Novidade de Fevereiro/20 - Suma de Letras

12 de fevereiro de 2020

Terror a Bordo - 17 histórias turbulentas - Stephen King (Org.) e Bev Vincent (Org.)
Stephen King odeia voar.
E agora, junto com seu coeditor Bev Vincent, ele está pronto para compartilhar esse medo com você.
Bem-vindos a Terror a bordo, uma antologia sobre tudo que pode dar terrivelmente errado quando se está a 20 mil pés de altura, cortando os céus a 800 km/h, preso em uma caixa de metal com centenas de desconhecidos.
Aqui você vai encontrar todas as maneiras como sua agradável viagem pelos ares pode se transformar em um pesadelo, incluindo algumas formas que você nunca imaginou... mas que vai imaginar da próxima vez em que estiver atravessando a ponte de embarque e entregando sua vida nas mãos de um estranho.
Incluindo histórias inéditas de Joe Hill e Stephen King, além de catorze contos clássicos e um poema de mestres como Richard Matheson, Ray Bradbury, Roald Dahl, Dan Simmons e muitos outros, Terror a bordo é, nas palavras de Stephen King, "perfeito para ler em aviões, principalmente durante aterrisagens turbulentas".

Novidades de Fevereiro/20 - Companhia das Letras

O Inominável Atual - Roberto Calasso
Turistas, terroristas, secularistas, fundamentalistas, hackers. Todos esses personagens habitam e movimentam o inominável atual – um mundo ilusório, que parece ignorar seu passado, mas cuja forma já fora prenunciada entre 1933 e 1945, quando tudo parecia se voltar para a autoaniquilação.
Nesse livro iluminador, o italiano Roberto Calasso – chamado de "instituição literária" pela The Paris Review – oferece uma elegante reflexão sobre as transformações que ocorrem nas sociedades de hoje, em que a era da ansiedade de W. H. Auden dá lugar a algo muito mais perturbador: a era da inconsistência.


Contra a Interpretação e outros ensaios - Susan Sontag
Uma série de discussões provocativas sobre os temas culturais mais prementes da década de 1960, este livro é a coletânea definitiva dos trabalhos mais conhecidos e importantes de Susan Sontag e foi a obra que a consagrou como uma das pensadoras mais incisivas do nosso tempo.
Publicada pela primeira vez em 1966, esta coletânea de ensaios nunca saiu de catálogo e influenciou profundamente muitas gerações de leitores, assim como o campo da crítica cultural no mundo todo. Inclui os textos revolucionários "Notas sobre o camp" e "Contra a interpretação", e também o debate acalorado de Sontag sobre autores como Sartre, Camus, Weil, Godard, Beckett, Lévi-Strauss, a psicanálise, filmes de ficção científica e o pensamento religioso contemporâneo.
Além da nova tradução, esta edição traz o posfácio "Trinta anos depois", no qual Sontag reafirmou os termos de sua batalha contra os filisteus, contra uma ética frágil e contra a indiferença.

Wishlist #86 - Funko Pop - Cinderella

11 de fevereiro de 2020

Essa Funko não cansa mesmo de surpreender e deixar as pessoas falidas, né non? Eu que já coleciono - e sofro - por colecionar Disney, quase morri quando vi esse lançamento de um mini set de Cinderella. Já posso surtar?



A Espada do Destino - Andrzej Sapkowski

10 de fevereiro de 2020

Título: A Espada do Destino - The Witcher/A Saga do Bruxo Geralt de Rívia #2
Autor: Andrzej Sapkowski
Editora: Martins Fontes
Gênero: Fantasia
Ano: 2012
Páginas: 380
Nota:★★★★★
Sinopse: Geralt de Rívia é um bruxo. Um feiticeiro cheio de astúcia. Um matador impiedoso. Um assassino de sangue-frio, treinado desde a infância para caçar e eliminar monstros. Seu único objetivo: destruir as criaturas do mal que assolam o mundo. Um mundo fantástico criado por Sapkowski com claras influências da mitologia eslava. Um mundo em que nem todos os que parecem monstros são maus e nem todos os que parecem anjos são bons.

