Review - Unicorn Fever

17 de setembro de 2022

Título: Santorini
Editora/Fabricante: Galápagos
Criadores: Lorenzo Silva e Lorenzo Tucci Sorrentino
Idade recomendada: 12+
Jogadores: 2-6
Nota:★★★★☆
Descrição: O que os seres não mágicos não sabem é que, sempre que aparece um arco-Íris, todos os unicórnios das redondezas param tudo o que estão fazendo e começam a correr ao longo dele, incapazes de resistir à vontade de mergulhar no pote de ouro que existe no fim do caminho. Milhares de anos atrás, algumas das mentes mais inescrupulosas e moralmente questionáveis do Reino Mágico perceberam que isso seria uma ótima chance de ganhar uma enorme quantia em ouro às custas desses seres puros e inocentes...
Em Unicorn Fever, os participantes assumem o papel de riquissimos apostadores que, buscando virar o jogo a seu favor, devem assinar contratos escusos e usar magia para manipular a corrida. Cuidado com seu ouro! É preciso usá-lo com sabedoria para não acabar devendo para a Máfia Élfica. Ao final da partida, o jogador que acumular mais glória será o vencedor!

Jogo de corrida onde apostamos todo o nosso ouro em unicórnios gorduchos de olhos esbugalhados em busca de glória? É a proposta de Unicorn Fever. O jogo me conquistou pelo visual, por ser todo colorido e cheio de detalhes, por ficar lindo demais na mesa, e comprei imaginando que ia ser a maior festa aqui em casa. E não me enganei, é realmente muito divertido e engraçado.

Basicamente o jogador começa sendo dono de um dos unicórnios, mas isso não o obriga a apostar somente no seu. Ser dono de um unicórnio vencedor apenas vai garantir uma recompensa extra, independente da aposta. Em seguida o jogador escolhe um dos seis unicórnios de corrida para apostar, podendo se basear nas suas chances de vitória ou não; escolhe o tipo de vitória que ele poderá ter, já que é possível escolher a vitória ou a classificação entre os três primeiros lugares, onde a premiação da primeira é maior do que outra; escolhe algumas fichas de vantagens que podem render cartas mágicas, contratos com seres mágicos ou ouro, onde algumas você consegue sem custo, e outras é preciso pagar; e de acordo com as chances previamente sorteadas que cada unicórnio tem, eles vão avançando a partir do número de casas que constam nas cartas de movimento, e ainda ganham um boost com a rolagem de dados para avançarem um pouco mais.



A medida que vamos virando as cartas de movimento para que os unicórnios avancem, começa o próprio Deus nos acuda, porque alguns vão ficando pra trás, outros vão voando como se não houvesse amanhã, e o uso das cartas mágicas é a única forma estratégica de se interferir nessa corrida, fazendo com que alguns unicórnios ganhem movimentos extras ou fiquem empacados. Também é possível obter algumas vantagens extras através de contratos firmados com seres mágicos, como fadas, bruxas, gnomos e afins. Não é obrigatório firmar contratos, mas não nego que pode fazer toda a diferença ao se somar os pontos no final. Uma coisa legal é que o unicórnio com menos chances de vencer fica em estado de frenesí (basta virar a carta do unicórnio pra indicar esse estado), o que garante um pouco de equilíbrio na corrida pra que ele não fique tão atrás dos outros.

A corrida segue por quatro rodadas, sendo possível que o jogador fique sem ouro para novas apostas caso aposte alto e perca, e precise recorrer a emprestímos com juros junto a máfia élfica. Ao final, o dinheiro acumulado durante as quatro rodadas é trocado por fichas de glória, e quem tiver mais glória é o vencedor dessa corrida maluca pelo arco-íris.



