Autora: Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela
Editora: Paralela
Gênero: Romance
Ano: 2022
Páginas: 352
Nota:★★★★★
Ano: 2022
Páginas: 352
Nota:★★★★★
Sinopse: A tenista Carrie Soto se aposentou no auge, com a tranquilidade de ter atingido um recorde imbatível: foram vinte títulos Grand Slam conquistados ao longo de sua carreira. Mas apenas cinco anos depois de seu retiro das quadras, ela assiste Nicki Chan igualar sua marca, trazendo a sensação de que seu legado está comprometido.
Disposta a chegar aos seus limites, Carrie tem o apoio de seu pai, Javier, ex-tenista que a treina desde os dois anos de idade. Ele parece ter seus próprios motivos para incentivar a filha nesta última temporada que promete desafiar ambos num jogo que exige tanto física quanto mentalmente.
Em uma inesquecível história sobre segundas chances e determinação, Taylor Jenkins Reid nos cativa com uma protagonista forte como sempre e um romance emocionante como poucos.
Resenha: Carrie cresceu sendo criada pelo pai, Javi, um tenista profissional aposentado que sempre incentivou a filha no esporte desde seus dois anos de idade. E seguindo os passos do pai, Carrie fez muito sucesso na carreira e se aposentou após ter ganhado vinte títulos Grand Slam e ter batido um recorde, mesmo que isso tivesse um enorme custo pessoal. Ela era uma lenda do tênis e por muito tempo foi conhecida como a maior campeã, a mais forte e determinada, mas também a mais arrogante, a mais "vaca" de todas. Mas, depois de 5 anos fora das quadras, Carrie, que agora tem 37 anos, acompanha a tenista Nicki Chan, de 31, igualar sua marca. Agora que seu recorde está ameaçado e seu legado comprometido, Carrie decide voltar, nem que pra isso precise chegar ao seu limite.
Depois que me acabei lendo Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, não imaginei que pudesse haver outra protagonista épica e inesquecível naquele nível, mas, esse é mais um livro que a autora só demonstra o quanto ela é mestre em criar heroínas maravilhosas e inesquecíveis, por mais que sejam imperfeitas ou detestáveis, e combinar isso numa trama que envolve superar as adversidades através de determinação, trabalho duro e muito foco.
Vou ser sincera em dizer que tênis não é minha praia e não tenho muito interesse no esporte em si, mas também tenho que ser sincera em afirmar que, por mais que o livro seja cheio de termos que não conheço (mas que acabam sendo fáceis de entender devido a narrativa) e descreva tudo nos mínimos detalhes, é impossível não se empolgar, não torcer, não vibrar, não prender a respiração e não imaginar estar assistindo um filme com direito a jogadas em câmera lenta, tensão, e muita emoção. O treinamento é cansativo e beira a exaustão, e as competições são adrenalina pura. Embora o livro seja ficção, a impressão é que estamos testemunhando a história de vida de alguém, com direito a experienciar toda a glória e sofrimento vividos, tamanha a capacidade da autora em construir toda uma ambientação convincente e criar personagens humanos e reais e com relacionamentos tão intensos.
Por ter sido criada e treinada pelo pai, Carrie viveu nesse universo esportivo e respira tênis desde que se entende por gente. Ela não conhece outra coisa e não aceita que ninguém supere seus feitos. Carrie é ousada e tão confiante que exala arrogância por onde passa. Seu objetivo é ser a melhor e vencer, mesmo que isso custe sua felicidade, e por mais que essa personalidade difícil cause incômodo e antipatia no leitor, é exatamente o que faz com que seu crescimento pessoal se torne tão curioso quanto atraente pra quem acompanha essa jornada. Essa obsessão em ser a melhor, como se fosse uma obrigação, também faz com que ela tenha medo de não conseguir chegar lá, e só a ideia de falhar deixa Carrie destruída. E acompanhando essa determinação, essa garra e essa coragem de enfrentar tudo e todos, acabamos torcendo por ela, principalmente quando fica evidente como uma esportista mulher pode ter as conquistas tão banalizadas pelo machismo e como esse tipo de coisa é absurda e sequer deveria existir.
Carrie Soto Está de Volta é mais um romance de abalar todas as estruturas que a autora Taylor Jenkins Reid trouxe pra deixar a gente com aquela ressaca literária, sem vontade de se recompor, pensando que nem tudo é sobre competir e vencer: ganhar e perder faz parte, ter coragem e ter medo também, e tudo isso é inerente do ser humano, mas a gente nunca vai saber se o que queremos dará certo se não metermos a cara e tentarmos alcançar o que parece impossível. No final das contas, por mais difícil que pareça, o que resta às pessoas é desapegar do que as prendem, viver a vida ao máximo, se esforçar e correr atrás dos objetivos sem se preocupar com a idade, e curtir todos os bons momentos, porque tudo é passageiro. Ás vezes falhar ou abrir mão das coisas é o certo a se fazer, é o que vai trazer paz e felicidade