Resumo do Mês - Abril
1 de maio de 2020
Mais um mês dentro de casa, mas com essa penca aqui dia e noite, sem aula e pegando fogo sem parar, é impossível ser tão produtiva quanto eu gostaria. Nem ler um único livro eu consegui. Só não surtei e caí dura no chão porque meu marido trabalhou em casa uma parte desse período e isso acabou me dando uma aliviada no final das contas (e achei foi bom pra ele ver o que é passar o dia inteiro pelejando com as crianças, e ele sentir na pele meu estresse e desespero diários). Esse mês foi meu aniversário, da Marina e do Theo. Fizemos só uma coisinha simples entre a gente daqui de casa pra não passar batido, coisa que já era de costume porque não sou muito fã de fazer festa pra reunir uma galera de gente, principalmente numa época dessa que mais parece o apocalipse, e a gente tem que manter a distância pra evitar problema.
Enfim, bora ver o que teve no blog:
♥ Na Telinha
- Anne with an "E" (3ª temporada)
- Dois Irmãos - Uma Jornada Fantástica
♥ Wishlist
- Funkos de The Hunchback of Notre Dame
♥ Sorteio
- 8 anos de Perdida na Biblioteca (até 08/05)
♥ Caixa de Correio de Abril
Caixa de Correio #98 - Abril
30 de abril de 2020
Com essa quarentena que ninguém sabe quanto tempo vai durar, as coisas andam meio escassas por aqui. Com os envios da parceria ainda suspensos, não recebi livros de cortesia e nem comprei nenhum esse mês. Só me dei o pop da Fleur Delacour, que é super lindinha, de presente de aniversário, e já foi o suficiente.
A caixa de correio desse mês tá magrinha, mas antes pouco do que nada, e mesmo assim fiquei muito feliz por manter o foco na coleção de Harry Potter e aumentar em mais um. ♥
A caixa de correio desse mês tá magrinha, mas antes pouco do que nada, e mesmo assim fiquei muito feliz por manter o foco na coleção de Harry Potter e aumentar em mais um. ♥
Na Telinha - Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
18 de abril de 2020
Título: Dois Irmãos - Uma Jornada Fantástica (Onward)
Elenco: Tom Holland, Chris Pratt, Julia Louis-Dreyfus, Cctavia Spencer
Gênero: Fantasia/Animação
Ano: 2020
Duração: 1h 42min
Classificação: Livre
Nota:★★★★☆
Sinopse: No enredo de Dois Irmãos - Uma Jornada Fantástica, em um local onde as coisas fantásticas parecem ficar cada vez mais distantes de tudo, dois irmãos elfos adolescentes embarcam em uma extraordinária jornada para tentar redescobrir a magia do mundo ao seu redor.
No passado, a magia fazia parte da vida de seres fantásticos como elfos, unicórnios, magos, sátiros, centauros, fadas, ciclopes, sereias e afins, que coexistiam em plena harmonia. Quem tinha o dom, usava a magia para ajudar o próximo e resolver vários problemas, porém, pelo esforço que era exigido e por ser um dom para poucos, algumas criaturas não conseguiam fazer os feitiços direito e passaram a buscar alternativas para facilitar o cotidiano. A eletricidade, então, foi descoberta, e, a partir dela, as novas tecnologias também. Pra que se esforçar com a magia para criar fogo, se uma lâmpada ilumina um ambiente? Pra que fazer uma fogueira pra cozinhar, se é possível usar um fogão? Pra que uma espécie vai se cansar usando as próprias asas pra voar, se existe o avião? E a partir daí, com o passar dos anos, a sociedade evoluiu, e a magia ficou esquecida no passado.
Conhecemos, então, Barley e Ian Lightfoot, dois irmãos adolescentes que moram com a mãe em New Mushroomton, e são bem diferentes entre si. Enquanto Barley, o mais velho, é mais descolado e interessado em saber tudo sobre a magia do passado, Ian é tímido e reservado, e cresceu bastante sentido pela ausência do pai que ele nunca conheceu, já que ele morreu pouco antes dele nascer. Agora, em seu aniversário de dezesseis anos, Ian recebe um cajado misterioso deixado pelo pai para que só fosse entregue a ele e ao irmão nessa data, com instruções sobre um feitiço poderoso que o traria de volta por um dia inteiro, por uma única vez. Quando Ian tenta conjurar o feitiço, as coisas não saem conforme planejado, e só a metade do pai é trazida de volta. Agora, Ian e Barley partem numa aventura, em companhia das pernas do pai e de Guinevere, (nome da van temperamental de Barley) em busca de uma outra joia mágica para refazerem o feitiço e trazer o resto do corpo de volta. Mas o tempo está passando, e as chances deles verem o pai pela última vez está chegando ao fim...
