Fazia um bom tempo que eu não comprava livros que estavam na minha wishlist literária, coisa de mais de ano. Mês passado eu só comprei dois livritchos em promoção porque saíram praticamente de graça pra mim pelo site do Submarino, e esse mês agora eu resolvi que, mesmo eu me desapegando de vários livros meus, alguns eu ainda faço questão de manter, e outros quero ter na estante, e é o caso desses abençoados da Darkside Books que comprei e espero não me decepcionar com a leitura.
Os próximos da lista que vou comprar, só não sei quando exatamente, vão ser as edições em capa dura da saga The Witcher (aquelas capas são lindas, meudeusdocéu) e a edição ilustrada de Harry Potter e o Cálice de Fogo, e espero achar num preço bom porque estão custando os olhos da própria cara ultimamente, socorro, Jesus...
Enfim... eis caixinha:
Na Telinha - Abominável
25 de fevereiro de 2020
Título: Abominável (Abominable)
Elenco: Chloe Bennet, Albert Tsai, Tenzing Norgay Trainor, Eddie Izzard, Sarah Paulson
Gênero: Animação/Fantasia/Aventura
Ano: 2019
Duração: 1h 37min
Classificação: Livre
Nota: ★★★☆☆
Em parceria com a produtora chinesa Pearl, a DreamWorks trouxe para o público mais uma aventura envolvendo uma jornada mágica e com vários perigos que se passa na China.
Yi é uma adolescente que perdeu o pai há um tempo e mora com a mãe e a vó. O sonho dela é realizar o que o pai não pode fazer ainda em vida, que seria viajar numa grande aventura pela China, e por isso vive ocupada fora de casa, fazendo diversos trabalhos para juntar dinheiro.
Num laboratório longe dalí, uma criatura enjaulada consegue escapar e acaba indo parar no telhado do prédio onde Yi mora, e quando a garota o encontra, percebe que ele é um yeti muito dorminhoco com algumas habilidades especiais e que só quer voltar pra casa, no monte Everest. Yi passa a chama-lo de "Everest", e parte com ele e mais dois amigos numa viagem cheia de aventuras pela China enquanto são seguidos pelo dono megalomaníaco do laboratório, Sr. Burnish, e pela zoóloga responsável, Dra. Zara, que querem capturar o yeti a qualquer custo.
Partindo dessa premissa, temos aquela trama bem clichê e previsível de um grupinho de amigos que precisam salvar alguém recém conhecido, e no meio do caminho passam por maus bocados até chegar ao destino. Talvez pela produtora ser a mesma, é impossível não notar uma enorme similaridade com o dragão Banguela, de Como Treinar seu Dragão. Everest é o dito "pé-grande", o "abominável-homem-das-neves", mas de assustador ele não tem nada, muito pelo contrário. Sua boca gigante faz com que ele pareça mais um cachorro feliz que adora enfiar a cabeça pra fora da janela do carro enquanto a língua voa, e ser muito peludo e fofinho reforça ainda mais essa característica. Só faltava o pobre latir.
Everest consegue controlar a natureza para que ela se mova a seu favor. Ele pode fazer as plantas florescerem e dar frutos gigantes, pode criar um verdadeiro tsunami e destruir tudo, e pode inclusive invocar nuvens e vento, logo, não entendi a real necessidade dele ter companhia de crianças que correm risco de vida ao entrarem nessa e serem perseguidas pelos agentes do Sr. Burnish e da Dra. Zara, sendo que pra voltar pra casa bastava que Everest fosse voando e pronto. A impressão que fica é que os momentos reservados ao uso desse dom são utilizados somente nas horas convenientes pra dar aquele clímax e impressionar, mas o efeito acaba sendo o contrário por ser óbvio.
Ainda assim, não nego que há algumas cenas fofas e encantadoras que podem divertir, inclusive aquelas envolvendo Yi tocando o violino que ela herdou do pai, e o que a motiva fazer tudo o que ela faz, é justamente por causa da morte e do luto por ele, e da homenagem que ela deseja prestar ao tornar esse sonho de viajar pela China que ele tinha em algo real, mas da forma que foi colocado, a ligação propriamente dita entre essa questão e o yeti, eu não acho que as crianças podem captar essa ideia de uma forma muito clara, mas, sim, fiquem ligadas à fofura de Everest e aos poderes dele que promovem os melhores efeitos visuais do filme.
Os amigos de Yi não tem muitos atrativos, visto que um deles não dava muita bola pra Yi por ela não ser popular, é viciado em redes sociais e selfies e só se preocupa com isso na vida, e o outro mais novo que adora basquete acaba sendo mais engraçadinho, mas, claro, a partir da aventura, eles acabam tendo uma visão de mundo diferente. Apesar de fracos, eles movimentam a trama dando toques de bom humor e trazendo alguma pouca tensão, já que algumas coisas dão errado, e mostrando que uma amizade improvável pode surgir e se fortalecer nessa dinâmica, onde a união em prol de algo maior é a única coisa que lhes resta.
Já não posso falar a mesma coisa dos "vilões", que não tem motivações convincentes pra seguir com seus planos "malignos", ou que causam "reviravoltas" inexplicáveis pra mudarem de lado numa tentativa bem xulé de causar qualquer emoção no público. Sei que em animações infantis é comum que as coisas se resolvam - e elas sempre se resolvem - de uma forma feliz, mas quando isso é feito de forma preguiçosa eu morro de dó.
Abominável traz uma aventura até divertida abordando temas como amizade, família, luto e autodescoberta num visual bem bacana e utilizando uma trilha sonora tocante e muito legal, mas a animação em si não traz nada de inesquecível, pra ser sincera.
Elenco: Chloe Bennet, Albert Tsai, Tenzing Norgay Trainor, Eddie Izzard, Sarah Paulson
Gênero: Animação/Fantasia/Aventura
Ano: 2019
Duração: 1h 37min
Classificação: Livre
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Shanghai, China. Yi (Chloe Bennet) é uma adolescente que, certo dia, descobre que um yeti está no telhado do prédio em que ela mora. A partir disso, ela e seus colegas passam a chamar a criatura mística de "Everest" e, ao criarem laços com o animal, decidem levá-lo até sua família, que está no topo do planeta. Porém, os três amigos terão que conseguir despistar o ganancioso Burnish (Eddie Izzard) e a zoóloga Dra. Zara (Sarah Paulson), que querem pegar o yeti a qualquer custo.
Em parceria com a produtora chinesa Pearl, a DreamWorks trouxe para o público mais uma aventura envolvendo uma jornada mágica e com vários perigos que se passa na China.
Yi é uma adolescente que perdeu o pai há um tempo e mora com a mãe e a vó. O sonho dela é realizar o que o pai não pode fazer ainda em vida, que seria viajar numa grande aventura pela China, e por isso vive ocupada fora de casa, fazendo diversos trabalhos para juntar dinheiro.
Num laboratório longe dalí, uma criatura enjaulada consegue escapar e acaba indo parar no telhado do prédio onde Yi mora, e quando a garota o encontra, percebe que ele é um yeti muito dorminhoco com algumas habilidades especiais e que só quer voltar pra casa, no monte Everest. Yi passa a chama-lo de "Everest", e parte com ele e mais dois amigos numa viagem cheia de aventuras pela China enquanto são seguidos pelo dono megalomaníaco do laboratório, Sr. Burnish, e pela zoóloga responsável, Dra. Zara, que querem capturar o yeti a qualquer custo.
Partindo dessa premissa, temos aquela trama bem clichê e previsível de um grupinho de amigos que precisam salvar alguém recém conhecido, e no meio do caminho passam por maus bocados até chegar ao destino. Talvez pela produtora ser a mesma, é impossível não notar uma enorme similaridade com o dragão Banguela, de Como Treinar seu Dragão. Everest é o dito "pé-grande", o "abominável-homem-das-neves", mas de assustador ele não tem nada, muito pelo contrário. Sua boca gigante faz com que ele pareça mais um cachorro feliz que adora enfiar a cabeça pra fora da janela do carro enquanto a língua voa, e ser muito peludo e fofinho reforça ainda mais essa característica. Só faltava o pobre latir.
