A Herdeira das Sombras - Anne Bishop

4 de setembro de 2017

Título: A Herdeira das Sombras - As Joias Negras #2
Autora: Anne Bishop
Editora: Arqueiro
Gênero: Dark Fantasy
Ano: 2014
Páginas: 480
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Há 700 anos, num mundo governado por mulheres e onde os homens são meros súditos, uma profetisa viu na sua teia de sonhos e visões a chegada de uma poderosa Rainha. Jaenelle é essa Rainha. Mas mesmo a proteção dos Senhores da Guerra não impediu que os seus inimigos quase a destruíssem. Agora é necessário protegê-la até as últimas consequências.
Três homens estão dispostos a dar a vida por Jaenelle. Mas há quem esteja disposto a tudo para controlar ou destruir a Rainha. Conseguirá ela cumprir o seu destino como detentora do maior poder que o mundo jamais conheceu?

Resenha: A Herdeira das Sombras é o segundo livro da trilogia As Joias Negras, escrito por Anne Bishop e publicado pela Editora Arqueiro.

Por se tratar do segundo volume, a resenha poderá ter spoilers do livro anterior!

O final do primeiro livro foi triste e pesado mais que a conta! Jaenelle foi enviada para o lugar onde conhecia como um hospital, ou clínica. algo que tratava de sua loucura, já que era o que sua família pensava dela, que era uma criança instável, louca. Lá ela foi violada e estuprada por Greer a mando de uma das Rainhas que não queriam deixar o poder. A menina ficou devastada a tal ponto que mergulhou no Reino Distorcido. Lá, sua mente foi destroçada e o caminho a seguir para colar os cacos seria longo, ou nunca aconteceria.
Daemon entrou atrás dela no Reino e até agora não saiu. Mas conseguiu colar uns poucos cacos que mostraria à menina que o amor é bonito e existe, não é aquela coisa feia que ela conhecera. Isso foi só o suficiente para que ela não se destruísse de vez.
Dois anos se passaram e Jaenelle ainda dormia, vivendo naquele Reino que ninguém sabia se sairia. Enquanto isso, Saetan zelou por ela, e protegeu seu corpo adormecido.
Lucivar, o outro filho de Seatan e, então, irmão adotivo da menina, foge das minas de sal onde era escravo, encontra sua família e jura proteger a Rainha, que agora está com 17 anos e, de certa forma, ainda junta os cacos em decorrência dos dois anos vividos no reino Distorcido.
Depois que ela finalmente está acordada e recuperada, Seatan acolhe os vários amigos que a menina havia feito ao longo de sua caminhada. Assim se forma uma aliança forte, embora improvável, mas que vai ser muito importante para o futuro de todos ali.

Jaenelle é a Feiticeira mais poderosa que surgiu em milênios, mas não quer ser Rainha, não quer mandar em ninguém, nem quer que a vida de ninguém dependa dela. Mas as coisas se moldam de um jeito que ela não vê outra maneira a não ser aceitar o que o destino reservou para ela: Se tornar Rainha e, com isso, várias cortes independentes se unem à dela a fim de acabar com os desmandos e com os absurdos praticados pelas mulheres ao longo de tanto tempo. E na corte na garota estão todos seus amigos de infância, Seatan e Lucivar. Falta Daemon, que está destinado a ser o parceiro da garota, mas ainda caminha no Reino Distorcido.

O livro é narrado em terceira pessoa, mas ainda assim conseguimos captar a essência dos personagens e seus reais sentimentos, seus dilemas e questões pessoais.
Como falei na resenha anterior, é uma leitura pesada, não flui com facilidade, mas eu gostei ainda assim. Não tinha gostado do primeiro, mas pude apreciar esse segundo muito mais, e posso dizer que aquele excesso de sexualização e escravização masculina que tanto me incomodaram no primeiro livro, diminuiu bastante aqui. Ainda existe, claro, afinal é um dos problemas a serem resolvidos pela nova Rainha, mas em menos quantidade e menos evidência.
Vemos coisas pesadas, como a violação de Jaenelle ainda criança, alguma nudez sem necessidade, mas são coisas que dá pra passar sem se incomodar (muito) por ser algo que já faz parte deste universo.