Como o jogo tem muitos componentes, montar o tabuleiro colocando tudo no lugar é um processo um pouco demorado, assim como ler o manual enorme quando vamos jogar pela primeira vez. São muitos detalhes, muitos itens pra se organizar, e a primeira jogada leva um tempo considerável pra gente aprender todas as dezenas de regras e se familiarizar com o jogo pra saber como começar. Confesso que a primeira vez que joguei eu não curti muito pois muitas coisas nas regras soam confusas e fiz várias coisas erradas, mas depois que peguei o jeito e entendi como se joga, a coisa fluiu muito melhor e foi infinitamente mais divertido, tanto pra mim quanto pras crianças.

As fichas e as cartas possuem uma textura agradável e são de uma qualidade muito boa, mas achei que o acabamento dos unicórnios deixou a desejar. Pelo menos na minha edição, eles vieram com várias falhas e alguns buracos ficaram evidentes dando a impressão de estarem com suas metades mal coladas e rachados ao meio, coitados, logo achei isso um ponto bem negativo levando em consideração o preço bem salgado que o jogo tem. A base colorida que eles usam pra ficarem em pé na corrida é removível (os unicórnios não cabem em seus devidos espaços na caixa se estiverem com a base), então dá pra usar qualquer cor em qualquer unicórnio. Talvez um dia eu crie coragem pra pintar todos eles e deixá-los como aparecem nas cartinhas.



Como em todo jogo de azar que envolve dinheiro e apostas, em Unicorn Fever a vitória depende muito mais da sorte do jogador do que de outra coisa, e isso pode ser um pouco frustrante, ainda mais jogando com crianças mais novinhas. Quando o jogador é desprovido de sorte e perde todas, o jogo acaba perdendo a graça, pelo menos pra ele.

No mais, o jogo rende muitas risadas, muitos xingos (eu xingando o unicórnio que não saía do lugar de corno foi o auge), muita empolgação e muita gritaria em nome da torcida. Como tudo depende de sorte, nem sempre aquele unicórnio que parece ser o campeão é quem vai mesmo vencer. Já vou providenciar bandeirinhas pra usar na torcida.

Morra por Mim - Luke Jennings

15 de setembro de 2022

Título:
 Morra por Mim - Killing Eve #3
Autor: Luke Jennings
Editora: Seguinte
Gênero: Suspense/Thriller
Ano: 2022
Páginas: 216
Nota:★★☆☆☆
Sinopse: Morra por mim é uma história mordaz sobre amor e obsessão - conforme a ação se aproxima de seu desfecho avassalador, Eve e Villanelle terão que aprender a confiar uma na outra antes que suas diferenças as destruam.
A perseguição entre as duas adversárias letais aparentemente acabou. No entanto, os sentimentos que se desenvolveram entre Eve e Villanelle - tão sofisticados quanto mortais - estão longe de terminar.
Neste romance que encerra a trilogia, Villanelle busca enfrentar os demônios de sua infância e o inverno russo, e Eve se vê fugindo dos Doze, que a querem morta a qualquer custo. Em meio a uma história que vai de Londres a São Petersburgo, Eve e Villanelle, enfim, admitem sua mútua obsessão erótica, num jogo perigoso que se aproxima de uma conclusão letal.
Com uma narrativa elegante e precisa, Morra por mim é um desfecho brutal e frenético para a série de Luke Jennings.

Resenha: Morra por Mim é o último livro da trilogia Killing Eve que encerra essa saga de amor e obsessão entre Eve e Villanelle. Já adianto que essa resenha vai ter alguns spoilers, caso contrário é quase impossível escrever sobre, então se não leu nenhum dos livros, o aviso foi dado.

Após os acontecimentos do livro anterior, Eve e Villanelle agora estão juntas e prontas pra assumirem um relacionamento amoroso enquanto aprendem a confiar uma na outra depois de terem passado tanta coisa. Porém, no meio disso tudo, elas se tornaram alvo d'Os Doze, e um jogo ainda mais perigoso se inicia para as duas.

