Resumo do Mês - Outubro
1 de novembro de 2017
Outubro, mês das bruxinhas e de festinhas de Halloween. Espiem o que teve no blog esse mês!
♥ Resenhas
- A Estrela da Meia-Noite - Marie Lu
- A Sima de Todos os Beijos - Julia Quinn
- À Procura do Par Perfeito - Jennifer Probst
- Do Outro Lado - Carrie Hope Fletcher
- Fera - Brie Spangler
- Mister O - Lauren Blakely
- Os Mistérios de Sir Richard - Julia Quinn
- O Urso e o Rouxinol - Katherine Arden
- Lembra Aquela Vez - Adam Silvera
- A Bússola de Ouro - Philip Pullman
♥ Wishlist
- Funkos de Death Note
- Funkos de Stranger Things
♥ Caixa de Correio de Outubro
Enfim completei a coleção de funkos de Divertidamente! ♥
Caixa de Correio #68 - Outubro
31 de outubro de 2017
Mais um mês que passou voando, mais um mês onde eu não tive tempo nem pra respirar direito. Como sempre, as coisas andam bem corridas aqui, e com a notícia triste de que minha gata precisa fazer uma cirurgia devido a um tumor terrível, com muita dor no coração, comecei a tentar levantar a grana necessária vendendo meus livros. Ainda pretendo fazer um post explicando o caso e listando todos os livros que estão a venda, mas é a organização que me mata, já que preciso separar livro de cortesia (que tem carimbo da editora e não pode vender) com o que comprei ao longo dos anos, e como são mais de dois mil livros, a tarefa não é nada fácil... Tem pilha de livro pela casa toda e tá uma bela bagunça.
Como disse na caixinha do mês passado, enfim, os Funkos de Divertidamente (Alegria, Tristeza e Bing Bong) chegaram e completei a coleção dos fofildos, mas isso porque eu tive que cancelar a compra do Submarino e comprar no Mercado Livre (♥). Essas lojas de marketplace que vendem pelo Submarino, na maioria das vezes, são a maior furada e não são de confiança, então se encontrarem algo vendido pela tal Loja do Alemão (que vendem produtos sem ter estoque e deixam pra avisar um dia antes do prazo) ou Olist (que pedem um prazo eterno e não dão nenhuma satisfação sobre o envio mesmo quando o prazo está prestes a estourar), fujam, porque é 99% de chance de que você vai passar raiva... O Bing Bong comprei no Submarino também, pela My Toys. Essa é uma das poucas que se pode confiar alí, pois além de chegar rápido e bem embaladinho, o preço não é tão salgado como as outras.
Aproveitando minhas léguas (já que não to podendo gastar nenhum centavo), ainda consegui achar o Box 2 do Death Note (com os episódios 13 até 25) no Submarino (vendido pela Livraria da Folha), agora só falta o Box 3! E por falar em Death Note, também aproveitando as léguas, consegui comprar o Riuk no Sub, e pelo Mercado Livre peguei uma super promoção e comprei o L e o Light! Mercado Livre é vida, gente!
Espiem o que recebi!
Como disse na caixinha do mês passado, enfim, os Funkos de Divertidamente (Alegria, Tristeza e Bing Bong) chegaram e completei a coleção dos fofildos, mas isso porque eu tive que cancelar a compra do Submarino e comprar no Mercado Livre (♥). Essas lojas de marketplace que vendem pelo Submarino, na maioria das vezes, são a maior furada e não são de confiança, então se encontrarem algo vendido pela tal Loja do Alemão (que vendem produtos sem ter estoque e deixam pra avisar um dia antes do prazo) ou Olist (que pedem um prazo eterno e não dão nenhuma satisfação sobre o envio mesmo quando o prazo está prestes a estourar), fujam, porque é 99% de chance de que você vai passar raiva... O Bing Bong comprei no Submarino também, pela My Toys. Essa é uma das poucas que se pode confiar alí, pois além de chegar rápido e bem embaladinho, o preço não é tão salgado como as outras.