A Disney/Pixar sempre acerta nos temas escolhidos para as suas animações, assim como a ambientação das mesmas, e com Dois Irmãos, apesar do impacto não ser do tipo inesquecível como alguns longas que o antecederam, não é diferente. O visual da animação, como sempre, é de encher os olhos, e se repararmos bem, até as características físicas dos personagens lembram bem seus dubladores originais (Tom Holland e Chris Pratt), que fizeram um trabalho de voz incrível. Tudo é muito colorido e iluminado, reforçando ainda mais o conceito de fantasia. A forma de conjurar os feitiços lembra um tanto o universo de Harry Potter, e talvez esse ponto poderia ser um tantinho diferente pra não deixar aquela impressão de que já vimos algo parecido em outro lugar...
Ian é um garoto bem recluso que tem dificuldade em se socializar com os outros, logo ele não é nada popular entre os estudantes da escola onde estuda e é como se nem existisse direito. Ele sempre faz listas de pequenas coisas que ele quer fazer, incluindo ser igual ao pai que ele nunca teve oportunidade de conviver, mas acaba desistindo de tudo por se embaraçar em alguma situação, por vergonha, por medo de se arriscar, por não conseguir se impor, ou por se sentir incapaz, e a jornada com seu irmão acaba sendo um grande impulso para que ele consiga enxergar que ele precisava se libertar do que andava o "prendendo" nessa condição.
Barley já é o oposto. Ele é sempre muito otimista e faz o tipo engraçadão por seus exageros, dirigindo feito um maníaco chamando atenção pra si como se não tivesse muita noção das coisas e tudo mais, o que deixa Ian morto de vergonha, mas no fundo Barley tem sentimentos intensos e é bem mais inteligente e maduro do que aparenta. Assim, o alívio cômico acaba recaindo sobre as pernas ambulantes do pai, que, ao usar um complemento com roupas, acessórios e enchimentos para simular um corpo, acaba criando confusões hilárias e que realmente arranca algumas gargalhadas na gente, além de indiretamente, ser o motivo para que os filhos, juntos, se conheçam melhor e fortaleçam esse relacionamento cheio de desentendimentos, mas acima de tudo, fraternal.
Dessa forma, a animação não aborda somente a aventura vivida pelos personagens que estão em busca de alguma coisa grandiosa e importante. É na jornada que suas emoções, crenças, o resgate pela magia antiga, o amadurecimento e a autodescoberta sobre quem são e o quê, de fato, devem valorizar na vida, começam a ser exploradas mostrando que o relacionamento e a ligação entre os dois irmãos vão muito além do que eles imaginavam, e o desfecho acaba sendo muito bonito e carregado de emoção.
Onward, o título original em inglês, quer dizer "adiante", e a jornada de Ian e Barley, em meio a esse universo cheio de referências incríveis de RPG, deixa bem evidente que, apesar da falta que o pai faz e o que a ausência dele representa, é preciso seguir em frente e dar valor a quem sempre esteve e sempre estará ao seu lado, em vez de se prender ao passado.
Sorteio - 8 anos de Perdida na Biblioteca
17 de abril de 2020
8 ANOS.
8 anos jurando que não compraria mais livros...
8 anos falhando miseravelmente nesta promessa...
8 anos em um relacionamento sério com (vaaaários) crushs literários...
8 anos querendo matar (váaarias) personagens literárias...
8 anos virando (só) mais uma página...
8 anos virando noites acordada...
E como todo mundo que tem 8 anos, o Perdida quer convidar todos os amiguinhos do parquinho para a sua festa (do pijama, afinal temos 8 anos, não 18!!). Nossa programação inclui virar a noite falando de crushs literários e devorando livros, topa?! Então aqui esta o seu convite. E não esqueça de trazer aquele amigo que ainda esta perdido por aí. Não se preocupe, o pijama (e o livro) é por conta da casa.
Bem vindo ao aniversário do Perdida na Biblioteca!