A capa é linda e manteve o mesmo padrão do livro anterior. As páginas são amarelas e os parágrafos são bem compridos.

Salvo alguns detalhes aqui e ali, principalmente com relação a fluidez da leitura, é um livro que recomendo, principalmente se você gosta de fantasia e tramas políticas bem elaboradas.

Querida Filha - Elizabeth Little

2 de setembro de 2017

Título: Querida Filha
Autora: Elizabeth Little
Editora: Rocco
Gênero: Suspense/Policial
Ano: 2017
Páginas: 368
Nota:★★★☆☆
Sinopse: A relação mãe e filha – e os segredos que podem se esconder em seus meandros – é o combustível do bem-sucedido romance de estreia de Elizabeth Little, lançamento da coleção Luz Negra, que reúne o melhor do suspense feminino contemporâneo. O livro acompanha a ex-it girl Janie Jenkins, que, ao sair da prisão 10 anos após ter sido condenada pela morte da mãe, só deseja fugir dos holofotes e encontrar o verdadeiro assassino. Só há um problema: Janie não tem certeza absoluta de que não cometeu o crime. E, seguindo a única pista que possui, inicia um périplo que a levará a uma pacata cidade em Dakota do Sul e a um revelador encontro com o passado.

Resenha: Após ter sido condenada pelo assassinato de sua mãe num caso muito mal conduzido e ter passado dez anos na prisão, Jane Jenkins acabou de ser libertada. Sem ter pra onde ir e pra quem voltar, Jane só quer passar despercebida pela imprensa, já que o caso lhe rendeu uma considerável fama, e descobrir quem foi o culpado, mesmo que ela não tenha certeza absoluta de que não cometeu o crime. Ela, então, segue a única pista que tem, uma lembrança de partes de uma conversa que ouviu da mãe antes de sua morte, que a leva para as cidades gêmeas de Ardelle e Adeline, na Dakota do Sul, e lá vai ter revelações inesperadas. Mesmo que o caso tenha tido vários erros e manipulações, a responsabilidade pelo assassinato ainda é considerada de Jane, e quando ela se encontra no anonimato para buscar por respostas, a imprensa, a fim de manter o caso e os rumores sobre o crime em alta, inicia uma verdadeira caçada contra a moça que, sob, pressão precisa agir rápido.

Narrado em primeira pessoa, acompanhamos a história pelo ponto de vista de Jane enquanto ela tenta descobrir quem foi a pessoa realmente responsável pelo assassinato de sua mãe. Em meio a isso, há dúvidas levantadas sobre a própria Jane ser ou não culpada pelo crime.
A premissa em si é bastante atraente, mas, talvez por ser um livro de estreia, não me surpreendi como pensei que me surpreenderia devido ao desenvolvimento da história. A protagonista não é alguém muito agradável e em muitos pontos é praticamente indecifrável. Há personagens construídos de forma a serem imperfeitos e desagradáveis de forma proposital, mas, depois de finalizar a leitura, não acho que a intenção da autora foi essa... Acho que a forma como Jane foi construída pecou em vários pontos. Jane tem vinte e seis anos, ficou muitos anos presa depois de ter sido acusada de matar a mãe, e tem uma personalidade que oscila, com características que não combinam por falta de coerência, o que me fez inclusive duvidar da idade dela. Ela é apresentada como uma it girl, uma patricinha rebelde sem causa, irritante, rasa, rica e com uma aparente necessidade de ser bastante popular, mesmo que tenha sofrido abusos por parte da mãe enquanto ainda era viva. Mais tarde, em suas tentativas de descobrir a verdade, ela ainda precisa lidar com a ideia de fugir dos holofotes e passa a adotar um nome falso, Rebecca, e se disfarçar para não atrair atenção de ninguém, principalmente por haver uma recompensa para quem avistá-la. No decorrer dos acontecimentos, Jane mostra o quanto é esperta e tem a mente aguçada, mas num nível tão além do esperado que não convence. Os mistérios são resolvidos muito facilmente, de forma quase impossível, e acabam subestimando a inteligencia do leitor.