Everest consegue controlar a natureza para que ela se mova a seu favor. Ele pode fazer as plantas florescerem e dar frutos gigantes, pode criar um verdadeiro tsunami e destruir tudo, e pode inclusive invocar nuvens e vento, logo, não entendi a real necessidade dele ter companhia de crianças que correm risco de vida ao entrarem nessa e serem perseguidas pelos agentes do Sr. Burnish e da Dra. Zara, sendo que pra voltar pra casa bastava que Everest fosse voando e pronto. A impressão que fica é que os momentos reservados ao uso desse dom são utilizados somente nas horas convenientes pra dar aquele clímax e impressionar, mas o efeito acaba sendo o contrário por ser óbvio.
Ainda assim, não nego que há algumas cenas fofas e encantadoras que podem divertir, inclusive aquelas envolvendo Yi tocando o violino que ela herdou do pai, e o que a motiva fazer tudo o que ela faz, é justamente por causa da morte e do luto por ele, e da homenagem que ela deseja prestar ao tornar esse sonho de viajar pela China que ele tinha em algo real, mas da forma que foi colocado, a ligação propriamente dita entre essa questão e o yeti, eu não acho que as crianças podem captar essa ideia de uma forma muito clara, mas, sim, fiquem ligadas à fofura de Everest e aos poderes dele que promovem os melhores efeitos visuais do filme.
Os amigos de Yi não tem muitos atrativos, visto que um deles não dava muita bola pra Yi por ela não ser popular, é viciado em redes sociais e selfies e só se preocupa com isso na vida, e o outro mais novo que adora basquete acaba sendo mais engraçadinho, mas, claro, a partir da aventura, eles acabam tendo uma visão de mundo diferente. Apesar de fracos, eles movimentam a trama dando toques de bom humor e trazendo alguma pouca tensão, já que algumas coisas dão errado, e mostrando que uma amizade improvável pode surgir e se fortalecer nessa dinâmica, onde a união em prol de algo maior é a única coisa que lhes resta.
Já não posso falar a mesma coisa dos "vilões", que não tem motivações convincentes pra seguir com seus planos "malignos", ou que causam "reviravoltas" inexplicáveis pra mudarem de lado numa tentativa bem xulé de causar qualquer emoção no público. Sei que em animações infantis é comum que as coisas se resolvam - e elas sempre se resolvem - de uma forma feliz, mas quando isso é feito de forma preguiçosa eu morro de dó.
Abominável traz uma aventura até divertida abordando temas como amizade, família, luto e autodescoberta num visual bem bacana e utilizando uma trilha sonora tocante e muito legal, mas a animação em si não traz nada de inesquecível, pra ser sincera.
Tags:
Abominável,
Animação,
Aventura,
Crítica,
Dream Works,
Fantasia,
Na Telinha
Games - Não Seja Demitido!
24 de fevereiro de 2020
Título: Não Seja Demitido! (Don't Get Fired!)
Desenvolvedora: QuickTurtle
Plataforma: Android e iOS
Categoria: Simulação/Sobrevivência
Ano: 2015(?)
Classificação Indicativa: Livre
Nota: ★★★★☆
Não Seja Demitido é um game indie de sobrevivência que simula a jornada sofrida e um tanto injusta de trabalho de um pobreescravo funcionário sem amigos e sem dinheiro, que passa por várias empresas coreanas com "objetivo" de não ser demitido e subir de cargo. O problema é que não ser demitido é simplesmente impossível, e talvez a "graça" do jogo esteja justamente nessa dificuldade, mostrando o quanto é complicado começar do zero e crescer dentro de uma grande corporação cheia de hierarquias e nenhuma mãozinha pra ajudar.
O jogo começa com o personagem, um rapazinho entusiasmado de cabelinho azul, animado pra entrevista em busca do seu primeiro emprego. Depois de muita rejeição (que conta como demissão), ele ingressa na empresa como estagiário, sem ganhar um tostão furado, e trabalhando feito um louco recolhendo dezenas de arquivos e documentos de seus superiores para dar conta. O pouco dinheiro que ele ganha é uma mísera moedinha por cada arquivo finalizado, e, no início, a pilha de arquivos que se acumulam é assustadora, já que o pobrezinho é iniciante e não tem qualificações.
Cada período de experiência, aparentemente, corresponde a um ano de trabalho, e, a cada promoção, a pontuação exigida para subir de nível dobra para dificultar ainda mais a vida do personagem, já exausto. Porém a pensão/salário prometido para o dito cargo só é recebida quando o pobre coitado é demitido, logo é bastante difícil juntar dinheiro para aprimorar o personagem para que ele se qualifique e consiga ser promovido com menos dificuldade. As qualificações são caras e vão desde a aumentar a saúde, até melhorar a capacidade e a velocidade no trabalho e da equipe, assim como melhorias no discurso ou na liderança (quando ele consegue atingir um cargo de chefia e tem subordinados a quem pode dar ordens). É possível desbloquear alguns desafios que podem render algum benefício ou a demissão imediata, e assistir anúncios como forma de ganhar um dinheirinho extra fazendo esse trabalho "por fora" (desde que você não seja pego, claro).
Com vários pop ups de chefes dando ordens e exigindo coisas absurdas, ou subordinados implorando por descanso onde é preciso escolher uma opção entre as duas oferecidas, é possível ganhar e perder dinheiro, saúde, uma porcentagem sobre as chances de uma provável promoção ao final da experiência, comprar bens materiais para subir de posição social, casar, comprar uma casa, e até ser demitido por fazer uma escolha errada.
O jogo em si é bem intuitivo, simples e coloridinho (e dá pra configurar o idioma em português também). Os gráficos são em 8 bits e o gênero chiptune é o que dá som ao game, dando uma boa de uma nostalgia dos videogames dos anos 80/90, o que é bastante atrativo. Há um painel onde é possível conferir a "coleção" dos motivos que levaram o coitado a ser demitido, assim como as posições que ele já ocupou na empresa (algumas são secretas e só são desbloqueadas dependendo da forma como ele age na empresa, como "demônio", "anjo", "parasita"...).
Desenvolvedora: QuickTurtle
Plataforma: Android e iOS
Categoria: Simulação/Sobrevivência
Ano: 2015(?)
Classificação Indicativa: Livre
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Desempregados destruirão seus celulares e trabalhadores contratados chorarão como garotinhas depois que jogarem este jogo!
Sobreviva no emprego do jeito extremo...
'Não seja demitido!' chegou!!!
Para todos aqueles que estão procurando um emprego:
'Não seja demitido!' é um jogo de sobrevivência onde você interpreta um personagem sem dinheiro e amigos importantes. Você precisa fazê-lo subir na empresa desde um simples 'estagiário' ao praticamente inalcançável 'presidente'.
Experimente as condições de trabalho extremamente duras da Coréia com controles simples!
Por quantas empresas você terá que passar para se tornar o presidente?
Para todos os trabalhadores e desempregados cansados e frustrados:
Faça seus sonhos se realizarem nesse jogo!
Até que você chegue no topo da escada ...
Não. Seja. Demitido!
[Não importa o que você espera, você verá que tem muito mais XD]
Não Seja Demitido é um game indie de sobrevivência que simula a jornada sofrida e um tanto injusta de trabalho de um pobre
O jogo começa com o personagem, um rapazinho entusiasmado de cabelinho azul, animado pra entrevista em busca do seu primeiro emprego. Depois de muita rejeição (que conta como demissão), ele ingressa na empresa como estagiário, sem ganhar um tostão furado, e trabalhando feito um louco recolhendo dezenas de arquivos e documentos de seus superiores para dar conta. O pouco dinheiro que ele ganha é uma mísera moedinha por cada arquivo finalizado, e, no início, a pilha de arquivos que se acumulam é assustadora, já que o pobrezinho é iniciante e não tem qualificações.