Tenho que ser sincera em dizer que a ambientação e a descrição de cada detalhe dos lugares onde a história se passa são excelentes e pelo livro ser curto, a leitura é bem rápida, mas nem tudo são flores, não é mesmo? Sabe-se lá Deus por qual motivo a narrativa sofreu uma mudança abrupta e desnecessária de terceira pra primeira pessoa, onde a história agora é contada sob o ponto de vista de Eve, e aquela mulher ingênua (porém inteligente que vimos nos outros livros), se mostrou uma idiota, e o relacionamento abusivo e doentio dela com Villanelle, além de ter surgido do completo nada, é insuportável e brochante. Essa mudança de personalidade sem a menor explicação faz parecer que quem leu perdeu alguma coisa no meio do caminho e não entendeu o que aconteceu direito.

Muitas coisas tiveram soluções convenientes que não fizeram sentido se compararmos com os outros dois livros, muita coisa ficou no ar, personagens secundários importantes pra história, que teriam tomado uma atitude em meio a todos os acontecimentos, simplesmente sumiram e azar, dentre outras patifarias. Se a ideia do autor era construir um romance verdadeiro e representar isso com duas personagens que se mostraram tão problemáticas, não funcionou pra mim. Amor e obsessão são coisas totalmente diferentes, e Eve ter se deixado levar por essa realidade tão atrativa quanto perigosa que Villanelle já estava acostumada, não justifica.
O ritmo dos acontecimentos oscila bastante nesse volume: às vezes está frenético, no meio do caminho acontecem algumas reviravoltas, às vezes fica bem lento, e às vezes acontecem coisas que surgem do além e que lembram uma fanfic tosca... Enfim.

Depois da empolgação com a melhoria da história no segundo livro, Morra por Mim veio pra estragar o que era bom. Só parece ter sido escrito pela mesma pessoa devido a famosa falta de propriedade do autor em abordar assuntos referente a sexualidade alheia que ele desconhece, e sua mania um tanto exagerada de descrever cenas eróticas gratuitas. Talvez seja melhor eu nem comentar sobre a tentativa fracassada de "inserir" o não binarismo numa personagem já existente de uma forma tão absurda que só reforçou a ideia de que o autor realmente não entende bulhufas e tem uma visão um tanto distorcida sobre esse tipo de representatividade. Talvez a intenção dele tenha sido a melhor, mas deveria ter alguma alma entendida do assunto no meio da produção pra avisar... Acho que se ele tivesse focado na ação, no suspense, na investigação e nas mortes, teria sido muito mais feliz. A escrita é boa, a leitura flui, mas o que eu li aqui foi algo que, infelizmente, conseguiu acabar com minha admiração pela história e pelas protagonistas, e só restou decepção. Triste.

Não Existe Amanhã - Luke Jennings

12 de setembro de 2022

Título:
 Não Existe Amanhã - Killing Eve #2
Autor: Luke Jennings
Editora: Seguinte
Gênero: Suspense/Thriller
Ano: 2021
Páginas: 240
Nota:★★★★☆
Sinopse: Em um quarto de hotel em Veneza, onde acabou de concluir um assassinato de rotina, Villanelle recebe um telefonema tarde da noite.
Eve Polastri, a funcionária do governo inglês que está em seu encalço há meses, conseguiu rastrear um oficial do MI5 a serviço dos Doze e está prestes a levá-lo a interrogatório. Enquanto Eve se prepara para procurar respostas, tentando desesperadamente encaixar as peças de um terrível quebra-cabeça, Villanelle avança para o abate.
O duelo entre as duas mulheres se intensifica, assim como sua obsessão mútua, com a ação passando dos altos picos do Tirol até o coração da Rússia. Eve enfim começa a desvendar o enigma da identidade de sua adversária, e Villanelle se pega correndo riscos cada vez maiores para se aproximar da mulher que pode ser sua ruína.
Um thriller cheio de descrições chocantes e também sensuais, Não existe amanhã é brilhante ao narrar a mente psicótica de uma assassina e a caçada apaixonada de sua nêmesis, aproximando duas rivais a ponto de não saberem mais se estão uma contra a outra... ou mais unidas do que nunca.

