Clássico moderno absoluto, Coração das trevas arrebatou gerações de leitores desde sua publicação no final do século XIX, numa série de três capítulos na Blackwood's Magazine, e em livro em 1902. Na trama -- que inspirou uma das obras-primas do cinema: Apocalypse Now, de 1979, dirigido por Francis Ford Coppola -- o inglês Charles Marlow desembarca no Congo Belga para transportar marfim num barco a vapor. À medida que se embrenha rio adentro, a atmosfera lhe parece cada vez mais estranha e hostil. Ao encarar o desafio de adaptar a história de Marlow para os quadrinhos, o premiado Peter Kuper alcançou um equilíbrio assombroso ao preservar elementos centrais do enredo de Conrad ao mesmo tempo em que destaca as armadilhas da visão colonialista. Imagens inesquecíveis ganham vida no traço hábil de Kuper. Um personagem como Kurtz -- comerciante de marfim cuja envergadura parece quase mítica, e a quem Marlow tem de resgatar -- surge especialmente insondável e fascinante. O resultado é uma adaptação capaz de comover os entusiastas de Conrad e de guiar quem acaba de imergir nas profundezas desta narrativa extraordinária.
Novidade de Julho - Quadrinhos na Cia
2 de julho de 2023
Coração das Trevas - Joseph Conrad (24/07/2023)
Novidades de Julho - Suma
Uma Tragédia Familiar - M. T. Edvardsson (25/07/2023)
Steven e Regina Rytter são um casal abastado, vivem em uma mansão deslumbrante e aparentam uma vida perfeita. Mas há algo fora do comum: a esposa não sai de casa há meses, tomada por uma grave e misteriosa doença.
Depois de alguns desentendimentos com a funcionária anterior, Steven contrata uma nova faxineira, Karla, para cuidar da residência dos Rytter duas vezes por semana. A jovem chegou na cidade há pouco tempo, e trabalha para se manter no curso de direito. Ela aluga um quarto simples no apartamento de Bill Olsson, um homem gentil que, viúvo e desempregado, passa por maus bocados para sustentar a filha de oito anos.
Conforme a situação de Bill vai ficando cada vez mais crítica, Karla se vê obrigada a fazer uma escolha terrível. E quando os Rytter são encontrados mortos, tanto Karla quanto Bill precisarão revisitar um passado que preferiam evitar.
Todas as pessoas em Uma tragédia familiar escondem algum segredo, mas alguma delas seria capaz de cometer um assassinato? Um thriller eletrizante de um mestre do suspense que apresenta uma história sobre dependência, justiça e a linha tênue entre o certo e o errado.
Na cidade de Fragária, sob o domínio da República, a magia é proibida, e Amarílis conhece como ninguém o perigo de quebrar as regras. Para evitar o destino trágico que teve sua mãe, a jovem tecelã mantém a cabeça baixa e os fios de seus poderes bem amarrados.Quando, por acaso, se vê diante do homem que causou a ruína de sua família, Amarílis decide convocar um demônio e fazer um pacto: ela quer a morte do general que destruiu sua mãe. Mas sua oferenda é muito simples, e Tolú, o Antigo que atende seu chamado, não pode tirar uma vida por um preço tão baixo. Ele pode, porém, ajudar Amarílis a enfrentar seus medos enquanto ela faz justiça com as próprias mãos.Com uma narrativa delicada e, ao mesmo tempo, sombria, Fernanda Castro conduz o leitor por uma história repleta de personagens fascinantes, horrores mundanos e poderes ocultos.
M de Monstra - Talia Dutton (03/07/2023)
Depois de perder a irmã mais nova, Maura, em um trágico acidente de laboratório, a dra. Frances Ai promete trazê-la de volta à vida. Entretanto, quem reaparece nessa tentativa claramente não é Maura. A criatura, que decide se chamar M, não tem recordações da vida de Maura e só quer seguir seu próprio caminho.Na esperança de retomar a rotina que tinham juntas, Frances quer que M seja como a irmã: uma cientista dedicada com quem dividia seus planos no laboratório. Buscando recuperar suas memórias, Frances cerca M de lembranças do passado de Maura -- porém, por mais que a doutora insista, M reluta em assumir uma identidade que não é a sua.
