Esse mês, depois de séculos, comprei dois livritchos! Eu aqui doida pra vender meus livros encalhados e compro mais. Só Jesus pra ter misericórdia, viu... Mas valeu a pena, pois tô gostando bastante do Sem Coração, e o outro comprei com 50% de desconto e, claro, compensou. Falou em HP e o universo de J.K. já tô interessada.
Além dos livros, também teve os popíneos que não poderiam faltar. Consegui completar a coleção das princesas da Disney, até que enfim, e os outros eu aproveitei o precinho em conta e o frete grátis pelo site do Submarino. Agora eu tô assim... Se o preço for equivalente ou menor do que se eu mesma importasse, eu compro. Se tiver muito mais caro, eu importo. Essa semana mesmo eu andei pesquisando alguns pops que estão na minha wishlist eterna e descobri que o Gru e a Agnes, de Meu Malvado Favorito, não custam menos do que R$300,00 por aqui, e esse preço é pra cada um! Cheguei a ver um Gru no Mercado Livre onde o vendedor tava pedindo mais de R$600,00 nele! Quando achei os dois num leilão no Ebay não pensei duas vezes em dar um lance e arrematei os dois por U$20,50! Gente! Dá em média uns R$80,00! Os dois juntos!! Tudo bem que a caixa não tá intacta e tinha algumas poucas avarias, mas e a economia? Nunca na minha vida que vou pagar essa fortuna se posso pagar muito menos. Até pagando frete, serviço de redirecionamento, e a maldita taxa da Receita sai muito mais barato, então valeu a pena. Tô super feliz aqui com minha coleção crescendo <3. Quem coleciona sabe como é.
Mas enfim, vamo ver o que chegou pra mim esse mês! Como disse o Olaf, "só coisa boa!"
Na Telinha - Você (1ª temporada)
27 de fevereiro de 2019
Título: Você (You)
Temporada: 1 | Episódios: 10
Elenco: Penn Badgley, Elizabeth Lail, Ambyr Childers
Gênero: Suspense/Drama
Ano: 2018
Duração: 42min
Classificação: +16
Nota: ★★★★☆
Você é uma série de suspense/thriller exibida pela Netflix e baseada no livro homônimo de Caroline Kepnes.
Joe é gerente de uma livraria no East Village e, aparentemente, leva uma vida normal. Mas, quando conhece Beck, uma jovem aspirante a escritora, ele fica obcecado por ela, passa a persegui-la, espioná-la, planeja uma aproximação por acaso para conquistá-la e, enfim, firmar um relacionamento que ele tanto quer. E o que deveria ser uma paixão avassaladora, se transforma num jogo perigoso em que Joe não vai medir esforços para afastar, de forma bem sorrateira, qualquer um que esteja em seu caminho ou que possa ameaçar seus objetivos.
A ideia da série ser narrada pelo próprio Joe permite que quem assista tenha acesso aos pensamentos dele e enxergue as coisas pelo seu ponto de vista mui deturpado, diga-se de passagem, e ao mesmo tempo que conseguimos compreender suas motivações, também sentimos repulsa por tudo o que ele tem coragem de fazer da forma mais fria e calculista que já se viu, como um típico psicopata. Assim, tudo o que ele faz no intuito de conquistar Beck acaba sendo tão assustador quanto dinâmico, principalmente quando algo não sai como o esperado e ele precisa improvisar. O suspense se sustenta e mantém o espectador fisgado, ansioso pelo que está por vir.
Talvez o problema maior que a série trouxe foi a ideia de que muita gente romantizou a questão da obsessão, da possessividade e da psicopatia, como se o embuste estivesse fazendo as coisas mais lindas e românticas do mundo em nome do amor, como se ele fosse um bom moço, digno de um final feliz com direito a pombas brancas voando rumo ao horizonte, mas acredito que o brilhantismo da série está aí, nesse terror psicológico, mostrando que alguém como ele é capaz de "ler" e descrever o íntimo das pessoas só de observá-las, consegue chegar de mansinho, usando as palavras e seu jeito amável para manipular e enganar os outros, e quando a pessoa se dá conta (se é que vai se dar conta) que se deixou levar por um completo maníaco, já está num caminho praticamente sem volta, com mínimas condições de se ver livre dessa enorme cilada.