Em meio a narrativa, nos deparamos com mensagens de texto que Jane troca com outros personagens, boletins de ocorrência registrados na polícia, notícias, áudios, emails, documentos e afins, e mesmo que isso seja um recurso já conhecido, de certa forma, dá um dinamismo à trama e até ajuda na compreensão de alguns fatos sem ser cansativo.

Senti que os demais personagens foram jogados no meio do enredo sem muita preocupação com seus papéis, pois ao mesmo tempo que parecem ser importantes para as investigações, ou suspeitos por qualquer motivo, há uma mudança repentina no comportamento, talvez com intenção de forçar a opinião de leitor sobre ele, ou são descartados com a mesma rapidez que apareceram.
Não acho ruim que livros de suspense tenham alguns toques pontuais de bom humor para proporcionar uma certa leveza à trama e servir como forma de escape depois de algumas situações mais tensas que aparecem, mas quando esse toque é excessivo, acaba fugindo da proposta do gênero tornando o desenvolvimento até confuso. E isso se estende até nos pensamentos de Jane e em seus diálogos, que acabam sendo bem fracos ou carregados de frases de impacto que parecem estar alí pra influenciar o leitor a um sentimento que a autora parece querer causar de forma forçada, principalmente com relação às metáforas terríveis que ela utiliza.

Um ponto que achei muito interessante foi o cenário utilizado para o desenrolar da trama, Ardelle/Adeline, pois acabou representando a dicotomia de Jane/Rebecca e o que ela espera descobrir sobre os segredos da família, já que eles poderão ser (ou trazer) as respostas que ela procura. O cenário tem detalhes o bastante e acaba podendo ser considerado como um personagem vívido e que realmente fez diferença em estar alí.

Enfim, não acho que comparar autores, principalmente quando se trata de um livro de estreia, seja algo construtivo nesse caso. Há livros do gênero melhores, é claro, mas mesmo com alguns defeitos, a ideia é promissora e o livro não é uma total perda de tempo. Vale a leitura, nem que seja pela ideia de refletir sobre como a mídia não descansa quando o assunto é o ibope gerado sobre algo de grande repercussão e como a vida dos envolvidos é afetada por isso.

Resumo do Mês - Agosto

1 de setembro de 2017


Agosto até que foi um mês bastante produtivo levando em consideração que quanto mais Ian cresce, mais tempo preciso dedicar a ele. O menino tá muito espuleta, mal fez três meses e já anda me deixando de cabelo em pé já que ele sai rolando pela cama afora e anda dormindo cada vez menos. Eu até que queria ir na Bienal esse ano, mas levar ele na mala seria impossível, e $$$tempo$$$ que é bom, não tenho nenhum. O jeito é me programar para os próximos anos...

♥ Resenhas
- Quando Você Estava na Minha Barriga - Thrity Umrigar
- 30 Dias para Mudar: Whole30 - Melissa e Dallas Hartwig
- A Filha do Sangue - Anne Bishop
- Levana - Marissa Meyer
- O Livro das Coisas que Nunca Aconteceram - Ana Luiza Savioli
- Anna e o Planeta - Jostein Gaarder
Ninguém Vira Adulto de Verdade - Sarah Andersen

♥ Na Telinha
- The Handsmaid's Tale
- O Poderoso Chefinho

♥ Caixa de Correio de Agosto
Com Funkos e box especial de Friends! ♥


PS.: Vou ter que postar algumas resenhas retroativas no mês de Agosto, então depois volto pra editar a postagem e completar a lista XD

Caixa de Correio #66 - Neverending Agosto

31 de agosto de 2017

Último dia desse mês que nunca acaba, Senhor! Até que enfim! Acho que o nº 8 pra agosto cai muitíssimo bem, visto que é o símbolo do infinito de pé.
Esse mês recebi algumas cortesias lindas! Acabei resistindo bravamente e deixando de comprar alguns livros divinos nessas promoções loucas que rolaram na Saraiva, Amazon, Americanas e sei lá onde mais, mas por um motivo maior: comprei Funkos e o box de Friends! ♥♥♥
E não reclamei de ter passado as promos já que minha pilha de livros anda tão gigante que acumular mais, sendo que nem sei quando vou poder ler, é besteira. Inclusive penso em montar um mini sebo online pra liberar espaço e praticar o desapego literário.