Aproveitando minhas léguas (já que não to podendo gastar nenhum centavo), ainda consegui achar o Box 2 do Death Note (com os episódios 13 até 25) no Submarino (vendido pela Livraria da Folha), agora só falta o Box 3! E por falar em Death Note, também aproveitando as léguas, consegui comprar o Riuk no Sub, e pelo Mercado Livre peguei uma super promoção e comprei o L e o Light! Mercado Livre é vida, gente!
Espiem o que recebi!
Wishlist #11 - Funko Pop - Stranger Things
30 de outubro de 2017
Stranger Things é uma série sci-fi com uma pegada de terror que se passa nos clássicos anos 80 e é cheia de referências da época. Pra quem nasceu ou passou pela década ou curte Steven Spielberg, Stephen King e John Carpenter vai curtir muito a história de um grupo de crianças que parte em busca do amigo Will, um garotinho de doze anos que desapareceu misteriosamente.
No caminho, eles encontram Eleven, uma menina mui estranha com poderes telecinéticos e que sabe onde Will está, mas ela está fugindo por ser procurada por uma agência governamental que, além de estar atrás dela devido ao seu dom, ainda tenta encobrir o que anda acontecendo na cidade de Hawkins, onde a trama se passa.
Eu assisti a primeira temporada da série numa tacada só quando foi liberada pela Netflix em 2016 e curti muito, e como a Funko não perde tempo, tratou logo de desenvolver as versões cabeçudinhas dos personagens, que claro, já quero.
No caminho, eles encontram Eleven, uma menina mui estranha com poderes telecinéticos e que sabe onde Will está, mas ela está fugindo por ser procurada por uma agência governamental que, além de estar atrás dela devido ao seu dom, ainda tenta encobrir o que anda acontecendo na cidade de Hawkins, onde a trama se passa.
Eu assisti a primeira temporada da série numa tacada só quando foi liberada pela Netflix em 2016 e curti muito, e como a Funko não perde tempo, tratou logo de desenvolver as versões cabeçudinhas dos personagens, que claro, já quero.
A Conquista - Elle Kennedy
27 de outubro de 2017
Título: A Conquista - Amores Improváveis #4
Autora: Elle Kennedy
Editora: Paralela
Gênero: Romance/New Adult
Ano: 2017
Páginas: 336
Nota:★★★★☆
Resenha: A Conquista é o quarto e último volume da série Amores Improváveis escrita pela autora Elle Kennedy. O livro foi publicado no Brasil pelo selo Paralela, da Companhia das Letras.
O foco da vez é o casal Tucker e Sabrina, que tiveram surpresas bem relevantes anteriormente e, agora, saberemos como as coisas aconteceram e como vão se desenrolar a partir de então.
Sabrina James foi abandonada pelos pais quando era criança e ficou sob os cuidados da avó que só pensa em si mesma e o padrastro odioso. Cansada da vida difícil e louca pra sair daquela casa o quanto antes, ela traçou objetivos para ser bem sucedida e nada faria com que ela desistisse. Assim, Sabrina não só trabalha em dois empregos, como também se dedica o máximo que pode para ter notas impecáveis e conseguir uma bolsa de estudos para estudar Direito em Harvard. Estando tão focada nesses planos, ela acaba não tendo tempo e nem dando importância para as coisas fúteis que a maioria das garotas de sua idade gostam, pois conquistar a tão sonhada carreira como advogada é a única coisa que importa. Isso acaba fazendo com que os outros a considerem antipática, fria e até careta.
John Tucker é jogador de hóquei, mora com (os já conhecidos) Garret, Logan e Dean e entre eles é o mais calmo e sensato. Ele não faz o tipo mulherengo e, embora jogue bem e tenha um futuro promissor, o que ele quer mesmo é ter uma vida simples e livre de complicações, uma família feliz e um negócio pra chamar de seu sem que haja chefe pra lhe mandar. Tucker, além de lindo, sempre foi o cara legal e conhecido por sua paciência, mas as coisas mudam um pouco quando seu destino cruza com o de Sabrina.
