Título: A Culpa é das Estrelas
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Gênero: Drama/Romance
Ano: 2012
Páginas: 288
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Em A Culpa é das Estrelas, Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante - o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos -, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.Resenha: Hazel Grace é uma adolescente de 16 anos que foi diagnosticada com câncer aos 13, e desde então vem lutando para adiar o inevitável, tomando seus remédios e andando por aí com seus cilindros e seu tubo de oxigênio. Hazel sabe de sua condição e tenta levar uma vida o mais normal possível. Ela é engraçada, irônica e até faz piada da própria desgraça.
Por insistência da mãe, ela passa a frenquentar um grupo de apoio para jovens que estão enfrentando a luta contra o câncer e lá conhece Augustus Waters, ou Gus, que tem 17 anos e acabou tendo uma perna amputada por conta da doença, mas aparenta ser uma pessoa saudável apesar disso. Ela também faz amizade com Isaac, que acabou ficando cego.
Hazel é super inteligente e ama ler, especialmente o livro "Uma Aflição Imperial" cujo autor, Peter Van Houten, se "aposentou" e deixou os personagens sem um rumo, sem um final. Por conta disso, o maior desejo
Hazel e Augustus passam a se conhecer melhor e encontram um no outro o amor e a força para seguirem adiante da melhor forma possível, mas nunca deixando de lado ou esquecendo que a doença faz parte de suas vidas. Augustus também é muito inteligente e sonhador, e vive tentando encontrar um sentido na vida. Seu maior sonho é fazer alguma coisa importante e deixar sua marca no mundo.
Até que ele decide provar seu amor por Hazel, ajudando-a a realizar seu sonho...
Confesso que só peguei esse livro pra ler porque queria saber como era essa história emocionante e linda da adolescente doente de que todos andam falando sem parar. O começo foi uma monotonia pra mim. Não acontecia nada de interessante e emocionante, mas não desisti. Continuei lendo e fiquei muito surpresa com o resultado final.
Os personagens tem personalidades super marcantes, foram muito bem construídos e acredito que o autor quis mostrar o outro lado de quem tem câncer, que quer viver como qualquer outra pessoa normal e não só aquele sofrimento e luta eterna pra sobreviver.
Mas o que não me agradou no livro foi que muitas vezes o autor, em meio a diálogos simples e debochados de adolescente que xingam e usam gírias, apareceu com palavras como "senciente", "insidioso", "opulento" e etc. Acho que um personagem adolescente que fala coisas como "tipo assim, cara, que merda!", que mesmo com o pé na cova tenta ser irreverente e descontraído, usar palavras "difíceis" assim, deu a entender que foi o autor que quis mostrar sua própria intelectualidade. A narrativa tem que seguir um padrão, e isso, pelo menos pra mim, saiu do padrão.
Não costumo citar frases de livro, mas quando vi a frase "... Quem é o Peter Van Houten para afirmar como verdade a conjectura de que nossa labuta é temporária?..." aí é que morri de desgosto. Pensei na hora: "WTF?? Por que diabos esse cara tá falando desse jeito?? o_O"
Qual a dificuldade em falar isso com palavras simples? Pela narrativa e por se tratar de adolescentes da atualidade, era o que cairia melhor e não soaria tão antipático. Pra mim isso foi florear e aparecer.... A história em si já é bonita, eu mesma me emocionei no final e fiquei com vontade de chorar pois a Hazel é uma guerreira, um exemplo de força, fé e coragem, O Augustos é um menino de ouro que me deixou arrepiada de emoção, mas não precisa exagerar enfeitando com palavras que quase ninguém nunca ouviu falar na vida, pois parece que essas partes da narrativa são direcionadas a quem decorou o dicionário ou vive no século XV.
Mas enfim. Tirando essa parte que não gostei por achar muito nada a ver e desnecessária, recomendo muitíssimo a leitura desse livro. A história é linda, emocionante e a frase de Markus Zusak na capa que diz "Você vai rir, vai chorar e ainda vai querer mais" é a mais pura verdade.