Novidade de Abril - Seguinte

2 de abril de 2023

Nick e Charlie: Uma Novela de Heartstopper - Alice Oseman (25/04/2023)
Todo mundo sabe que Nick e Charlie são inseparáveis. Entre tardes jogando videogame, noites de filmes e conversas infinitas, não há nada que possa abalar o sentimento que um tem pelo outro.
Com a partida de Nick para a universidade se aproximando, Charlie fica cada vez mais inseguro, afinal todos dizem que o primeiro amor quase nunca dura para sempre... Será que o relacionamento deles é capaz de sobreviver à distância? Ou os garotos só estão adiando o inevitável?

Resumo do Mês - Março

1 de abril de 2023

Esse mês eu achei que poderia voltar com a programação normal, mas não. No começo do mês, depois de quase 10 meses do acidente em que quebrei o pé, o abençoado do médico apareceu com 4 meses de atraso pra marcar a cirurgia pra retirar os parafusos que tanto me incomodavam. Como ele avisou e marcou a cirurgia em cima da hora, fiquei naquela correria pra conseguir fazer os exames a tempo e me preparar. Eu senti uma melhora na dor no dia seguinte, mas como eu não precisei ficar de repouso, eu acabei sobrecarregando meu calcanhar com meu peso e agora ando sofrendo com uma fascite que tá acabando com minha vida. O pé arde, queima, pinica, sinto altas fincadas e é triste.
Então acabei tomando uma atitude drástica: preciso emagrecer urgente.
E pra isso cortei açúcar, massas, leite e frituras, e tô vivendo a base de legumes e verduras já faz uma semana. Ainda não me pesei pra saber se perdi algum peso porque não tenho balança, mas medi minha cintura dia 24 e hoje dia 1º pra poder comparar, e percebi que já reduzi 9cm na medida e acho que tá dando certo, principalmente porque ando me sentido menos desanimada e um pouco mais disposta.
Força na piruca que a meta é perder alguns kg só mudando a alimentação, porque depois de estar mais leve e com o pé recuperado, eu consigo fazer exercícios e emagrecer ainda mais.

Como acabei tendo um outro foco, eu não dei conta de fazer o que eu planejava aqui no blog, mas vou levando e encaixando as coisas do jeito que der e tá ótimo.

Caixa de Correio #132 - Março

31 de março de 2023

Esse mês teve um pouco de livros e um jogo daqueles que não podem faltar na coleção de quem gosta de jogos de tabuleiro. Já queria fazia um tempinho, fiquei passando outros na frente e ele foi ficando pra trás, mas quando apareceu em promoção na Amazon eu corri pra comprar e aproveitar o descontão.
Foi pouca coisa, mas teve qualidade:

Wishlist #20 - Board Games - Meadow

21 de março de 2023

Desde que fiquei encantada pela arte de Everdel e seus componentes lindíssimos, todos os jogos com arte bonita já me deixam atenta e curiosa pra saber do que se trata. E com Meadow não vai ser diferente. Assim que vi que a mecânica do jogo já faz parte do meu gosto e que as ilustrações foram feitas em aquarela pra deixar qualquer um apaixonado pela boniteza, já entrou pra lista. O único porém é que apesar de ter os tabuleirinhos e alguns compartimentos diferenciados pra organizar as cartas, por ser praticamente um jogo sem componentes mais detalhados, achei o valor elevadíssimo, então não vai ser prioridade enquanto não rolar aquela promoção...

Meadow
Editora/Fabricante: Galápagos/Rebel Studio
Criador: Klemens Kalicki
Idade recomendada: 10+
Jogadores: 1-4
Descrição: Meadow é um envolvente jogo de coleção desenvolvido por Klemens Kalicki com mais de 200 cartas exclusivas contendo ilustrações em aquarela pintadas à mão por Karolina Kijak.
Em Meadow, os jogadores assumem o papel de exploradores que competem pelo título de observador da natureza mais habilidoso. Para ganhar estão colecionando cartas com as espécies, paisagens e descobertas mais valiosas. Sua jornada é guiada pela paixão, uma curiosidade do mundo, uma mente inquiridora e desejo de descobrir os mistérios da natureza. A competição continua na fogueira onde os jogadores correm para cumprir os objetivos de suas aventuras.
Meadow é um jogo de tabuleiro de peso médio para 1 a 4 jogadores. Os jogadores se revezam colocando marcadores de caminho em um dos dois tabuleiros. Colocar um token no tabuleiro principal permite ao jogador obter cartas, mas para jogá-las é necessário cumprir certos requisitos. Jogar uma ficha no tabuleiro da fogueira ativa ações especiais (ajudando a implementar a estratégia escolhida) e dá a oportunidade de atingir metas que fornecem pontos adicionais. Através do jogo, os jogadores estão coletando cartas em sua área de Meadow e arredores. No final, ganha o jogador com mais pontos nas cartas e no tabuleiro da fogueira.
Mergulhe na verdadeira experiência de observação da natureza em uma caixa de jogo!