Cada período de experiência, aparentemente, corresponde a um ano de trabalho, e, a cada promoção, a pontuação exigida para subir de nível dobra para dificultar ainda mais a vida do personagem, já exausto. Porém a pensão/salário prometido para o dito cargo só é recebida quando o pobre coitado é demitido, logo é bastante difícil juntar dinheiro para aprimorar o personagem para que ele se qualifique e consiga ser promovido com menos dificuldade. As qualificações são caras e vão desde a aumentar a saúde, até melhorar a capacidade e a velocidade no trabalho e da equipe, assim como melhorias no discurso ou na liderança (quando ele consegue atingir um cargo de chefia e tem subordinados a quem pode dar ordens). É possível desbloquear alguns desafios que podem render algum benefício ou a demissão imediata, e assistir anúncios como forma de ganhar um dinheirinho extra fazendo esse trabalho "por fora" (desde que você não seja pego, claro).
Com vários pop ups de chefes dando ordens e exigindo coisas absurdas, ou subordinados implorando por descanso onde é preciso escolher uma opção entre as duas oferecidas, é possível ganhar e perder dinheiro, saúde, uma porcentagem sobre as chances de uma provável promoção ao final da experiência, comprar bens materiais para subir de posição social, casar, comprar uma casa, e até ser demitido por fazer uma escolha errada.
O jogo em si é bem intuitivo, simples e coloridinho (e dá pra configurar o idioma em português também). Os gráficos são em 8 bits e o gênero chiptune é o que dá som ao game, dando uma boa de uma nostalgia dos videogames dos anos 80/90, o que é bastante atrativo. Há um painel onde é possível conferir a "coleção" dos motivos que levaram o coitado a ser demitido, assim como as posições que ele já ocupou na empresa (algumas são secretas e só são desbloqueadas dependendo da forma como ele age na empresa, como "demônio", "anjo", "parasita"...).
Talvez, pra mim, o único ponto negativo do jogo seja a ideia do salário só ser recebido de forma integral no ato da demissão, e toda demissão faz com que o personagem volte dois cargos na hierarquia da empresa, assim, só dá pra realmente juntar dinheiro pra fazer as melhorias que queremos sendo demitido. Isso é um fator que acaba desanimando e dificultando ainda mais o progresso do personagem já que, sem dinheiro, ele não tem meios pra poder investir em melhorias e capacitação.
É interessante acompanhar o coitado nessa jornada, pois a cada vez que ele é promovido, ele passa a trabalhar sempre o dobro, e consequentemente isso interfere na aparência que ele tem. Ao entrar como estagiário ele é animado, sorridente e bem feliz, mas a medida que vai subindo de cargo e tendo novas responsabilidades atribuídas, ele começa a perder os cabelos, ficar com olheiras fundas, olhos vermelhos, e chorando de desespero. É notável o quanto ele vai virando um caco com o passar do tempo, de tão acabado. Achei um pouco injusto não ter opção de escolhermos uma personagem feminina, o que dá a entender que só homens podem conquistar cargos altos de chefia, como diretoria ou presidência da empresa, mas enfim...
As telas de carregamento do jogo também trazem dicas e várias frases "motivacionais" (ou não), e, num geral, o jogo em si deixa qualquer um indignado pelo esforço que, na maioria das vezes e sem a menor explicação, nunca é reconhecido. Por essas e outras Não Seja Demitido!, mesmo que viciante, acaba sendo um pouquinho cansativo, porque é realmente muito difícil sair do lugar e é brochante sempre voltar no início pra começar praticamente tudo de novo. Mas não nego que seja um game muito bom pra se passar o tempo e ver o quão dura, muitas vezes injusta, cheia de desafios, e digna de piedade, é a vida de um trabalhador que, literalmente, dá o sangue pela empresa em troca dequase nada.
É interessante acompanhar o coitado nessa jornada, pois a cada vez que ele é promovido, ele passa a trabalhar sempre o dobro, e consequentemente isso interfere na aparência que ele tem. Ao entrar como estagiário ele é animado, sorridente e bem feliz, mas a medida que vai subindo de cargo e tendo novas responsabilidades atribuídas, ele começa a perder os cabelos, ficar com olheiras fundas, olhos vermelhos, e chorando de desespero. É notável o quanto ele vai virando um caco com o passar do tempo, de tão acabado. Achei um pouco injusto não ter opção de escolhermos uma personagem feminina, o que dá a entender que só homens podem conquistar cargos altos de chefia, como diretoria ou presidência da empresa, mas enfim...
As telas de carregamento do jogo também trazem dicas e várias frases "motivacionais" (ou não), e, num geral, o jogo em si deixa qualquer um indignado pelo esforço que, na maioria das vezes e sem a menor explicação, nunca é reconhecido. Por essas e outras Não Seja Demitido!, mesmo que viciante, acaba sendo um pouquinho cansativo, porque é realmente muito difícil sair do lugar e é brochante sempre voltar no início pra começar praticamente tudo de novo. Mas não nego que seja um game muito bom pra se passar o tempo e ver o quão dura, muitas vezes injusta, cheia de desafios, e digna de piedade, é a vida de um trabalhador que, literalmente, dá o sangue pela empresa em troca de
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Android,
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Indie,
iOS,
Não Seja Demitido!,
QuickTurtle,
Simulação,
Sobrevivência
Harry Potter e a Câmara Secreta - J.K. Rowling
20 de fevereiro de 2020
Título: Harry Potter e a Câmara Secreta - Harry Potter #2
Autora: J.K. Rowling
Ilustrações: Jim Kay
Editora: Rocco
Gênero: Fantasia/Infanto juvenil
Ano: 2017
Páginas: 272
Nota:★★★★★♥
Resenha: Depois de enfrentar o Lorde das Trevas e sobreviver mais uma vez pra contar a história, Harry volta para a casa dos tios para passar as férias enquanto aguarda o início das aulas em Hogwarts mais uma vez. Porém, enquanto seus tios o mantém preso e escondido em seu quarto numa tentativa de evitar que ele se comunique com seus amigos "anormais", Harry recebe a visita inesperada de uma criatura curiosa, Dobby, um elfo doméstico que vive se autocastigando, mas que está alí para tentar impedir que Harry volte para Hogwarts. Segundo Dobby, há algo muito perigoso sendo tramado por lá, e um grande desastre irá acontecer caso Harry volte. É claro que Harry não pode deixar de voltar pra escola, pois lá é seu lugar de verdade. Resgatado por Rony, Fred e Jorge num carro enfeitiçado, Harry consegue fugir da casa dos Dursley e vai para A Toca, a casa da família Weasley, onde aguarda o início das aulas ansioso.
Gilderoy Lockhart é o novo - e convencido - professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, e agora, no segundo ano, as crianças começam a praticar alguns feitiços de ataque e defesa para aprender a desarmar oponentes, mas quando um feitiço não dá muito certo e Harry demonstra ter uma habilidade incomum entre os bruxos e ouvir vozes ameaçadoras que mais ninguém escuta, o menino começa a ser visto com muita desconfiança pelos alunos. E isso piora quando o real perigo começa a surgir e alguns alunos nascidos trouxas começam a ser encontrados petrificados. Harry é o principal suspeito pois sempre está no lugar errado, na hora errada, mas ele precisa provar para todos que ele não só é inocente, como descobrir quem está por trás dos ataques, e é quando o professor (e fantasma) Binns, de que leciona História da Magia, conta aos alunos sobre a lendária câmara secreta, e que lá existe um monstro que só pode ser controlado pelo herdeiro de Salazar Slytherin, o fundador de Sonserina. Mas quem será essa pessoa? E será que a Câmara realmente existe ou não passa de lenda para assustar crianças?
Narrado em terceira pessoa, a história se mantém fluída, com detalhes maravilhosos, toques de muito bom humor e é impossível de largar. No segundo ano de Harry Potter em Hogwarts, já temos uma noção muito boa sobre o funcionamento da sociedade bruxa e da escola em si, mas sempre aparece alguma informação nova para incrementar a história e nos surpreender. Outra coisa super legal nos livros é que J.K. sempre insere alguma situação ou informação que, aparentemente, parece não ser tão importante ou que acaba sendo um obstáculo a ser enfrentado, mas acaba tendo uma ligação com algo que acontece lá na frente e tudo de encaixa, como mágica.
