Eu Beijei Shara Wheeler - Casey McQuiston

15 de dezembro de 2022

Título:
Eu Beijei Shara Wheeler
Autora: Casey McQuiston
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem adulto/Romance
Ano: 2022
Páginas: 352
Nota:★★★★☆
Sinopse: Chloe Green está a um passo de terminar o ensino médio e deixar False Beach, a cidadezinha ultraconservadora onde vive, para trás. Mas, antes disso, ela tem um último objetivo a cumprir: ser eleita a melhor aluna do colégio e a oradora da turma. Seu único obstáculo? Shara Wheeler, a garota mais popular da cidade, que arranca suspiros por onde passa.
Só que, faltando pouco mais de um mês para a formatura, Shara simplesmente desaparece. Todos são pegos de surpresa, mas Chloe tem um motivo a mais para ficar chocada: um dia antes, Shara a tinha beijado na boca sem maiores explicações.
Decidida a encontrá-la para tirar a história a limpo, Chloe logo se vê em uma busca bastante inusitada: Shara espalhou vários cartões pela cidade, dando pistas sobre o seu paradeiro e revelando uma personalidade até então desconhecida ― e que pode mudar completamente os planos de Chloe.

Resenha: Faz quatro anos que Chloe e suas mães saíram do sul da Califórnia para irem viver em False Beach, Alabama, uma cidadezinha ultraconservadora que não aceita muito bem nada que foge do tradicional. Agora, Chloe não vê a hora de se formar no ensino médio e dar no pé rumo a faculdade. Frequentar a Escola Cristã Willowgroove, uma escola conservadora, ainda mais dada sua composição familiar, não é nada fácil, mas o que mais preocupa e desperta o espírito de competição em Chloe, é a rivalidade entre ela e Shara Wheeler, a it-girl da escola e garota mais popular da cidade. Chloe está muito perto de vencer Shara se tornando a oradora da turma e terminar o ano com chave de ouro, mas faltando pouco mais de um mês pra formatura, Shara simplesmente desaparece. Como se isso já não fosse suspeito o bastante, Shara ainda lascou um beijo em Chloe sem maiores explicações antes de sumir no mundo, deixando a garota a beira de um ataque de nervos, chocada.

Depois de descobrir que Shara também beijou Rory, o vizinho, Chloe se junta a ele e invadem a casa da desaparecida em busca de pistas, e após isso eles tem a ideia de procurar o namorado de Shara para tentar decifrar as cartas que receberam. A partir daí, os três se juntam para formar uma aliança improvável numa tentativa de descobrir mais pistas sobre o paradeiro de Shara e solucionar esse verdadeiro mistério, e pra isso eles vão sair por aí invadindo todos os lugares possíveis e inesperados em busca de qualquer informação. Até que Chloe começa a perceber que Shara, através de pequenos detalhes encontrados, é bem diferente e parece ter mais camadas do que ela pensou, e que talvez ela devesse dar uma chance pra si mesma de permanecer em False Beach.

Narrado em terceira pessoa, os capítulos são curtos e bem fluídos, bem no estilo divertido, queer, atraente e emocionante da autora. Os capítulos vem em forma de uma contagem, mostrando quantos dias Shara está sumida e quantos dias faltam para a formatura.
Quem gosta da autora e acompanha seus livros já deve ter percebido que a construção dos personagens é a alma do negócio. São todos adoráveis, humanos, às vezes irritantes, e longes da perfeição. Mesmo que muito jovens, eles possuem camadas, são complexos em suas individualidades mas muito interessantes, cada um a sua maneira. Acompanhar o desenvolvimento da amizade, até então inimaginável, entre Chloe, Rory e Smith foi muito satisfatório, principalmente quando se trata de adolescentes que aprendem alguma coisa de útil com a experiência e demonstram inteligência. Chloe é sarcástica e as piadinhas em meio aos diálogos não abrem nenhuma brecha pra qualquer tédio durante a leitura, e achei que o bom humor ajudou bastante a trazer uma leveza para a trama de uma forma bem natural, mesmo quando alguns temas mais delicados, como racismo, homofibia e fanatismo religioso, eram abordados. A questão da cidade e a própria escola serem conservadoras acabam pesando nesses temas, pois vemos a influência da religião na educação e na maneira como os moradores se enxergam, logo também entramos na questão da criação da pessoa. A autora tem um cuidado muito grande em abordar o que a religião significa para os demais personagens que não são cristãos ou conservadores sem passar a ideia de que tudo é errado, ou de que tudo é preconceito, como se só existisse um lado da história, e isso acaba fazendo o leitor refletir sobre julgamentos. Há uma quantidade significativa de personagens queer, onde muito deles estavam em diferentes estágios de descoberta ou jornada sobre quem são e onde querem chegar dentro da comunidade.

