Resumo do Mês - Janeiro
1 de janeiro de 2020
Depois de um 2019 bem conturbado, comecei 2020 no maior gás, pelo menos até o meio do mês... Tô com meu coração partido por ter perdido mais uma chinchila por causa desse calor infernal e não sei o que faço, já que moro de aluguel e não posso colocar um bendito ar condicionado aqui. Não sei se quero arriscar arrumar uma companhia pro Elvis, que foi o único que sobrou, quando são bichinhos muito sensíveis ao calor. Só sei que além de chateada, tô meio traumatizada e me sentindo culpada com isso tudo. São bichinhos tão dóceis, que me ajudaram a passar por um momento meio dark e trágico da minha vida, então foi impossível não me apegar a eles, e perder um atrás do outro assim foi triste demais, não só pra mim, mas pras crianças também. Agora é cuidar do Elvis, tadinho, e seja o que Deus quiser.
Como andei bastante desanimada ano passado, uma das minhas metas pra esse ano é tentar ser mais relax e otimista com a vida em geral, e mais produtiva com relação ao blog, e tenho fé que vou conseguir. Em fevereiro o Ian vai pra escolinha, então vou ter umas horinhas pra me dedicar às minhas coisas sem me descabelar. Mas devagarinho vou me organizando por dentro pra depois dar conta de ajeitar as coisas por fora. O primeiro passo, que foi reconhecer que eu precisava de ajuda e correr atrás disso, já foi dado, e isso é o que mais importa. Já tô me dedicando a várias coisas que andam me fazendo muito bem, como assistir alguns workshops do meu interesse ou meditar, por exemplo, e tô gostando muito desse ar zen com direito a cheirinho de incenso e tudo mais. As coisas vão se ajeitando e no final tudo vai dar certo.
Enfim, bora ver o que teve no blog:
♥ Resenhas
- Frank e o Amor - David Yoon
- O Golpe
- O Último Desejo - Andrzej Sapkowski
- It - Stephen King
- 1984 - George Orwell (Edição especial)
- Reunião - Meg Cabot
- A Hora Mais Sombria - Meg Cabot
♥ Na Telinha
- Frozen: Uma Aventura Congelante
- Frozen II: O Reino do Gelo
♥ Wishlist
- Funkos de The Witcher
- Funkos de Frozen 2
- Funkos de To All the Boys I've Loved Before
♥ Top 10
- Melhores Leituras de 2019
♥ Desafio Literário 2020
- Especial The Witcher
♥ Caixa de Correio de Janeiro
Linda demais.
Caixa de Correio #94 - Dezembro
31 de dezembro de 2019
Última caixinha do ano, só coisa boa. Esse mês foi aquela confusão de sempre... Aniversário da Vivi no Natal, correria com preparativos, falta de dim dim, só Deus pra ter misericórdia. Mas, no final das contas, as coisas vão caminhando e se ajeitando do jeito que dá.
Bora ver o que chegou esse mês:
Bora ver o que chegou esse mês:
O Chamado de Cthulhu e outras histórias - H.P. Lovecraft
28 de dezembro de 2019
Título: O Chamado de Cthulhu e outras histórias - Biblioteca H.P. Lovecraft #1
Autor: H.P. Lovecraft
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Horror/Contos
Ano: 2019
Páginas: 448
Nota:★★★★★
Resenha: Nascido em 1890 e falecido em 1937, H.P. Lovecraft é considerado um dos principais autores do gênero de terror, reunindo não só admiradores de suas obras, como também inspirando autores de renome da literatura em todo o mundo. Neste primeiro volume da série "Biblioteca Lovecraft", encontramos dez textos clássicos do autor traduzidos e organizados por Guilherme da Silva Braga: Dagon, Ar frio, O modelo de Pickman, A música de Erich Zann, O assombro das trevas, O chamado de Cthullu, O horror de Dunwich, A sombra vinda do tempo, A casa temida, e A sombra de Innsmouth.