Os dois se conhecem numa festa num dos raríssimos momentos que ela decide espairecer um pouco e curtir, mas o que era pra ter ficado em apenas uma noite, se torna algo improvável e inesperado. Além de eles manterem contato com certa frequência, algo grande o bastante acontece para virar a vida deles de cabeça pra baixo a ponto de eles terem que rever seus planos e traçarem outros objetivos para si mesmos.
Levando em consideração que a primeira parte desse livro é paralela à história que se passa no livro anterior, O Jogo, os acontecimentos funcionam como um antes e depois, e acaba sendo uma forma de relembrar os fatos a quem já leu, o que pode ser um problema por tornar tudo muito repetitivo e sem maiores novidades, e quem ainda não leu vai poder se situar ao enredo.
A escrita da autora é ótima e flui muito bem. Os personagens apresentados são os melhores de toda a série e é impossível não admirar Sabrina ou suspirar por Tucker. Talvez a perfeição de Tucker possa beirar o exagero pois o cara é maravilhoso em todos os sentidos, o que me fez questionar muito se realmente existe alguém assim no mundo. Ele é diferente dos demais mocinhos do gênero e não teve traumas que pudessem interferir em seu juízo, e por mais que sua infância não tenha sido um mar de rosas, ele sempre teve o apoio e o amor incondicional da mãe. E, talvez, ter crescido tão bem amparado no que diz respeito ao carinho que recebeu, ele acabou se tornando um ótimo exemplo de lealdade e hombridade pra qualquer boy lixo a solta por aí. E essa personalidade de Tucker, leal, respeitoso e protetor, era o que faltava pra completar Sabrina.
Apesar de determinada, Sabrina ainda sofria com alguns dilemas, de ser taxada de coração gelado, e também com a ideia de se isolar para focar naquilo que queria. Era um sacrifício, mas, pra ela, valeria a pena mais tarde. Seu passado sofrível foi a motivação pra ela lutar pelo que queria, e tudo o que ela passou fizeram dela a personagem mais complexa da série, principalmente por mostrar que embora ela corra atrás dos sonhos, ela também é imperfeita e teria que aprender com os erros e aceitar uma ajuda que ela resistia em aceitar. Dessa forma, em alguns pontos, chega a ser difícil aturá-la com sua personalidade forte, mas, justamente por ter defeitos que contrastam com suas virtudes, ela é uma personagem tão interessante, e quando Tucker faz parte disso, é algo que chega a ser inspirador.
Autora: Elle Kennedy
Editora: Paralela
Gênero: Romance/New Adult
Ano: 2017
Páginas: 336
Nota:★★★★☆
Sinopse: De todos os jogadores de Hóquei da universidade de Briar, John Tucker se destaca por ser o mais sensato, gentil e amável. Diferente de seus amigos mulherengos, ele sonha com uma vida tranquila: esposa, filhos e, quem sabe, um negócio próprio. Mas nem mesmo o cara mais calmo do mundo estaria preparado para o turbilhão que ele está prestes a enfrentar. Sabrina James é a pessoa mais ambiciosa, dedicada e batalhadora do campus. Seu jeito sério e objetivo é interpretado por muitos como frieza, mas ela não está nem aí para sua fama de antipática. Tudo o que ela quer é passar em Harvard, tirar ótimas notas e conquistar a tão sonhada carreira como advogada. Só assim ela conseguirá escapar de seu passado difícil. Um acontecimento inesperado vai colocar a vida desses jovens de cabeça para baixo. Juntos, eles aprenderão que a vida é cheia de surpresas — e que o amor é a maior conquista de todas.
Resenha: A Conquista é o quarto e último volume da série Amores Improváveis escrita pela autora Elle Kennedy. O livro foi publicado no Brasil pelo selo Paralela, da Companhia das Letras.
O foco da vez é o casal Tucker e Sabrina, que tiveram surpresas bem relevantes anteriormente e, agora, saberemos como as coisas aconteceram e como vão se desenrolar a partir de então.