Os momentos que a autora promove entre os amigos são engraçados, são sensíveis, há partes onde um apoia o outros em situações bem difíceis, e é impossível não torcer por eles a medida que eles vão sendo mais explorados e trazendo à tona as características de suas identidades e personalidades.

Confesso que Chloe não é uma personagem muito fácil de lidar, porque em alguns pontos a obsessão dela por Shara chega a ser meio esquisita e, às vezes, ela parece se achar superior aos outros por ter vindo da Califórnia a ponto de eu ficar a fim de dar um sacode nela. Outra coisa que me incomodou um pouco foi a questão da busca pelas pistas, que começa muito legal, mas vai chegando num ponto que se torna meio cansativa.

No mais, é um livro excelente sobre ser adolescente em processo de amadurecimento e descobertas num momento de incertezas e dilemas, em meio a sentimentos conflitantes que vão se desencadeando a partir de novas experiências. É uma história sensível e emocionante sobre ser você mesmo, sobre ir atrás do que se quer, e, inesperadamente, encontrar no meio do caminho.

Destruidor de Espadas - Victoria Aveyard

14 de dezembro de 2022

Título:
Destruidor de Espadas - Realm Breaker #2
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Gênero: Alta Fantasia/Jovem Adulto
Ano: 2022
Páginas: 560
Nota:★★★★☆
Sinopse: No segundo volume dessa fantasia épica viciante, Corayne chega mais perto de se tornar uma heroína ― mas uma nova ameaça está à espreita.
Corayne não imaginava o que vinha pela frente quando um imortal e uma assassina bateram à sua porta. Eles anunciaram que ela era a única capaz de deter Taristan, um homem sedento por poder que estava abrindo portais para outros mundos, lares de criaturas aterrorizantes. Desesperada por uma aventura, ela partiu determinada a cumprir essa missão, com a ajuda de uma espada especial e de um grupo improvável de aliados.
Depois de uma batalha que quase lhes custou a vida, Corayne e os Companheiros conseguiram fechar um dos portais. Mas eles sabem que essa guerra está longe de acabar… Afinal, Taristan avança ao lado da rainha Erida, conquistando mais e mais territórios pelo caminho.
Quando percebem que o cerco está se fechando, resta aos Companheiros formar seu próprio exército. Num esforço de unir reinos há muito tempo divididos, eles vão enfrentar assassinos ardilosos, feras terríveis e mares tempestuosos. Tudo isso enquanto descobrem da pior forma que Taristan libertou um perigo ancestral, capaz de colocar em risco até a vida dos guerreiros mais poderosos.

Resenha: Destruidor de Espadas, de Victoria Aveyard, é o segundo volume da trilogia Realm Breaker que dá continuidade aos acontecimentos de Destruidor de Mundos.

Essa resenha pode ter spoilers do primeiro livro.

Depois de vários portais que dão acesso a outros mundos perigosos terem sido abertos pelo rei Taristan para espalhar o caos, Corayne, portando a espada que pertenceu a seu pai, conseguiu fechar um dos Fusos por ser a única capaz de realizar tal feito. O Fuzo que fora fechado deixa de ser uma ameaça, mas há outros espalhados que precisam ser fechados também. Assim, Corayne e a guilda de heróis composta por Sorasa, Andry, Dom, Valtik, Sigil e Charlie, que passou a ser chamada de "Os Companheiros", precisam correr contra o tempo para impedir que o pior aconteça, o problema é que eles não precisam lidar apenas com as ambições e os planos terríveis de Taristan, mas também com a rainha Erida. Ela quer se tornar imperatriz de Todala e que todos se curvem aos seus pés, mesmo que pra isso ela precise derramar sangue de inocentes e o povo que lute.