Resumo do Mês - Junho
1 de julho de 2023
Lá se foi metade do ano e nem parece. Esse mês consegui fazer um pouco mais aqui no blog, apesar de eu continuar bem chateada e tendo crises de ansiedade por causa do roubo da minha página e do descaso do Facebook. Aquela vontade de largar tudo e desistir, sabe? Mas vou seguir tentando manter as coisas do jeito que dá. Três resenhas de livros, uma de jogo de video game e outra de jogo de tabuleiro, fora três partes do Desafio da Viúva Negra foi até bastante coisa considerando o quanto eu tava devendo nos meses anteriores. Vamo ver se consigo manter esse ritmo.
♥ Resenhas
♥ Games
♥ Reviews de Jogos
♥ Wishlist - Jogos de Tabuleiro
Caixa de Correio #135 - Junho
30 de junho de 2023
Esse mês eu só recebi coisas boas e fiquei bem felicinha. A tristeza é que recebi a edição do Agricola faltando uma peça e agora tô aqui esperando resposta da Galápagos sobre a reposição da pobi. Também tô toda felicinha por ter completado a coleção Cidades Sombrias.
Já li Lore Olympus 3 (e já postei resenha dele), já joguei Calico, Stella e Similo com as crianças (capaz que eu também faça resenha deles porque são super legais e bonitinhos e todo mundo gostou), e vamo ver se na próxima promoção da Amazon eu consiga aproveitar preços tão bons quanto os que aproveitei aqui.
A caixinha desse mês tá top.
Wishlist #26 - Board Games - Calico
28 de junho de 2023
Jogo abstrato com temática de gatinhos fofos? Siiimmm! Já fazia um tempo que eu andava de olho em Calico, tanto pelo tema que acho a coisa mais linda, quanto pelo estilo de jogo que envolve colocação de peças e formar coleções.
Basicamente os jogadores vão pontuar ao criarem colchas de retalhos com as cores que irão atrair os gatinhos para o padrão favorito deles, mas isso requer bastante estratégia para que as melhores combinações de retalhos possam ser feitas. Como é lindo e ainda envolve a questão da lógica pra poder montar esse quebra cabeças pra vencer, entrou pra listinha.
Calico
Editora/Fabricante: Grok Games
Criador: Kevin Russ
Idade recomendada: 14+
Jogadores: 1-4
Descrição: Em Calico, os jogadores competem para costurar a colcha mais aconchegante enquanto colecionam e colocam fragmentos de cores e padrões diferentes. Cada colcha tem um padrão particular que deve ser seguido, e os jogadores também estão tentando criar combinações de cores e padrões que não são apenas esteticamente agradáveis, mas também capazes de atrair os gatos mais fofos!
Créditos da imagem: Flatout Games
Nick e Charlie: Uma novela de Heartstopper - Alice Oseman (Audiolivro)
26 de junho de 2023
Autora: Alice Oseman
Narração: João Victor Granja e Vitor Mello
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Romance
Ano: 2023
Duração: 1h 50min (168 páginas)
Nota:★★★☆☆
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Romance
Ano: 2023
Duração: 1h 50min (168 páginas)
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Nesta novela da série best-seller Hearstopper, Nick e Charlie vão precisar superar um dos maiores desafios de seu relacionamento.
Todo mundo sabe que Nick e Charlie são inseparáveis. Entre tardes jogando videogame, noites de filmes e conversas infinitas, não há nada que possa abalar o sentimento que um tem pelo outro.
Com a partida de Nick para a universidade se aproximando, Charlie fica cada vez mais inseguro, afinal todos dizem que o primeiro amor quase nunca dura para sempre… Será que o relacionamento deles é capaz de sobreviver à distância? Ou os garotos só estão adiando o inevitável?
Resenha: Nick e Charlie é uma novelinha do universo Heartstopper, da autora Alice Oseman e publicado pela Seguinte aqui no Brasil. Diferente dos outros livros da série, Charlie e Nick não é uma HQ, e me arrisco a dizer que a leitura extra não é obrigatória, a não ser que a pessoa realmente goste de Heartstopper e tenha ficado com curiosidade em saber como os personagens estão dois anos depois do desfecho do último volume, De Mãos Dadas. Aqui vamos acompanhar uma situação específica entre o casal que estava super bem, até a ideia de um namoro a distância surgir, já que Nick está prestes a ir para a universidade. Charlie passa a ter crises de insegurança e não sabe como lidar com a situação. Por mais que se amem e sejam inseparáveis, como pode um relacionamento sobreviver à distância?