Resenha: Não Existe Amanhã é o segundo volume da trilogia Killing Eve e segue a partir de onde o livro anterior terminou, em Londres.
Vamos acompanhar Eve lidando não só com o que aconteceu no primeiro livro, mas com seu relacionamento meio conturbado e também com sua obsessão por Villanelle, que, embora esteja cada vez mais perto, faz mais e mais vítimas. Agora que Eve está em seu encalço, a assassina parece estar bem mais animada por saber que seus passos estão sendo seguidos por alguém tão boa no que faz, assim como ela. No decorrer da trama, Villanelle também fica atraída por Eve desencadeando uma obsessão mútua, e esse jogo entre as duas fica tão tenso quanto interessante.

Mantendo a narrativa em terceira pessoa, a escrita do autor continua bem fluída, direta e envolvente, com cenas de ação bem instigantes, criativas e que mantém o leitor preso à leitura sem saber pra quem torcer. Villanelle continua sendo aquela assassina implacável e cheia de glamour, porém parece estar começando a se envolver emocionalmente com seu trabalho (coisa que ela não fazia antes por agir sempre com frieza), e Eve agora está exposta a um mundo cheio de influência e muito luxo, totalmente diferente daquele que ela está acostumada a viver em casa e com o marido.

Acredito que esse livro seja um pouco melhor do que o anterior por ser mais dinâmico, ter toques de bom humor e explorar mais a mocinha da história. Sei lá se o fato de ser um homem escrevendo sobre personagens femininas e a sexualidade delas é uma coisa fora da "alçada", até mesmo porque no primeiro livro a coisa ficou bem exagerada, mas nesse segundo esse problema parece ter começado a ser resolvido e ficou mais leve e agradável de ler sem revirar os olhos.

Um ponto que acho bacana considerar é a ideia de que as duas protagonistas tem características e personalidades únicas que acabam se complementando e gerando uma química muito interessante de se acompanhar, além do desenvolvimento que elas vão ganhando a medida que a história avança. É nítido que se trata de uma relação obsessiva que se intensifica a cada nova descoberta de uma sobre a outra, e ver isso partir do lado de Eve, que está conhecendo um lado dela que ela não sabia que tinha, é bem instigante.
Villanelle mata e se sente viva com isso, mas ainda não parece ser o suficiente pra saciar essa sede. Ela anseia por missões mais perigosas, fica num estado de euforia ao saber que Eve está atrás dela e parece gostar de se colocar em risco agindo muitas vezes com imprudência.
O autor ter dado espaço pra explorar um pouco mais Os Doze e o que essa ordem parece representar foi bem satisfatório, mas ainda falta maiores detalhes e informações pra que esse quebra-cabeça se complete.

Pra quem gosta do gênero e curtiu o primeiro livro, Não Existe Amanhã traz muita ação, mistério, trama política, mortes, revelações e reviravoltas de tirar o fôlego, e drama na medida certa pra cativar o leitor e fazer com que ele queira ler o terceiro livro rapidinho.