Harry já está mais familiarizado com o universo bruxo, com o quadribol, com os professores, e com os perigos que sempre estão a espreita, e dessa vez não seria diferente. O Lorde das Trevas ainda representa uma ameaça e sempre está buscando meios de retornar, e Harry não vai hesitar em estar alí para tentar impedir.
Rony, por mais que seja o amigo bobalhão de Harry, mostra que apesar de ter pavor de aranhas, ele é corajoso e também enfrenta o perigo quando necessário, mesmo com uma varinha quebrada que causa destruição se utilizada. E a ideia de Gina, sua irmã mais nova, ter ido pro seu primeiro ano em Hogwarts e estar correndo perigo, o deixa ainda mais preocupado em fazer alguma coisa para ajudar a resolver o mistério acerca do monstro da câmara secreta.
E mais uma vez, Hermione, com sua astúcia e inteligência, consegue resolver problemas aparentemente impossíveis, desvendando mistérios que ninguém, em décadas, soube resolver. Hermione sempre deixa se guiar pela razão, mesmo que isso signifique contrariar as ideias de Harry, e é incrível como a menina, de uma forma até irritante, sempre está certa.
Snape está mais odioso do que nunca, perseguindo os garotos e destilando toda a sua antipatia pela vida contra as crianças. Gilderoy é aquele tipo de embuste que se acha o centro das atenções, que gosta de espalhar seus grandes feitos por aí como se ele fosse alguém famoso e muito importante. Desde o início fica claro o quanto ele é ridículo e narcisista - o que chega a ser inacreditável e muito engraçado - mas a reviravolta que ele sofre no final é perfeita, pois mostra que as pessoas não são o que fazem questão de aparentar ser.
Através das memórias em um diário mágico, sabemos um pouco mais sobre Tom Riddle, um estudante de Hogwarts de décadas atrás, que mostra algumas passagens ocorridas na escola a fim de trazer algumas respostas para Harry, e que acaba se tornando alguém bastante conhecido no mundo bruxo futuramente...
Não posso deixar de falar sobre a estadia de Harry n'A Toca e é uma pena enorme que as cenas que se passam lá ficaram de fora do filme. A Toca é uma casa torta e mágica, com direito a vampiro que mora no sótão e um jardim enorme que precisa ser desgnomizado com frequência, pois os gnomos - criaturas muito diferentes daquelas parecidas com um mini papai noel que os trouxas insistem em usar para enfeitar seus jardins - são pragas que infestam o terreno e destroem as plantas. O processo de dar fim nos bichos é hilário e muito criativo. Outra passagem super interessante é o aniversário de morte do fantasma Nick-quase-sem-Cabeça, do qual o trio de amigos foi convidado a participar e ficam totalmente abismados, e a ideia de que o zelador da escola, Argo Filch, é um aborto (que nasce em uma família bruxa mas não tem poderes, o que seria o oposto da Hermione, que nasceu bruxa numa família de trouxas).
Enfim, eu poderia ficar aqui falando sobre os detalhes do livro, da saga em si, de como a autora começou a introduzir a questão do preconceito e das diferenças entre bruxos e trouxas, e do quanto eu amo esse universo mágico e fantástico criado pela genial J.K. Rowling eternamente, mas vou me conter e só dizer que é livro cuja leitura - e releitura - é mais do que recomendada.
Autora: J.K. Rowling
Ilustrações: Jim Kay
Editora: Rocco
Gênero: Fantasia/Infanto juvenil
Ano: 2017
Páginas: 272
Nota:★★★★★♥
Sinopse: Os Dursley estavam tão anti-sociais naquele verão, que tudo o que Harry queria era voltar às aulas da Escola de Bruxarias de Hogwarts. No entanto, quando já terminava de fazer suas malas, Harry recebe um aviso de um estranho chamado Dobby, que diz que um desastre acontecerá caso Potter decida voltar à Hogwarts. Harry não liga para aquela mensagem e o desastre realmente acontece. Naquele segundo ano estudando em Hogwarts, novos horrores surgem para atormentar Harry, incluindo o novo professor Gilderoy Lockhart e um espírito chamado Murta-que-Geme, que assombra o banheiro feminino, além de olhares indesejados da irmã mais nova de Ron Weasley, Gina. Todos esses problemas, no entanto, parecem menores quando o verdadeiro problema começa e algo transforma os alunos de Hogwarts em pedra. Dentre os suspeitos: o próprio Harry.
Resenha: Depois de enfrentar o Lorde das Trevas e sobreviver mais uma vez pra contar a história, Harry volta para a casa dos tios para passar as férias enquanto aguarda o início das aulas em Hogwarts mais uma vez. Porém, enquanto seus tios o mantém preso e escondido em seu quarto numa tentativa de evitar que ele se comunique com seus amigos "anormais", Harry recebe a visita inesperada de uma criatura curiosa, Dobby, um elfo doméstico que vive se autocastigando, mas que está alí para tentar impedir que Harry volte para Hogwarts. Segundo Dobby, há algo muito perigoso sendo tramado por lá, e um grande desastre irá acontecer caso Harry volte. É claro que Harry não pode deixar de voltar pra escola, pois lá é seu lugar de verdade. Resgatado por Rony, Fred e Jorge num carro enfeitiçado, Harry consegue fugir da casa dos Dursley e vai para A Toca, a casa da família Weasley, onde aguarda o início das aulas ansioso.
Gilderoy Lockhart é o novo - e convencido - professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, e agora, no segundo ano, as crianças começam a praticar alguns feitiços de ataque e defesa para aprender a desarmar oponentes, mas quando um feitiço não dá muito certo e Harry demonstra ter uma habilidade incomum entre os bruxos e ouvir vozes ameaçadoras que mais ninguém escuta, o menino começa a ser visto com muita desconfiança pelos alunos. E isso piora quando o real perigo começa a surgir e alguns alunos nascidos trouxas começam a ser encontrados petrificados. Harry é o principal suspeito pois sempre está no lugar errado, na hora errada, mas ele precisa provar para todos que ele não só é inocente, como descobrir quem está por trás dos ataques, e é quando o professor (e fantasma) Binns, de que leciona História da Magia, conta aos alunos sobre a lendária câmara secreta, e que lá existe um monstro que só pode ser controlado pelo herdeiro de Salazar Slytherin, o fundador de Sonserina. Mas quem será essa pessoa? E será que a Câmara realmente existe ou não passa de lenda para assustar crianças?
Narrado em terceira pessoa, a história se mantém fluída, com detalhes maravilhosos, toques de muito bom humor e é impossível de largar. No segundo ano de Harry Potter em Hogwarts, já temos uma noção muito boa sobre o funcionamento da sociedade bruxa e da escola em si, mas sempre aparece alguma informação nova para incrementar a história e nos surpreender. Outra coisa super legal nos livros é que J.K. sempre insere alguma situação ou informação que, aparentemente, parece não ser tão importante ou que acaba sendo um obstáculo a ser enfrentado, mas acaba tendo uma ligação com algo que acontece lá na frente e tudo de encaixa, como mágica.
Harry já está mais familiarizado com o universo bruxo, com o quadribol, com os professores, e com os perigos que sempre estão a espreita, e dessa vez não seria diferente. O Lorde das Trevas ainda representa uma ameaça e sempre está buscando meios de retornar, e Harry não vai hesitar em estar alí para tentar impedir.
Rony, por mais que seja o amigo bobalhão de Harry, mostra que apesar de ter pavor de aranhas, ele é corajoso e também enfrenta o perigo quando necessário, mesmo com uma varinha quebrada que causa destruição se utilizada. E a ideia de Gina, sua irmã mais nova, ter ido pro seu primeiro ano em Hogwarts e estar correndo perigo, o deixa ainda mais preocupado em fazer alguma coisa para ajudar a resolver o mistério acerca do monstro da câmara secreta.
E mais uma vez, Hermione, com sua astúcia e inteligência, consegue resolver problemas aparentemente impossíveis, desvendando mistérios que ninguém, em décadas, soube resolver. Hermione sempre deixa se guiar pela razão, mesmo que isso signifique contrariar as ideias de Harry, e é incrível como a menina, de uma forma até irritante, sempre está certa.