O livro é narrado em primeira pessoa e é dividido em seis partes que se alternam entre os pontos de vista dos dois. Minha experiência foi com o audiobook, então antes de falar sobre a história, vou falar sobre a narração, da qual eu só tenho elogios. As vozes dos narradores João Victor Granja (Nick) e Vitor Mello (Charlie) são fluídas e gostosas de ouvir, combinam bem com os personagens e suas personalidades, eles variam a intensidade da voz de acordo com a emoção dos personagens e tornam a experiência de ouvir a história muito mais imersiva e interessante. Eles são os mesmos que dublaram os atores no seriado na Netflix e a escolha para a narração do audiobook não poderia ser mais acertada. O trabalho de narração em si já merece 10 estrelas, mas é uma pena que não possa avaliar a história como um todo da mesma forma.
O problema pra mim foi eu simplesmente não conseguir acreditar que as discussões dos personagens fossem algo vindo de adolescentes, tanto pela complexidade dos diálogos quanto pela forma como os sentimentos foram expostos. Fiquei com a sensação de que todo o surto de Charlie por não ficar feliz com a ida de Nick pra longe foi algo que a autora quis inserir pra tentar mostrar um ponto que parece ter a ver com a forma leve dela lidar com assuntos mais delicados e como passa isso pro papel, mas, levando em consideração o que aconteceu nos outros livros, aquilo não me parecia legítimo, não senti que era algo que os personagens diriam.
Digo isso porque a rotina deles como casal é bastante detalhada, com informações do que fazem, como fazem, e como ficam felizes por estarem juntos, logo eu imaginei que uma situação que os tirasse dessa zona de conforto pudesse ser resolvida de outra forma que não envolvesse pensamentos reprimidos e um surto com direito a tratamento de silêncio e tudo. Talvez pra leitores mais jovens essa questão da imaturidade devido a idade possa ser algo normal, mas sabe quando a única reação para um xilique gratuito é revirar os olhos? Foi exatamente isso que fiz quando me dei conta que o problema central era esse.
Obs.: Cheguei a lembrar do meu primeiro namoradinho e da vez que eu precisei viajar sem ele: a viagem ia durar uma semana e eu chorei o tempo inteiro, morta de saudade, como se fosse morrer. Eu tinha 13 anos.
Sei que Charlie é mais frágil, as questões de saúde mental que ele enfrentou ainda são motivo de preocupação pra Nick, ele continua sendo bem novo pra ter certos tipos de entendimento, a exposição na internet e os comentários maldosos dos outros acabam com a alegria e a autoestima de qualquer um, ter uma crise de insegurança não é algo que se possa controlar, mas acho que 2 anos de convivência e total cumplicidade é tempo mais que suficiente pra lidar com algo que já era esperado pra qualquer estudante terminando o ensino médio, no caso a ida pra universidade. Enquanto Nick estava super confiante e bem resolvido com seu namoro e com os estudos, Charlie estava lá, com a cabeça cheia de caraminholas, com medo do namoro não resistir e sofrendo por algo que nem aconteceu.
A sensação que tive no final foi a de ter ouvido uma fanfic bem fraquinha, pois por mais que a autora fale como ninguém sobre os dilemas e as frustrações na adolescência, seus medos e inseguranças e a forma deles lidarem com alguns traumas. A situação aqui só existiu por não ter havido um simples diálogo, principalmente quando os personagens expõe sentimentos e conversam entre si como adultos com bastante frequência. Não faz muito sentido pra mim.
A experiência de acompanhar esse casal fofo por mais um tempinho através de um conto curto é animadora e desperta a curiosidade, e como gostei muito de Heartstopper eu queria saber mais sobre os protagonistas, mas ao final achei que não acrescentou nada de relevante à história original e é tudo muito bobo e desnecessário. Ainda quero acompanhar a série, mas não sei se vou ter a mesma animações para esses extras.
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