Sabrina James foi abandonada pelos pais quando era criança e ficou sob os cuidados da avó que só pensa em si mesma e o padrastro odioso. Cansada da vida difícil e louca pra sair daquela casa o quanto antes, ela traçou objetivos para ser bem sucedida e nada faria com que ela desistisse. Assim, Sabrina não só trabalha em dois empregos, como também se dedica o máximo que pode para ter notas impecáveis e conseguir uma bolsa de estudos para estudar Direito em Harvard. Estando tão focada nesses planos, ela acaba não tendo tempo e nem dando importância para as coisas fúteis que a maioria das garotas de sua idade gostam, pois conquistar a tão sonhada carreira como advogada é a única coisa que importa. Isso acaba fazendo com que os outros a considerem antipática, fria e até careta.
John Tucker é jogador de hóquei, mora com (os já conhecidos) Garret, Logan e Dean e entre eles é o mais calmo e sensato. Ele não faz o tipo mulherengo e, embora jogue bem e tenha um futuro promissor, o que ele quer mesmo é ter uma vida simples e livre de complicações, uma família feliz e um negócio pra chamar de seu sem que haja chefe pra lhe mandar. Tucker, além de lindo, sempre foi o cara legal e conhecido por sua paciência, mas as coisas mudam um pouco quando seu destino cruza com o de Sabrina.
Os dois se conhecem numa festa num dos raríssimos momentos que ela decide espairecer um pouco e curtir, mas o que era pra ter ficado em apenas uma noite, se torna algo improvável e inesperado. Além de eles manterem contato com certa frequência, algo grande o bastante acontece para virar a vida deles de cabeça pra baixo a ponto de eles terem que rever seus planos e traçarem outros objetivos para si mesmos.
Levando em consideração que a primeira parte desse livro é paralela à história que se passa no livro anterior, O Jogo, os acontecimentos funcionam como um antes e depois, e acaba sendo uma forma de relembrar os fatos a quem já leu, o que pode ser um problema por tornar tudo muito repetitivo e sem maiores novidades, e quem ainda não leu vai poder se situar ao enredo.
A escrita da autora é ótima e flui muito bem. Os personagens apresentados são os melhores de toda a série e é impossível não admirar Sabrina ou suspirar por Tucker. Talvez a perfeição de Tucker possa beirar o exagero pois o cara é maravilhoso em todos os sentidos, o que me fez questionar muito se realmente existe alguém assim no mundo. Ele é diferente dos demais mocinhos do gênero e não teve traumas que pudessem interferir em seu juízo, e por mais que sua infância não tenha sido um mar de rosas, ele sempre teve o apoio e o amor incondicional da mãe. E, talvez, ter crescido tão bem amparado no que diz respeito ao carinho que recebeu, ele acabou se tornando um ótimo exemplo de lealdade e hombridade pra qualquer boy lixo a solta por aí. E essa personalidade de Tucker, leal, respeitoso e protetor, era o que faltava pra completar Sabrina.
Apesar de determinada, Sabrina ainda sofria com alguns dilemas, de ser taxada de coração gelado, e também com a ideia de se isolar para focar naquilo que queria. Era um sacrifício, mas, pra ela, valeria a pena mais tarde. Seu passado sofrível foi a motivação pra ela lutar pelo que queria, e tudo o que ela passou fizeram dela a personagem mais complexa da série, principalmente por mostrar que embora ela corra atrás dos sonhos, ela também é imperfeita e teria que aprender com os erros e aceitar uma ajuda que ela resistia em aceitar. Dessa forma, em alguns pontos, chega a ser difícil aturá-la com sua personalidade forte, mas, justamente por ter defeitos que contrastam com suas virtudes, ela é uma personagem tão interessante, e quando Tucker faz parte disso, é algo que chega a ser inspirador.
A Conquista é um livro diferente dos outros da série, mas ainda mantém a mesma essência. Ele fecha a série de forma super satisfatória e não decepciona, e não só pelo fato dos personagens serem bem construídos, divertidos e bem desenvolvidos, mas por que através deles a autora mostra um lado humano, principalmente daqueles que, por ironia do destino, precisam recorrer a uma alternativa quando o que tinham como objetivo de vida não dá certo. As decisões mais importantes geralmente são tomadas nos momentos mais difíceis, e mesmo que em meio a inseguranças e receios daquilo que não se esperava, ter alguém com quem contar e que aceita que da mesma forma que há qualidades também há defeitos, as coisas ficam mais fáceis de se encarar, e o que antes era algo improvável de se acontecer, passa a ser um novo objetivo e motivo de amor maior.