Crédito da imagem: Wouter Debisschop

Wishlist #19 - Board Games - Tokaido

14 de março de 2023

Faz um tempo que fiquei curiosa por Tokaido, mas ainda não tinha certeza se era um jogo que queria na coleção por não ter procurado muitas informações sobre além da arte super bonita. Mas depois de assistir algumas gameplays e perceber que o jogo se trata de uma experiência única onde os jogadores atravessam uma das estradas mais bonitas do Japão tornando o jogo uma verdadeira viagem, não pude descartar. Recentemente a Galápagos ainda lançou a edição Deluxe que é super caprichada e cheio de componentes lindíssimos, e ainda vem com a primeira expansão embutida, e agora estou bem tentada a optar por ela em vez da versão Retail.

Tokaido
Editora/Fabricante: Galápagos/Fun Forge
Criador: Antoine Bauza
Idade recomendada: 7+
Jogadores: 2-5
Descrição: Em Tokaido, cada jogador é um viajante que cruza o “East Sea Road”, uma das estradas mais belas do Japão.
Ao viajar, você vai conhecer pessoas, saborear pratos finos, coletar itens bonitos, descobrir grandes panoramas, e visitar templos e lugares selvagens.
No final do dia, quando todos chegaram ao final da estrada, vence o viajante que descobriu as coisas mais interessantes e variadas.
Através de um humor original zen, Tokaido é um jogo estratégico extraordinariamente tranquilo e fácil de aprender.





Crédito da imagem: Shut up and sit down

Edição Deluxe

Expansões

Encruzilhadas

O Tokaido está pronto para desvendar mais alguns tesouros para os viajantes mais fiéis: cerejeiras em plena floração, balneários de luxo, amuletos de boa sorte, caligrafia, objetos lendários e salas de jogo, mesmo clandestinos são agora parte da viagem!
Tokaido: Crossroads, uma expansão para o jogo de Tokaido, vai abrir novas portas e muitas novas possibilidades para tornar a sua viagem ainda mais rica e mais estratégico.



Matsuri
Matsuri é uma expansão que traz novas cartas e fichas para o jogo. Com esta expansão, os jogadores viverão as festividades japonesas. Estas cartas modificarão a forma como cada parte da estrada será jogada. Isso não transformará o jogo, mas ela adicionará ainda mais profundidade e estratégia da mesma forma que Crossroads faz.

Enquanto Eu Não te Encontro - Pedro Rhuas (Audiolivro)

13 de março de 2023

Título:
Enquanto Eu Não te Encontro (Audiolivro)
Autor: Pedro Rhuas
Narração: Pedro Rhuas
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Romance
Ano: 2021
Duração: 7h 43min (272 páginas)
Nota:★☆☆☆☆
Sinopse: Nenhum encontro é por acaso.
A vida tem sido boa para Lucas. Ele passou no Enem para estudar publicidade; se mudou com Eric, seu melhor amigo, do interior do Rio Grande do Norte para a capital; e conseguiu sua tão aguardada liberdade. Mas, no amor, Lucas é um desastre. O maior fã de Katy Perry no Nordeste tem certeza de que nem toda a sorte do mundo poderia fazer com que ele finalmente se apaixonasse pela primeira vez.
Até que, em uma despretensiosa noite de sábado em 2015, tudo muda. Quando Lucas e Eric vão na inauguração do Titanic, a mais nova balada da cidade, Lucas esbarra (literalmente!) em Pierre, um lindo garoto francês que parece ter saído dos seus sonhos. Em meio a drinques, segredos e sonhos partilhados, Lucas e Pierre se conectam instantaneamente. Eles vivem o encontro mais especial de suas vidas, mas o Universo tem outros planos para o futuro... Até a noite acabar, o que será que vai acontecer com eles?
Com uma voz original e divertida, repleta de referências pop e à cultura do Rio Grande do Norte, o livro de estreia de Pedro Rhuas vai te fazer rir alto e se apaixonar.

