias, que envolve humilhação, castigos constantes e, dependendo do caso, até mutilação, elas são dolorosamente etiquetadas para identificação, obrigadas a se vestirem de vermelho e usarem uma touca branca com abas enormes em volta do rosto para impedir que elas olhem os redor, e depois são levadas para as casas dos comandantes casados para engravidarem num ritual bizarro chamado de estupro "cerimônia".
Elas devem abdicar de seus nomes reais e adotar patronímicos (uma junção de Of + primeiro nome do comandante), que indicam que elas pertencem a um determinado homem do alto escalão. Depois de engravidarem, devem entregar o filho aos seus "verdadeiros pais", e, então, irem para outra casa e servir outra família abastada com o mesmo propósito.


Nesse cenário, conhecemos June Osbourne, uma mulher que foi forçada a se separar de seu marido e filha pois a união de um segundo casamento passou a ser considerada inválida, e que agora vive como Aia na casa do comandante Fred Waterford, passando a se chamar Offred. Ela, assim como todas as Aias, são vigiadas de perto, seja pelas Marthas, a casta das governantas, ou até pelas outras Aias das casas vizinhas, o que as leva a nunca saber em quem podem confiar. Offred é forçada a sempre obedecer, e através dela vamos acompanhando a vida difícil nesse modelo de sociedade cujo poder masculino e patriarcal imperam, sem possibilidade de questionamentos, e onde a culpa pelos erros, ou até crimes, cometidos pelo homem sempre é da mulher... Acompanhamos todos os dramas e os horrores pelos quais Offred passa como Aia, assim como flashbacks de seu passado mostram como a liberdade foi sendo extinta de forma gradual enquanto uma guerra civil iminente desencadeou todas as mudanças.
Offred acredita que Luke, seu marido, está morto, mas ela ainda tem esperança de reencontrar a filha que fora levada, Hannah, e somente por esse motivo ela decide enfrentar esse destino terrível em meio aos Waterfords, principais figuras que colaboraram na elaboração do golpe, das novas leis, e no então surgimento da República de Gileade.


A série retrata de forma bastante assustadora e revoltante como a opressão, a intolerância e, principalmente, o fundamentalismo religioso na política são utilizadas como estratagema para extinguir direitos em prol da uma minoria que detém o poder. Minoria esta que não é apenas corrupta, mas também hipócrita, já que suas atitudes não condizem com o que eles impuseram ao povo e a si mesmos.
Uma aproximação ou envolvimento mais íntimo com a Aia, desde olhares ou toques que vão além da Cerimônia, é passível de severa punição caso sejam pegos ou denunciados, mas a maioria dos comandantes se deixa envolver com a desculpa de que "a carne é fraca", ou ainda culpam a esposa por colocá-los nessa situação, mesmo que sejam tementes a Deus e saibam mais do que ninguém o significado de pecado.


Além dos dramas de Offred, há também os conflitos que Fred e Serena Waterford enfrentam. Fred vive assombrado pelo suicídio da Aia anterior e tenta evitar que Offred tenha o mesmo destino sendo "gentil" com ela, e Serena, que, ao lado do marido, ajudou a fundar a República de Gileade, agora tem que se conformar em não passar de uma mera esposa vivendo à sombra do marido. Tudo isso a tornou uma mulher amargurada e frustrada por não poder ser mãe, de modo que a cada menstruação de Offred, ela não hesita em agradí-la e castigá-la, e não se importa em recorrer a meios proibidos para conseguir o que quer.


Obviamente com tamanha opressão, é de se esperar que haja conspirações e grupos de resistência que vão contra esse regime, mas pelo fato de tudo ser proibido e as condenações serem as piores possíveis, as coisas são muito sutis, discretas e vão evoluindo aos poucos sem que haja, de fato, uma resolução. Pelo menos não ainda nesta primeira temporada.