Ascensão e Queda dos Dinossauros - Perdida na Biblioteca | 30 e Poucos Anos e Uma Máquina do Tempo - Roendo Livros | A Máquina de Contar Histórias - Livros e Chocolate | Sem Saída - Seguindo o Coelho Branco | História é Tudo Que Me Deixou - Rimas do Preto | Warcross - Ler Para Divertir
Regras
- A promoção terá duração de vinte dias, do dia 17/04/2020 ao dia 08/05/2020;
- A opção obrigatória vale 1 ponto, enquanto as opcionais valem 5 pontos cada;
- Após o término da promoção, o Perdida na Biblioteca tem até dez dias úteis para divulgar o resultado;
- O ganhador tem 48h para responder o e-mail com os dados de envio, caso contrário o sorteio será refeito;
- Após feito o contato, o prêmio será enviado dentro de até 60 dias úteis (podendo ser prolongado devido o período de quarentena);
- É obrigatório residir em território nacional ou ter endereço de entrega no Brasil;
- Para os livros serem enviados, é necessário que o ganhador passe o número do CPF para a Eiras, já que agora os Correios solicitam uma declaração de conteúdo (saiba mais aqui). Só participe do sorteio se estiver de acordo. Os livros serão enviados pelo blog e pelos parceiros;
- O Perdida na Biblioteca e os parceiros não se responsabilizam por extravio ou atraso na entrega dos Correios, bem como danos causados nos livros. Assim como não se responsabilizam por entrega não efetuada por motivos de endereço incorreto, fornecido pelo próprio ganhador, e/ou ausência de recebedor. Os livros não serão enviados novamente;
- O resultado do sorteio somente será divulgado no post da promoção, portanto, fiquem atentos;
- O Perdida na Biblioteca e os parceiros se reservam o direito de dirimir questões não previstas neste regulamento;
- Este concurso é de caráter recreativo/cultural, conforme item II do artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71 e dispensa autorização do Ministério da Fazenda e da Justiça, não está vinculada à compra e/ou aquisição de produtos e serviços e a participação é gratuita.
Boa sorte!
Wishlist #88 - Funko Pop - The Hunchback of Notre Dame
6 de abril de 2020
Penso que O Corcunda de Notre Dame é uma animação subestimada pelo público, talvez por abordar uma questão que não é de muito interesse das crianças, mas sim, dos adultos. O desenho (e a história a qual foi baseado) fala da luta em busca da aceitação do sineiro da igreja pelas pessoas da cidade, e de vários outros tipos de preconceito que conseguem ser muito atuais, e que até hoje dá um tapa na cara da sociedade.
Demorou, mas a Funko fez algumas versões fofas do Quasimodo e da Esmeralda. Por enquanto são esses os lançados, mas não custa nada ter esperança de que outros personagens tão marcantes quanto eles virão...
Demorou, mas a Funko fez algumas versões fofas do Quasimodo e da Esmeralda. Por enquanto são esses os lançados, mas não custa nada ter esperança de que outros personagens tão marcantes quanto eles virão...
Na Telinha - Anne with an "E" (3ª Temporada)
3 de abril de 2020
Título: Anne with an "E"
Temporada: 3 | Episódios: 10
Agora que tem dezesseis anos, Anne já está numa fase da adolescência onde ela tem muito mais consciência dos seus sentimentos, do poder da sua voz e dos seus objetivos para o futuro, e se sente preparada e madura o bastante pra buscar a verdade sobre suas origens e sobre sua família biológica, na intenção de preencher o vazio sobre saber se já havia sido amada e como foi parar num orfanato, o que, de início, não agrada Marilla, que tem medo de "perder" a garota de alguma forma, dependendo do que ela descobrisse. Além de escrever para o jornal da escola e ainda conseguir causar algumas confusões com as verdades duras que a sociedade ainda não está preparada para ouvir, ela, enfim, assume seus sentimentos por Gilbert, mas ao que tudo indica, uma mocinha inesperada aparece para despertar a atenção do rapaz e deixar o coração de Anne apertado por causa de tantos desencontros.