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Romance
Leia.Seja. - Celebre o valor do livro na sociedade
26 de outubro de 2017
As divulgações estão sendo feitas de forma conjunta em espaços públicos, bibliotecas, lojas e plataformas virtuais, com apoio das livrarias, editoras, distribuidoras e entidades do livro.
A campanha é protagonizada por um time de personalidades do esporte, das artes cênicas, da música e da comunicação, convidadas a incorporar personagens icônicos da literatura brasileira e mundial. O técnico de vôlei Bernardinho se vestiu de Capitão Rodrigo, de “O tempo e o vento”, de Érico Veríssimo; o publicitário Washington Olivetto e a cantora Baby do Brasil fizeram Visconde de Sabugosa e Emília, de “Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato; a apresentadora Bela Gil virou a Capitu de “Dom Casmurro”, de Machado de Assis; o ator Cauã Reymond se fantasiou do protagonista de “Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes; e o jornalista Pedro Bial aparece como o detetive de “As aventuras de Sherlock Holmes”, de Arthur Conan Doyle.
O artistas vestiram sua paixão pelas histórias para transmitir a mensagem e reforçar o conceito de que, ao ler, a pessoa é transportada para quantos lugares, sentimentos e reflexões a imaginação permitir, estimulando a criatividade, a inspiração e o saber.
Nas peças, as personalidades dão vida aos personagens, lendo trechos dos títulos escolhidos. Assim que fecham os livros, voltam a ser eles mesmos, com o semblante transformado pelo prazer e a reflexão que uma boa leitura oferece.
O grupo foi fotografado e filmado por Miro, um dos mais consagrados fotógrafos brasileiros, em cenários que remetem às obras. As imagens publicitárias serão utilizadas em anúncios impressos, mídia digital e urbana.
Participe! Curta a campanha no Facebook e no Instagram. Use a hashtag #leiaseja!
A Bússola de Ouro - Philip Pullman
25 de outubro de 2017
Título: A Bússola de Ouro - Fronteiras do Universo #1
Autor: Philip Pullman
Editora: Suma de Letras
Gênero: Fantasia/Aventura
Ano: 2017
Páginas: 344
Nota:★★★★★♥
Resenha: A Bússola de Ouro é o primeiro volume da trilogia Fronteiras do Universo escrita pelo autor britânico Philip Pullman. Os livros foram publicados no Brasil entre 2001 e 2002 pela Editora Objetiva e agora foram relançados pela Suma de Letras, selo da Companhia das Letras.
Lyra Belacqua é uma garotinha de doze anos que, desde que nasceu, junto com Pantalaimon, seu deamon, vive entre os catedráticos e está sob os cuidados do seu tio Asriel na Faculdade Jordan em Oxford, numa Inglaterra de um universo paralelo muito parecido com o que conhecemos.
Quando boatos de que as crianças da cidade estavam sendo sequestradas pelos temíveis Papões, e Roger, o melhor amigo de Lyra, desaparece, a garota embarca numa jornada cheia de aventuras e perigos para reencontrá-lo com a ajuda do aletiômetro, um objeto mágico que responde qualquer pergunta e somente pode ser interpretado pela garotinha. O que ela não esperava era descobrir não só sobre si mesma e suas origens, mas que existe uma força oculta e misteriosa que está ligada aos desaparecimentos das crianças e ao destino de todos desse universo, e que isso a levaria a terras muito distantes onde os seres mágicos, o povo gípcio dos pântanos, as bruxas enigmáticas e as criaturas destemidas estão se preparando para uma guerra.