O uso das cores para identificar a função de cada um na sociedade combinou bem com a proposta de "limpar" o país da sujeira, organizando tudo de forma que qualquer um que olhe já saiba quem é quem. As Aias se vestem de vermelho, as Marthas de cinza, as Tias de marrom, as Esposas de azul-turqueza, e os membros d'Os Olhos de preto, sempre armados com metralhadoras. Esse elemento deixou a fotografia rica e cheia de constrastes, pois as cores são sempre bem vivas e se destacam em meio aos cenários.


Num país onde mal se tem o direito de falar, o que resta é expressar os sentimentos mais profundos através do olhar, e isso foi um fator essencial na atuação dos atores. As expressões lhes dão um ar de mistério, morbidez, constrangimento e sofrimento, mas nunca de felicidade, dando muito mais credibilidade para que a situação em que vivem se tornasse convincente e crível.

The Handsmaid's Tale é um convite à reflexão sobre o quão frágil a sociedade pode se tornar ao ser privada de direitos e liberdade quando sucumbida à opressão, o fanatismo e a intolerância religiosa.

O Hulu não está disponível no Brasil e não há confirmação de um possível canal que tenha comprado os direitos de exibição da série. A segunda temporada já foi confirmada e está prevista para estrear em 2018.

Resumo do Mês - Julho

1 de agosto de 2017


Ainda em ritmo de festa pós-parto, continuo um pouco enrolada com as pendências bloguísticas, mas até que já dei jeito em algumas na medida do possível.
Não ando entrando em Facebook pra não me distrair e nem perder o foco quando consigo sentar aqui pra poder escrever alguma coisa, então o tempo que fico longe do pc, quando não fico por conta do Ian, esse pacote gordo, estou pondo a leitura em dia ou me afundando em séries. Assisti The Handmaid's Tale semana passada e tô de ressaca até hoje. A crítica inclusive já foi programada e vai ao ar amanha, então não deixem de conferir porque é uma série super relevante nos dias de hoje e que realmente vale o tempo.

Lucas foi pros EUA a trabalho e vai ficar um bom tempo por lá. Posso falar que, mesmo super feliz pela conquista dele, já tô com saudades dele aqui nesse cantinho? Enquanto ainda não bolo um esquema para recrutar colaboradores (por falta de tempo e coragem), minha amiga Denise, do blog Eu Pratico Livroterapia, veio aqui pro LC me dar um help com as resenhas atrasadas, e até com as críticas de filmes/séries, e não poderia estar mais agradecida e feliz pela ajuda que ela anda me dando. Não tenho nem palavras pra agradecer.
Mas chega de ladainha e chororô, bora ver que que fizemos esse mês aqui no blogdoce:

♥ Resenhas
- O Bom do Amor - Chris Melo  e Laís Soares
- Mestre das Chamas - Joe Hill
- A Rosa e a Adaga - Renée Ahdieh
- A Ordem dos Clarividentes - Samantha Shannon
- Ninguém Nasce Herói - Eric Novello
- As Tumbas de Atuan - Ursula K. Le Guin
- Quinze Dias - Vítor Martins
- Graça Infinita - David Foster Wallace
- A Química que Há Entre Nós - Krystal Shuterland
- Três Coroas Negras - Kendare Blake

♥ Na Telinha
- Okja
- O Mínimo Para Viver
- O Estranho Mundo de Jack

♥ Caixa de Correio de Julho


Caixa de Correio #65 - Julho

31 de julho de 2017

Útimo dia do mês, pra variar, é dia de caixinha! Esse mês recebi algumas cortesias que andava de olho e comprei um livro só, já que ando mais pobre que tudo XD
Espiem:

Mil Beijos de Garoto - Tillie Cole

29 de julho de 2017

Título: Mil Beijos de Garoto
Autora: Tillie Cole
Editora: Planeta
Gênero: Romance/Young Adult
Ano: 2017
Páginas: 400
Nota:★★☆☆☆
Sinopse: Um beijo dura um instante. Mas mil beijos podem durar uma vida inteira. Um garoto. Uma garota. Um vínculo que é definido num momento e se prolonga por uma década. Um vínculo que nem o tempo nem a distância podem romper. Um vínculo que vai durar para sempre. Ao menos era o que eles imaginavam. Quando, aos dezessete anos, Rune Kristiansen retorna da Noruega para o lugar onde passou a infância – a cidade americana de Blossom Grove, na Geórgia –, ele só tem uma coisa em mente: reencontrar Poppy Litchfield, a garota que era sua cara-metade e que tinha prometido esperar fielmente por seu retorno. E ele quer descobrir por que, nos dois anos em que esteve fora, ela o deletou de sua vida sem dar nenhuma explicação.

Resenha: Aos cinco anos de idade, Poppy e Rune se tornaram amigos inseparáveis desde quando ele veio da Noruega e se mudou pra casa ao lado da dela, em Blossom Grove, na Georgia. Aos oito, quando a avó de Poppy estava prestes a morrer, ela entrega um jarro cheio de corações de papel para a neta e lhe dá uma missão: preencher o jarro com mil beijos de garoto. E Rune é o garoto ideal para ajudar Poppy nessa tarefa ao longo dos anos, e nada poderá atrapalhar.

A leitura é fácil mas não fluiu muito bem pra mim. A história é relativamente simples pra se estender por 400 páginas já que tudo é repetitivo e minuciado demais, o que considero bastante cafona pois, claramente, as coisas parecem estar alí para fazer com que o leitor imagine as cenas românticas e se impressione com as belezas descritas, como por exemplo, pétalas das flores caindo lentamente, vento leve que bate e revela o olhar misterioso, hálito mentolado e fresco, sentimento que não cabe em mim, corações explodindo de tanto amor, e por aí vai...
Mas o que não consegui engolir mesmo, além do romance ser meloso e maçante por não ter nada que alivie ou desvie o foco da obsessão que é aquele sentimento que existe alí, foi a incredulidade que a construção dos personagens me passou. Eles são adolescentes mas a forma como se comportam não é crível - nem aceitável pra mim. O drama que a autora inseriu pra evidenciar e reforçar a ideia de um amor eterno não me convenceu pois é exagerado demais.

Até concordo que a ideia de um sentimento que vem crescendo desde a infância e dura pra sempre é bonitinha, mas quando esse amor não parece ser amor, mas sim uma coisa bem doentia que beira a obsessão, tudo muda de figura. A começar pelo "Poppymin" que, literalmente, significa "minha Poppy", a Poppy que pertence a Rune, ou a antipatia que ele tem das meninas da escola que ficam tentando "roubá-lo" de sua amada. Em determinado ponto Rune deve voltar a Noruega e os dois precisam se distanciar, mas a impressão que dá é que o mundo vai acabar alí mesmo tamanha a sofrência. A vida de Rune não vale mais nada, ele não tem mais motivos pra sorrir ou pra viver, e a melhor coisa a se fazer depois dessa desgraça terrível é se transformar num rebelde sem causa porque a única coisa que lhe trazia luz era sua Poppy e, sem ela, agora só resta trevas. O moleque só tem quinze anos, socorro! Aquele meme do Batman metendo a mão na cara do Robin pode ser inserido aqui.
O amor é tão "épico" que não há brechas nem pra supormos que em algum momento um deles poderia cogitar a hipótese de aceitar outras pessoas em suas vidas, independente do motivo. Eles se pertencem pra sempre e amém. Assim, senti que os personagens não eram "naturais", não pareciam ser reais e em momento algum eu consegui acreditar no que estava acontecendo.
Não existe personagens além dos protagonistas que chamam a atenção ou estão alí pra colaborar com o desenvolvimento da trama. Todos estão alí como meros figurantes com aparições pontuais, convenientes e relevância zero.