Por outro lado, temos Beck, que é uma personagem um tanto problemática no que diz respeito à própria personalidade. Ela é uma moça bonita e é até compreensível que Joe tenha ficado atraído por ela, mas ela é vazia, egoísta, dependente, precisa constantemente de gente ao seu redor alimentando seu ego para se autoafirmar e, no geral, é totalmente odiosa. Aquele sorriso bonito também esconde muita podridão. Talvez tenha sido por isso que tanta gente gostou muito mais de Joe do que dela, mesmo ela sendo a vítima. E mesmo Joe descobrindo tudo sobre ela, ele se nega a aceitar que ela é um fracasso ambulante e continua insistindo e dando desculpas para todos os erros que ela comete para justificar seu interesse doentio.
No mais, os cenários onde a história se passa dão um ar de aconchego e charme, e funcionam como um convite. Quem poderia imaginar que alguém que trabalha numa livraria, que entende de livros e adore ler, seja um lunático de carteirinha? Tudo é muito convidativo para o perigo, e isso colabora para fisgar o espectador, assim como Beck foi fisgada.
Os personagens coadjuvantes também são bem interessantes e colaboram muito no desenrolar da trama, sejam motivando ou atrapalhando os planos de alguém. Nota especial para Peach, a melhor amiga de Beck, e Paco, o vizinho de Joe. Através de Peach conseguimos ver um outro lado da obsessão, como a manipulação pode vir de onde menos de espera e que nem sempre podemos confiar em quem sempre esteve por perto. E Paco, por ser um garotinho que passa por vários problemas em casa com a mãe e o padrasto, acaba amenizando a personalidade de Joe, pois ele faz com que o lado bom de Joe venha a tona, e talvez por causa dele, o delinquente não seja encarado como alguém inteiramente detestável. Seria algo como "ele ajuda crianças, logo não pode ser tão mau". Parece que tudo está ali colaborando de propósito para que Joe não seja visto como vilão.
A série também toca bastante em questões que envolvem as redes sociais e a forma como as pessoas expõe suas vidas de forma tão gratuita, a ponto de qualquer um saber tudo sobre elas, basta uma rápida pesquisa, e ainda traz reflexões relevantes sobre a geração da atualidade, que sente necessidade de mostrar uma vida de aparências em função de "likes".
O único problema que tive com a série foi com a falta de cuidado com determinadas coisas que envolvem alguns crimes pavorosos, como sequestros e assassinatos. Se alguém morre, basta que o assassino envie uma mensagem pelo celular da vítima avisando que ele estará fora por sabe-se lá quanto tempo e pronto, ninguém se preocupa nunca mais e, de forma bem fácil, lá se foi um obstáculo. Esse tipo de artifício é utilizado com frequência a fim de facilitar a vida de Joe e o desenvolvimento da trama, e por mais que eu tenha ficado presa à ela devido a curiosidade do que estava por vir, não foi algo muito agradável de se acompanhar. No final das contas, muitas coisas ficam sem resposta ou resolução, e espero que na segunda temporada tudo se esclareça, e que haja as devidas punições para quem acha que está impune depois de ter feito tanta merda.
Você é uma série cheia de reviravoltas, que não fala apenas do comportamento doentio de um psicopata/stalker e do que ele é capaz de fazer quando tem alguém na mira, mas se aprofunda com maestria na linha tênue que separa amor de obsessão.
Temporada: 1 | Episódios: 10
Elenco: Penn Badgley, Elizabeth Lail, Ambyr Childers
Gênero: Suspense/Drama
Ano: 2018
Duração: 42min
Classificação: +16
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Guinevere Beck (Elizabeth Lail) é uma aspirante a escritora, que vê sua vida mudar completamente ao entrar em uma livraria no East Village, onde conhece o charmoso gerente, Joe Goldberg (Penn Badgley). Assim que a conhece, Joe tem certeza de que ela é a garota dos seus sonhos, e fará de tudo para conquistá-la — usando a internet e as redes sociais para descobrir tudo sobre Beck. O que poderia ser visto como paixão se transforma em uma obsessão perigosa, uma vez que Joe não vai medir esforços para tirar de seu caminho tudo e todos que podem ameaçar seus objetivos.
Você é uma série de suspense/thriller exibida pela Netflix e baseada no livro homônimo de Caroline Kepnes.