A primeira vez que tive contato com essa trilogia foi a alguns anos atrás, na versão em que o título ainda era A Bússola Dourada. Lembro que me empolguei tanto que li os três livros em menos de uma semana. Nem preciso dizer o quanto curti a ideia da trilogia ser relançada, pois assim ela ganha mais visibilidade e atrai mais leitores para terem a oportunidade de conhecerem o universo mágico e deslumbrante através desses livros que ficaram um tempo esquecidos mas que deveriam ser leitura obrigatória para os fãs de fantasia, assim como a saga Harry Potter. Só lamento pela versão cinematográfica da obra, que, além de ter sido uma completa decepção, acabou dando uma impressão errada sobre a história. O fiasco foi tanto que nem arriscaram a continuação... Dito isso, não julguem o livro pelo filme ruim. A leitura é infinitamente melhor.
Narrado em terceira pessoa, o livro é dividido em três partes que correspondem aos locais por onde a protagonista passa: Oxford, Bolvangar e Svalbard. Em meio a uma trama impecável e maravilhosamente instigante e bem escrita, o autor levanta questões éticas e morais relacionadas não só aos personagens e as ligações que eles possuem entre si, mas também à política, ciência, fé, religião e espiritualidade, assim como na forma que esses elementos influenciam e interferem em suas vidas. É uma crítica crua e nada sutil à religião e à igreja, no livro representada pelo Magisterium, tanto que o próprio Vaticano criticou o autor e a adaptação cinematográfica alegando se tratar de algo anticristão (assim como foi feito com O Código da Vinci).
Como se isso já não fosse interessante o suficiente para despertar o interesse de qualquer mortal, principalmente os mais céticos, e manter o leitor vidrado em cada página, a trama, que claramente é uma fantasia voltada ao público adulto devido as questões abordadas, está repleta de personagens cativantes, bem construídos e interessantes, mistérios, perigos, aventuras, batalhas de tirar o fôlego e vários momentos tão emocionantes quanto dignos de reflexão.
Lyra tem apenas doze anos e é uma das heroínas mais verossímeis e com uma das jornadas mais incríveis que já acompanhei, pois, além de inteligente e sagaz, ela mostra que a capacidade individual de cada um em se esforçar para atingir os próprios objetivos e superar as adversidades é algo crucial que se deve ter, muito mais do que depender dos outros e esperar que as coisas aconteçam ou se resolvam sozinhas. E para ajudar o amigo, ela faz o possível e o impossível.
Não é possível falar de Lyra sem falar de Pantalaimon, já que, como os demais deamons, ele é a personificação física da alma da garota em forma animal e não pode se distanciar muito dela para não sofrerem terríveis dores físicas e mentais. Eles se completam como se realmente fossem um só corpo, mesmo que sejam literalmente o oposto um do outro durante a infância. Enquanto Lyra é conhecida por ser mentirosa e destemida, Pan é medroso e muito tímido, mas isso muda no decorrer da história pois num determinado ponto da adolescência, os deamons deixam de mudar de forma para se fixarem como um único animal, que representa e reflete a personalidade de suas metades humanas. Um exemplo disso é que os deamons dos criados são cães, representando fidelidade e obediência aos seus patrões.
Não vou me alongar falando sobre todos os personagens pois são muitos. Todos são importantes para o desenvolvimento da história e são admiráveis a sua maneira, mas não posso deixar de falar de Iorek Byrnison, o urso de armadura mais leal que já existiu. Ele é um personagem complexo e cheio de camadas, e sua história acaba sendo uma das melhores subtramas do enredo, principalmente quando seu destino se entrelaça com o de Lyra.
A abordagem sobre os gípcios também é algo bastante interessante e a forma como são apresentados não deixa de ser uma crítica do autor sobre aqueles que sofrem diversos tipos de preconceitos. Levando o termo ao pé da letra, eles são ciganos, uma "raça" menosprezada e considerada inferior pela sociedade a ponto de serem obrigados a viverem em pântanos isolados, mas claramente são grandes sábios e acrescentam muito quando o assunto é auxiliar e orientar Lyra em sua jornada.