Codinome Villanelle - Luke Jennings

10 de setembro de 2022

Título:
 Codinome Villanelle - Killing Eve #1
Autor: Luke Jennings
Editora: Seguinte
Gênero: Suspense/Thriller
Ano: 2020
Páginas: 216
Nota:★★★★☆
Sinopse: Villanelle (um codinome, é claro) é uma das assassinas mais habilidosas do mundo. Uma psicopata hedonista, que ama sua vida de luxo acima de quase qualquer coisa... menos a emoção da caçada. Especializada em matar as pessoas mais ricas e poderosas do mundo, Villanelle é encarregada de aniquilar um influente político russo, e acaba com uma inimiga determinada em seu encalço.
Eve Polastri é uma ex-funcionária do serviço secreto inglês, agora contratada pela agência de segurança nacional para uma tarefa peculiar: identificar e capturar a assassina responsável e aqueles que a contrataram. Apesar de levar uma vida tranquila e comum, Eve possui uma inteligência rápida e aguçada - e aceita a missão.
Assim começa uma perseguição através do globo, cruzando com governos corruptos e poderosas organizações criminosas, para culminar em um confronto do qual nenhuma das duas poderá sair ilesa. Codinome Villanelle é um thriller veloz, sensual e emocionante, que traz uma nova voz à ficção internacional.

Resenha: Codinome Villanelle é o primeiro livro da trilogia escrita por Luke Jennings que deu origem ao seriado Killing Eve sobre Oxana Vorontsova (ou Villanelle), uma das assassinas de aluguel mais perigosas e habilidosas que já existiu, e Eve Polastri, uma ex-funcionária do serviço secreto inglês que se tornou agente de segurança nacional.
A história das duas se cruza quando Villanelle elimina uma das pessoas que Eve deveria proteger, e, quando ela dá início à investigação, Eve começa a descobrir outros assassinatos onde ela tem certeza que foram cometidos pela mesma psicopata. E agora que ela está encarregada de identificar e prender a criminosa, sua vida, antes tão normal, vira de cabeça pra baixo.

Narrado em terceira pessoa, vamos conhecer mais detalhes sobre a personalidade e as características das duas protagonistas, e o contraste entre as duas já fica bastante evidente. Embora o autor tenha dado mais espaço para a vilã e ao seu passado bem intrigante, é bem interessante acompanhar uma assassina fria e calculista que viaja o mundo caçando e eliminando pessoas, e leva uma vida bastante luxuosa quando está de folga, enquanto do outro lado temos uma investigadora dedicada, esforçada e um tanto sensível que, além de ter que lidar com seus dilemas pessoais, vai precisar lidar também com essa nova realidade envolvendo mortes e afins.

Vilanelle é uma mulher fatal, ela trabalha para os Doze, um grupo poderoso que recorre a ela quando algum serviço precisa ser feito. Ela desperta o interesse do leitor desde o início e Eve acaba ficando um pouco ofuscada com relação a essa construção, e fiquei com a sensação de que o autor fez isso de forma proposital para que a vilã seja a preferida da história.

Contando com apenas quatro capítulos, a narrativa de início não me prendeu muito, mas pouco depois eu já estava envolvida com a história e tudo foi ficando mais interessante, mesmo que basicamente a história fique dividida entre uma matando suas vítimas e a outra tentando pegá-la. Porém, não nego que esse primeiro volume parece funcionar mais como uma grande introdução a esse universo para que as personagens fossem apresentadas aos leitores do que pra se aprofundar nessa questão de investigação e mocinha vs. vilã, até mesmo porque o tão esperado confronto entre as duas não acontece, ainda.

Tirando as cenas de sexo gratuitas que, ao meu ver, são bem desnecessárias, e as brincadeiras com a Inteligência Britânica que não têm nada a ver, posso dizer que as cenas de ação são bem detalhadas e muito bem elaboradas, e promovem um dinamismo muito bom à leitura, e é impossível ler tais cenas sem imaginar uma adaptação pras telinhas. Ainda não assisti a série, mas pretendo assim que finalizar a leitura da trilogia.
Pra quem gosta de livros sobre investigações e assassinatos com uma pegada mais despretenciosa e leitura rápida, Codinome Villanelle é uma boa pedida.