Em paralelo a isso, Ka’kwet, uma garota que vive numa tribo indígena e bastante pacífica, se torna amiga de Anne quando a protagonista quer escrever um artigo sobre seus costumes, mas, além das pessoas não entenderem bem o ponto de vista de Anne, Ka'kwet acaba decidindo ir estudar numa escola católica depois de ter sido levada a acreditar que isso seria melhor para seu futuro, mas sabendo que a série também trata de temas delicados como a intolerância e o preconceito, já sabemos que a garota, que é índia, teria um destino um tanto incerto e até preocupante. Se já tratavam os negros como seres inferiores e desprezíveis, quem dirá os índios que mal eram considerados pessoas...
Nesse cenário de mudanças de ares e propósitos, a série acaba proporcionando a ideia não só de despedidas, mas do grande senso de justiça que Anne sempre teve, mas que agora é crescida o bastante pra não passar despercebida como uma criancinha sonhadora frente aos adultos, e que se para a sociedade ela é um "incômodo", fica bem evidente que foi por causa de "incômodos" como ela é que ideias retrógradas começaram a evoluir, ou pelo menos um pouco.
Anne continua sendo bastante carismática, sendo sensível ao lidar com questões mais difíceis, mas também mantendo a personalidade forte para conseguir seguir adiante. Claro que ela tem apoio dos Cuthbert's e das suas amigas que já aceitam ele como uma igual, principalmente de Diana e Cole, e isso também colabora para impulsionar a história e mostrar que qualquer um precisa de um ombro amigo nos momentos mais difíceis da vida.
Diana também ganha um pouco mais de espaço quando a série sugere um complicado relacionamento entre ela e um jovenzinho já conhecido que jamais seria aceito por sua família, e que por isso acaba sendo mantido em segredo causando algumas situações complicadas que afetam a amizade dela com Anne, e isso também levanta outras questões que envolvem o amor verdadeiro e os casamentos arranjados pelas famílias.
A ideia de mostrar de uma forma bem lúdica como as mulheres eram criadas para obedecer os homens é bastante interessante, principalmente pela desconstrução desses estereótipos. Por ter nascido mulher, ninguém é obrigada a viver exclusivamente pra marido e filhos como se essa fosse sua única função no mundo, e esquecer de si própria e dos seus sonhos e objetivos, e quando as mulheres começam a confrontar esse tipo de coisa, ao mesmo tempo que ficamos indignados de ver como tudo isso era absurdo, também ficamos orgulhosos de saber que existiram mulheres que enfrentavam esse "sistema", que corriam atrás de seus sonhos e objetivos, e não se deixavam calar por causa de um embuste qualquer.
Porém, essa terceira e última temporada deixou um pouco a desejar devido à algumas situações vivenciadas por personagens secundários, mas que acrescentavam relevância á trama, que ficaram sem desfecho, ou personagens completamente diabólicos não tiveram um castigo a altura por seus atos horrendos, deixando a gente com a cara na poeira, sem explicações. Não posso me basear nos livros pra fazer a crítica por ainda não ter lido, mas, pelo que pesquisei e conversei com quem leu, muita coisa fugiu bastante da história original, o que leva qualquer fã a pensar que material de sobra pra dar continuidade e um final digno a tudo aquilo, não era o problema. Assim, por mais que Anne with an "E" tenha se tornado uma série que gostei muitíssimo de acompanhar, seja pelo envolvimento que tive ou pelas questões tão importantes que ela levanta sob uma perspectiva super atual, no final, fiquei com aquele gostinho amargo de que faltou algo mais. Mas, como a esperança é a última que morre, não custa sonhar que algum estúdio ainda acredite no potencial que ela tem, e dê sequência ao que não acabou.
Temporada: 3 | Episódios: 10
Elenco: Amybeth McNulty, R.H. Thomson, Geraldine James, Dalila Bela, Lucas Jade Zumann, Aymeric Jett Montaz
Gênero: Drama/Romance
Ano: 2019
Duração: 50min
Classificação: +12
Nota:★★★★☆Sinopse: Ao completar dezesseis anos de idade, Anne (Amybeth McNulty) decide buscar a verdade sobre sua família biológica, para o desespero de Marilla (Geraldine James). Enquanto isso, o relacionamento da menina com Gilbert (Lucas Jade Zumann) sofre uma evolução.