Levando em consideração a escrita do primeiro livro e dos outros livros da autora, eu já esperava que esse seguiria o mesmo padrão, mas confesso que fiquei exausta com a leitura deste. Capítulos gigantescos, arrastados e intermináveis, com descrições minuciosas pra cada grão de poeira que aparece e que poderiam ser retiradas sem afetar a história tornando a leitura muito mais fluída e rápida, economizando pelo menos metade das páginas. Admito que talvez ela compense essa enrolação com cenas de ação e aventura bem emocionantes, mas não achei que o equilíbrio foi justo. Também fiquei com aquela sensação meio amarga de que a autora cria aquela tensão em uma situação desesperadora ou que envolva algum romance para ficarmos na expectativa mas nada de terrível acontece, então num certo ponto, quando aparece outra cena desesperadora, já não há mais espaço pra preocupações, pois já sabemos que não passa de mais um susto e que daqui a pouco passa. A reviravolta é legal, mas é previsível. A tensão "amorosa" (entre aspas mesmo, porque aquilo tá mais pra alguma doença) entre Taristan e Erida é sofrível, e o tempo que a autora enrola pra eles darem um beijo chega a dar vontade de desistir.
Outra coisa que não me desce de jeito nenhum é a forma como Taristan é um vilão caricato e genérico, e as motivações que ele tem pra atingir seus objetivos são ridículas. E tenho que ser sincera em dizer que odiei com todas as minhas forças a tirania de Erida e como foi forçada a ideia dela ser odiada pelos nobres só por ser mulher. Ah, vá... Ela é odiada porque é uma maníaca que sai despejando atrocidades por onde passa, mas ainda assim não consegui engolir essa figura de rainha má que ela faz tanta questão de mostrar pros outros porque me soou tudo muito gratuito, e a ideia dela ter uma dependência emocional do rei também não combina muito bem com essa opressão que ela sai espalhando e com a liberdade que ela sempre afirma ter.

O ponto alto pra mim, assim como no primeiro volume, foi a construção das relações entre os personagens. Os Companheiros, mesmo que em maioria sejam super estereotipados dentro de suas funções, são leais uns aos outros e se tornaram uma verdadeira família, e os momentos que eles passam juntos, seja enfrentando perigos e passando por provações, ou em momentos de pequenas descontrações e descanso, é muito legal de acompanhar, principalmente pelos diálogos bem humorados e inteligentes.
Há um contraste bem interessante entre os relacionamentos entre Corayne e Andry, e Sorasa e Dom, mas sem partir para o romance descarado e meloso. Enquanto o primeiro mostra o papel da juventude e como eles terão as vidas marcadas numa guerra enquanto mantém a esperança de que tudo vai dar certo no final, o segundo foca no peso das escolhas que são feitas a partir de uma vasta experiência de vida, logo há esse equilíbrio em vez de só focar num drama adolescente que ninguém aguenta mais, e muitas cenas são bem sensíveis e emocionantes. As coisas são bem sutis pois o que está em jogo é a vida das pessoas, e o romance eles resolvem depois. Prioridades... O que acho o máximo é que por mais que Dom e Sorasa vivam brigando, no fundo a gente sabe que eles se importam um com o outro e que mais cedo ou mais tarde eles vão ceder.

Enfim, não achei que esse segundo volume superou o primeiro em qualidade e emoção, mas foi uma boa continuação que só atiçou ainda mais minha curiosidade pelo desfecho que deve sair em 2023. Pra quem gosta de alta fantasia, RPG, guildas, campanhas e muitas reviravoltas de tirar o fôlego, são livros mais do que recomendados. Os pontos que, pra mim, foram negativos são super contornáveis quando pensamos na grandiosidade da história e do que aparentemente está por vir.