Resenha: A Espada do Destino, segundo livro da Saga do Bruxo Geralt de Rívia, continua apresentando alguns contos de algumas das aventuras tão hilárias quanto perigosas de Geralt em companhia de Jaskier, da feiticeira Yennefer, e alguns outros que ele encontra pelo caminho.
Assim como no primeiro volume, continuamos a acompanhar Geralt em seu trabalho de caçar e matar monstros para se sustentar através de seis contos não que possuem uma ligação direta entre si e nem ocorrem numa sequência cronológica exata, mas ao perceber as sutis referências que os próprios personagens fazem ao observarem algo ou comentarem alguma coisa, é possível começar a se situar na linha do tempo desordenada criada pelo autor de forma proposital.

Os contos vão desde a caça pelo lendário dragão dourado, a aproximação com sereias e dríades e a confusão que isso desencadeia, até o conto que traça o destino do bruxão quando ele, enfim, encontra a princesa Cirilla. E em meio a tudo isso, acompanhamos os dilemas morais de Geralt com relação ao seu trabalho e aos seus sentimentos por Yen, que ele ainda não sabe lidar muito bem (principalmente quando ele se depara com um outro personagem que também gosta dela e quer disputar seu amor num duelo contra Geralt), sabemos um pouco mais da personalidade de Yennefer e como ela é um mulherão que não tem paciência com idiotices e como ela é o total oposto de Geralt (o que talvez explique bem a química e a atração quase explosiva entre eles), assim como as patifarias e as inconveniências hilárias de Jaskier, que é o maior alívio cômico dessa história.
É muito interessante ver que Geralt, embora seja conhecido por ser um bruxo cuja característica principal é ser desprovido de sentimentos, se porta como humano de bom coração, mesmo que às vezes ele faça escolhas um tanto questionáveis devido a situação em que ele se encontra (que nem sempre é favorável a ele), e se pega em conflitos internos sobre o que sente e porquê.

Alguns personagens aparecem de forma aleatória, mas depois percebemos que eles não apareceram por acaso e que lá na frente têm (ou terão) grande importância nessa saga. E como sempre, são bem construídos e conseguem ser cativantes ou odiosos na medida certa dentro do contexto.

O autor manteve o mesmo estilo de narrativa, com várias descrições detalhadas, alguns floreios exagerados, algumas referências a contos de fadas clássicos (apresentados de uma forma bem mais sombria), mas sempre deixando tudo em sintonia, dando seu toque de muito bom humor, tornando a leitura fluída, instigante e impossível de largar.

Os dois primeiros livros da série terem sido escritos em forma de contos fizeram com que o autor pudesse mostrar, de forma criativa, algumas das aventuras pontuais de Geralt a fim de contextualizar a trama e ampliar o universo maravilhoso e intrigante que ele criou. A partir do próximo volume a história segue de forma linear e mal posso esperar.

Enfim, Capivaras - Luisa Geisler

8 de fevereiro de 2020

Título: Enfim, Capivaras
Autora: Luisa Geisler
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem adulto/Literatura nacional
Ano: 2019
Páginas: 176
Nota:★★★★☆
Sinopse: A cidade no interior de Minas Gerais para onde Vanessa se mudou é o tipo de lugar onde anunciam os horários do cinema e os obituários com o mesmo carro de som. Nada de muito interessante acontece por lá, a não ser para Binho, que, segundo ele mesmo, tem várias namoradas e conhece um monte de cantores sertanejos famosos.
A verdade é que Binho é um mentiroso contumaz e agora passou dos limites: inventou que tem uma capivara de estimação. Cansados das histórias cada vez mais mirabolantes do garoto, Vanessa se junta aos amigos – Léo, Nick e Zé Luís – para desmascará-lo. E eles estão decididos a ir até as últimas consequências.
Narrado durante as doze horas de uma noite regada a álcool, salgadinhos, segredos e romances mal resolvidos, Enfim, capivaras explora, através de diferentes pontos de vista, os relacionamentos entre um grupo de adolescentes em busca de uma capivara – ou muito mais do que isso.