Joe é gerente de uma livraria no East Village e, aparentemente, leva uma vida normal. Mas, quando conhece Beck, uma jovem aspirante a escritora, ele fica obcecado por ela, passa a persegui-la, espioná-la, planeja uma aproximação por acaso para conquistá-la e, enfim, firmar um relacionamento que ele tanto quer. E o que deveria ser uma paixão avassaladora, se transforma num jogo perigoso em que Joe não vai medir esforços para afastar, de forma bem sorrateira, qualquer um que esteja em seu caminho ou que possa ameaçar seus objetivos.
A ideia da série ser narrada pelo próprio Joe permite que quem assista tenha acesso aos pensamentos dele e enxergue as coisas pelo seu ponto de vista mui deturpado, diga-se de passagem, e ao mesmo tempo que conseguimos compreender suas motivações, também sentimos repulsa por tudo o que ele tem coragem de fazer da forma mais fria e calculista que já se viu, como um típico psicopata. Assim, tudo o que ele faz no intuito de conquistar Beck acaba sendo tão assustador quanto dinâmico, principalmente quando algo não sai como o esperado e ele precisa improvisar. O suspense se sustenta e mantém o espectador fisgado, ansioso pelo que está por vir.
Talvez o problema maior que a série trouxe foi a ideia de que muita gente romantizou a questão da obsessão, da possessividade e da psicopatia, como se o embuste estivesse fazendo as coisas mais lindas e românticas do mundo em nome do amor, como se ele fosse um bom moço, digno de um final feliz com direito a pombas brancas voando rumo ao horizonte, mas acredito que o brilhantismo da série está aí, nesse terror psicológico, mostrando que alguém como ele é capaz de "ler" e descrever o íntimo das pessoas só de observá-las, consegue chegar de mansinho, usando as palavras e seu jeito amável para manipular e enganar os outros, e quando a pessoa se dá conta (se é que vai se dar conta) que se deixou levar por um completo maníaco, já está num caminho praticamente sem volta, com mínimas condições de se ver livre dessa enorme cilada.
Por outro lado, temos Beck, que é uma personagem um tanto problemática no que diz respeito à própria personalidade. Ela é uma moça bonita e é até compreensível que Joe tenha ficado atraído por ela, mas ela é vazia, egoísta, dependente, precisa constantemente de gente ao seu redor alimentando seu ego para se autoafirmar e, no geral, é totalmente odiosa. Aquele sorriso bonito também esconde muita podridão. Talvez tenha sido por isso que tanta gente gostou muito mais de Joe do que dela, mesmo ela sendo a vítima. E mesmo Joe descobrindo tudo sobre ela, ele se nega a aceitar que ela é um fracasso ambulante e continua insistindo e dando desculpas para todos os erros que ela comete para justificar seu interesse doentio.
No mais, os cenários onde a história se passa dão um ar de aconchego e charme, e funcionam como um convite. Quem poderia imaginar que alguém que trabalha numa livraria, que entende de livros e adore ler, seja um lunático de carteirinha? Tudo é muito convidativo para o perigo, e isso colabora para fisgar o espectador, assim como Beck foi fisgada.
A série também toca bastante em questões que envolvem as redes sociais e a forma como as pessoas expõe suas vidas de forma tão gratuita, a ponto de qualquer um saber tudo sobre elas, basta uma rápida pesquisa, e ainda traz reflexões relevantes sobre a geração da atualidade, que sente necessidade de mostrar uma vida de aparências em função de "likes".
O único problema que tive com a série foi com a falta de cuidado com determinadas coisas que envolvem alguns crimes pavorosos, como sequestros e assassinatos. Se alguém morre, basta que o assassino envie uma mensagem pelo celular da vítima avisando que ele estará fora por sabe-se lá quanto tempo e pronto, ninguém se preocupa nunca mais e, de forma bem fácil, lá se foi um obstáculo. Esse tipo de artifício é utilizado com frequência a fim de facilitar a vida de Joe e o desenvolvimento da trama, e por mais que eu tenha ficado presa à ela devido a curiosidade do que estava por vir, não foi algo muito agradável de se acompanhar. No final das contas, muitas coisas ficam sem resposta ou resolução, e espero que na segunda temporada tudo se esclareça, e que haja as devidas punições para quem acha que está impune depois de ter feito tanta merda.
Você é uma série cheia de reviravoltas, que não fala apenas do comportamento doentio de um psicopata/stalker e do que ele é capaz de fazer quando tem alguém na mira, mas se aprofunda com maestria na linha tênue que separa amor de obsessão.