O projeto gráfico desse livro é a coisa mais linda e tenho orgulho em dizer que é uma das capas mais bonitas que ja vi. Simples, fiel ao conteúdo, com cores pastéis, delicadas e agradáveis de se ver, mas é uma pena quando a capa supera a história.

E sim, no final de tudo entendi que existem relacionamentos que vão além do plano físico, que é algo espiritual como se as pessoas não se conhecessem por acaso e estivessem num tipo de missão umas com as outras, e a tarefa aqui não é exatamente a dada pela falecida avó, mas algo maior e ligado ao destino dos envolvidos. O jarro de corações foi só um artifício utilizado para se atingir o "grandioso fim". Porém, por mais intenso e bonito que tudo isso possa parecer, a forma como a história foi desenvolvida e apresentada talvez não seja para qualquer tipo de público, e já no início percebi que eu não faria parte do time que amou Poppy e Rune, principalmente porque fiquei com uma impressão bem negativa de achar que a autora tentou romantizar a obsessão de Rune por Poppy quando sabemos que uma pessoa ciumenta e controladora ao extremo não pode trazer algo de bom pra ninguém...

Em suma, pra quem curte um romance adolescente piegas, Mil Beijos de Garoto deverá agradar muito. É o tipo de livro que parece ter sido escrito para fazer os leitores se deprimirem e se debulharem em lágrimas, porém, o efeito causado em mim foi outro...

Novidades de Julho - Verus

26 de julho de 2017

Esposa Até Segunda - Noivas da Semana #2 - Catherine Bybee

O segundo livro da série Noivas da Semana. Carter Billings: com seus cabelos loiros, olhos azuis e beleza hollywoodiana, ele pode ter a mulher que quiser. Mas, quando decide concorrer à vaga de governador do estado da Califórnia, Carter sabe que vai precisar abandonar a vida de solteiro e se tornar um homem de família. E para isso ele precisa de uma esposa. Entra Eliza Havens, que gerencia a agência de casamentos Alliance. Eliza Havens: ela está feliz por sua amiga Sam ter arrumado um marido rico e atraente. Só tem um detalhe que a deixa louca da vida: o melhor amigo dele, o sexy e ousado Carter Billings. Eliza nunca brigou tanto com um homem — e nunca conheceu alguém que mexesse tanto com ela. Juntar pessoas solitárias é a maneira como Eliza ganha a vida, porém um obscuro segredo do passado a faz descartar totalmente a possibilidade de se casar. Pelo menos foi assim até agora...

Mate o Próximo - Federico Axat

Ted McKay tem tudo: uma mulher linda, duas filhas, um alto salário. Após ser diagnosticado com um tumor cerebral, ele toma a drástica decisão de tirar a própria vida. Quando está prestes a apertar o gatilho, Ted é interrompido pelo toque insistente da campainha. E, ao olhar para sua mesa no escritório, encontra o seguinte bilhete: “Abra a porta. É sua última saída”.
Intrigado, Ted deixa a arma de lado e abre a porta. E então mergulha em um pesadelo arrepiante, que vai fazê-lo duvidar da própria sanidade. À sua frente está um desconhecido chamado Justin Lynch, que não apenas sabe o que Ted estava prestes a cometer como lhe faz uma proposta difícil de recusar, um plano para evitar que sua família sofra as consequências devastadoras de um suicídio.
Ted aceita a proposta do estranho homem, sem imaginar que o bilhete em seu escritório e a oferta de Lynch são apenas o começo de um jogo macabro de manipulações. Alguém plantou um caminho de migalhas, que Ted vai recolher. Alguém que o conhece melhor que ninguém, que o fará duvidar de suas próprias motivações e também das pessoas que o cercam.
Às vezes, nós só podemos confiar em nós mesmos. E, em algumas ocasiões, nem mesmo isso.