Resenha: Depois do divórcio dos pais, Vanessa se mudou com a mãe de Porto Alegre para a Chapada do Pytuna, uma cidadezinha ensolarada no cerrado mineiro com 30 mil habitantes, dessas que todo mundo conhece e sabe da vida de todo mundo. Na escola, Vanessa fez amizade com Léo, Nick, Zé Luis e Dênis, vulgo Binho, mas não era uma relação de melhores amigos ever. Como a cidade é pequena, não tem nada de muito novo pra se ver ou se fazer, mas isso muda quando a turma se une contra Binho, que nunca perdeu a oportunidade de contar várias mentiras pra se aparecer e fingir ser melhor que os outros. A nova do menino foi ter dito que tem uma capivara de estimação, mas quando os outros colegas foram até a casa dele pra ver a tal capivara com os próprios olhos, Binho disse que ela fugiu, foi roubada! Mas eles não iriam desistir tão fácil, pois estavam determinados a desmascarar o farsante nem que tivessem que ir até o fim do mundo, e partem numa viagem de carro, sem carteira de habilitação nem nada, munidos de salgadinhos, balas de goma, energético e álcool, em busca da bendita capivara mato adentro.

Narrado em primeira pessoa e com capítulos que se alternam entre os pontos de vista dos personagens (com exceção de Binho), a autora conduziu a história de uma forma bem leve e divertida nesse período de doze horas de busca, criando uma ambientação interiorana cheia de detalhes, além de captar a essência da adolescência com vários dos seus dilemas de um jeito muito bacana, o que fez eu me identificar com cada personagem, por mais que eles sejam diferentes entre si, levantando questões importantes de serem abordadas sobre família, amizade, segredos, sexualidade, status social, confiança, lealdade, repressão, romances mal resolvidos, autoaceitação, mentira, trabalho, oportunismo e afins.

A forma da narrativa, e até da diagramação do livro em si, é legal, pois cada capítulo se inicia com uma lista de coisas que vão ser abordadas por algum dos personagens, e funciona como uma contagem regressiva das 12 horas até o final. O primeiro capítulo Vanessa lista 12 coisas que levaram a turma à casa de Dênis, o segundo capítulo lista 11 coisas que fizeram Zé Luis a entrar nessa confusão, e por aí vai...

Confesso que algumas coisinhas me incomodaram um pouco, como a falta de um desfecho para alguns personagens, ou um trecho específico - e infeliz - num dos capítulos de Nick onde a autora usa o autismo como forma de ofensa gratuita, o que foi bem desnecessário, já que o contexto não justifica tal "adjetivo" como abuso verbal dos pais: "uns comentários da mãe sobre 'ficar socada no quarto que nem uma autista imbecil'" - pág. 35. Enfim, achei pesado...

Vanessa está passou por maus bocados em sua vida depois da separação dos pais e da mudança de cidade, que nunca é uma coisa fácil, mas se esforçou para se adaptar e se enturmar com o pessoal para não ser a estranha da turma. Não acho que eu deva contar mais detalhes sobre ela pra evitar spoilers.
Léo se aproveita do status de sua família endinheirada na cidade para fazer o que quer usando o nome do pai pra tudo, até pra escapar de enrascadas. Um exemplo é que com dezesseis anos ele dirige por aí como se fosse "intocável". Embora seja o garoto riquinho da turma, no fundo ele tem seus problemas que, de certa forma, justificam parte do seu comportamento e mostram que as aparências podem enganar muito.
Nick é uma garota que, apesar de ter nascido na cidade, não sente que pertence aquele lugar. Ela é diferente das garotas (e de qualquer um) da sua idade, é agressiva como forma de defesa, gosta de escrever fanfics, gosta de animes, mas também enfrenta alguns problemas dessa fase.
Zé Luis vem de uma família mais humilde e aprendeu desde cedo a ser justo com todos. Sua mãe é uma das empregadas na casa da família de Léo. Ele é um garoto bondoso e gentil, mas que também enfrenta alguns dilemas, inclusive sobre sua amizade com Léo já que o amigo é o "patrão".
Binho é um caso perdido, e sua mania de inventar tudo quanto há e o comportamento que ele tem quando parece estar encurralado é irritante de um tanto que não dá nem pra medir, mas também rende alguns momentos engraçados. São situações impossíveis que fazem com que a gente torça pra que tudo fique bem, pra que o mentiroso pare de ser ridículo e fale a verdade pra acabar com essa história logo.