Wishlist #66 - Funko Pop - Don't Starve
25 de fevereiro de 2019
A primeira vez que ouvi falar de Don't Starve foi ao ver um anúncio do Funko Pop da Wendy no Ebay. De início não dei muita bola por não saber do que se tratava, mas depois resolvi jogar pra ver se o joguinho era tão legal assim a ponto de alguns dos seus personagens terem ganhado a versão em forma de pop, e não me arrependi. O jogo é viciante e super legal, já fiz resenha sobre ele aqui no blog, clique aqui para dar uma conferida.
Como são bemmacabros bonitinhos, e por ter gostado muito do jogo, já coloquei os fofos na lista. Até encontrei três deles no ML com um preço bacana, porém, como não tive uma experiência nada boa com o vendedor numa compra passada, prefiro comprar em outro lugar pra não passar raiva... Senti falta de outros personagens, mas esses ficaram show. Espiem:
Como são bem
Top 10 #6 - Filmes Baseados em Livros na Netflix
22 de fevereiro de 2019
A Netflix anda apostando bastante em produções baseadas em obras literárias, e só tenho uma coisa a dizer sobre: Parabéns!
Assim, sejam filmes cujos direitos foram adquiridos para exibição, ou produzidos pela própria Netflix, fiz esse Top 10 esperto de filmes imperdíveis que foram baseados em livros, e que vão agradar fãs tanto da literatura (mesmo que se trate de adaptações), quanto da sétima arte também.
- Obs¹: Não vou incluir séries na lista, deixo as séries baseadas em livros que assisti e gostei pra outro post;
- Obs²: A ordem dos filmes nessa lista não corresponde exatamente à minha ordem de preferência;
- Obs³: Caixa de Pássaros não entrou na lista por motivos de "todo mundo já assistiu" e dispensa comentários XD.
Pegue a pipoca, e enjoy!
Anota Aí #6 - Como Enviar Livros pelos Correios
20 de fevereiro de 2019
Já devo ter comentando em algum post passado sobre eu vender vários dos meus livros por falta de espaço, tempo, ânimo, coragem, dinheiro e tudo mais, e mesmo já tendo feito vários envios através de sorteios aqui no blog, eu nunca tinha parado pra pensar sobre os procedimentos dos correios, o custo que isso tem, e que várias pessoas têm dúvidas sobre como fazer envios de livros da forma mais econômica possível (o que não inclui o Sedex que é o olho da própria cara), afinal, em tempos de crise, o que a gente puder economizar é lucro. Então, depois de ver muita gente em grupos de vendas querendo comprar livros, reclamando de fretes acima de 10 reais, e afirmando com todas as letras que "envio módico custa só 6 reais" (o que não é verdade já que depende do peso do pacote), achei válido trazer o que aprendi com a experiência, já que o assunto, além de pertinente, tem tudo a ver com esse universo literário de compra e venda de livros, quanto custa o frete e afins. Assim, quem sabe, consigo esclarecer como funciona a cobrança dos Correios e tirar possíveis dúvidas sobre o assunto. Vamo lá?
A Herdeira da Morte - Melinda Salisbury
18 de fevereiro de 2019
Título: A Herdeira da Morte - A Herdeira da Morte #1
Autora: Melinda Salisbury
Editora: Fantástica Rocco
Gênero: Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2016
Páginas: 320
Nota:★★★★☆
Resenha: Aos treze anos, Twilla, que era a filha da Devoradora de Pecados num vilarejo modesto do reino de Lomere, foi levada pela própria rainha depois de acreditarem que ela era a Daunem Encarnada, a reencarnação da filha dos deuses Daeg (Sol) e Naeg (Lua). Assim, ela deveria ser treinada para manter a esperança do reino, como futura rainha. Mas, enquanto ela não se casa com o príncipe, sua função é comparecer a um ritual em que deve ingerir a Praga-da-Manhã, um veneno letal, e sobreviver. Isso prova que ela é, de fato, a reencarnação da filha dos deuses. Porém, esse ritual fez com que a pele de Twilla se tornasse mortal devido ao veneno, e qualquer um que recebesse seu toque, mesmo que sem intenção, estaria fadado à morte. Esse "dom" fez dela o carrasco da rainha, e todos aqueles considerados traidores seriam tocados por Twilla como castigo e para reforçar a ideia de que os deuses, assim como a ira deles contra os descrentes, são reais.
