Review - Root

12 de julho de 2022

Título: Root
Editora/Fabricante: MeepleBR
Criador: Cole Wehrle
Idade recomendada: 10+
Jogadores: 2-4
Nota:★★★★★
Descrição: Lançado em 2019 pela Leder Games e aos poucos já se tornando um sucesso mundial, Root esconde por trás de ilustrações fofinhas e personagens bonitinhos, um jogo de guerra de encher os olhos. Cheio de surpresas e possibilidades estratégicas.
Em Root, cada jogador pode comandar uma das quatro facções que lutam pelo domínio da Floresta da Madeira, cada uma delas com objetivos diferentes e estratégias únicas. Portanto, traçar seu jogo necessita de adaptação e inteligência. Os gatos, Marqueses, por exemplo, estão interessados nas riquezas da floresta, enquanto a Aliança lutará através da influência de suas ideias e sonhos nos outros habitantes. Ainda temos as Rapinas que tentam reestabelecer seu reinado. E não podemos esquecer, é claro, do Malandro, um “espírito livre” que não se importa de seguir seu caminho, desde que esteja ao lado de quem ganhar no final das contas.
No jogo, cada facção cria sua própria narrativa, já que é preciso guiá-la enquanto aproveita suas qualidades e leva em conta suas possibilidades. Para cada facção, um jogo inteiramente diferente e com formas únicas de vencer.
A floresta nunca teve uma guerra tão fofinha, bonitinha e, ao mesmo tempo, selvagem e cheia de violência, estratégia e conflitos territoriais.

Root é um jogo de guerra que requer um bom planejamento e estratégia para vencer. Tudo se passa na Floresta da Madeira, onde os Marqueses, um grande exército de gatos com uma carinha de que estão claramente tramando alguma mirabolância qualquer, invadiram praticamente todo o território que antes pertencia à aristocrática Ditastia das Rapinas. Agora as aves amarguradas e acuadas em um cantinho querem se expandir para reinvidicar a glória e o domínio tomado pelos gatos.
Em meio a rivalidade dessas duas facções, há a fação ascendente da Aliança da Floresta, que representa a resistência. Ela deseja reunir os bichinhos que vão contar com a ajuda de vários apoiadores para organizar revoltas contra seus opressores enquanto as outras facções estão ocupadas demais tentando se matar, assim eles podem ter seu lugar ao sol. Também temos o Malandro, um peão solitário que explora ruínas em busca de itens, cumpre algumas tarefas, e que não está preocupado em conquistar territórios, mas isso não significa que ele não vai tentar se beneficiar no meio do conflito, seja se aliando a quem for conveniente pra ele, ou apunhalando alguma facção pelas costas.

Todas as facções podem pontuar quando criam itens ou removem construções inimigas das clareiras através de ataques, mas eles também tem meios exclusivos e que rendem mais pontos para avançar. Os Marqueses basicamente são construtores, logo eles pontuam usando recursos da floresta para erguer construções. A Dinastia das Rapinas pontua construindo e protegendo seus ninhos no maior número de clareiras possível para aumentar o domínio pelo território, porém, como ela segue o decreto estipulado pelo líder, caso alguma tarefa não possa ser cumprida (o que vai acontecer mais cedo ou mais tarde), um tumulto é iniciado e alguns pontos inevitavelmente serão perdidos. A Aliança da Floresta pontua espalhando simpatia pelas clareiras afora em prol de sua causa, o que futuramente vai permitir que seus guerrilheiros promovam suas revoltas e conquistem espaço. E o Malandro, que pontua realizando tarefas e ajudando/prejudicando as outras facções.


Cada jogador tem três fases em seu turno (amanhecer, dia e anoitecer) com objetivos pré definidos em cada uma delas de acordo com a facção escolhida, e somente depois de terminar todas as ações disponíveis é que ele passa a vez pro próximo jogador. Há um marcador de pontos no tabuleiro principal de 0 a 30, logo o jogador que atingir 30 pontos primeiro, vence imediatamente. Há uma segunda forma de se vencer o jogo através das cartas especiais de domínio, que definem uma quantidade de clareiras que a fação precisa governar para vencer, então fica a critério do jogador escolher seu modo de vitória caso venha a conseguir a carta.