Fumaça Branca - Tiffany D. Jackson

13 de dezembro de 2022

Título:
Fumaça Branca
Autora: Tiffany D. Jackson
Editora: Seguinte
Gênero: Suspense/Terrror
Ano: 2022
Páginas: 320
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Mari não vê a hora de recomeçar. Prestes a se mudar com a família para uma cidadezinha no interior dos Estados Unidos, tudo o que a garota quer é esquecer dos traumas e acreditar que o futuro lhe reserva algo melhor.
Porém, assim que chega a Cedarville, Mari nota que o lugar é um pouco estranho. Os vizinhos aparentam esconder algum segredo, e a casa onde a família vai morar ― uma construção antiga, enorme e suntuosa ― parece não receber bem os novos habitantes. Quando coisas incomuns começam a acontecer, como luzes que se apagam do nada e objetos que desaparecem, Mari se vê envolvida em uma perigosa teia de mistérios.
Mas talvez seja tudo fruto da sua imaginação. Afinal, se o pior já ficou para trás, nada mais pode dar errado…
Ou pode ?

Resenha: Marigold Anderson é uma adolescente que precisa de um novo rumo pra sua vida depois de sofrer uma overdose. Ela desenvolveu um trauma após uma infestação de percevejos e além de ter compulsão por limpeza, ela sofre de alguns transtornos psicológicos e, mesmo que tenha vontade de ficar limpa de qualquer tipo de droga depois daquele episódio, ela acredita que fumar maconha é o melhor remédio para tratar seu alto grau de ansiedade. Mari se muda com a família (sua mãe, seus irmãos, seu padrastro e a filha dele) para Cedarville, uma cidadezinha interiorana, para esse recomeço.
A fundação Sterling, num processo de gentrificação urbana, oferece uma casa histórica em reforma para a família de Mari desde que um membro da família contribua para a cidade de forma artística (a mãe de Mari é escritora), mas algo parece estar bem errado com a casa e com o bairro em si. As coisas somem, as luzes se apagam sozinhas, o porão trancado (onde eles são proibidos de ir) exala um cheiro de morte, os pedreiros fogem a partir de um determinado horário, os vizinhos são super desconfiados e estranhos, a cidade tem um histórico de violência assustador, e tudo isso deixa Mari muito intrigada. Mas a mudança era necessária, ou pelo menos é o que Marigold vem repetindo pra si mesma como parte do seu processo de cura. O que importa é que a família está confiante de que agora as coisas irão dar certo, e ignoram as coisas estranham que cercam o lugar. 

Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Marigold, Fumaça Branca é um livro de suspense com cenas que causam desconforto e até revolta, pois além das cenas que deveriam ser assustadoras que se passam dentro da casa, os acontecimentos fora dela são absurdos e abordam temas pesados como uso de drogas, fanatismo religioso, racismo e outros mistérios que demonstram claramente que algo de muito errado vem acontecendo alí.

A escrita da autora é boa no que diz respeito aos mistérios e acontecimentos, mas além de não conseguir visualizar os detalhes do cenário e da casa propriamente dita por falta de melhores descrições, não consegui me conectar muito com a leitura pois todas as coisas estranhas que acontecem parecem ter o propósito de afastar o leitor em vez de manter a curiosidade dele, mesmo que haja temas importantes a serem discutidos sobre a sociedade num geral. Achei que o ritmo da história oscila bastante e não mantém um padrão de acontecimentos, principalmente porque termina de forma abrupta e deixa o leitor sem respostas (e sem acreditar). Eu não sei se a experiência com livros de terror mais assustadores pode ter comprometido minha experiência com a leitura deste, mas fiquei com aquela sensação de que, apesar da história trazer aquela atmosfera sobrenatural, não era realmente assustadora o suficiente, só desconfortável. É como se a autora quisesse misturar os traumas da protagonista com o uso de drogas a ponto dela não saber o que é realidade e fantasia, e como a narrativa é em primeira pessoa, não sabemos se podemos confiar na palavra dela. Por um lado isso é muito interessante pois ficamos tentando decifrar as coisas junto com Mari, mas a quantidade de coisas acontecendo ao mesmo tempo acaba trazendo mais confusão do que entendimento.