Novidades de Setembro - Suma

9 de setembro de 2022

O Cavaleiro dos Sete Reinos (Edição Especial/Capa Dura) - George R. R. Martin (06/09/2022)
Sor Duncan, o Alto, ou apenas Dunk para os íntimos, não teve uma vida fácil. Filho bastardo de uma prostituta, ele nunca pertenceu a nenhuma Casa, e suas oportunidades de vida parecem bastante reduzidas. Mas a esperança de alcançar a glória não está perdida, e Dunk está decidido a se tornar um grande guerreiro em Westeros. Dentre todos os grandes, Dunk quer escrever o seu nome na história como um verdadeiro Cavaleiro dos Sete Reinos. O único problema é que existem muito mais pretendentes do que posições disponíveis.
A sorte começa a mudar quando ele encontra Egg, um garoto careca e cheio de atitude que se prontifica a ser o seu escudeiro. Quanto mais Dunk conhece o menino, porém, mais Egg parece o oposto de ser um mero plebeu, demonstrando uma inteligência muito além de sua idade.
Juntos, eles viajam em busca de trabalho e aventuras – sem jamais revelar a verdadeira identidade do menino àqueles que encontram pelo caminho. Uma grande amizade nasce entre esses dois heróis improváveis, que persiste mesmo quando, anos mais tarde, eles assumem papéis centrais na estrutura de poder de Westeros.
Reunindo os três primeiros contos protagonizados por Dunk e Egg – "O cavaleiro andante", "A espada juramentada" e "O cavaleiro misterioso" –, O cavaleiro dos Sete Reinos é o livro perfeito para quem quer se aventurar no fantástico mundo criado por George R.R. Martin e para aqueles que anseiam por mais histórias de Westeros, dos Targaryen e do fascinante universo de As Crônicas de Gelo e Fogo.

Conto de Fadas - Stephen King (22/09/2022)
Aos dezessete anos de idade, Charlie Reade parece ser um garoto comum: pratica esportes, é um filho atencioso e aluno de desempenho razoável. Suas lembranças, entretanto, não são feitas apenas de momentos felizes. Após perder a mãe em um grave acidente quando tinha apenas dez anos, Charlie precisou aprender a cuidar de si e do pai, que, enlutado com a perda da esposa, buscou refúgio na bebida.
Certo dia, ao pedalar pela rua de casa, Charlie atende um pedido de socorro vindo do quintal de um dos vizinhos: Howard Bowditch. O homem recluso e rabugento, que amedrontava as crianças do bairro, cai de uma escada e se machuca gravemente. O chamado por ajuda veio de Radar, a fiel pastor alemão , tão idosa quanto seu dono.
Enquanto Bowditch se recupera, Charlie passa a ajudar o vizinho com tarefas domésticas e com o cuidado de Radar, e assim o rapaz faz duas grandes amizades. Quando Howard morre, Charlie se depara com uma fita cassete que revela um segredo inimaginável: um portal para outro mundo.

Novidades de Setembro - Paralela

8 de setembro de 2022

A Lista de Convidados - Rebecca Serle (05/09/2022)
Ao chegar na comemoração de seu aniversário de trinta anos, Sabrina se surpreende ao encontrar não apenas a melhor amiga, Jessica, mas outros quatro convidados: o pai, o antigo professor da universidade, o ex-namorado e grande amor, e Audrey Hepburn, a estrela de cinema. São as cinco pessoas que, anos atrás, ela declarou querer convidar para um jantar. Mas por que essas pessoas? E o que fazer agora que o jantar está mesmo acontecendo?
Antes que a noite termine, Sabrina e seus convidados precisarão descobrir por que estão reunidos – e o que devem aprender com essa experiência. Em A lista de convidados, a autora de Daqui a cinco anos nos conduz por uma comovente história que mescla memória, arrependimento, luto e amor.