Dessa forma, a história não se trata só da busca louca e engraçada por uma suposta capivara, mas sim de uma busca pelo autoconhecimento onde cada um pode encontrar a si mesmo, e que vai mexer com nossas emoções.

Na Telinha - Anne with an "E" (1ª Temporada)

7 de fevereiro de 2020

Título: Anne with an "E"
Temporada: 1 | Episódios: 7
Elenco: Amybeth McNulty, R.H. Thomson, Geraldine James, Dalila Bela, Lucas Jade Zumann, Aymeric Jett Montaz
Gênero: Drama/Romance
Ano: 2017
Duração: 50min
Classificação: +12
Nota:★★★★★
Sinopse: Depois de treze anos sofrendo no sistema de assistência social, a orfã Anne é mandada para morar com uma solteirona e seu irmão. Munida de sua imaginação e de seu intelecto, a pequena Anne vai transformar a vida de sua família adotiva e da cidade que lhe abrigou, lutando pela sua aceitação e pelo seu lugar no mundo.

Baseada no romance Anne of Green Gables, de Lucy Maud Montgomery, a série se passa na vila fictícia de Avonlea, situada na Ilha de Príncipe Eduardo, uma província no Canadá, no final do século XIX, e acompanha a vida da orfã Anne Shirley, uma garotinha sonhadora, muito falante, e dona de um vocabulário invejável pra idade que tem.


No século XIX, era comum as crianças trabalharem desde bem pequenas, e muitas delas, principalmente as de famílias mais pobres, eram vistas pelos pais como um verdadeiro fardo do qual tinham que se livrar o quanto antes, e para quem era órfão, a situação era ainda pior. Numa sociedade onde homens e mulheres têm papéis definidos desde o nascimento, qualquer tentativa de fugir desses padrões é vista com preconceito e desdém.

Nesse cenário, várias famílias já adotaram a pobre Anne, mas em vez dela ser recebida com amor e tratada com carinho, tinha que trabalhar duro para "agradecer" o favor de ter sido adotada, e por ser órfã, o desprezo com que sempre foi tratada acabou lhe causando alguns traumas, e fazendo com que ela aprendesse e tivesse contato com algumas coisas que uma criança jamais deveria saber. Diante disso, Anne escolheu usar a imaginação como válvula de escape para lidar com essa dura realidade, então ela sempre se imagina sendo uma mulher forte e corajosa que, embora passe por vários obstáculos, consegue vencer as adversidades para se tornar uma grande heroína. Ela inclusive adora ler, e seu livro favorito de onde tira várias citações memoráveis é Jane Eyre, de Charlotte Brontë.