Os contos são curtos, alguns são narrados em primeira, e outros em terceira pessoa. Alguns inclusive parecem ter uma ligação com outros devido a algumas referências, e acabam se complementando ou preparando o leitor para algo que está por vir. Utilizando de uma escrita rebuscada, mas ainda assim um tanto fluída e cheia de detalhes e descrições minuciosas, é impossível desgrudar da leitura, mesmo que alguns trechos causem um enorme desconforto devido às descrições ora bizarras, ora sugestivas, ou ora assustadoras, mas que são capazes de despertar muita admiração e curiosidade em quem lê. Eu confesso que ainda não tinha tido oportunidade de ler nada do autor até então, mas posso dizer que o livro superou minhas expectativas pois foi bem além do que esperava encontrar.
Para os fãs do mestre do horror cósmico, ou pra quem gosta de contos de terror bizarros que se misturam com fantasia, é leitura mais do que indicada. Essa edição em particular, com capa dura e excelente diagramação é obra digna de se manter na coleção, pra ser lida e relida.
Abaixo um resumo do que se trata os contos do autor:
Autor: H.P. Lovecraft
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Horror/Contos
Ano: 2019
Páginas: 448
Nota:★★★★★
Sinopse: Nascido em 1890, Howard Phillips Lovecraft revolucionou o gênero literário do horror ao inserir em suas histórias elementos típicos da fantasia e da ficção científica. Com um estilo de escrita único, por vezes de vocabulário e ortografia conservadores, Lovecraft elevou o terror a um patamar literário poucas vezes visto. Assim como Edgar Allan Poe no século XIX, Lovecraft é visto por autores como Neil Gaiman, Joyce Carol Oates e Stephen King como um dos principais autores de terror do século XX.
Neste primeiro volume da série "Biblioteca Lovecraft", traduzida e organizada por Guilherme da Silva Braga, encontramos textos clássicos como "O chamado de Cthulhu" e "A sombra de Innsmouth", e também textos menos conhecidos como "Dagon" (espécie de breve preâmbulo aos mitos de Cthulhu).
Resenha: Nascido em 1890 e falecido em 1937, H.P. Lovecraft é considerado um dos principais autores do gênero de terror, reunindo não só admiradores de suas obras, como também inspirando autores de renome da literatura em todo o mundo. Neste primeiro volume da série "Biblioteca Lovecraft", encontramos dez textos clássicos do autor traduzidos e organizados por Guilherme da Silva Braga: Dagon, Ar frio, O modelo de Pickman, A música de Erich Zann, O assombro das trevas, O chamado de Cthullu, O horror de Dunwich, A sombra vinda do tempo, A casa temida, e A sombra de Innsmouth.
Os contos são curtos, alguns são narrados em primeira, e outros em terceira pessoa. Alguns inclusive parecem ter uma ligação com outros devido a algumas referências, e acabam se complementando ou preparando o leitor para algo que está por vir. Utilizando de uma escrita rebuscada, mas ainda assim um tanto fluída e cheia de detalhes e descrições minuciosas, é impossível desgrudar da leitura, mesmo que alguns trechos causem um enorme desconforto devido às descrições ora bizarras, ora sugestivas, ou ora assustadoras, mas que são capazes de despertar muita admiração e curiosidade em quem lê. Eu confesso que ainda não tinha tido oportunidade de ler nada do autor até então, mas posso dizer que o livro superou minhas expectativas pois foi bem além do que esperava encontrar.
Para os fãs do mestre do horror cósmico, ou pra quem gosta de contos de terror bizarros que se misturam com fantasia, é leitura mais do que indicada. Essa edição em particular, com capa dura e excelente diagramação é obra digna de se manter na coleção, pra ser lida e relida.
Abaixo um resumo do que se trata os contos do autor:
Tags:
Companhia das Letras,
Contos,
H.P. Lovecraft,
Resenha,
Suspense,
Terror
Na Telinha - Euphoria (1ª temporada)
27 de dezembro de 2019
Elenco: Zendaya, Hunter Schafer, Jacob Elordi, Sydney Sweeney, Barbie Ferreira, Alexa Demie
Gênero: Drama
Ano: 2019
Duração: 58min
Classificação: +18
Nota:★★★★★♥Sinopse: Rue (Zendaya) é uma adolescente de 17 anos dependente química que acaba de sair da reabilitação. A medida que ela tenta voltar à rotina, percebe que seus colegas de escola também enfrentam os próprios desafios, envolvendo sexo, drogas, traumas e mídias sociais.