Espiem o que recebi:

Ninguém Vira Adulto de Verdade - Sarah Andersen

29 de agosto de 2017

Título: Ninguém Vira Adulto de Verdade
Autora: Sarah Andersen
Editora: Seguinte
Gênero: Juvenil/Tirinhas
Ano: 2016
Páginas: 120
Nota:★★★★★
Sinopse: As tirinhas certeiras de Sarah Andersen, que já contam com mais de 1 milhão de fãs no Facebook, registram lindos fins de semana passados de pernas pro ar na internet, a agonia de andar de mãos dadas com alguém de quem estamos a fim (e se os dedos ficarem suados?!), a longa espera diária para chegar em casa e vestir o pijama, e a eterna dúvida de quando, exatamente, a vida adulta começa. Em outras palavras, este livro é sobre as estranhezas e peculiaridades de ser um jovem adulto na vida moderna. A sinceridade com que Sarah Andersen lida com temas como autoestima, timidez, relacionamentos e a frequência com que lavamos o sutiã torna impossível não se identificar com esses quadrinhos hilários e carismáticos.

Resenha: Ninguém Vira Adulto de Verdade reúne tirinhas muito divertidas e verdadeiras que fazem parte do dia-a-dia de uma jovem engraçada e cheia de maluquices quando o assunto é relacionamentos, autoestima e até mesmo quando o seu próprio útero está prestes a lhe pregar uma peça quando menos se espera...
As criações da autora, que são relatos de momentos do cotidiano, já eram publicadas na Sarah's Scribbles, sua página no Facebook, que já conta com mais de dois milhões de curtidas.


Eu já acompanhava algumas publicações e fiquei muito feliz com a ideia de ter um livro tão caprichado em mãos.
A capa dura, as páginas grossas e tantas ilustrações divertidíssimas são um prato cheio pra quem gosta e é fã de tirinhas.

O que eu gosto mais no livro (e na própria fanpage) é que a autora representa muitas situações dos dias de hoje de uma forma muito engraçada, como se a ideia fosse rir das próprias tragédias da vida, não importa de que tamanho sejam. Então, mesmo que eu ainda não seja adulta, pra mim foi impossível não me identificar com as comparações do antes e depois e com as ideias dela de não querer ter filhos, mas querer ter milhões de bichos de estimação, ou enxergar minha própria mãe antissocial e impaciente na pele da personagem. Ela é muito tímida e tem várias neuras quanto a isso, faz coisas que contradizem seus pensamentos, odeia ficar cercada de gente, passa por situações constrangedoras e faz cara de paisagem, vive deixando pra depois o que poderia fazer hoje por motivo nenhum (ou só pra ganhar tempo colocando seriados em dia ou lendo enrolada em cabaninhas de cobertores), deixa as pernas cabeludas por preguiça de se depilar, não abre mão de usar pijama NUNCA e ama livros e vira a noite lendo até o sol raiar. Pra cada situação tem uma atitude, um pensamento, uma reação engraçada ou carregada de sarcasmo e ironia, e até umas cutucadas de leve na forma imbecil como muita gente utiliza as redes sociais, mostrando que ser adulto é praticamente uma ilusão, pois ninguém vira adulto de verdade quando a criança que temos dentro de nós ainda está alí insistindo em nos fazer passar vergonha ou agir de modo.



É um livro divertido, feito pra arrancar muitas risadas, no meu caso gargalhadas altas mesmo, ou até mesmo pra distrair. É uma leitura rápida e que vale a pena, não só pela ideia da diversão, mas por mostrar pequenos momentos de uma recém adulta que parece ainda estar com o pé na infância e ainda está aprendendo a lidar com suas inseguranças, relacionamentos, vida social, TPM e muito mais.