Mari é totalmente paranoica com a questão dos percevejos e de limpeza, o que é doentio, e em meio a narrativa sempre há uma nota dela fazendo alguma observação sobre eles, mostrando o quanto esse "tique" causa incômodo e pavor tanto nela quanto no leitor.

A dinâmica da família de Mari era interessante, pelo menos inicialmente quando eles se mudam com um propósito, mas depois as coisas começam a ficar estranhas, os problemas vão aparecendo e o único sentimento que tive foi uma grande antipatia por todos eles, mesmo que a vontade deles fosse de recomeçar.

A autora fala muito sobre a questão da revitalização e habitação do bairro, a criminalização de drogas e a prisão em massa das pessoas, e como as pessoas podem ser cruéis quando são beneficiadas de alguma forma, e de outro lado ela fala sobre esse lado sombrio dos fantasmas que tornam a casa "mal-assombrada", e fiquei com aquela sensação de que a autora quis abordar mais temas do que a história comporta, e no final nenhum deles teve o devido aprofundamento. Não achei que o aspecto sobrenatural combinou com as questões sociais levantadas aqui. Imagino que possa ser um livro pra quem tem curiosidade pelo gênero de terror e suspense, que incomode, mas não queira nada muito apavorante ou cheio de reviravoltas.

Wishlist #15 - Board Games - Coleção Cidades Sombrias

12 de dezembro de 2022

A Coleção Cidades Sombrias traz uma série de jogos que se passam em alguma cidade que fez parte da História por algum acontecimento marcante e até sombrio. Cada um deles tem uma temática diferente, o que vai agradar fãs de jogos de vários estilos. Tortuga tem a temática pirata e tesouros, Salem é sobre bruxas e aldeões, Deadwood é de faroeste, e Bristol tem uma temática medieval que gira em torno da peste bubônica que assolou os moradores. São jogos que basicamente envolvem dedução, blefe e gerenciamento de mão, mas alguns também requerem jogadas em equipe, outros votação e eliminação de jogadores, e outros rolagem de dados. E mesmo que sejam bastante diferentes no que diz respeito ao tema, eles formam uma coleção bem diferente dos jogos tradicionais, pois a caixa deles é em formato de livro e a coleção junta fica a coisa mais linda ao ficarem enfileirados na estante.
São jogos pra se jogar com várias pessoas quando a galeria tá reunida, e é quase certeza que vai rolar aquela briga marota que só um party game é capaz de proporcionar. Quero todos na minha mesa/estante já.

Cidades Sombrias #1 - Tortuga 1667
Editora/Fabricante: Galápagos
Criadores: Travis Hancock e Sarah Keele
Idade recomendada: 14+
Jogadores: 2-9
Descrição: Estamos em 1667, e você é um pirata cruzando os mares do Caribe. Um Galeão Espanhol veleja por perto, e você convenceu sua tripulação a trabalharem juntos para roubar todos os tesouros do navio que se aproxima cada vez mais. Mas o que você não disse aos seus camaradas piratas é que não tem nenhuma intenção de compartilhar o tesouro quando puser as mãos nele. Você ainda é leal ao seu país, e ter todo esse tesouro só para si lhe ajudaria a comprar algum respeito quando voltar para casa. Sua tripulação lhe jura lealdade e prometem que lhe ajudarão a abandonar os piratas gananciosos que estão em seu navio na rochosa ilha Tortuga. Porém, você viu as pistolas carregadas de seus amigos, e não consegue ignorar a desconfiança crescente ao vê-los sussurrando algo sobre um motim. É melhor não confiar em ninguém.

