A Casa Negra - Stephen King e Peter Straub

17 de dezembro de 2019

Título: A Casa Negra - O Talismã #2
Autores: Stephen King e Peter Straub
Editora: Suma de Letras
Gênero: Fantasia/Suspense/Terror
Ano: 2014
Páginas: 704
Nota:★★★★★
Sinopse: Vinte anos se passaram e Jack Sawyer não é mais um menino. Aos trinta e dois anos, não se lembra dos acontecimentos terríveis que o levaram, quando tinha apenas doze, a um estranho universo paralelo - os Territórios. Em busca de um valioso talismã, o pequeno Jack enfrentou inimigos perigosos e situações de grande risco, tudo para salvar a mãe desenganada.
Agora Jack é um detetive aposentado, depois que um acontecimento suspeito o forçou a deixar a polícia, e leva uma vida tranquila, protegido de recordações perigosas. Mas sua tranquilidade está prestes a acabar.
Uma série de assassinatos macabros faz com que o chefe de polícia local, amigo de Jack, lhe implore para ajudar um policial inexperiente a encontrar o assassino. O universo parece desejar que Jack retorne aos Territórios.
Atormentado por mensagens enigmáticas que lhe aparecem como que em sonhos, Jack decide enfrentar o desafio e acertar as contas com o próprio passado.
Em A casa negra, a aguardada sequência de O talismã, grande sucesso de Stephen King e Peter Straub, Jack Sawyer precisará encontrar forças para entrar em uma casa medonha, perdida em uma floresta, e enfrentar os males insanos que a habitam. Jack não se recorda dos tormentos que teve que enfrentar quando menino, mas, de alguma forma, sabe que o pior ainda está por vir.

Resenha: Vinte anos se passaram desde que Jack se aventurou pelos Territórios e enfrentou perigos inimagináveis em busca do talismã. Agora, aos trinta e dois anos, ele não se lembra de nada do que viveu aos doze anos de idade. Jack é um detetive aposentado que, depois de ter sido forçado a deixar a polícia, leva sua vida de forma tranquila e sem lembranças que possam atormentá-lo. Para todos, ele aparenta ser uma pessoa marcada, que viu coisas e teve experiências que ninguém nunca teve.
Até que uma série de assassinatos na pequena cidade de French Landing deixa a polícia em polvorosa e Jack é requisitado para ajudar na busca pelo assassino conhecido como O Pescador, um canibal que ataca crianças. O que ele não esperava era retornar a um universo já esquecido para acertar as contas com seu passado pois os assassinatos brutais cometidos pelo Pescador pode afetar a Terra e outros mundos...

Embora tenha umas páginas 50 páginas a menos do que o primeiro livro, a leitura é mais rápida tanto pela história ser mais envolvente, quanto pelo tamanho da fonte que é maior e mais confortável.
Diferente do primeiro livro, talvez pelo fato de que não há mais o toque infantil de um protagonista de doze anos, a narrativa é mais sombria e voltada para as investigações acerca dos crimes terríveis que tanto preocupam as pessoas e a polícia. A narrativa se mantém em terceira pessoa, mas com o diferencial de que o narrador convida o leitor a observar os acontecimentos contados por ele de forma onipresente. É como se estivéssemos lá, acompanhando tudo, mas sem poder interferir em nada.
Como de costume em todos os livros do autor, o início da história, com suas descrições ricas e minuciosas, é um tanto monótona, mas com o desenrolar do enredo vamos ficando cada vez mais curiosos, os momentos de adrenalina crescem e as 700 páginas acabam passando mais rápido do que imaginamos por causa da empolgação.

Mesmo que eu tenha gostado muito do primeiro livro, principalmente pelo fato dele ser mais fantasioso e mais leve pelo protagonista ser um menino que parte numa aventura pra salvar sua mãe, tenho que admitir que, embora não exista uma aventura/viagem real e tenha um estilo diferente, eu também gostei do tom mais adulto e macabro que essa continuação ganhou, até mesmo porque aqui as vítimas são as crianças, o que torna as coisas ainda mais aterrorizantes e até mais "dignas" do mestre do terror. Talvez isso possa dificultar um pouco a leitura de quem tenha o estômago mais fraco ou seja mais sensível, pois algumas descrições dos pequenos corpos, de torturas, e outros detalhes do tipo, são chocantes, assombrosas, e difíceis de acompanhar. Pra quem tem filhos, então, pode ser um desastre completo, principalmente pelas reações da população e dos pais das vítimas.