Resenha: Em busca de sua liberdade, Lucas, um jovem de 20 anos que estuda publicidade e o maior fã de Katy Perry que existe, decidiu sair da cidadezinha de Luna do Norte pra ir morar em Natal, no Rio Grande do Norte, junto com o melhor amigo de infância, Eric. Os dois estão na faculdade, dividem um apartamento aconchegante e têm uma amizade super legal e sincera, até Eric arrumar um namorado da noite pro dia, o Raul, e deixar Lucas de lado com a sensação de ter sido abandonado. Quando o assunto é relacionamento, Lucas se considera um desastre e parece ter perdido as esperanças de encontrar alguém.
Mas tudo muda quando chega o dia da inauguração da balada mais top da cidade, o Titanic. Lucas, Eric e Raul saem pra curtir a tão esperada noite, e Lucas conhece Pierre, um francês que parece ter saído de um sonho mais lindo que eu já vi. Talvez o universo e o destino reservam algo de especial para Lucas, nem que seja pelo menos até o fim da noite...

Já ouvi vários audiolivros nessa minha vida de leitora, desde os narrados por narradores profissionais, os narrados por amadores e leitores comuns, e até os por narração sintética no Youtube, mas essa foi a primeira experiência com um audiolivro narrado pelo próprio autor que tive. Já adianto que não curti e que eu poderia escrever uma resenha enorme falando sobre todos os pontos que não gostei nesse livro, e é isso mesmo que vou fazer pra tentar mostrar meu ponto sobre não entender e nem concordar com esse hype todo.

Eu levaria no máximo 3 horas pra finalizar um livro de 270 páginas dando várias pausas, mas alongar essa leitura numa narração de quase 8 horas foi difícil, principalmente porque o tom da narração muitas vezes não combinava com o ambiente ou com a situação e ficava super forçada e exagerada, e chegou num ponto onde eu larguei o audiolivro por falta de paciência, e 2 meses depois que é tive coragem de retomar.
O audiolivro tem a trilha sonora embutida (composta pelo autor e disponível no Spotify), e acho até legal essa iniciativa de escrever um livro e criar toda uma ambientação em volta da história pra se criar aquela experiência completa e imersiva para o leitor aproveitar, mas pra mim não funcionou, deixou tudo mais cansativo, me distraía, e não caiu no meu gosto pessoal.

A história se passa em 2015 e é dividida em Primeiro Encontro, Desencontro e Segundo Encontro e cada parte tem os próprios capítulos bem curtinhos com títulos chamativos sobre as várias situações que estão dentro desses acontecimentos, mas em vez de eu me deparar com uma história sobre primeiro amor, representatividade e cultura nordestina como eu esperava, a única coisa que ficou evidente, com pouquíssimas ressalvas, foi a insistência em falar de memes ultrapassados, o lacre, soltar frases motivacionais ou de efeito aleatórias em meio à divagações, militância, questões políticas inseridas fora de contexto, mais lacre, e fazer referências a todos os ícones da cultura pop do mundo em meio a diálogos ruins e nada naturais. No primeiro capítulo já encontramos menções à Lady Gaga, Katy Perry, Os Simpsons, The Sims, Grey's Anatomy e o Gato de Botas, e a enxurrada de referências continua sem parar ao longo da história. Senti como se o autor quisesse mostrar todas as coisas legais e bafônicas que ele conhece e decidiu espalhar pelo livro porque sim, a ponto de eu ficar confusa e sem saber se ele falava dos interesses do personagem ou de si mesmo. Na maioria das vezes eu sentia que estava perdida na sessão de comentários de algum portal de fofoca qualquer, ou numa trend ruim sobre celebridades no Twitter. Há também a quebra da quarta parede onde o protagonista faz comentários sobre alguma situação ou fala descrita, e confesso que esse recurso num livro não me agrada muito, principalmente quando não consigo me conectar com o personagem. O tempo perdido com toda essa encheção de linguiça ou meras pinceladas sobre temas importantes poderia ser investido em construir e desenvolver melhor os personagens, tornar as coisas mais plausíveis, e quem sabe assim a história não ficasse a cara das fanfics de qualidade questionável do Wattpad.

Como o primeiro encontro desses dois acontece nessa boate Titanic, que inclusive serve de metáfora pra algumas situações descritas, fiquei imaginando aquela ambientação de balada top, muvuca, gente dançando e bebendo, música alta, glitter voando pra todo lado, então pra mim, por mais que eles pudessem estar um pouco mais afastados da bagunça no tal "convés", não fazia sentido Lucas e Pierre conseguirem conversar e se abrirem um pro outro durante 3 horas de uma forma tão profunda como eles fizeram, como se estivessem em total privacidade numa praia deserta, no silêncio e tranquilos, só esperando o nascer do sol. Não consegui acreditar que aquela conversa, naquele tom, durante esse tempo estava acontecendo naquele lugar.