A capa dessa nova edição é a mais bonita e que mais tem a ver com a história até então, pois além de exibir o aletiômetro (a bússola), mostra a silhueta de algumas das várias formas animais que os deamons podem ter em meio a ornamentos floreados e com detalhes metálicos. A diagramação é simples e a revisão impecável, e eu só senti falta das pequenas ilustrações a cada início de capítulo que vieram na primeira edição da obra. Inclusive na edição com a capa do filme, o termo deamon (cuja pronúncia é dêmon) foi substituído por "dimon" sabe-se lá Deus porquê. Então, obrigada a Suma por ter resgatado o deamon nessa edição!
A Bússola de Ouro é o início de uma aventura épica que nos presenteia com um universo paralelo único, incrível e inesquecível, e com certeza faz parte do seleto top 3 de melhores séries de fantasia que já li na minha vida.
Bônus: What Would Your Dæmon Be?
Faça o teste e descubra qual seria seu deamon (em inglês).
Autor: Philip Pullman
Editora: Suma de Letras
Gênero: Fantasia/Aventura
Ano: 2017
Páginas: 344
Nota:★★★★★♥
Sinopse: Lyra Belacqua e seu daemon, Pantalaimon, vivem felizes e soltos entre os catedráticos da Faculdade Jordan, em Oxford. Até que rumores invadem a cidade – boatos sobre sequestradores de crianças, os Papões, que estão espalhando o medo pelo país.
Quando seu melhor amigo, Roger, desaparece, Lyra inicia uma perigosa jornada para reencontrá-lo. O que ela não desconfia é que muitas outras forças influenciam seu destino e que sua aventura a levará a terras congeladas do norte, onde feiticeiras e ursos de armadura se preparam para uma guerra.
Embora tenha a ajuda do aletiômetro – um poderoso instrumento que responde a qualquer pergunta –, nada a prepara para os mistérios e a crueldade que encontra durante a viagem. E, mesmo que ainda não saiba, Lyra tem uma profecia a cumprir, e as consequências afetarão muitos mundos além do seu.
Resenha: A Bússola de Ouro é o primeiro volume da trilogia Fronteiras do Universo escrita pelo autor britânico Philip Pullman. Os livros foram publicados no Brasil entre 2001 e 2002 pela Editora Objetiva e agora foram relançados pela Suma de Letras, selo da Companhia das Letras.
Lyra Belacqua é uma garotinha de doze anos que, desde que nasceu, junto com Pantalaimon, seu deamon, vive entre os catedráticos e está sob os cuidados do seu tio Asriel na Faculdade Jordan em Oxford, numa Inglaterra de um universo paralelo muito parecido com o que conhecemos.
Quando boatos de que as crianças da cidade estavam sendo sequestradas pelos temíveis Papões, e Roger, o melhor amigo de Lyra, desaparece, a garota embarca numa jornada cheia de aventuras e perigos para reencontrá-lo com a ajuda do aletiômetro, um objeto mágico que responde qualquer pergunta e somente pode ser interpretado pela garotinha. O que ela não esperava era descobrir não só sobre si mesma e suas origens, mas que existe uma força oculta e misteriosa que está ligada aos desaparecimentos das crianças e ao destino de todos desse universo, e que isso a levaria a terras muito distantes onde os seres mágicos, o povo gípcio dos pântanos, as bruxas enigmáticas e as criaturas destemidas estão se preparando para uma guerra.
A primeira vez que tive contato com essa trilogia foi a alguns anos atrás, na versão em que o título ainda era A Bússola Dourada. Lembro que me empolguei tanto que li os três livros em menos de uma semana. Nem preciso dizer o quanto curti a ideia da trilogia ser relançada, pois assim ela ganha mais visibilidade e atrai mais leitores para terem a oportunidade de conhecerem o universo mágico e deslumbrante através desses livros que ficaram um tempo esquecidos mas que deveriam ser leitura obrigatória para os fãs de fantasia, assim como a saga Harry Potter. Só lamento pela versão cinematográfica da obra, que, além de ter sido uma completa decepção, acabou dando uma impressão errada sobre a história. O fiasco foi tanto que nem arriscaram a continuação... Dito isso, não julguem o livro pelo filme ruim. A leitura é infinitamente melhor.