Snape está mais odioso do que nunca, perseguindo os garotos e destilando toda a sua antipatia pela vida contra as crianças. Gilderoy é aquele tipo de embuste que se acha o centro das atenções, que gosta de espalhar seus grandes feitos por aí como se ele fosse alguém famoso e muito importante. Desde o início fica claro o quanto ele é ridículo e narcisista - o que chega a ser inacreditável e muito engraçado - mas a reviravolta que ele sofre no final é perfeita, pois mostra que as pessoas não são o que fazem questão de aparentar ser.
Através das memórias em um diário mágico, sabemos um pouco mais sobre Tom Riddle, um estudante de Hogwarts de décadas atrás, que mostra algumas passagens ocorridas na escola a fim de trazer algumas respostas para Harry, e que acaba se tornando alguém bastante conhecido no mundo bruxo futuramente...
Não posso deixar de falar sobre a estadia de Harry n'A Toca e é uma pena enorme que as cenas que se passam lá ficaram de fora do filme. A Toca é uma casa torta e mágica, com direito a vampiro que mora no sótão e um jardim enorme que precisa ser desgnomizado com frequência, pois os gnomos - criaturas muito diferentes daquelas parecidas com um mini papai noel que os trouxas insistem em usar para enfeitar seus jardins - são pragas que infestam o terreno e destroem as plantas. O processo de dar fim nos bichos é hilário e muito criativo. Outra passagem super interessante é o aniversário de morte do fantasma Nick-quase-sem-Cabeça, do qual o trio de amigos foi convidado a participar e ficam totalmente abismados, e a ideia de que o zelador da escola, Argo Filch, é um aborto (que nasce em uma família bruxa mas não tem poderes, o que seria o oposto da Hermione, que nasceu bruxa numa família de trouxas).
Enfim, eu poderia ficar aqui falando sobre os detalhes do livro, da saga em si, de como a autora começou a introduzir a questão do preconceito e das diferenças entre bruxos e trouxas, e do quanto eu amo esse universo mágico e fantástico criado pela genial J.K. Rowling eternamente, mas vou me conter e só dizer que é livro cuja leitura - e releitura - é mais do que recomendada.
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Aventura,
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Harry Potter e a Pedra Filosofal - J.K. Rowling
19 de fevereiro de 2020
Título: Harry Potter e a Pedra Filosofal - Harry Potter #1
Autora: J.K. Rowling
Ilustrações: Jim Kay
Editora: Rocco
Gênero: Fantasia/Infanto juvenil
Ano: 2016
Páginas: 256
Nota:★★★★★♥
Resenha: Harry Potter é um garoto de dez anos, magricela, com olhos verdes, uma cabeleira desgrenhada e uma cicatriz em forma de raio na testa. Ele foi criado pelos tios preconceituosos e intragáveis, os Dursleys, num armário debaixo da escada, depois de ter ficado órfão quando ainda era apenas um bebê. Desde que foi deixado na porta dos Dursleys, Harry sempre foi rejeitado e tratado com desprezo, sempre apanhava de Duda, seu primo mimado, sempre era castigado por nada, e, para os tios, sempre foi um grande estorvo. Ainda assim, ele aceitava sua vidinha miserável pois os Dursleys era a única família que lhe restou, infelizmente. Ao completar onze anos, Harry descobre ser um bruxo quando, depois de muitas mentiras e sabotagens por parte dos tios e do primo, ele recebe uma carta entregue por Hagrid, o guardião das chaves da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde ele iria pra estudar e aprender tudo sobre esse universo mágico, e se tornar o grande bruxo que ele está destinado a ser. Seus tios abominam qualquer coisa relacionada a mágica e esconderam tudo o que podiam do garoto. Sendo trouxas (nome dado a quem não é bruxo) os Dursleys, mesmo que façam de tudo pra fingir que não existe, são um dos poucos que sabem do mundo mágico, pois Lilian, a falecida mãe de Harry e irmã de tia Petúnia, também era bruxa, o que causava asco na irmã.
O que Harry ainda não sabia, é que no mundo bruxo, desconhecido pelo garoto até então, ele é muito famoso, conhecido como "o menino que sobreviveu". Seus pais não morreram num acidente de carro como ele fora levado a acreditar, mas sim foram assassinados por um bruxo terrível que, ao tentar matar Harry também, foi atingido de alguma forma misteriosa e desapareceu. Porém, por mais que o Lorde das Trevas, também conhecido como "aquele-que-não-deve-ser-nomeado" ou "você-sabe-quem", seja somente uma lembrança que ainda assusta e é evitada a todo custo por muitos bruxos, ele não morreu definitivamente, e planeja voltar para terminar o serviço.
Agora, depois de passar pelo Beco Diagonal para comprar todo o material que precisa, e ainda ganhar uma coruja de estimação, ele embarcará na plataforma 9 ½, na estação de Kings Cross, rumo ao seu primeiro ano em Hogwarts, Harry finalmente está feliz, fez novos amigos e se sente em casa pela primeira vez, mas o perigo está mais próximo do que todos imaginam, principalmente quando ele e seus amigos começam a perceber que há algo de estranho e misterioso acontecendo na escola envolvendo a lendária pedra filosofal.
Narrado em terceira pessoa, a história é muito bem humorada e tão fluída e envolvente que pode ser lida em questão de poucas horas. Cada detalhe, cada cenário, cada frase de efeito dita por Dumbledore só mostra o quanto J.K. é genial. Não importa se você tem 8 ou 80 anos, a leitura é simplesmente maravilhosa. Mesmo que o primeiro livro seja mais introdutório, é perfeitamente possível imaginar e imergir nesse universo fantástico e mágico como se fosse algo real.
Lugares mágicos que só podem ser vistos por bruxos, correspondência através de corujas, a ideia que os bruxos passam 7 anos na escola aprendendo e aprimorando suas habilidades para, quando adultos, executarem os mais diversos feitiços, criarem poções, terem conhecimento da história da magia em geral e ainda seguir alguma carreira no mundo bruxo. A sociedade bruxa mantém um sistema que funciona plenamente, mantendo sua existência em segredo dos trouxas para que eles não achem que todos os problemas que arrumam possam ser resolvidos com mágica, e tem suas próprias regras criadas pelos responsáveis pelo Ministério da Magia e vária outras peculiaridades.
A ideia da autora em incluir a vassoura como elemento da bruxaria também foi super bacana, pois aqui ela é um item principalmente esportivo, que os bruxos usam pra voar enquanto jogam o famoso - e perigoso - Quadribol, que tem regras rígidas, campeonatos e equipes profissionais por todo o mundo. Harry inclusive demonstra ser bastante habilidoso com a vassoura e logo entra no time na posição de Apanhador.
Não acho que seja lá muito justo escolher só alguns personagens para falar quando existem dezenas deles e todos são ótimos e relevantes na trama.
O universo criado por J.K. Rowling é simplesmente fantástico, cheio de bom humor e encantador, mesmo que a vida de Harry até seu ingresso em Hogwarts tenha sido de dar dó. Todos os personagens são interessantes e possuem várias camadas e pontos de personalidades marcantes, sendo possível identificá-los facilmente pela forma como falam ou agem, e sentir empatia (ou não) por cada um deles.
Harry está numa fase de aprendizado, é seu primeiro ano na escola, e por mais que a ideia de ser um bruxo tenha feito com que ele ficasse surpreso e até um tanto incrédulo, ele logo consegue se familiarizar com muita facilidade em sua nova realidade. Mesmo que tenha crescido num lar onde sempre foi tratado da pior maneira possível, o que muitas vezes é revoltante, ele ainda tem seus valores, é um bom menino, tem coragem pra enfrentar o que for preciso, mas não nega que sempre precisa de ajuda. Ele nunca faz nada totalmente sozinho e muitas vezes depende de auxílio e conselhos dos amigos, de Hagrid ou de Dumbledore, o diretor da escola, um dos bruxos mais poderosos, respeitados - e mais engraçado - desse universo mágico.