Twilla já se sentia solitária por não poder ter muito contato com ninguém, e mesmo sendo vigiada por guardas da rainha o tempo todo, ela se torna ainda mais reclusa depois do melhor amigo ter sido considerado um traidor e ela ter sido obrigada e tocá-lo.
Quatro anos se passaram desde a chegada da garota ao castelo, e Twilla, já com seus dezessete anos, espera pelo príncipe e pelo casamento que está próximo. Até que Dorin, o guarda de confiança mais antigo de Twilla, adoece, e ela passa a ser protegida por um novo guarda, Lief, um jovem bonito que veio de um reino inimigo, e que a trata como se ela fosse normal, como se seu toque não representasse nenhum risco para ele. Por tratá-la como igual, Lief desperta a curiosidade de Twilla, e a chegada do rapaz acaba mudando a rotina da mocinha. mas, mesmo que Twilla seja noiva do príncipe, ela, agora, ficará entre seus deveres e seus mais novos sentimentos...
Narrado em primeira pessoa, acompanhamos Twilla e o fardo que ela carrega ao desempenhar um papel no reino que, ao mesmo tempo que dá esperança e mantém o povo sob controle, gera temor para aqueles que, aos olhos da rainha, não andam na linha. Dessa forma, embora não seja perfeita, é possível ter empatia e entender o comportamento da protagonista, pois por mais que ela viva num castelo cheio de luxos, fartura e tenha o maior conforto possível, ela foi moldada para um propósito e deve servir aos caprichos mais cruéis da rainha, e ainda obedecer a qualquer ordem que lhe é dada. Isso torna Twilla uma jovem infeliz, vazia, isolada devido a sua condição, e que sempre fora usada por aqueles que a tiraram de sua verdadeira família, sem ter poder de escolha, cujo destino não pode ser determinado por ela mesma.
Embora o livro dê essa ideiairritante de um triângulo amoroso entre Twilla, Lief, e Merek (o príncipe), a autora dá um rumo diferente para os acontecimentos, e o conflito emocional que existe aqui não fica inteiramente voltado para essa questão, e isso fica bem evidente quando Twilla e Merek acabam se conformando com a situação e passam a ter pequenos encontros para se conhecerem melhor, mas o incômodo, por sempre estarem pisando em ovos ao fazerem algo em nome de uma tradição que eles são obrigados a seguir, é inevitável. E em contrapartida, é inegável a curiosidade que Twilla passa a ter por Lief e seu jeito descontraído e despreocupado de formalidades. Assim, com a ideia de um casamento arranjado e com chegada de Lief, Twilla começa a enxergar o mundo à sua volta com outros olhos e, aos poucos, vai tomando as rédeas da própria vida, fazendo escolhas pela primeira vez. É um desenvolvimento lento, difícil, mas que rende experiências incríveis e muito satisfatórias a ela, mesmo que Twylla tenha precisado desses dois personagens masculinos para cair em si, em vez de ter se dado conta de tudo sozinha.
Por se tratar do primeiro volume, este livro é bastante introdutório, com várias descrições e detalhes para situar o leitor nesse universo, mas que muitas vezes acabam interrompendo a fluidez da leitura e a deixando um pouco fragmentada. Enquanto Twilla explica determinada situação, ela já aproveita de um gancho para explicar outra coisa, e até retornar e continuar com a primeira, é provável que já tenhamos esquecido do que ela estava falando. Então por mais que eu tenha achado a história bem interessante e original, esse recurso narrativo tornou a leitura um pouco cansativa, e, talvez, se essas explicações tivessem sido encaixadas de outra forma, com capítulos próprios talvez, teria sido melhor.
No mais, A Herdeira da Morte foi um livro que me surpreendeu bastante, não só pela capa bonita e cheia de detalhes, mas por trazer uma história sobre uma garota que descobriu que seu poder é muito maior do que ela poderia imaginar.