O problema talvez seja pelo pequeno detalhe de que essa (até então) duologia faz um crossover com a série A Torre Negra, e alguns acontecimentos acabam ficando meio vagos ou até incompreensíveis pra quem não leu pelo menos até o quinto volume (dos sete). Outro ponto que deixou o livro maior do que o necessário é devido ao tempo "perdido" pra desenvolver personagens que não são essenciais para a trama. Mas, os personagens importantes, são - e se mantiveram - complexos, e o que ganha destaque é a personalidade de cada um, a forma como eles enxergam o mundo e se moldam àquela realidade.

O final, apesar de não ser feliz, é satisfatório e faz sentido no contexto da trama, e pra quem gosta do estilo de King e de histórias com toques macabros, é leitura mais do que recomendada.

Wishlist #81 - Funko Pop - Care Bears

14 de dezembro de 2019

Aquele gostinho de infância é inevitável quando lembro de Ursinhos Carinhosos, e nem preciso dizer que desde que a Funko anunciou o lançamento desses pops (coisa que já faz um tempinho) eu já dei um jeito de incluir na minha wishlist que não acaba nunca mais.
Confesso que não serão prioridades, apesar de serem super fofos, coloridos e deixar qualquer estante enfeitada do jeitinho que gosto, mas um dia terei todos, mesmo que os exclusivos (os três últimos da imagem) sejam os olhos da própria cara.


O Talismã - Stephen King e Peter Straub

12 de dezembro de 2019

Título: O Talismã - O Talismã #1
Autores: Stephen King e Peter Straub
Editora: Suma de Letras
Gênero: Fantasia/Suspense
Ano: 2014
Páginas: 752
Nota:★★★★★
Sinopse: Jack Sawyer, um garoto de 12 anos, está prestes a iniciar uma jornada fantástica: a empolgante e assustadora busca de um talismã. Jack sabe que correrá muitos riscos, que terá sua coragem e resistência física testadas a cada segundo, mas vai lutar até fim: de seu sucesso depende a vida de sua mãe...
Para atingir sua meta, Jack terá que lutar contra um inimigo furioso e cruel que está disposto a fazer qualquer coisa para destruí-lo e atravessar não apenas os Estados Unidos de costa a costa, mas também os Territórios, uma região assombrosa e ameaçadora.
Onde ficam os Territórios? Como chegar a esta região fantástica e mítica que não pode ser alcançada de modo comum? Em que plano de existência se situa esse mundo tão intrigante quanto a Atlântida? Jack vence estes mistérios ao atravessar para os Territórios. Aí, descobre a desconcertante existência dos "Duplos", reflexos de pessoas que conhece na Terra, como a Rainha Laura, o "Duplo" de sua mãe, que também está com a vida por um fio.
Jack não tem muito tempo e é longa a viagem. A cada passo de sua jornada, precisa enfrentar inimigos perigosos que o perseguem nos dois mundos. No entanto, ele persiste, pois só terá sossego quando o valioso talismã estiver em suas mãos.

Resenha:  Jack Sawyer só tem doze anos, mas a idade é suficiente para ele embarcar na maior, mais assustadora e mais empolgante aventura de sua vida. Órfão de pai, depois de descobrir que sua mãe está muito doente, Jack tem a chance de ir em busca de um valioso talismã, que, supostamente, não só pode salvar sua mãe de uma doença, quanto também salvar os mundos onde batalhas épicas entre luz e trevas ocorre. Ele vai cruzar os EUA e os Territórios, um universo paralelo onde irá fazer muitas descobertas sobre os mundos, e sobre si mesmo, além de enfrentar os maiores perigos que nunca imaginou.

É complicado falar sobre muitos detalhes dessa história para não estragar todas as surpresas que ela nos reserva, então vou tentar ser bem sucinta nessa resenha. Narrado em terceira pessoa e dividido em quatro partes, os dois autores se unem para equilibrar fantasia e horror em uma escrita única, criando, assim, uma história de aventura e esperança complexa, em meio a um universo fantástico, alternativo e sombrio. No começo, assim como a maioria dos livros do autor, há muita informação, sempre descrita de forma lenta e muito detalhada, o que torna a história um pouco cansativa e difícil de engatar, mas penso que isso não é por acaso, e, sim, para que o leitor possa se habituar à mitologia presente e se familiarizar com a jornada de Jack. A medida que a história avança, as coisas começam a se encaixar melhor e se tornam muito mais interessantes e empolgantes. São os detalhes que tornam a experiência com essa leitura algo único e surpreendente, pois a sensação é a de estar lá, ao lado de Jack, mesmo que algumas mudanças bruscas de cenário nos tirem a concentração.