Cidades Sombrias #2 - Salem 1692
Editora/Fabricante: Galápagos
Criadores: Travis Hancock e Sarah Keele
Idade recomendada: 14+
Jogadores: 4-12
Descrição: O ano é 1692. A cidade é Salem, no estado de Massachusetts. O mal está à espreita e você tem certeza de que alguns de seus vizinhos são Bruxas! Durante a partida, você compra e joga cartas para acusar os jogadores nos quais não confia e ajudar aqueles participantes que você acha que estão do seu lado.
Quando o baralho acaba e a Carta da Noite é revelada, as Bruxas tentam matar um jogador inocente. Os jogadores que tiveram uma Carta de Julgamento de Bruxa em qualquer momento do jogo serão sempre Bruxas, e vencem se tiverem matado todos aqueles que não forem Bruxas. Os jogadores que nunca tiveram uma carta de Bruxa durante todo o jogo (os moradores da cidade) vencem a partida se forem capazes de revelar todas as Cartas de Julgamento nas quais está escrito “Bruxa”.
Durante a partida, a Carta de Conspiração move as Cartas de Julgamento, e alguém em quem você confia pode se tornar uma Bruxa no meio do jogo. Você tem que agir rápido ou será o único Puritano virtuoso em uma cidade dominada pelo mal! 

Cidades Sombrias #3 - Deadwood 1876

Editora/Fabricante: Galápagos
Criadores: Travis Hancock e Sarah Keele
Idade recomendada: 14+
Jogadores: 2-9
Descrição: Há ouro nas Colinas Negras (Black Hills), em Dakota do Sul, e você veio para encontrar (ou roubar) o seu quinhão. Você se hospedou em um dos três maiores estabelecimentos da cidade, e
planeja, com seus comparsas, roubar alguns dos cofres cheios de ouro espalhados pelo local.
Mas você suspeita que seus “sócios” estão juntando armas em segredo. Para quê? Para poderem usá-las contra você em um confronto final e depois ficarem com todo o seu ouro. Será que você está preparado para atirar neles antes que eles atirem em você pelas costas?


Cidades Sombrias #4 - Bristol 1350
Editora/Fabricante: Galápagos
Criadores: Travis Hancock, Holly Hancock e Sarah Keele
Idade recomendada: 14+
Jogadores: 1-9
Descrição: A temida peste bubônica atingiu a cidade de Bristol. Bristol 1350 é um jogo semicooperativo que mistura mecânicas de corrida, blefe e dedução social. Vocês são aldeões tentando escapar da peste bubônica, pegando carona em carroças saindo da cidade. Se a sua carroça for a primeira a sair de Bristol e estiver cheia de aldeões saudáveis, você e seus companheiros de carroça ganham o jogo. No entanto, se durante a partida algum aldeão contrair a temível peste, ele deve esconder seus sintomas e escapar em uma carroça para vencer – e nesse processo contaminar todos a bordo. Se você, uma pessoa saudável, escapar na mesma carroça que o aldeão contaminado, você vai contrair a praga e seus dias estarão contados. Use qualquer meio egoísta para sair da cidade o mais rápido possível sem a praga – descubra quem é o contaminado e empurre o para fora da carroça antes que seja tarde demais.

O Livro das Respostas (Moon Edition) - Carol Bolt

11 de dezembro de 2022

Título:
 O Livro das Respostas (Moon Edition) - A sabedoria está na simplicidade
Autora: Carol Bolt
Editora: Darkside
Gênero: Oráculo
Ano: 2022
Páginas: 352
Nota:★★★★★
Sinopse: Todos nós queremos bons conselhos para perguntas fundamentais em nossa vida. Um insight, uma simples palavra são capazes de nos colocar novamente no rumo das nossas conquistas e desejos. Devo abrir meu coração para este poderoso sentimento? Amar como se não houvesse amanhã? Dar uma segunda chance para aquela pessoa da família? Fazer uma longa viagem para me reencontrar? A resposta para essas e outras perguntas você encontra em O Livro das Respostas, um pequeno oráculo capaz de falar conosco de forma profunda e intimista.

Resenha: O Livro das Respostas, da autora Carol Bolt e publicado pela Darkside, é um pequeno oráculo capaz de responder perguntas pro dia a dia e trazer reflexões para os leitores que curtem o lado místico da vida.


O engraçado é que ele vem com instruções de uso, mas basicamente, basta se concentrar e mentalizar uma pergunta, girar o livro e abrir numa página aleatória. E mesmo que seja aberto de cabeça pra baixo, ele tem o lado invertido e vai dar uma resposta, sempre curta e direta, da mesma forma.