Autora: Melinda Salisbury
Editora: Fantástica Rocco
Gênero: Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2016
Páginas: 320
Nota:★★★★☆
Sinopse: Twylla tem 17 anos, vive num castelo e, embora seja noiva do príncipe, não é exatamente um membro da corte. Ela é o carrasco. Primeiro de uma surpreendente série de fantasia, Herdeira da Morte conta a história de uma garota capaz de matar instantaneamente qualquer pessoa que ela toca. Até mesmo seu noivo, cujo sangue real supostamente o torna imune ao toque fatal de Twylla, evita sua companhia. Porém, quando um novo guarda chega ao castelo, ele enxerga a garota por trás da Deusa mortal que ela encarna, e um amor proibido nasce entre os dois. Mas a rainha tem um plano para acabar com seus inimigos, e eles incluem os dons de Twylla. Será que a jovem se manterá fiel a seu reino ou abandonará tudo em nome de um amor condenado?
Resenha: Aos treze anos, Twilla, que era a filha da Devoradora de Pecados num vilarejo modesto do reino de Lomere, foi levada pela própria rainha depois de acreditarem que ela era a Daunem Encarnada, a reencarnação da filha dos deuses Daeg (Sol) e Naeg (Lua). Assim, ela deveria ser treinada para manter a esperança do reino, como futura rainha. Mas, enquanto ela não se casa com o príncipe, sua função é comparecer a um ritual em que deve ingerir a Praga-da-Manhã, um veneno letal, e sobreviver. Isso prova que ela é, de fato, a reencarnação da filha dos deuses. Porém, esse ritual fez com que a pele de Twilla se tornasse mortal devido ao veneno, e qualquer um que recebesse seu toque, mesmo que sem intenção, estaria fadado à morte. Esse "dom" fez dela o carrasco da rainha, e todos aqueles considerados traidores seriam tocados por Twilla como castigo e para reforçar a ideia de que os deuses, assim como a ira deles contra os descrentes, são reais.
Twilla já se sentia solitária por não poder ter muito contato com ninguém, e mesmo sendo vigiada por guardas da rainha o tempo todo, ela se torna ainda mais reclusa depois do melhor amigo ter sido considerado um traidor e ela ter sido obrigada e tocá-lo.
Quatro anos se passaram desde a chegada da garota ao castelo, e Twilla, já com seus dezessete anos, espera pelo príncipe e pelo casamento que está próximo. Até que Dorin, o guarda de confiança mais antigo de Twilla, adoece, e ela passa a ser protegida por um novo guarda, Lief, um jovem bonito que veio de um reino inimigo, e que a trata como se ela fosse normal, como se seu toque não representasse nenhum risco para ele. Por tratá-la como igual, Lief desperta a curiosidade de Twilla, e a chegada do rapaz acaba mudando a rotina da mocinha. mas, mesmo que Twilla seja noiva do príncipe, ela, agora, ficará entre seus deveres e seus mais novos sentimentos...
Narrado em primeira pessoa, acompanhamos Twilla e o fardo que ela carrega ao desempenhar um papel no reino que, ao mesmo tempo que dá esperança e mantém o povo sob controle, gera temor para aqueles que, aos olhos da rainha, não andam na linha. Dessa forma, embora não seja perfeita, é possível ter empatia e entender o comportamento da protagonista, pois por mais que ela viva num castelo cheio de luxos, fartura e tenha o maior conforto possível, ela foi moldada para um propósito e deve servir aos caprichos mais cruéis da rainha, e ainda obedecer a qualquer ordem que lhe é dada. Isso torna Twilla uma jovem infeliz, vazia, isolada devido a sua condição, e que sempre fora usada por aqueles que a tiraram de sua verdadeira família, sem ter poder de escolha, cujo destino não pode ser determinado por ela mesma.
Embora o livro dê essa ideia
Por se tratar do primeiro volume, este livro é bastante introdutório, com várias descrições e detalhes para situar o leitor nesse universo, mas que muitas vezes acabam interrompendo a fluidez da leitura e a deixando um pouco fragmentada. Enquanto Twilla explica determinada situação, ela já aproveita de um gancho para explicar outra coisa, e até retornar e continuar com a primeira, é provável que já tenhamos esquecido do que ela estava falando. Então por mais que eu tenha achado a história bem interessante e original, esse recurso narrativo tornou a leitura um pouco cansativa, e, talvez, se essas explicações tivessem sido encaixadas de outra forma, com capítulos próprios talvez, teria sido melhor.
No mais, A Herdeira da Morte foi um livro que me surpreendeu bastante, não só pela capa bonita e cheia de detalhes, mas por trazer uma história sobre uma garota que descobriu que seu poder é muito maior do que ela poderia imaginar.
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