Rue é uma adolescente de dezessete anos que, desde pequena, já demonstrava ter uma percepção de mundo diferente das outras crianças. Mas, com a morte precoce do seu pai, ela acaba se viciando em drogas como forma de lidar com a perda e se "anestesiar", o que é agravado com seus problemas de ansiedade e bipolaridade. Depois de um episódio crítico, Rue vai pra reabilitação, mas ela não está nada preocupada em melhorar e não hesita em trapacear em exames que comprovam sua sobriedade. Ao voltar pra casa, sua vida ainda é marcada pela chegada de Jules no bairro, uma garota trans - e linda - com um histórico de vida super traumático. As duas logo se tornam melhores amigas e Rue acaba desenvolvendo uma certa dependência de Jules, mas será que elas vão ficar juntas até o fim para superar os vários obstáculos pessoais e sociais que aparecerão pelo caminho?
Rue é quem faz a narrativa dos acontecimentos, e, por ser viciada em drogas, fica meio implícito que ela pode não ser uma voz tão confiável para narrar os fatos, principalmente quando algumas cenas são baseadas em pensamentos ou alguma viagem muito louca dela.
Basicamente a série vai mostrar a vida de um grupo de adolescentes que fazem parte do círculo de amizade de Rue e que estão prestes a deixar o ensino médio, mas que já acumularam algumas experiências pessoais, amorosas e familiares pesadas o suficiente para moldar suas personalidades e influenciar em suas escolhas na vida, assim como as consequências bem amargas de todas elas. Experiências envolvendo drogas, sexo e sexualidade, abuso, saúde mental, exposição, vingança, violência e as expectativas que os pais depositam nos filhos e que nem sempre são superadas.
Um exemplo disso é as cenas em que Rue "ensina" a limpar o organismo ou burlar o resultado de um teste antidrogas, mas logo em seguida ela também mostra como o preço a ser pago por isso, seja física ou emocionalmente, pode ser alto demais. Ou como Jules, que tem um histórico delicado de depressão e automutilação, usa sua sexualidade pra provar o que quer que seja pra si mesma e ainda assim sempre aparece como alguém pura e iluminada, principalmente quando ela se torna um tipo de "cura" para Rue, que começa a deixar as drogas de lado, mas acaba criando uma certa dependência da amiga.
Os demais personagens também tem arcos fortes e bem construídos, que vão desde abandono, preconceitos sofridos, depressão, e traumas insuperáveis que colaboram na formação (e na corrupção) do caráter do indivíduo, princialmente nessa fase da adolescência que a série aborda, o que, consequentemente, pode gerar vários gatilhos.
Cada episódio se aprofunda um pouco mais no passado de algum personagem, explicando que um possível trauma desencadeou um determinado tipo de comportamento, mostrando que, querendo ou não, somos reflexos daquilo que vivenciamos e aprendemos na infância. Assim, cada personagem vai ganhando mais camadas, e é possível entender suas motivações na maioria das vezes, mesmo que não concordemos com eles por fazerem coisas condenáveis e absurdas.
A ordem cronológica não é muito exata, há uma transição constante entre passado e presente, e não dá pra saber ao certo se algumas cenas acontecem antes ou depois de um determinado evento, mas, fazendo um apanhado geral, dá pra compreender bem o que se passa.
O trabalho de fotografia é fantástico. As cores sempre se contrastam e evidenciam traços, o azul, o rosa e o vermelho se destacam bastante e geralmente se opõe ao laranja e ao verde. A iluminação sempre favorece todo tipo de brilho, seja nos cenários ou nas maquiagens, que, diga-se de passagem, são todas incríveis, e é impossível pensar na série sem pensar no visual maravilhoso. A série é indicada para maiores de dezoito anos tanto pelos temas pesados e delicados que abordados, quanto pelas cenas de sexo e nudez, e aqui a HBO ainda quebra alguns paradigmas e estereótipos quando não mostra apenas nudez feminina, mas a masculina, com pintos de todas as cores e tamanhos. Por que é "natural" quando mulheres aparecem nuas na TV, mas quando são homens as pessoas ainda ficam loucas? A naturalidade com que a nudez é tratada aqui é impressionante, principalmente por não ser "glamourizada". Outro ponto a ser destacado é a trilha sonora impecável dessa série, que ajuda a deixar tudo ainda mais intenso e emocionante. Sério: assistam e ouçam!