Narrado em terceira pessoa, o livro é dividido em três partes que correspondem aos locais por onde a protagonista passa: Oxford, Bolvangar e Svalbard. Em meio a uma trama impecável e maravilhosamente instigante e bem escrita, o autor levanta questões éticas e morais relacionadas não só aos personagens e as ligações que eles possuem entre si, mas também à política, ciência, fé, religião e espiritualidade, assim como na forma que esses elementos influenciam e interferem em suas vidas. É uma crítica crua e nada sutil à religião e à igreja, no livro representada pelo Magisterium, tanto que o próprio Vaticano criticou o autor e a adaptação cinematográfica alegando se tratar de algo anticristão (assim como foi feito com O Código da Vinci).
Como se isso já não fosse interessante o suficiente para despertar o interesse de qualquer mortal, principalmente os mais céticos, e manter o leitor vidrado em cada página, a trama, que claramente é uma fantasia voltada ao público adulto devido as questões abordadas, está repleta de personagens cativantes, bem construídos e interessantes, mistérios, perigos, aventuras, batalhas de tirar o fôlego e vários momentos tão emocionantes quanto dignos de reflexão.
Lyra tem apenas doze anos e é uma das heroínas mais verossímeis e com uma das jornadas mais incríveis que já acompanhei, pois, além de inteligente e sagaz, ela mostra que a capacidade individual de cada um em se esforçar para atingir os próprios objetivos e superar as adversidades é algo crucial que se deve ter, muito mais do que depender dos outros e esperar que as coisas aconteçam ou se resolvam sozinhas. E para ajudar o amigo, ela faz o possível e o impossível.
Não é possível falar de Lyra sem falar de Pantalaimon, já que, como os demais deamons, ele é a personificação física da alma da garota em forma animal e não pode se distanciar muito dela para não sofrerem terríveis dores físicas e mentais. Eles se completam como se realmente fossem um só corpo, mesmo que sejam literalmente o oposto um do outro durante a infância. Enquanto Lyra é conhecida por ser mentirosa e destemida, Pan é medroso e muito tímido, mas isso muda no decorrer da história pois num determinado ponto da adolescência, os deamons deixam de mudar de forma para se fixarem como um único animal, que representa e reflete a personalidade de suas metades humanas. Um exemplo disso é que os deamons dos criados são cães, representando fidelidade e obediência aos seus patrões.
Não vou me alongar falando sobre todos os personagens pois são muitos. Todos são importantes para o desenvolvimento da história e são admiráveis a sua maneira, mas não posso deixar de falar de Iorek Byrnison, o urso de armadura mais leal que já existiu. Ele é um personagem complexo e cheio de camadas, e sua história acaba sendo uma das melhores subtramas do enredo, principalmente quando seu destino se entrelaça com o de Lyra.
A abordagem sobre os gípcios também é algo bastante interessante e a forma como são apresentados não deixa de ser uma crítica do autor sobre aqueles que sofrem diversos tipos de preconceitos. Levando o termo ao pé da letra, eles são ciganos, uma "raça" menosprezada e considerada inferior pela sociedade a ponto de serem obrigados a viverem em pântanos isolados, mas claramente são grandes sábios e acrescentam muito quando o assunto é auxiliar e orientar Lyra em sua jornada.
A capa dessa nova edição é a mais bonita e que mais tem a ver com a história até então, pois além de exibir o aletiômetro (a bússola), mostra a silhueta de algumas das várias formas animais que os deamons podem ter em meio a ornamentos floreados e com detalhes metálicos. A diagramação é simples e a revisão impecável, e eu só senti falta das pequenas ilustrações a cada início de capítulo que vieram na primeira edição da obra. Inclusive na edição com a capa do filme, o termo deamon (cuja pronúncia é dêmon) foi substituído por "dimon" sabe-se lá Deus porquê. Então, obrigada a Suma por ter resgatado o deamon nessa edição!
A Bússola de Ouro é o início de uma aventura épica que nos presenteia com um universo paralelo único, incrível e inesquecível, e com certeza faz parte do seleto top 3 de melhores séries de fantasia que já li na minha vida.
Bônus: What Would Your Dæmon Be?
Faça o teste e descubra qual seria seu deamon (em inglês).
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