Jack Sawyer é um protagonista incrível. Além de ser especial por ter a habilidade de transitar entre mundos, tudo o que ele aprende e enfrenta nesse percurso vão testar sua resistência ao máximo, e é exatamente essa experiência que o torna mais forte. Embora ele seja muito corajoso, há algumas situações que o deixam com muito medo, mas ele não pensa em desistir jamais.

Lobo é um dos melhores, se não o melhor, personagem desse livro. Ele é carismático e seu espírito protetor acaba fazendo com que ele seja aquele melhor amigo que sempre dá o ombro e estende a mão pra ajudar o outro. Ele é uma das melhores representações de lealdade e amizade verdadeira que já me deparei em qualquer livro que já li na vida.

Os vilões aqui, Morgan e Osmond, são um caso especial, pois embora sejam sádicos e oportunistas, são bem construídos e com motivações que realmente causam impacto e medo. A forma como usam e manipulam as pessoas através de suas fraquezas é doentia e cruel.

Enfim, não posso negar que este é um dos melhores livros do gênero que já li. A história é mágica, bastante original, cheias de surpresas e super emocionante. É impossível não se emocionar com a jornada de amadurecimento de Jack enquanto ele, aos poucos, vai deixando sua infância e sua ingenuidade para trás, ou com a mensagem implícita sobre as crueldades e os perigos do mundo.

Anota aí #8 - Méliuz - Cupons de Desconto e Cashback

10 de dezembro de 2019


Pra quem gosta de fazer compritchas pela internet, aqui vai uma dica mara de economia. O Méliuz é um portal que disponibiliza, gratuitamente, cupons de desconto das melhores lojas online do Brasil e ainda te devolve parte do valor gasto em suas compras. O melhor disso é que o valor é devolvido em dinheiro, direto em sua conta bancária.

Depois de criar um cadastro, pra ativar o cashback, é só entrar no site do Méliuz e procurar a loja online do seu interesse pra começar a fazer as compras. Outra forma é instalar a extebsão do Méliuz no navegador, que ela te avisa se a loja é parceira, e se for, é só clicar no botão do dinheiro de volta. Pelo celular, é só instalar o app do Méliuz, procurar a loja online e voilá!
Algumas lojas físicas também estão aceitando o Méliuz, e nesses estabelecimentos é só informar o telefone celular associado ao seu cadastro.

Assim, a cada compra confirmada vamos juntando saldo, e ao atingir o valor mínimo de R$20,00 já podemos solicitar o saque. Num prazo médio de 10 dias, o dinheiro do cashback já cái na conta e pronto!

Além do cashback em suas compras, no app do Méliuz você ainda encontra cupons de desconto e ofertas das lojas parceiras, que são acumulativas com o dinheiro de volta.

O único ponto negativo é que o dinheiro de volta pode demorar até 90 dias pra cair no extrato, e em épocas onde há grande volume de compras, como Black Friday por exemplo, o sistema fica instável pelo grande número de acessos e é difícil acessar a conta pra ativar o cashback, mas o sistema em si funciona muito bem e até então não tenho nada a reclamar.

Se ainda não conhecem, clique na imagem abaixo pro convite esperto que te dá R$5,00 de bônus, mais o cashback, na primeira compra!


Você também pode convidar mais gente pra usar e também ganhar R$5,00 quando eles também fizerem compras. Todo mundo ganha!

Wishlist #80 - Funko Pop - Backstreet Boys

5 de dezembro de 2019

Pááááraaaa tudo, Jesus!
Eu já tinha tido um mini infarto quando algumas artes do que seriam os popíneos de Backstreet Boys começaram a vazar. Eis que agora os abençoados foram confirmados e quero toooodos.
A boy band marcou minha adolescência e, até hoje, mais de vinte anos depois, ainda sou super fã, continuo acompanhando as novidades, e amo demais ♥




Na Telinha - Bojack Horseman (3ª Temporada)

3 de dezembro de 2019

Título: Bojack Horseman
Temporada: 3 | Episódios: 12
Elenco: Will Arnett, Alison Brie, Amy Sedaris, Paul F. Tompkins, Aaron Paul
Gênero: Animação/Comédia/Drama/Fantasia
Ano: 2016
Duração: 25min
Classificação: +16
Nota
Sinopse: Com o enorme sucesso de "Secretariat", BoJack finalmente se sente importante na indústria. Mas quando o assunto é vida pessoal, ele ainda fracassa em tudo o que se propõe a fazer.