Ao final, a impressão que fica é que Euphoria não é só mais uma série em meio a tantas outras, mas uma verdadeira experiência crua e realista com esse "universo" adolescente cheio de representatividade, e regado a drogas, sexualidade a flor da pele e autodescobertas. Quero a segunda temporada na minha mesa agora, HBO! Nunca te pedi nada.
O Festim dos Corvos - George R.R. Martin
24 de dezembro de 2019
Título: O Festim dos Corvos - As Crônicas de Gelo e Fogo #4
Autor: George R.R. Martin
Editora: Suma de Letras
Gênero: Alta Fantasia
Ano: 2019
Páginas: 608
Nota:★★★★☆
Resenha: Dando continuidade à saga épica escrita por George R.R. Martin, em O Festim dos Corvos, depois das mortes de Robb e Renly Stark, Balon Greyjoy e Joffrey Baratheon, a Guerra dos Cinco Reis chega ao fim para dar lugar a novos conflitos políticos e disputas de posse entre sobreviventes e renegados. Assim, os lordes de Westeros começam a bolar planos e formar alianças afim de se fortalecerem para enfrentar algo pior que se aproxima cada vez mais.
Seguindo o mesmo padrão dos livros anteriores, a história é narrada em terceira pessoa com capítulos que se alternam entre os vários personagens que movimentam essa parte da trama. Pelo fato de não ter nenhuma guerra acontecendo, os acontecimentos se referem mais ao amadurecimento e jornada dos personagens em questão em meio ao jogo dos tronos, sem que haja aquela tensão de batalhas e sangue no ar. A realidade e as consequências do pós guerra ficam em evidência, mostrando como os jogos políticos dos poderosos, que se fartam com banquetes e ouro, afetam os pobres e os menos favorecidos quando terras são arrasadas e milhares de vidas são destruídas.
A narrativa em si é bastante lenta e detalhada, mantendo o mesmo nível de violência, mortes e sexo dos quais já estamos acostumados a ver na série, e pelo fato de focar somente nas tramas e intrigas políticas de Porto Real, Correrio e proximidades, ele acaba sendo um pouco mais cansativo do que os anteriores, mas ainda assim, muito bem amarrado, juntando conflitos de várias casas de diferentes regiões e mostrando os bastidores dos jogadores quando estão fora dos campos de batalha.
Tommen herda o trono depois da morte do irmão, Joffrey; Cersei Lannister "orienta" seu filho como rainha regente, enquanto continua bolando maneiras de governar através do filho sonso, de se manter no poder e eliminar seus inimigos, mas a partir daqui é que percebemos que ela é a única responsável por seu destino; Sansa, enfim, consegue escapar com a ajuda de Mindinho, e com a orientações dele, ela começa a deixar de ser tão ingênua e começa a aprender a jogar o jogo dos tronos, mesmo que ela vá sofrer muito com isso; Arya parte numa jornada para aprender a se tornar uma assassina sem rosto. Os capítulos mais movimentados no quesito da ação ficam com Brienne de Tarth, e é ela quem ganha um excelente POV aqui, apesar de bem curto. Jon Snow, Daenerys Targaryen e Tyrion Lannister nem são mencionados. Ao que parece, o quarto livro acabou sendo dividido para formar o quinto devido à sua extensão, logo a história também ficou dividida entre as regiões sul e norte.
No mais, o livro, obviamente, traz muito mais detalhes do que a adaptação pras telinhas e pra todo fã da saga e do autor, é leitura mais do que obrigatória.
Autor: George R.R. Martin
Editora: Suma de Letras
Gênero: Alta Fantasia
Ano: 2019
Páginas: 608
Nota:★★★★☆
Sinopse: Há séculos os sete grandes reinos de Westeros se enfrentam em amargas disputas, batalhas e traições. Agora, com Joffrey Baratheon e Robb Stark fora da jogada e lordes insignificantes competindo pelas Ilhas de Ferro, a guerra que devorou o continente parece ter finalmente chegado ao fim.