Eu adoro esse tipo de livro que faz esse tipo de interação com o leitor pois, às vezes, a única coisa que a gente precisa é de uma direção, seja quando bate aquele aperto, quando há dúvidas, ou quando ficamos curiosos por algo, e nesse sentido o livro funciona direitinho e de forma bastante descomplicada, às vezes sensível, ou às vezes bem direta, pra quem acredita nesse lado da espiritualidade.

A Darkside já havia lançado a Secret Edition (da capa preta), mas fiquei aguardando a Moon Edition pois achei bem mais chamativa e bonita. A capa dura e os detalhes no interior só deixam o livro ainda mais bonito e super rico.




As fases da lua dispostas na lateral são pretas, e a mandala na capa faz um degradê entre marrom e bege que simula um efeito dourado, mas não é dourado, não.

No mais, eu super indico pra quem curte e acredita no tema, gosta de oráculos e procura por conselhos rápidos e certeiros pras mais diversas questões. Tenho certeza que a experiência vai ser tão legal quanto surpreendente.

Vermelho, Branco e Sangue Azul (Ed. de colecionador) - Casey McQuiston

10 de dezembro de 2022

Título:
Vermelho, Branco e Sangue Azul (Ed. de colecionador)
Autora: Casey McQuiston
Editora: Seguinte
Gênero: New Adult/Romance
Ano: 2022
Páginas: 416
Nota:★★★★★
Sinopse: O que pode acontecer quando o filho da presidente dos Estados Unidos se apaixona pelo príncipe da Inglaterra?
Quando sua mãe foi eleita presidente dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana. Bonito, carismático e com personalidade forte, Alex tem tudo para seguir os passos de seus pais e conquistar uma carreira na política, como tanto deseja.
Mas quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, Alex tem que encarar o seu primeiro desafio diplomático: lidar com Henry, irmão mais novo de Philip, o príncipe mais adorado do mundo, com quem ele é constantemente comparado - e que ele não suporta.
O encontro entre os dois sai pior do que o esperado, e no dia seguinte todos os jornais do mundo estampam fotos de Alex e Henry caídos em cima do bolo real, insinuando uma briga séria entre os dois.
Para evitar um desastre diplomático, eles passam um fim de semana fingindo ser melhores amigos e não demora para que essa relação evolua para algo que nenhum dos dois poderia imaginar - e que não tem nenhuma chance de dar certo. Ou tem?

Resenha: Neste mês de dezembro de 2022, a Seguinte lançou uma nova edição de Vermelho, Branco e Sangue Azul, da autora Casey McQuiston. A história conquistou milhares de leitores no Brasil e agora chega com capa dura, novo design, guardas ilustradas, laterais coloridas, páginas amarelas, e ainda tráz um capítulo inédito narrado pelo ponto de vista de Henry.

Alex é o filho da presidente dos Estados Unidos. Queridinho pela mídia, bonito, talentoso e carismático, o jovem já faz parte do meio político e tem tudo para se dar bem se seguir os passos da mãe. Quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, ele não esperava ter que lidar com Henry, irmão do príncipe e que é sempre comparado a Alex, o que ele ODEIA e faz com que ele o considere uma enorme pedra em seu sapato. Até que uma situação inusitada faz com que eles pareçam inimigos frente à mídia, causando ameaças aos acordos entre os governos dos países. A fim de evitar maiores problemas, eles são obrigados a se comportar como se fossem melhores amigos para manter as aparências e afastar qualquer fofoca, mas esse lance vai acabar fazendo com que os dois se aproximem mais do que pensaram ser possível...

Já trouxe a resenha do livro no blog em 2020, clique aqui pra conferir, mas não resisti a essa edição lindíssima e tive que incluí-la na coleção. Então, vim deixar fotos pra vocês ficarem babando como eu fiquei, espiem:











Realmente a edição está uma riqueza só. Capa dura, gramatura das páginas excelente, ilustrações super fofas nas guardas (a parte interna da capa), laterais coloridas fazendo um degradê entre o vermelho e o azul, enfim... É aquela edição que não pode faltar na estante de quem é fã.