O Fugitivo de Oza-Gora - Oníria #2 - B. F. Parry

Neste segundo volume da série Oníria, Eliott, acompanhado de seus fiéis amigos Farjo e Katsia, chega ao maravilhoso reino de Oza-Gora, onde finalmente vai encontrar o Mercador de Areia, a única pessoa que pode revelar a este segundo volume da série Oníria, Eliott, acompanhado de seus fiéis amigos Farjo e Katsia, chega ao maravilhoso reino de Oza-Gora, onde finalmente vai encontrar o Mercador de Areia, a única pessoa que pode revelar a origem do sonho mortífero no qual seu pai está preso há meses. Mas, para libertar o pai, o garoto precisará localizar Jabus, o mais perigoso dos aprendizes do Mercador de Areia.
Sua missão é ainda mais arriscada porque acontece em meio à terrível revolução dos pesadelos. À frente dessa revolta está a Besta, que capturou a princesa Aanor e está decidido a se casar com ela à força, a fim de consolidar seus planos maquiavélicos.
Eliott, então, se vê diante de um dilema: salvar seu pai ou a princesa por quem está apaixonado? Os rebeldes imploram que o garoto não tente nenhuma loucura — ele deve permanecer escondido, é uma questão de vida ou morte. Mas Eliott é determinado demais para desistir, e não pode abandonar Aanor ou o pai à própria sorte...

Só Se Vive Uma Vez - Pense Rápido #2 - Bridie Clark

Um livro interativo em que você decide o rumo da história. Clark constrói habilmente a história para que, não importa a sua escolha, você esteja destinada a ter um ano frenético
Você sobreviveu ao primeiro ano na Academia Kings, a prestigiosa escola de elite nas colinas de New Hampshire, mas espere um pouco para comemorar — parece que o segundo ano vai ser o real problema. Você terá de lidar com o estresse de se manter em dia com uma quantidade insana de lição de casa. Sem contar que suas colegas de classe estão dando festas incríveis de dezesseis anos e, se você quiser ter uma também, vai precisar arrumar um emprego.
Você vai escolher o trabalho como babá na cidade (e fingir não notar o flerte descarado do pai da criança)? Ou vai conseguir um estágio no New York Times — oferecido a você como um suborno —, além de ficar com um universitário?
Recheado de caminhos e reviravoltas surpreendentes, este pode acabar sendo o melhor ano da sua vida... ou pode fazer você voltar aos prantos para casa. Quaisquer que sejam as decisões que você tomar, o ano promete ser inesquecível. Mas escolhas devem ser feitas rapidamente, e você terá de decidir que riscos correr para conseguir status social, aventuras, sucesso e amor.

Três Coroas Negras - Kendare Blake

25 de julho de 2017

Título: Três Coroas Negras - Três Coroas Negras #1
Autora: Kendare Blake
Editora: Globo Alt
Gênero: Fantasia/Young Adult
Ano: 2017
Páginas: 304
Nota:★★★★☆
Sinopse: Três herdeiras da coroa, cada uma com um poder mágico especial. Mirabella é uma elemental, capaz de produzir chamas e tempestades com um estalar de dedos. Katharine é uma envenenadora, com o poder de manipular os venenos mais mortais. E Arsinoe é uma naturalista, que tem a capacidade de fazer florescer a rosa mais vermelha e também controlar o mais feroz dos leões.
Mas para coroar-se rainha, não basta ter nascido na família real. Cada irmã deve lutar por esse posto, no que não é apenas um jogo de ganhar ou perder: é uma batalha de vida ou morte. Na noite em que completam dezesseis anos, a batalha começa.

Resenha: Comecei a ler o livro Três Coroas Negras, escrito por Kendare Blake e publicado pela Globo Alt, sem grandes pretensões. Meio que sabia do que se tratava: três irmãs que competiam pela coroa. Era isso! Que nada, tem muito mais!