No entanto, como após todo grande conflito, não demora para que os sobreviventes, os bandidos, os renegados e os carniceiros avancem para disputar o espólio dos mortos. Por toda Westeros os lordes se agitam, formando alianças e fazendo planos, enquanto nomes conhecidos e desconhecidos se apresentam para tomar parte das danças políticas.
Todos precisam lançar mão de suas habilidades e poderes para encarar os tempos de terror que se aproximam. Nobres e plebeus, soldados e feiticeiros, assassinos e saqueadores devem arriscar suas fortunas... e suas vidas, pois em um festim de corvos, muitos são os convidados ― e poucos os sobreviventes.
Resenha: Dando continuidade à saga épica escrita por George R.R. Martin, em O Festim dos Corvos, depois das mortes de Robb e Renly Stark, Balon Greyjoy e Joffrey Baratheon, a Guerra dos Cinco Reis chega ao fim para dar lugar a novos conflitos políticos e disputas de posse entre sobreviventes e renegados. Assim, os lordes de Westeros começam a bolar planos e formar alianças afim de se fortalecerem para enfrentar algo pior que se aproxima cada vez mais.
Seguindo o mesmo padrão dos livros anteriores, a história é narrada em terceira pessoa com capítulos que se alternam entre os vários personagens que movimentam essa parte da trama. Pelo fato de não ter nenhuma guerra acontecendo, os acontecimentos se referem mais ao amadurecimento e jornada dos personagens em questão em meio ao jogo dos tronos, sem que haja aquela tensão de batalhas e sangue no ar. A realidade e as consequências do pós guerra ficam em evidência, mostrando como os jogos políticos dos poderosos, que se fartam com banquetes e ouro, afetam os pobres e os menos favorecidos quando terras são arrasadas e milhares de vidas são destruídas.
A narrativa em si é bastante lenta e detalhada, mantendo o mesmo nível de violência, mortes e sexo dos quais já estamos acostumados a ver na série, e pelo fato de focar somente nas tramas e intrigas políticas de Porto Real, Correrio e proximidades, ele acaba sendo um pouco mais cansativo do que os anteriores, mas ainda assim, muito bem amarrado, juntando conflitos de várias casas de diferentes regiões e mostrando os bastidores dos jogadores quando estão fora dos campos de batalha.
Tommen herda o trono depois da morte do irmão, Joffrey; Cersei Lannister "orienta" seu filho como rainha regente, enquanto continua bolando maneiras de governar através do filho sonso, de se manter no poder e eliminar seus inimigos, mas a partir daqui é que percebemos que ela é a única responsável por seu destino; Sansa, enfim, consegue escapar com a ajuda de Mindinho, e com a orientações dele, ela começa a deixar de ser tão ingênua e começa a aprender a jogar o jogo dos tronos, mesmo que ela vá sofrer muito com isso; Arya parte numa jornada para aprender a se tornar uma assassina sem rosto. Os capítulos mais movimentados no quesito da ação ficam com Brienne de Tarth, e é ela quem ganha um excelente POV aqui, apesar de bem curto. Jon Snow, Daenerys Targaryen e Tyrion Lannister nem são mencionados. Ao que parece, o quarto livro acabou sendo dividido para formar o quinto devido à sua extensão, logo a história também ficou dividida entre as regiões sul e norte.
No mais, o livro, obviamente, traz muito mais detalhes do que a adaptação pras telinhas e pra todo fã da saga e do autor, é leitura mais do que obrigatória.
Na Telinha - Klaus
20 de dezembro de 2019
Título: Klaus
Elenco: Jason Schwartzman, J.K. Simmons, Rashida Jones, Joan Cusack
Gênero: Animação
Ano: 2019
Duração: 1h38min
Classificação: +10
Nota:★★★★★♥Sinopse: Em Smeerensburg, remota ilha localizada acima do Círculo Ártico, Jesper é um estudante da Academia Postal que enfrenta um sério problema: os habitantes da cidade brigam o tempo todo, sem demonstrar o menor interesse por cartas. Prestes a desistir da profissão, ele encontra apoio na professora Alva e no misterioso carpinteiro Klaus, que vive sozinho em sua casa repleta de brinquedos feitos a mão.