Tudo começa quando os irmãos Marilla e Matthew Cuthbert, já idosos, decidem adotar um menino para ajudar com os afazeres da fazenda, mas quando Matthew vai buscar a criança, se depara com Anne na estação de trem e a leva para Green Gable. Porém, por estar esperando um menino, Marilla, decepcionada, não tem outra reação a não ser querer resolver esse equívoco devolvendo a menina para o orfanato. Tendo sido rejeitada outra vez, Anne desaba e perde as esperanças de ter um família acolhedora onde ela pudesse ser feliz, mas Marilla não tem intenção de deixá-la na mesma situação de antes e acaba lhe dando uma chance, mas ela teria que provar ser merecedora de ficar.
Embora Matthew já tivesse a aceitado e ficado encantado com seu jeito peculiar de ser, não seria uma tarefa fácil pra Anne conquistar Marilla, que sempre demonstra ser uma fortaleza de gelo. Anne não é perfeita. Ela é irritante, não para de falar um minuto, suas falas e atitudes são exageradas e floreadas a ponto de serem cafonas, e ela parece ser incapaz de cativar as pessoas, mas tudo é proposital e compreensível.


Os episódios trazem algumas cenas com flashbacks do passado de Anne, mostrando o quanto sua vida foi difícil ao trabalhar para algumas famílias, ou o que acontecia em sua estadia no orfanato, contextualizando, assim, algumas de suas reações frente a atitudes preconceituosas, humilhantes, lamentáveis e revoltantes com que adultos e crianças a tratam com frequência. Apesar de tristes e impactantes, esses flashbacks não destoam da série e nem tiram sua leveza, só colaboram ainda mais pra nos deixar emocionados.


Quando Anne começa a ir pra escola, ela percebe que seu comportamento não é aceito pelos colegas e pelo professor, um homem odioso que parece existir somente pra descontar suas frustrações nas crianças. Ela sofre bullying por ser órfã, por ser ruiva e ter sardas, e constantemente ela fala que se sente feia e seu maior sonho é ser bonita. Mesmo que ela consiga fazer amizade com Diana, que mora na fazenda vizinha e vive tentando amenizar as ofensas das outras meninas contra Anne, ela se sente excluída, deslocada, e não sabe o que fazer pra se aproximar das outras crianças que vivem rindo ou debochando dela. Quando ela conhece Gilbert, um garoto da escola que a defende de várias humilhações, ela começa a se afastar dele porque uma das meninas da escola sonha em se casar com ele um dia (???). Anne passa a evitar o garoto para não ter problemas com as outras meninas, mas por aí a gente já sabe que eles vão se aproximar mais cedo ou mais tarde... Gilbert é fofo, não trata ninguém mal e nem gosta de injustiças. Onde os outros enxergam uma garota feia e sem modos, ele enxerga uma menina inteligente e adorável.


Seu apoio seria os Cuthbert, sua família, mas Marilla, sempre tão dura, não tem paciência para as "ladainhas" da garota. E medida que Marilla vai conhecendo Anne mais a fundo, ela vai amolecendo e o amor pela garota fica evidente a ponto de ela passar a questionar seu papel como mulher na sociedade. Se antes ela era conhecida como a solteirona que dedica a vida a casa e ao irmão, agora ela é mãe e tem alguém a quem proteger e servir de exemplo.
Matthew é mais paciente e tolerante com os dilemas de Anne, o problema com ele é a questão dele já estar velho, aparentando ter alguma doença grave, e sua preocupação é não dar conta de ajudar a manter a família.

Talvez o único ponto estranho da série é a forma como ela acaba. Por passar de uma forma tão sensível e lúdica temas tão pesados, o esperado para o final é uma cena bonita em família ou coisa do tipo, mas o gancho negativo representando alguma ameaça e causando a "necessidade" de uma continuação, não combinou muito bem.


Apesar da vida de Anne não ter sido fácil e ela ainda passar por várias provações com uma sociedade cujo preconceito é enraizado e a visão de mundo é tão limitada, a série tem um clima mágico e consegue abordar com sensibilidade temas como identidade, aceitação e esperança de uma forma leve, emocionante e gostosa de assistir. Anne with an E é uma série sensível, com um cenário inspirador e com uma linguagem bastante rica. Se você gosta de histórias de época que abordam os desafios que uma garotinha tem que enfrentar na vida para encontrar seu lugar no mundo, recomendo muito.