Uma Rainha gera trigêmeas, cada uma com uma dádiva. Elas vivem juntas até os seis anos de idade, quando são separadas e criadas em outros lugares, com outras famílias.
Katherine vai viver em Greavesdrake Manor, com Natalia e sua irmã Genevieve. Ela é uma envenenadora. Consegue envenenar e consumir vários venenos sem morrer.
Arsinoe, uma naturalista que vai viver com Jules e sua mãe em Wolf Spring. Sua dádiva faz com ela faça florescer, amadurecer frutos e controlar animais.
E Mirabella, uma elemental que consegue controlar os elementos. Pode criar tempestades incríveis, controlar o fogo, a água e a terra. Foi viver em Rolanth com Luca, outra elemental.

Cada uma das irmãs vai viver no lugar onde o povo local tem a mesma dádiva, para poder treinar as meninas de maneira adequada. Neste treinamento, elas aprendem, inclusive, a odiar as irmãs, porque não podem ter bons sentimentos por elas pois a irmã que se revelar mais forte será a que de fato se tornará A Rainha, que tem como primeiro, e mais importante, objetivo, assassinar as duas irmãs mais fracas.

Elas estão com dezesseis anos, têm um ano para o prazo final, para, finalmente, uma delas ser coroada. Sem contato e sem mais se reconhecerem, as trigêmeas treinam suas dádivas e seu ódio. A mais forte até então é Mirabella. Porém, por três gerações, os envenenadores estão no poder e é assim que todos querem que continue. Todos os envenenadores, claro!

Tempos antes, há uma espécie de reunião onde cada uma vai mostrar seus poderes, e quem ainda não os conquistou, vai ter que dar um jeito de enganar as outras. Por causa de uma manobra política muito bem feita, cada uma pensa o pior da outra, cada uma delas pensa que a outra é mais forte e cada uma delas vai fazer de tudo, tudo mesmo, para superar as irmãs!
Na tal reunião, tudo desanda. Traidores surgem, tentativas de assassinato acontecem, e quem a gente acha que está de um lado, está de outro. Uma confusão acontece, e se o ódio que elas sentiam entre si era grande, tudo mudou. Nesta reunião, máscaras caem e outras surgem, uma trama muito bem arquitetada se consolida, e me parece que tudo ruiu mais por sorte do que por arquitetação política.

Mas gente, que livro é esse??? Ainda não sei se amei ou odiei. Não, não odiei, fiquei surpresa isso sim, porque agora eu quero ler a sequência e... cadê ela???  Uma coisa que me incomodou foi que essas meninas são tomadas por rainhas, tratadas como tal e ao mesmo tempo, maltratadas por suas tutoras pois a única coisa que interessa é o poder. É o objetivo de que a sua rainha seja a mais forte sem medir consequências é o que importa.

Há uma trama política maior do que parece. Eu fiquei com a impressão de que o jogo nem começou e daqui pra frente a coisa vai piorar. Queria que essas meninas se unissem e espero mesmo que isso aconteça, apesar de não ver sinal nenhum disso aqui.

A leitura não é leve, é tudo bem intrincado, bem emaranhado e quando achamos que a história está tomando um rumo, ela vira para outro lado, porém é fluída e prende a gente. O início é bastante explicativo para que o leitor possa ser introduzido a este universo e isso pode ser um pouco cansativo, mas no decorrer da leitura o ritmo melhora bastante. A autora soube trazer um tema pesado de uma forma agradável de ler e a cada hora nos vemos torcendo para uma das irmãs. Sinceramente, terminei o livro sem saber por qual delas torcer.

Cada capítulo traz o ponto de vista de uma das irmãs e isso nos deixa a vontade para conhecê-las, amar ou odiar cada uma delas e suas tutoras!
Achei a capa muito bonita e condizente com o conteúdo do livro. A diagramação é ótima, as páginas são amarelas e não percebi erros durante a leitura.

A leitura é indicada não somente para os fãs de fantasia, mas também para aqueles que procuram por livros que trazem críticas sociais, religiosas e políticas, assim como levanta a questão do amor fraternal dissolvido em prol da busca pelo poder.