Jesper é um jovem aprendiz de carteiro na Academia Postal. Muito mimado e preguiçoso, ele quer viver as custas do pai, que é presidente da Academia, usufruindo do bom e do melhor enquanto os outros trabalham duro. Até que seu pai, cansado dessa folga sem fim, lhe dá um ultimato: ou Jesper vai para Smeeresnburg, um vilarejo nórdico, afastado e esquecido do mundo para fazer o envio de seis mil cartas no prazo de um ano, ou perderá seu direito na herança. Contrariado e sem mais escolhas, Jesper parte para o vilarejo e, ao chegar ao local, ele percebe que um conflito entre os clãs Krum e Ellingboes desencadeou não só uma briga centenária entre os habitantes, como deixou o local desolado e caindo aos pedaços.
A questão é: como um bando de pessoas que vivem em pé de guerra, sem sequer se lembrarem do motivo que iniciou essa confusão, e que só pensam em matar uns aos outros, usarão os serviços postais para que Jesper cumpra seu objetivo? Assim, sem muitas perspectivas e prestes a desistir, Jesper descobre um morador misterioso que vive sozinho numa casinha cheia de brinquedos que ele mesmo construiu e, ao fazer uma visita, descobre que ele poderia ser muito útil nessa sua missão.
A trama, então, se desenrola de forma fluída, levantando uma hipótese bastante criativa sobre as origens do bom velhinho.
O vilarejo parece ser um personagem a parte. A medida que o plano de Jesper pra entregar as milhares de cartas é posto em prática, a cidade vai ganhando vida e as partes da história do Papai Noel começa a ganhar forma. De onde surgiram as cartinhas e os presentes, como começaram a ser recebidos pelas crianças, de onde vieram as renas, os ajudantes, e as roupas vermelhas e afins. É bastante criativo e bem amarrado.
Um ponto bastante interessante é a forma como a animação abordou a ideia da educação e da gentileza entre as pessoas. Como o ódio entre os clãs é uma coisa que passa através das gerações, as crianças acabam gastando o tempo que têm para fazerem travessuras e bolando planos para atacar seus rivais em vez de irem pra escola, o que fez com que Alva, a única professora da cidade, desistisse e transformasse o lugar num depósito de peixes fedidos até que pudesse dar o fora dali. Mas, como pra ganhar um presente as crianças precisam escrever uma carta para enviar a Klaus, consequentemente elas também precisam aprender a ler e a escrever, e onde mais aprenderiam isso se não for na escola? Alva deixa de ser uma moça amargurada e vai ganhando vida, esperança e passa a ter certeza de que as coisas, finalmente, vão mudar pra melhor. Essa evolução acaba fazendo com que a mudança parta das crianças, de forma que elas se tornem além de mais inteligentes, mais gentis, solícitas e amáveis umas com as outras, já que agora passaram a ter acesso a educação. E o mais legal é que isso passa para os seus familiares, que passa pros seus vizinhos, e a gentileza gera mais gentileza. A educação realmente transforma as pessoas, não dá pra negar.
Em alguns pontos, a animação lembra bastante A Nova Onda do Imperador, da Disney, com aquela ideia do protagonista egoísta que faz as coisas visando o benefício próprio, mas que acaba se redescobrindo através da jornada com um companheiro, e encontrando bondade em si mesmo. A amizade entre Jesper e Noel é construída de forma orgânica, acaba mudando a forma como os dois encaram a vida, e se torna um gás a mais que os impulsiona a continuar fazendo o bem, levando alegria pra quem precisa e merece.
No final, achei muito válido pensar que o Natal é uma época para aproximar as pessoas e despertar o que há de bom em cada um de nós. Klaus é uma animação divertida, encantadora, cheia de surpresas e reviravoltas dignas dos mais famosos clássicos, e é tão legal quanto as festividades em família.
Assinar:
Postagens (Atom)