Tendo em mente a forma de pontuação de todas as facções, é possível traçar um plano para ganhar pontos e atrapalhar o inimigo (o que consequentemente vai gerar um pouco de discórdia), por isso a importância de estudar a mecânica de cada uma delas para que, durante o jogo, tudo que está acontecendo seja compreendido por todos. No começo é difícil e um tanto complexo por causa da quantidade de detalhes e informações, é bem comum confundir os naipes das cartas quando é preciso criar ou ativar alguma ação, e ficamos muito dependentes do manual, mas depois que entendemos, principalmente se tiver alguém que vai explicando a medida que as coisas vão acontecendo, fica bem mais fácil. Às vezes o manual é muito direto sobre alguma questão, então acabamos partindo da premissa de que se não existe aviso sobre algum tipo de restrição, é porque tal ação é liberada. Mas já adianto que somente com a prática e com os erros em algumas partidas é que vamos aprendendo, então se certifique que você tenha amigos/familiares comprometidos e pacientes para embarcar nessa saga rootilística. Recomendo que as dicas no final do manual "Aprenda a jogar", sobre cenários e combinações de facções de acordo com a quantidade de jogadores, sejam seguidas, pelo menos até que os jogadores já tenham dominado todos os detalhes e regras. 


Depois de quase 2 meses de enrolação, várias páginas lidas e vários videos assistidos, tomei coragem e chamei as crianças pra podermos jogar o famigerado Root. Vou ser sincera em assumir que a primeira partida foi um fiasco total, fiz tudo errado e fiquei muito perdida, pois assistir videos do jogo sem ter jogado não é a mesma coisa do que botar a mão na massa, e acaba sendo bem difícil assimilar tudo de uma vez. Percebi que, pra aprender a jogar e entender o que se passa, pelo menos pra mim, foi preciso encarar a partida e ver exemplos práticos, ao vivo e a cores. Inclusive indico aqui a playlist do canal The Jhonny is on the Table que iluminou meu caminho, grazadeus e obrigada.

Com relação a arte e a qualidade dos componentes, só tenho elogios. As ilustrações num geral trazem um traço super descolado de desenho feito a mão; os meeples de madeira tem carinhas expressivas e são uma graça; as fichinhas e as cartas tem uma textura diferenciada e uma impressão de excelente qualidade; e os tabuleiros, tanto o da floresta quanto os individuais de cada facção, são bem resistentes. E por falar em tabuleiro, o verso traz o mapa do inverno, e pode ser utilizado pra uma partida avançada e bem mais desafiadora (coisa que não fiz ainda por motivos de "não sou experiente").

O que importa é que por mais trabalhoso e demorado que seja esse longo processo de aprender o jogo, no final vale muito a pena e ele vai acabar se tornando um dos favoritos. Root é muito dinâmico, muito competitivo e super divertido. Pode ser que, devido ao sistema de pontos, onde cada facção tem sua forma própria de pontuar, o jogador fique com aquela impressão de que o jogo é desbalanceado e que uma facção é melhor ou mais fácil de jogar do que a outra, mas isso vai de acordo com a estratégia e o quão o jogador entendeu a mecânica daquela facção, pois todas possuem vantagens e desvantagens que devem ser administradas durante a partida para manter um equilíbrio..
No mais, Root tem uma aparência fofinha com meeples carismáticos e bonitinhos que provam que quem vê cara, não vê coração.

Cozinha Literária - Panquecas (Última Parada)

5 de julho de 2022

Faz pelo menos uns 8 anos que venho tentando criar coragem pra começar essa coluna de receitas aqui no blog mas nunca aconteceu. A ideia inicial seria reproduzir uma receita de alguma comida simples e interessante que aparece em algum livro e que, de alguma forma, colabora na experiência com a leitura. Enfim, achei um livro pra poder ser o meu ponto de partida.

Quem leu Última Parada, da autora Casey McQuiston, viu que as panquecas fazem parte do cotidiano dos personagens de um jeito que dá pra imaginar até o cheiro delas saindo das páginas, e por eu sempre fazer panquecas aqui em casa, nada melhor do que começar com essa delícia culinária que protagoniza qualquer café da manhã, ou da tarde (ou as madrugadas em claro, quem sabe?).

Ingredientes
  • 1 e 1/4 xícara de farinha de trigo com fermento
  • 1 c.s. de açúcar
  • 2 ovos
  • 1 xícara de leite
  • 2 c.s. de manteiga ou margarina derretida
  • Pitada de sal
  • Óleo

Modo de preparo
Misture a farinha, o açúcar e o sal num recipiente.
Em outro recipiente, misture os ovos, o leite e a manteiga.
Acrescente os líquidos aos secos, e quando a massa estiver escorrendo lentamente, está no ponto.
Aqueça e unte a frigideira com um fio de óleo, coloque a massa formando uma camada grossa no centro usando meia concha como medida e, depois que um lado estiver dourado, vire a panqueca para dourar o outro lado.
Empílhe as panquecas e regue com a calda doce de sua preferência, coloque um cubinho de manteiga e, se gostar, adicione banana ou morangos picados. Sirva com aquele café esperto e passado na hora, e bom apetite!