Rony vem de uma família de bruxos, todos ruivos, bastante simples. Eles são pobres e passam por algumas dificuldades, mas são muitos amorosos e companheiros. A mãe de Rony, Molly, toma Harry praticamente como filho, tanto por sua história trágica, quanto por ter feito amizade com Rony. Seu pai, Arthur, trabalha no Ministério da Magia, na seção de Mau Uso dos Artefatos de Trouxas. Rony é meio sem noção, esfomeado e engraçado, e se torna o melhor amigo e confidente que Harry jamais sonhou que teria um dia. Rony é o sexto filho, de sete, e esse é seu primeiro ano em Hogwarts, assim como Harry.
Hermione é filha de trouxas e foi uma surpresa quando ela recebeu sua carta. Sim, é possível que nasça um bruxo numa família de trouxas (como a própria Lilian, mãe de Harry). Ela é super inteligente, aluna dedicada, devoradora de livros e nada supera sua capacidade de lógica. Se não fosse pela ajuda dela, Harry mal sairia do lugar pra resolver seus problemas.
Draco Malfoy, um menino pálido de cabelo platinado, veio de uma família importante e muito rica no mundo bruxo, e ele adora se aparecer ou tirar alguma vantagem por causa disso. Ele também é aluno do primeiro ano, foi escolhido pra Sonserina, é se tornou arqui inimigo de Harry. Desde o início os dois não se bicaram e vivem pra implicar um com o outro.
Os professores também são ótimos e desde o início demonstram o quanto são fundamentais no desenvolvimento de Harry e na trama em si. Alvo Dumbledore, o diretor de Hogwarts, é um velho sábio e bem humorado, que adora sorvete de limão, mas muito misterioso e um tanto reservado. Minerva McGonagall, professora de Transfiguração, é uma bruxa com poder de se transformar num gato e é tão rígida quanto justa. Ela também adora Quadribol e se empolga muito com Harry no time da Grifinória. Severo Snape, o professor de Poções, é mal encarado, mau humorado, e parece odiar Harry com todas as suas forças. Ele não pensa duas vezes quando o assunto é implicar com Harry ou perder a paciência com Hermione, e tira o máximo de pontos de Grifinória que ele pode. O professor Quirrell, de Defesa Contra as Artes das Trevas, parece ser muito medroso, ainda mais por viver gaguejando e se assustar com muita facilidade. Hagrid é um homem gigante com uma barba e uma cabeleira indomável que trabalha em Hogwarts e mora numa cabana dentro dos limites da propriedade. Ele tem uma sombrinha cor-de-rosa e foi proibido de usar magia por algum motivo. Hagrid tem a total confiança de Dumbledore, adora todo tipo de criatura mágica e desenvolve uma relação de amizade com as crianças que é tão adorável quanto engraçada.
A escola em si já é cheia de curiosidades na forma como funciona e é um lugar que devia existir de verdade, de tão incrível. Cheia de passagens secretas, lugares proibidos, quadros com fotografias que se mexem, fantasmas ilustres e escadas que mudam de lugar. Ela é dividida em casas, e o Chapéu Seletor, um chapéu pontudo mágico e inteligente que fala e canta muito, separa e encaminha todos os alunos recém chegados pra cada uma de acordo com suas personalidades e ambições (ou falta delas). Grifinória (a casa pra onde Harry, Rony e Hermione vão), Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa são as quatro casas de Hogwarts, que ganharam esses nomes devido aos seus fundadores. Cada casa tem suas cores, um animal como símbolo e seu próprio lema. Grifinória é a casa dos bruxos corajosos e companheiros. Corvinal é destinada aos bruxos mais sábios e criativos (Hermione poderia estar nela). Sonserina é uma casa onde os bruxos são astutos e não medem esforços para conseguirem o que querem, e ficou conhecida de uma forma negativa, pois todos os bruxos que seguiram o caminho das trevas foram de Sonserina. E por último, a Lufa-Lufa, onde seus moradores são leais, amigos e pacientes. Lufa-lufa é a casa mais inclusiva e flexível de Hogwarts, e muitos acham que nela só vão os bruxos mais fracos, mas na verdade são os mais sinceros, bondosos, persistentes e justos. No final do ano letivo, a casa que faz mais pontos ganha a Taça das Casas e é reconhecida como a casa vencedora até o próximo ano.
Não que isso tenha me feito desgostar da saga, mas talvez o único ponto negativo do livro seja a bendita tradução. E não digo isso pela tradução de muitos termos e nomes próprios pra aproximá-los do equivalente em português (James Potter, o pai de Harry, virou Tiago Potter; Charlie Weasley, irmão do Rony, virou Carlinhos; Vernon Dursley, o tio odioso de Harry, virou Válter; Fang, o cachorro de Hagrid, virou Canino; "muggle" virou "trouxa"; e por aí vai...), coisa que em alguns pontos não faz muito sentido pois alguns dos nomes, mesmo sendo em inglês, também podem ser bem familiares em português. A própria plataforma mágica e secreta, onde os bruxos embarcam no Expresso que os levam a Hogwarts, foi alterada na tradução, sendo que a original (que se pode ver nos filmes também) é a plataforma 9 ¾. Num contexto geral, a tradução de Lia Wyler (RIP) é muito boa, facilita a leitura pra crianças, e fica bem evidente que foi feita uma pesquisa minuciosa a fim de trazer as origens e o melhor sentido dos nomes pro correspondente em português, mas ainda assim, a tradução dos nomes das casas, pra mim, é um pouco problemática por questões "mitológicas". Como os nomes das casas são os sobrenomes dos seus respectivos bruxos criadores, não faz sentido manter o nome da casa traduzido e o sobrenome não, pois a referência acaba se perdendo nesse sentido. Um leitor mais desatento ou que não conhece a saga mais a fundo pode não fazer essa associação, e talvez fosse melhor que os sobrenomes deles também fossem traduzidos juntamente com os nomes das casas, ou que os das casas fossem mantidos nos originais.
Levando tudo isso em consideração, além de ficar aquela sensação de que teve muita coisa perdida (por mais que a história seja super rica em muitos sentidos), em vários momentos a gente se depara com erros na revisão da tradução também, como personagens com nomes trocados, ou ora traduzidos, ora não, como é o caso da Professora Minerva que uma hora aparece como "Morague MacGonagall", ou a artilheira de Quadribol (Quidditch no original), Cátia Bell, que às vezes não tem o nome traduzido e aparece como "Kate". E pra uma série de livros que teve incontáveis edições depois de tantos anos, qualquer fã (#iludido #xatiado) esperava que tais erros fossem corrigidos, mas não foram (nem a versão do audiolivro, que fiz questão de acompanhar e ouvir, foi).
Essa edição com capa dura em particular é maravilhosa, com ilustrações lindas feitas por Jim Kay, com uma disposição de texto que se encaixa bem com os desenhos, e é edição obrigatória pra se ter na estante quando se é um fã e colecionador. É meio incômodo ler essa edição pelo seu tamanho e peso, mas a história é tão boa, cheia de reviravoltas e detalhes geniais que o esforço - e o preço - sempre vai valer a pena.
Enfim, Harry Potter e a Pedra Filosofal deu início a uma saga épica, clássica, viciante e inesquecível que reuniu uma legião de fãs pelo mundo inteiro - inclusive essa pessoa que vos fala - e que, ainda bem, não vai acabar tão cedo. Se ainda não leu, ou só conhece a saga pelos filmes, volte pra Terra e faça esse favor a você mesmo: LEIA, é sério!
É livro pra ser lido, relido e guardado no coração, pra sempre!
Autora: J.K. Rowling
Ilustrações: Jim Kay
Editora: Rocco
Gênero: Fantasia/Infanto juvenil
Ano: 2016
Páginas: 256
Nota:★★★★★♥
Sinopse: Conheça Harry, filho de Tiago e Lilian Potter, feiticeiros que foram assassinados por um poderosíssimo bruxo, quando ele ainda era um bebê. Com isso, o menino acaba sendo levado para a casa dos tios que nada tinham a ver com o sobrenatural pelo contrário. Até os 10 anos, Harry foi uma espécie de gata borralheira: maltratado pelos tios, herdava roupas velhas do primo gorducho, tinha óculos remendados e era tratado como um estorvo. No dia de seu aniversário de 11 anos, entretanto, ele parece deslizar por um buraco sem fundo, como o de Alice no país das maravilhas, que o conduz a um mundo mágico. Descobre sua verdadeira história e seu destino: ser um aprendiz de feiticeiro até o dia em que terá que enfrentar a pior força do mal, o homem que assassinou seus pais, o terrível Lorde das Trevas.