Alguns personagens que pareciam ter um potencial grande de serem interessantes na história, como o casal de garotas de cabelo colorido ou a drag queen jovem mística e escandalosa, só estão alí pra se aparecer mesmo, e depois nunca mais ouvi falar. Se a ideia era criar um leque de personagens LGBTQIAP+ em prol da representatividade, não acho que funcionou quando o foco ficou somente em descrever Lucas, seus faniquitos, suas gírias e palavreados, e o surto por ter conhecido seu príncipe. Eu juro que achei o máximo o autor trazer um protagonista com essa característica afeminada porque é difícil encontramos personagens assim na literatura, mas ele é chato e tudo parece plástico, de tão artificial. E Pierre é tão perfeito, maravilhoso e sem nenhum defeito que deixa qualquer príncipe encantado da Disney recolhido à própria insignificância.

Algumas lembranças de infância ou situações difíceis que Lucas e Eric viveram, e como eles se uniram pra passar por isso, talvez tenham sido a única e melhor mensagem do livro, como a descoberta de sua sexualidade e a preferência pelas "coisas de menina", a decepção e o estado de negação da família por saber que o filho é gay, o bulliyng sofrido na escola por outras crianças maldosas, a pressão sobre eles por uma expectativa criada que não pode ser superada e afins, e até a rápida tentativa de se relacionar com meninas pra se certificar de que não existe "nada de errado" com eles, e tenho certeza que muitas pessoas que tiveram uma experiência parecida puderam se identificar com esse padrão de acontecimentos até poderem assumir a própria sexualidade e, infelizmente, alguns sequer conseguem fazer isso. O próprio Eric passou muito tempo dentro do armário e só agora está se permitindo ser feliz, sendo quem é. Penso que o #orgulho é um dos movimentos mais importantes e necessários que existem, pois em meio a tanta luta, ele também é capaz de simbolizar a vitória que é conseguir passar por tudo isso sem se perder, e seguir em frente de cabeça erguida, ainda que todas essas experiências deixem marcas que talvez nunca poderão ser apagadas. E tenho que ser sincera em dizer que o autor acertou pelo menos nessa abordagem, pois Lucas, apesar de ser insuportável, é muito sincero quando descreve como aconteceu, o que sentiu e como lidou com isso. Foi a única coisa que senti ser realmente real.
"Fiz uma promessa que, se um dia contasse a minha história, gritaria logo nas primeiras páginas sobre o viado orgulhoso e nordestino que sou."
Infelizmente nem essa questão que mencionei acima, nem os textões disfarçados de diálogos e pensamentos filosóficos foram capazes de salvar a história, porque parecem palestras de coachs de internet tentando vender curso. Talvez se isso fosse integrado à história de outra forma pra fluir de um jeito mais natural, onde o autor quisesse causar a reflexão com base nas experiências dos personagens em vez de querer ensinar alguma coisa com essas lições prontas, funcionaria melhor. Separei um trecho de uma cena onde Lucas cai no chão que deve explicar o que quero dizer sobre o exagero e como esse tipo de coisa é inserida de qualquer jeito, em qualquer brecha, do nada:
"Na hora, nem percebo que meus joelhos ficam ralados. Minha maior preocupação é manter o celular intacto. E não me envergonho disso, tá? É um comportamento absolutamente aceitável quando nos enxergamos como meros produtos de uma sociedade regida pelo capitalismo brutal, onde as elites controlam os meios de produção e, pros pobres coitados como você e eu, resta a eterna desventura de tentar preservar os bens de consumo adquiridos com tanto esforço."
Por mais que a informação acima seja um fato, não vejo como isso cabe nessa história. Se eu quisesse ler sobre o capitalismo e como ele é o maior vilão da sociedade, o último lugar que eu ia procurar informações sobre seria num livro jovem adulto com romance de conto de fadas gay. É meio desanimador pegar um livro esperando ler uma história divertida, achar que vamos dar um rolê pelo nordeste afora, e ter que ficar se deparando com esses discursos gratuitos a todo momento vindo de um personagem que só tem como característica marcante ser gay, dar chilique e ficar militando sem parar. Lucas, meu filho, descansa.

Talvez eu apenas não seja o público alvo desse tipo de história pra simplesmente ignorar todos esses pontos como se não fossem problemáticos pra mim, e acho que outros leitores mais jovens e que se identifiquem mais tirem um maior proveito, então nada melhor do que ler e tirar as próprias conclusões. Os fãs que me perdoem, mas o problema maior foi a necessidade de eu ter que espremer a história até conseguir extrair alguma mínima coisa que fosse boa, e quando chega ao ponto do leitor precisar fazer todo esse esforço, acho que a coisa já desandou e não vale a pena.