The Sims 4 - Desafio da Viúva Negra - O Início

4 de julho de 2022

Newcrest, Domingo de Primavera

Devo começar dizendo que tenho meus motivos para o que estou prestes a fazer. Depois de ter sido enganada, roubada e largada no altar por um cafageste do pior calibre, não confio em mais ninguém e vou recuperar tudo que me foi tirado, e muito mais. Manter um diário vai me ajudar com meu objetivo agora que me mudei pra essa cidade. 

O pouco e único dinheiro que me sobrou foi suficiente pra comprar esse casebre caindo aos pedaços, e agora preciso me preparar. Não posso levantar suspeitas, então tenho que começar arranjando um emprego qualquer pra eu poder manter as contas até melhorar meu carisma e poder conquistar a primeira vítima.
Vi um anúncio de uma vaga numa cafeteria do bairro e aceitei logo, mas não nego que morro de ódio de ter que ficar servindo mesas e lavando pratos. Mas preciso de dinheiro, e enquanto não dou o bote, tenho que me virar com o que tem. Talvez o ambiente seja propício pra conhecer alguém, quem sabe... 
Ao voltar pra casa acabei sendo surpreendida por um comitê de boas vindas (???) e confesso que foi a coisa mais cafona que já vi na minha vida, mas além de ter ganhado comida, ainda conheci um vizinho que apesar de ser tímido, é bem simpático... Oi, Tomas! Tenho planos pra nós dois...

Ass. Amber Black

Review - Takenoko + Chibis

3 de julho de 2022

Título: Takenoko
Editora/Fabricante: Galápagos
Criador: Antoine Bauza
Idade recomendada: 8+
Jogadores: 2-4
Nota:★★★★★
Descrição: Muito tempo atrás, o imperador da China, em gesto de paz, presenteou o imperador do Japão com um panda-gigante. Foi-lhes designada a delicada tarefa de cuidar desse panda de grande importância política, bem como do ilustre bambuzal do imperador. Você deverá cultivar os terrenos com a ajuda da irrigação e de sua inteligência, para que os bambus, o único alimento do panda, cresçam em abundância. Mas fique atento ao apetite descontrolado do animal sagrado por esses brotos de bambu crocantes.

Falou em jogo fofo e colorido, tô dentro, e Takenoko é mais um desses jogos divertidos e super bonitos que chama a atenção na mesa, desperta a curiosidade de todo mundo pra jogar, e cumpre com o papel de entreter.
Basicamente o jogo traz uma historinha (sim, o manual inclusive parece uma revistinha em quadrinhos) sobre o Imperador do Japão, dono de um enorme bambuzal, ter ganhado um urso panda de presente do Imperador da China. O panda precisa de cuidados, come muito, e o bambuzal é o próprio self-service. Quem vai sofrer com a comilança do barrigudo é o pobre jardineiro, que cuida de todos os bambus que crescem alí, e ele vai plantar o que puder na maior velocidade possível pra manter tudo bonito como o Imperador gosta.




O objetivo do jogo é fazer o maior número de pontos de acordo com as cartas dos jogadores, com tarefas como levar água para irrigar o terreno e os bambus poderem crescer, fertilizar o terreno a fim de duplicar o crescimento dos bambus, fazer com que o panda saia comendo tudo pra encher sua pancinha e aumentar o terreno com as peças modulares, o que promove uma boa variedade de situações diferentes a cada partida já que o tabuleiro nunca será igual. O dado do tempo vai definir algumas vantagens durante o movimento do jogador durante a rodada, e isso ajuda bastante pra cumprir as tarefas e acumular pontos. E embora seja necessário um pouco de estratégia, o jogo tem a mecânica bem simples e é super fácil de aprender.

Expansão

Título: Takenoko: Chibis
Editora/Fabricante: Galápagos
Jogadores: 2-4
Obs.: Requer o jogo base
Nota:★★★☆☆
Descrição: Há muito tempo atrás, o imperador da China ofereceu ao imperador do Japão um panda gigante, um símbolo da paz. Sua missão delicada: Tome cuidado com o animal junto do seu campo de bambu. Agora, como uma recompensa pelo seu grande trabalho, está sendo oferecido a você um segundo panda... fêmea! Takenoko: Chibis inclui uma miniatura de panda fêmea, nove peças diferentes para os pandas bebês, seis tiles, 18 cartas e 17 peças de bambu.