Depois de duas temporadas recheadas de humor ácido essa terceira temporada manteve a narrativa subversiva, e trouxe críticas sociais inacreditáveis, que cutucam até a alma da sociedade. O roteiro se aproveita de sutilezas acerca de questões sociais, morais e éticas, e é capaz de enfiar reflexões nas cabeças alheias, principalmente devido ao toque de drama que tornou essa temporada bem mais pesada que as demais.



BoJack voltou aos tempos de glória, conseguiu recuperar a fama perdida e agora fica imaginando como será sua vida quando receber seu cobiçado troféu. Porém, seus defeitos superam qualquer virtude que ele possa ter e chega a ser doloroso acompanhar um personagem que faz tanta merda num espaço de tempo tão curto. Por mais que ele sempre esteja rodeado de gente, é nítido o quanto ele é um cara sozinho e impotente quando precisa lidar com algo mais sério. Mesmo que Princesa Carolyn e Diane estejam alí o aconselhando da melhor forma possível, ele continua tomando decisões questionáveis e dignas de puro repúdio.


Uma coisa que acho super interessante nesse seriado é o fato de que a grande maioria dos personagens antropomórficos tem características da própria espécie. É como se, por mais que eles tenham evoluído a ponto de conviver lado a lado dos humanos como iguais, eles ainda mantiveram hábitos clássicos dos animais que representam. Um exemplo é Mr. Peanuttbutter, que por ser um cachorro, é leal, meio abobalhado, bastante agitado, fica com a língua pra fora e outros comportamentos caninos do tipo. Uma cena interessante é quando BoJack observa um grupo de cavalos correndo juntos e levantando poeira numa pradaria, coisa que animais de outra espécie não tem costume de fazer. A cena, além de demonstrar essa característica, também evidencia o quanto BoJack é solitário, infeliz e almeja por uma vida que está bem distante de sua realidade. O episódio onde BoJack vai pra um evento no fundo do mar e podemos acompanhar, entre outras coisas, um pouco da vida de um cavalo marinho, que como pai é responsável pela gestação e criação dos filhos, também é um dos mais filosóficos e interessantes da temporada, principalmente por não ter quase nenhum diálogo, e as ações falam por si.



Em contrapartida e como exceção à regra, Princesa Carolyn, que é uma gata, precisa lidar com sua vida profissional que toma todo seu tempo e a isenta de uma vida social. Ela mal tem tempo pra comer e dormir, mas ainda sonha com um relacionamento duradouro.
E falando em relacionamentos, é interessante acompanhar o relacionamento entre Diane e Mr. Peanuttbutter e como o casamento deles vai de mal a pior, mostrando que nada é perfeito por mais que eles pareçam ser feitos um pro outro. Todd, que é o maior alívio cômico da série com sua total falta de noção, reencontra uma antiga colega de escola e dá um novo vislumbre à série acerca de sua sexualidade.



A série aborda temas contemporâneos e controversos sem rodeios, mostrando uma verdade crua sobre os bastidores da fama e levantando questões sobre a objetificação da mulher, aborto, abandono, drogas e até a morte, mas sempre com aquele humor negro e típico da série, além das referências hilárias de outros atores, como "Jurj Clooners", ou cenas clássicas de princesas de desenhos animados famosos reproduzidas por Sarah Lynn, que está tentando se manter sóbria e falhando miseravelmente pois a companhia e a má influência de BoJack é a pior que existe, por mais que suas observações e comentários sejam geniais.
"Viu, Sarah Lynn? Não estamos condenados. No panorama geral das coisas, somos apenas partículas mínimas que, um dia, serão esquecidas. Então, não importa o que fizemos no passado, ou como vamos ser lembrados. A única coisa que importa é o presente. Este momento. Este momento único e espetacular que estamos compartilhando. Certo, Sarah Lynn? Sarah Lynn? Sarah Lynn?''
- Temporada 03, episódio 11
É impossível não se identificar de alguma forma, refletir com os tapas na cara que vem com as verdades cômicas e amargas, e/ou sentir a dor dos personagens devido aos dramas que vivem. A oscilação entre o trágico e o cômico é evidente, e é quase impossível não sentir a ferida sendo cutucada com tudo que o roteiro aborda. No mais, BoJack Horseman é um retrato fiel à tragicidade daquilo que há de mais depreciativo na sociedade e que está tão presente na vida de muitos nos dias de hoje.