Carrie Soto Está de Volta - Taylor Jenkins Reid (06/09/2022)
A tenista Carrie Soto se aposentou no auge, com a tranquilidade de ter atingido um recorde imbatível: foram vinte títulos Grand Slam conquistados ao longo de sua carreira. Mas apenas cinco anos depois de seu retiro das quadras, ela assiste Nicki Chan igualar sua marca, trazendo a sensação de que seu legado está comprometido.
Disposta a chegar aos seus limites, Carrie tem o apoio de seu pai, Javier, ex-tenista que a treina desde os dois anos de idade. Ele parece ter seus próprios motivos para incentivar a filha nesta última temporada que promete desafiar ambos num jogo que exige tanto física quanto mentalmente.
Em uma inesquecível história sobre segundas chances e determinação, Taylor Jenkins Reid nos cativa com uma protagonista forte como sempre e um romance emocionante como poucos.

Vê se cresce, Eve Brown - As Irmãs Brown #3 - Talia Hibbert (13/09/2022)
Eve Brown não tem nada sob controle. Pouco importa o quanto ela se esforce, sua vida parece sempre ir na direção errada, tanto que ela já parou de tentar. Mas arruinar uma festa de casamento é demais até para Eve, e seus pais decidem dar um basta. É hora de ela crescer e se provar capaz de se sustentar, mesmo que não saiba como...
Jacob Wayne, por sua vez, está sempre no controle de tudo. Dono de uma charmosa pousada, ele não aceita nada menos que a perfeição. Assim, quando uma mulher de cabelo roxo que mais parece um tornado se candidata ao cargo de chef no estabelecimento, ele é brutalmente honesto: nem por cima de seu cadáver. Então ela o atropela com o carro – supostamente por acidente. Claro.
Agora, o braço de Jacob está quebrado, sua pousada não tem funcionários, e Eve está zanzando ao seu redor, tentando ajudar. Parece um pesadelo, mas, quanto mais tempo esses inimigos passam juntos, mais a animosidade entre eles se transforma em outra coisa. Assim como Eve, o fogo entre os dois é impossível de ignorar – e está ameaçando derreter o exterior gelado de Jacob.

Moda com Propósito (nova edição) - Manifesto pela grande virada - André Carvalhal (16/09/2022)
Moda com propósito transformou o debate sobre moda no Brasil. Referência em universidades e no próprio mercado, propôs uma revolução: criar alternativas sustentáveis para um mundo em esgotamento. A moda, o comportamento e a existência como um todo precisavam ser repensados e revistos em prol do coletivo. Foi essa a provocação feita por André Carvalhal em 2016.
Desde então, muitas coisas aconteceram. Novas iniciativas surgiram, outras chegaram ao fim, mas o problema se manteve. Apesar de alternativas terem se posto à nossa frente, consumo e produção em excesso ainda são um mal a ser combatido – sobretudo num momento de crise ambiental. Chegamos ao limite.
Nesta nova edição, André Carvalhal reforça o convite e reafirma o compromisso com a transformação. Estamos presenciando muito mais do que apenas uma era de mudanças. É uma mudança de era. A era do propósito.

Gay de Família  - Felipe Fagundes
(20/09/2022)
Diego espera tudo de ruim dos próprios parentes, mas tudo mesmo. Que o pai tenha uma segunda família. Que a mãe comande um esquema de tráfico humano. Que o irmão lave dinheiro. Por serem versados em todos os crimes do manual da família tóxica, Diego decidiu ser gay bem longe deles. E tudo vai muitíssimo bem, obrigado.
Porém, às vésperas de uma viagem aguardadíssima com amigos, seu irmão aparece implorando por um favor: que Diego seja babá dos três sobrinhos por um final de semana, crianças com as quais ele nunca conviveu. De olho na grana que o irmão promete pagar e acreditando piamente no seu potencial como tio, ele aceita a proposta sem imaginar que os pequenos são, no mínimo, peculiares.
O que a princípio parece moleza, mesmo envolvendo uma gata demoníaca, um amigo imaginário e um porteiro potencialmente sádico, acaba se revelando um desafio quando Diego percebe que terá que revirar seus sentimentos e provar que pode dar conta do recado, sem perder o rebolado que apenas um tio gay é capaz de manter.