O menino de olhos verdes, magricela e desengonçado, tão habituado à rejeição, descobre, também, que é um herói no universo dos magos. Potter fica sabendo que é a única pessoa a ter sobrevivido a um ataque do tal bruxo do mal e essa é a causa da marca em forma de raio que ele carrega na testa. Ele não é um garoto qualquer, ele sequer é um feiticeiro qualquer; ele é Harry Potter, símbolo de poder, resistência e um líder natural entre os sobrenaturais.
Resenha: Harry Potter é um garoto de dez anos, magricela, com olhos verdes, uma cabeleira desgrenhada e uma cicatriz em forma de raio na testa. Ele foi criado pelos tios preconceituosos e intragáveis, os Dursleys, num armário debaixo da escada, depois de ter ficado órfão quando ainda era apenas um bebê. Desde que foi deixado na porta dos Dursleys, Harry sempre foi rejeitado e tratado com desprezo, sempre apanhava de Duda, seu primo mimado, sempre era castigado por nada, e, para os tios, sempre foi um grande estorvo. Ainda assim, ele aceitava sua vidinha miserável pois os Dursleys era a única família que lhe restou, infelizmente. Ao completar onze anos, Harry descobre ser um bruxo quando, depois de muitas mentiras e sabotagens por parte dos tios e do primo, ele recebe uma carta entregue por Hagrid, o guardião das chaves da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde ele iria pra estudar e aprender tudo sobre esse universo mágico, e se tornar o grande bruxo que ele está destinado a ser. Seus tios abominam qualquer coisa relacionada a mágica e esconderam tudo o que podiam do garoto. Sendo trouxas (nome dado a quem não é bruxo) os Dursleys, mesmo que façam de tudo pra fingir que não existe, são um dos poucos que sabem do mundo mágico, pois Lilian, a falecida mãe de Harry e irmã de tia Petúnia, também era bruxa, o que causava asco na irmã.
O que Harry ainda não sabia, é que no mundo bruxo, desconhecido pelo garoto até então, ele é muito famoso, conhecido como "o menino que sobreviveu". Seus pais não morreram num acidente de carro como ele fora levado a acreditar, mas sim foram assassinados por um bruxo terrível que, ao tentar matar Harry também, foi atingido de alguma forma misteriosa e desapareceu. Porém, por mais que o Lorde das Trevas, também conhecido como "aquele-que-não-deve-ser-nomeado" ou "você-sabe-quem", seja somente uma lembrança que ainda assusta e é evitada a todo custo por muitos bruxos, ele não morreu definitivamente, e planeja voltar para terminar o serviço.
Agora, depois de passar pelo Beco Diagonal para comprar todo o material que precisa, e ainda ganhar uma coruja de estimação, ele embarcará na plataforma 9 ½, na estação de Kings Cross, rumo ao seu primeiro ano em Hogwarts, Harry finalmente está feliz, fez novos amigos e se sente em casa pela primeira vez, mas o perigo está mais próximo do que todos imaginam, principalmente quando ele e seus amigos começam a perceber que há algo de estranho e misterioso acontecendo na escola envolvendo a lendária pedra filosofal.
Narrado em terceira pessoa, a história é muito bem humorada e tão fluída e envolvente que pode ser lida em questão de poucas horas. Cada detalhe, cada cenário, cada frase de efeito dita por Dumbledore só mostra o quanto J.K. é genial. Não importa se você tem 8 ou 80 anos, a leitura é simplesmente maravilhosa. Mesmo que o primeiro livro seja mais introdutório, é perfeitamente possível imaginar e imergir nesse universo fantástico e mágico como se fosse algo real.
Lugares mágicos que só podem ser vistos por bruxos, correspondência através de corujas, a ideia que os bruxos passam 7 anos na escola aprendendo e aprimorando suas habilidades para, quando adultos, executarem os mais diversos feitiços, criarem poções, terem conhecimento da história da magia em geral e ainda seguir alguma carreira no mundo bruxo. A sociedade bruxa mantém um sistema que funciona plenamente, mantendo sua existência em segredo dos trouxas para que eles não achem que todos os problemas que arrumam possam ser resolvidos com mágica, e tem suas próprias regras criadas pelos responsáveis pelo Ministério da Magia e vária outras peculiaridades.
A ideia da autora em incluir a vassoura como elemento da bruxaria também foi super bacana, pois aqui ela é um item principalmente esportivo, que os bruxos usam pra voar enquanto jogam o famoso - e perigoso - Quadribol, que tem regras rígidas, campeonatos e equipes profissionais por todo o mundo. Harry inclusive demonstra ser bastante habilidoso com a vassoura e logo entra no time na posição de Apanhador.
Não acho que seja lá muito justo escolher só alguns personagens para falar quando existem dezenas deles e todos são ótimos e relevantes na trama.
O universo criado por J.K. Rowling é simplesmente fantástico, cheio de bom humor e encantador, mesmo que a vida de Harry até seu ingresso em Hogwarts tenha sido de dar dó. Todos os personagens são interessantes e possuem várias camadas e pontos de personalidades marcantes, sendo possível identificá-los facilmente pela forma como falam ou agem, e sentir empatia (ou não) por cada um deles.
Harry está numa fase de aprendizado, é seu primeiro ano na escola, e por mais que a ideia de ser um bruxo tenha feito com que ele ficasse surpreso e até um tanto incrédulo, ele logo consegue se familiarizar com muita facilidade em sua nova realidade. Mesmo que tenha crescido num lar onde sempre foi tratado da pior maneira possível, o que muitas vezes é revoltante, ele ainda tem seus valores, é um bom menino, tem coragem pra enfrentar o que for preciso, mas não nega que sempre precisa de ajuda. Ele nunca faz nada totalmente sozinho e muitas vezes depende de auxílio e conselhos dos amigos, de Hagrid ou de Dumbledore, o diretor da escola, um dos bruxos mais poderosos, respeitados - e mais engraçado - desse universo mágico.
Rony vem de uma família de bruxos, todos ruivos, bastante simples. Eles são pobres e passam por algumas dificuldades, mas são muitos amorosos e companheiros. A mãe de Rony, Molly, toma Harry praticamente como filho, tanto por sua história trágica, quanto por ter feito amizade com Rony. Seu pai, Arthur, trabalha no Ministério da Magia, na seção de Mau Uso dos Artefatos de Trouxas. Rony é meio sem noção, esfomeado e engraçado, e se torna o melhor amigo e confidente que Harry jamais sonhou que teria um dia. Rony é o sexto filho, de sete, e esse é seu primeiro ano em Hogwarts, assim como Harry.
Hermione é filha de trouxas e foi uma surpresa quando ela recebeu sua carta. Sim, é possível que nasça um bruxo numa família de trouxas (como a própria Lilian, mãe de Harry). Ela é super inteligente, aluna dedicada, devoradora de livros e nada supera sua capacidade de lógica. Se não fosse pela ajuda dela, Harry mal sairia do lugar pra resolver seus problemas.
Draco Malfoy, um menino pálido de cabelo platinado, veio de uma família importante e muito rica no mundo bruxo, e ele adora se aparecer ou tirar alguma vantagem por causa disso. Ele também é aluno do primeiro ano, foi escolhido pra Sonserina, é se tornou arqui inimigo de Harry. Desde o início os dois não se bicaram e vivem pra implicar um com o outro.