Anna e o Planeta - Jostein Gaarder

28 de agosto de 2017

Título: Anna e o Planeta
Autor: Jostein Gaarder
Editora: Seguinte
Gênero: Infantojuvenil
Ano: 2016
Páginas: 168
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Pouco antes de completar dezesseis anos, Anna começa a receber mensagens em seus sonhos. Preocupados, os pais resolvem levá-la a um psiquiatra, mas o médico não acha que existe algo errado com ela. Na verdade, o excêntrico dr. Benjamin acredita que parte do que ela vê nos sonhos é real, como o agravo do aquecimento global e a consequente extinção de vários animais. Ele está certo, pois Anna está observando o mundo através dos olhos de Nova, sua bisneta que vive em 2082 e está prestes a fazer dezesseis anos. O mundo está desolado e Nova se sente cada dia mais revoltada com as gerações anteriores. Quanto mais Anna enxerga o futuro em seus sonhos, mais ela percebe que deve agir no presente. Mas será que ela vai conseguir agir rápido o suficiente para evitar que suas visões se tornem reais?

Resenha: Anna Nyrud está quase completando dezesseis anos e começa a receber mensagens durante os seus sonhos logo depois de ganhar um anel de rubi vermelho, uma joia que está na família há várias gerações. Nos sonhos ela é Nova, sua própria bisneta que está observando o mundo arruinado no ano 2082, indignada por vários animais e vegetais estarem extintos e sem entender como o ser humano deixou que as coisas chegassem naquele ponto. Como a maioria dos pais fariam num caso desses, Anna é levada a um psiquiatra, Dr. Benjamin, que não vê nada de errado com esses sonhos e acredita que o que ela vê é verdadeiro, afinal, o descaso dos seres humanos com o planeta só pode significar que, mais cedo ou mais tarde, ele vai ser destruído.
 Então Anna resolve que precisa agir para impedir que esse futuro aconteça e conta com a ajuda de Jonas, seu namorado, e do Dr. Benjamin.

Anna e o Planeta é um livro que a gente lê e fica pensando sobre o futuro quando fala de temas como aquecimento global, extinção dos animais e como essas coisas são graves para o planeta. Eu fiquei interessada no livro quando li a sinopse, mas durante a leitura senti que eu estava numa sala de aula enquanto o professor falava a mesma coisa várias vezes. A história é bem fácil de ser lida, talvez possa ser lida até por crianças, mistura o passado com o presente sem deixar as coisas confusas, com capítulos que são contados por Anna ou por Nova, mas mesmo que exista a mensagem sobre a importância de cuidarmos do nosso planeta, nada de interessante acontece e os personagens são muito superficiais. Não encontrei nenhuma aventura legal que me prendesse a atenção, só diálogos forçados com intenção de mostrar os problemas dessa realidade sem nenhuma sutileza. Foi bom, mas poderia ser melhor se os personagens tivessem mais presença, se partissem numa jornada incrível, ou se tivessem tido mais detalhes descritos pra eu torcer por eles, e não estarem ali só pra falar do mundo acabado. Se o problema ambiental fosse trabalhado de um jeito que ninguém ficasse com a sensação de ter nas mãos um livro parecido com autoajuda, com poucos personagens e um tema sendo debatido sem parar, seria melhor. Acho que refletir sobre um assunto como esse, todo mundo já reflete, é notícia da televisão, é matéria na escola, e num livro de ficção devia ter uma abordagem diferente pro assunto não se tornar cansativo.

Eu achei a capa muito bonita, com tons de rosa e lilás muito fofos, mas se a capa original tivesse sido mantida eu teria gostado muito mais. A capa brasileira faz um jogo de antes e depois com o clima que tem tudo a ver com a história, mas a original parece ter um significado mais bonito porque mostra o que devia ser preservado num globinho que costuma ser dado como lembrança, como se aquilo que estivesse lá dentro fosse mesmo uma lembrança do que já existiu.
Já estudei sobre os problemas que o livro aponta e fico preocupada com o que as gerações futuras vão enfrentar um dia se não pararmos pra pensar no que estamos fazendo com o planeta agora. Só resta que a gente reflita, tenha consciência, deixe o egoísmo de lado e preserve o que ainda existe enquanto é tempo.