Agora que tem dezesseis anos, Anne já está numa fase da adolescência onde ela tem muito mais consciência dos seus sentimentos, do poder da sua voz e dos seus objetivos para o futuro, e se sente preparada e madura o bastante pra buscar a verdade sobre suas origens e sobre sua família biológica, na intenção de preencher o vazio sobre saber se já havia sido amada e como foi parar num orfanato, o que, de início, não agrada Marilla, que tem medo de "perder" a garota de alguma forma, dependendo do que ela descobrisse. Além de escrever para o jornal da escola e ainda conseguir causar algumas confusões com as verdades duras que a sociedade ainda não está preparada para ouvir, ela, enfim, assume seus sentimentos por Gilbert, mas ao que tudo indica, uma mocinha inesperada aparece para despertar a atenção do rapaz e deixar o coração de Anne apertado por causa de tantos desencontros.
Em paralelo a isso, Ka’kwet, uma garota que vive numa tribo indígena e bastante pacífica, se torna amiga de Anne quando a protagonista quer escrever um artigo sobre seus costumes, mas, além das pessoas não entenderem bem o ponto de vista de Anne, Ka'kwet acaba decidindo ir estudar numa escola católica depois de ter sido levada a acreditar que isso seria melhor para seu futuro, mas sabendo que a série também trata de temas delicados como a intolerância e o preconceito, já sabemos que a garota, que é índia, teria um destino um tanto incerto e até preocupante. Se já tratavam os negros como seres inferiores e desprezíveis, quem dirá os índios que mal eram considerados pessoas...
Nesse cenário de mudanças de ares e propósitos, a série acaba proporcionando a ideia não só de despedidas, mas do grande senso de justiça que Anne sempre teve, mas que agora é crescida o bastante pra não passar despercebida como uma criancinha sonhadora frente aos adultos, e que se para a sociedade ela é um "incômodo", fica bem evidente que foi por causa de "incômodos" como ela é que ideias retrógradas começaram a evoluir, ou pelo menos um pouco.
Anne continua sendo bastante carismática, sendo sensível ao lidar com questões mais difíceis, mas também mantendo a personalidade forte para conseguir seguir adiante. Claro que ela tem apoio dos Cuthbert's e das suas amigas que já aceitam ele como uma igual, principalmente de Diana e Cole, e isso também colabora para impulsionar a história e mostrar que qualquer um precisa de um ombro amigo nos momentos mais difíceis da vida.
Diana também ganha um pouco mais de espaço quando a série sugere um complicado relacionamento entre ela e um jovenzinho já conhecido que jamais seria aceito por sua família, e que por isso acaba sendo mantido em segredo causando algumas situações complicadas que afetam a amizade dela com Anne, e isso também levanta outras questões que envolvem o amor verdadeiro e os casamentos arranjados pelas famílias.
A ideia de mostrar de uma forma bem lúdica como as mulheres eram criadas para obedecer os homens é bastante interessante, principalmente pela desconstrução desses estereótipos. Por ter nascido mulher, ninguém é obrigada a viver exclusivamente pra marido e filhos como se essa fosse sua única função no mundo, e esquecer de si própria e dos seus sonhos e objetivos, e quando as mulheres começam a confrontar esse tipo de coisa, ao mesmo tempo que ficamos indignados de ver como tudo isso era absurdo, também ficamos orgulhosos de saber que existiram mulheres que enfrentavam esse "sistema", que corriam atrás de seus sonhos e objetivos, e não se deixavam calar por causa de um embuste qualquer.
Porém, essa terceira e última temporada deixou um pouco a desejar devido à algumas situações vivenciadas por personagens secundários, mas que acrescentavam relevância á trama, que ficaram sem desfecho, ou personagens completamente diabólicos não tiveram um castigo a altura por seus atos horrendos, deixando a gente com a cara na poeira, sem explicações. Não posso me basear nos livros pra fazer a crítica por ainda não ter lido, mas, pelo que pesquisei e conversei com quem leu, muita coisa fugiu bastante da história original, o que leva qualquer fã a pensar que material de sobra pra dar continuidade e um final digno a tudo aquilo, não era o problema. Assim, por mais que Anne with an "E" tenha se tornado uma série que gostei muitíssimo de acompanhar, seja pelo envolvimento que tive ou pelas questões tão importantes que ela levanta sob uma perspectiva super atual, no final, fiquei com aquele gostinho amargo de que faltou algo mais. Mas, como a esperança é a última que morre, não custa sonhar que algum estúdio ainda acredite no potencial que ela tem, e dê sequência ao que não acabou.
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