Os professores também são ótimos e desde o início demonstram o quanto são fundamentais no desenvolvimento de Harry e na trama em si. Alvo Dumbledore, o diretor de Hogwarts, é um velho sábio e bem humorado, que adora sorvete de limão, mas muito misterioso e um tanto reservado. Minerva McGonagall, professora de Transfiguração, é uma bruxa com poder de se transformar num gato e é tão rígida quanto justa. Ela também adora Quadribol e se empolga muito com Harry no time da Grifinória. Severo Snape, o professor de Poções, é mal encarado, mau humorado, e parece odiar Harry com todas as suas forças. Ele não pensa duas vezes quando o assunto é implicar com Harry ou perder a paciência com Hermione, e tira o máximo de pontos de Grifinória que ele pode. O professor Quirrell, de Defesa Contra as Artes das Trevas, parece ser muito medroso, ainda mais por viver gaguejando e se assustar com muita facilidade. Hagrid é um homem gigante com uma barba e uma cabeleira indomável que trabalha em Hogwarts e mora numa cabana dentro dos limites da propriedade. Ele tem uma sombrinha cor-de-rosa e foi proibido de usar magia por algum motivo. Hagrid tem a total confiança de Dumbledore, adora todo tipo de criatura mágica e desenvolve uma relação de amizade com as crianças que é tão adorável quanto engraçada.
A escola em si já é cheia de curiosidades na forma como funciona e é um lugar que devia existir de verdade, de tão incrível. Cheia de passagens secretas, lugares proibidos, quadros com fotografias que se mexem, fantasmas ilustres e escadas que mudam de lugar. Ela é dividida em casas, e o Chapéu Seletor, um chapéu pontudo mágico e inteligente que fala e canta muito, separa e encaminha todos os alunos recém chegados pra cada uma de acordo com suas personalidades e ambições (ou falta delas). Grifinória (a casa pra onde Harry, Rony e Hermione vão), Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa são as quatro casas de Hogwarts, que ganharam esses nomes devido aos seus fundadores. Cada casa tem suas cores, um animal como símbolo e seu próprio lema. Grifinória é a casa dos bruxos corajosos e companheiros. Corvinal é destinada aos bruxos mais sábios e criativos (Hermione poderia estar nela). Sonserina é uma casa onde os bruxos são astutos e não medem esforços para conseguirem o que querem, e ficou conhecida de uma forma negativa, pois todos os bruxos que seguiram o caminho das trevas foram de Sonserina. E por último, a Lufa-Lufa, onde seus moradores são leais, amigos e pacientes. Lufa-lufa é a casa mais inclusiva e flexível de Hogwarts, e muitos acham que nela só vão os bruxos mais fracos, mas na verdade são os mais sinceros, bondosos, persistentes e justos. No final do ano letivo, a casa que faz mais pontos ganha a Taça das Casas e é reconhecida como a casa vencedora até o próximo ano.
Não que isso tenha me feito desgostar da saga, mas talvez o único ponto negativo do livro seja a bendita tradução. E não digo isso pela tradução de muitos termos e nomes próprios pra aproximá-los do equivalente em português (James Potter, o pai de Harry, virou Tiago Potter; Charlie Weasley, irmão do Rony, virou Carlinhos; Vernon Dursley, o tio odioso de Harry, virou Válter; Fang, o cachorro de Hagrid, virou Canino; "muggle" virou "trouxa"; e por aí vai...), coisa que em alguns pontos não faz muito sentido pois alguns dos nomes, mesmo sendo em inglês, também podem ser bem familiares em português. A própria plataforma mágica e secreta, onde os bruxos embarcam no Expresso que os levam a Hogwarts, foi alterada na tradução, sendo que a original (que se pode ver nos filmes também) é a plataforma 9 ¾. Num contexto geral, a tradução de Lia Wyler (RIP) é muito boa, facilita a leitura pra crianças, e fica bem evidente que foi feita uma pesquisa minuciosa a fim de trazer as origens e o melhor sentido dos nomes pro correspondente em português, mas ainda assim, a tradução dos nomes das casas, pra mim, é um pouco problemática por questões "mitológicas". Como os nomes das casas são os sobrenomes dos seus respectivos bruxos criadores, não faz sentido manter o nome da casa traduzido e o sobrenome não, pois a referência acaba se perdendo nesse sentido. Um leitor mais desatento ou que não conhece a saga mais a fundo pode não fazer essa associação, e talvez fosse melhor que os sobrenomes deles também fossem traduzidos juntamente com os nomes das casas, ou que os das casas fossem mantidos nos originais.
Levando tudo isso em consideração, além de ficar aquela sensação de que teve muita coisa perdida (por mais que a história seja super rica em muitos sentidos), em vários momentos a gente se depara com erros na revisão da tradução também, como personagens com nomes trocados, ou ora traduzidos, ora não, como é o caso da Professora Minerva que uma hora aparece como "Morague MacGonagall", ou a artilheira de Quadribol (Quidditch no original), Cátia Bell, que às vezes não tem o nome traduzido e aparece como "Kate". E pra uma série de livros que teve incontáveis edições depois de tantos anos, qualquer fã (#iludido #xatiado) esperava que tais erros fossem corrigidos, mas não foram (nem a versão do audiolivro, que fiz questão de acompanhar e ouvir, foi).
Essa edição com capa dura em particular é maravilhosa, com ilustrações lindas feitas por Jim Kay, com uma disposição de texto que se encaixa bem com os desenhos, e é edição obrigatória pra se ter na estante quando se é um fã e colecionador. É meio incômodo ler essa edição pelo seu tamanho e peso, mas a história é tão boa, cheia de reviravoltas e detalhes geniais que o esforço - e o preço - sempre vai valer a pena.
Enfim, Harry Potter e a Pedra Filosofal deu início a uma saga épica, clássica, viciante e inesquecível que reuniu uma legião de fãs pelo mundo inteiro - inclusive essa pessoa que vos fala - e que, ainda bem, não vai acabar tão cedo. Se ainda não leu, ou só conhece a saga pelos filmes, volte pra Terra e faça esse favor a você mesmo: LEIA, é sério!
É livro pra ser lido, relido e guardado no coração, pra sempre!
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Aventura,
Fantasia,
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Netflix e Studio Ghibli - 21 clássicos da cultura japonesa pra gente assistir!
13 de fevereiro de 2020
Em 20 de Janeiro de 2020 a Netflix anunciou que, a partir de fevereiro, irá disponibilizar 21 animações do Studio Ghibli (reconhecido mundialmente após A Viagem de Chihiro ter ganhado o Oscar de melhor animação em 2002) em seu catálogo!
Considerados clássicos pelos fãs de cultura japonesa e animes, com exceção de O Túmulo dos Vagalumes (1988), a plataforma adquiriu os direitos de exibição dos longas para alegria dos espectadores de plantão.
Serão 7 títulos por mês até abril.
📅 01/02/2020
📅 01/03/2020
📅 01/04/2020
Considerados clássicos pelos fãs de cultura japonesa e animes, com exceção de O Túmulo dos Vagalumes (1988), a plataforma adquiriu os direitos de exibição dos longas para alegria dos espectadores de plantão.
Serão 7 títulos por mês até abril.
TODOS OS 21 FILMES DO ESTÚDIO GHIBLI VÃO ESTAR DISPONÍVEIS A PARTIR DE FEVEREIRO. EU TÔ GRITANDO SIM!! pic.twitter.com/0hNfN1o6s6— Netflix Brasil (@NetflixBrasil) January 20, 2020
Confira o cronograma:
📅 01/02/2020
- O Castelo no Céu (1986)
- Meu Amigo Totoro (1988)
- O Serviço de Entregas da Kiki (1989)
- Memórias de Ontem (1991)
- Porco Rosso: O Último Herói Romântico (1992)
- Eu Posso Ouvir o Oceano (1993)
- Contos de Terramar (2006)
📅 01/03/2020
- Nausicaä do Vale do Vento (1984)
- Princesa Mononoke (1997)
- Meus Vizinhos, Os Yamadas (1999)
- A Viagem de Chihiro (2001)
- O Reino dos Gatos (2002)
- O Mundo dos Pequeninos (2010)
- O Conto da Princesa Kaguya (2013)
📅 01/04/2020
- Pom Poko: A Grande Batalha dos Guaxinins (1994)
- Sussurros do Coração (1995)
- O Castelo Animado (2004)
- Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar (2008)
- Da Colina Kokuriko (2011)
- Vidas ao Vento (2013)
- As Memórias de Marnie (2014)
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