Com a expansão Chibis, o jogo continua com a mesma mecânica, mantendo o limite máximo de 4 jogadores, com a diferença de que agora vai ter uma fêmea que, apesar de não comer os bambus, terá filhotes sempre que os dois pandas pararem no mesmo terreno, e isso vai render mais pontos ao jogador. Também há algumas peças de terrenos novas que estão ligadas a irrigação e ao crescimento dos bambus.
Apesar da expansão ser legal por trazer essas novas peças que promovem esse diferencial, acaba não fazendo muita diferença no jogo em si já que não muda quase nada.


No mais, a arte do jogo é super bonita, os componentes são de excelente qualidade, as peças de bambu e o dado são de madeira, e pra mim é indispensável pra quem curte jogos nesse estilo. Takenoko fez sucesso com as crianças aqui em casa e tá mais do que aprovado!

Novidades de Julho - Suma

2 de julho de 2022

A Pena Mágica de Gwendy - A Pequena Caixa de Gwendy #2 - Richard Chizmar (10/07/2022)
Algo maligno invadiu a pequena cidade de Castle Rock, no Maine, durante a última tempestade de inverno. Agora, o xerife Norris Ridgewick e sua equipe estão em uma busca incansável por duas garotas desaparecidas.
Aos trinta e sete anos e morando em Washington, DC, Gwendy Peterson não se assemelha nem um pouco à adolescente insegura que costumava ser quando passou o verão se exercitando na Escadaria Suicida de Castle Rock. Naquele verão, ela foi incumbida – há quem diga amaldiçoada – de cuidar de uma caixa de botões bastante peculiar, entregue a ela por um desconhecido de terno preto.
Gwendy nunca falou para ninguém sobre a caixa – nem mesmo para o marido –, até que, um dia, ela ressurge. Motivada pela inusitada reaparição do objeto e pelos desaparecimentos preocupantes em sua cidade natal, Gwendy retorna a Castle Rock, onde tentará resgatar as garotas desaparecidas antes que algo horrível aconteça com elas.
Com uma prosa lírica de tirar o fôlego, o livro nos leva a pensar: nossas vidas são controladas pelo destino ou pelas escolhas que fazemos?

Para o Lobo - Hannah Whitten (28/07/2022)
O reino de Valleyda não via o nascimento de uma Segunda Filha há cem anos – até a Rainha dar à luz Redarys, ou Red, irmã mais nova de Neverah. Seu propósito de vida é um só: o sacrifício.
Ao completar vinte anos, Red se entregará ao temido Lobo em Wilderwood – a floresta que faz fronteira com seu lar –, para cumprir o pacto selado há quatro séculos e garantir a segurança não só de Valleyda, mas também de todos os demais reinos.
Carregando o fardo de um poder que não consegue controlar, Red sempre soube de seu destino e está quase aliviada por cumpri-lo: na floresta, ela não pode machucar aqueles que ama.
No entanto, apesar do que dizem as lendas, o Lobo é apenas um homem, não um monstro. E os poderes de Red são um chamado, não uma maldição. Enquanto descobre a verdade por trás dos mitos, a Segunda Filha precisará aprender a controlar sua magia antes que as sombras tomem conta de seu mundo.
Aviso de conteúdo sensível: este livro contém cenas de magia com descrições de automutilação.

Novidade de Julho - Seguinte

Fica Entre Nós - Sophie Gonzales e Cale Dietrich (19/07/2022)
Ruben, Zach, Angel e Jon: é praticamente impossível encontrar um adolescente que não conheça esses nomes ou não tenha o pôster de um deles no quarto. Juntos, eles fazem parte da Saturday, uma das bandas de maior sucesso do momento. O que ninguém imagina é que a personalidade pública dos garotos é controlada pela agência da banda, e por isso Ruben precisa esconder que é gay – e que está a cada dia mais apaixonado por Zach. 
Até que eles partem para uma turnê na Europa e, depois de uma festa, Zach e Ruben se aproximam de uma forma que nenhum dos dois esperava, deixando óbvio que ambos não se viam apenas como amigos. Agora, os garotos vão ter que dar um jeito de viver essa relação sem que ninguém desconfie. Entre altos e baixos, Zach e Ruben vão descobrir mais sobre si mesmos e sobre o preço que estão dispostos a pagar para viver os próprios sonhos.