Lido em: Dezembro de 2012
Título: A Batalha de Argos - Os Dragões de Titânia #1
Autor: Renato Rodrigues
Editora: Escala
Gênero: Aventura/Fantasia/Literatura Nacional
Ano: 2011
Páginas: 270
Nota:
★★★★☆
Sinopse: Quando Telus, um anão fazendeiro, saiu por aí em busca de aventura, nunca imaginou que arrumaria tantos inimigos. Felizmente, não estava sozinho. A ele se juntou um mago que sempre dormia com um olho fechado e outro aberto, um centurião alcoólatra, uma maga politicamente engajada em derrubar o governo, um pugilista aposentado e sem noção, uma freira que amava um profano, um guerreiro que desconfiava da própria sombra, uma noviça rebelde que não sabia cantar e um elfo que se tornaria seu maior desafio. Se você tiver coragem de prosseguir irá conhecer uma história de magia e heroísmo repleta de seres fantásticos e dragões. E é sobre dragões que eu gostaria de falar. Sobre dragões e sobre 12 Armas Mágicas criadas por eles para combater um inimigo de toda a criação. Também sobre uma família que se formou sem ter nada em comum. Igualzinha a sua!
Resenha: Os Dragões de Titânia: A Batalha de Argos traz a história de um grupo de personagens incomuns e corajosos que lutam contra as forças e a tirania do auto intitulado Barão de Argos, que resolveu mandar no lugar por conta própria, e que ainda conta com o apoio de um Bruxo das trevas, mandando armaduras fantasma para aterrorizar os moradores da região. E é contra esses inimigos que o grupo formado por Telus, o anão esquentadinho e brigão; Peter Paul; Galileia, a freira com o dom da cura; Khosta, o mago que adora apostas; Cronus, o elfo destemido; Alambique, um centurião que pelo apelido percebe-se seu gosto pela cana; Miranda, a maga; e Lerandra, a elfa corajosa.
Porém, durante a luta, Lerandra acaba sendo morta, e depois disso, o grupo precisa levar o corpo dela para a terra dos elfos de onde veio para que a mesma tenha um funeral digno.
Outros personagens se juntam ao grupo no decorrer da história: Sylvester, o guerreiro; Diane; Ed Mãos-Leve; e Shokozug, o guerreiro desconfiado. E é a partir dessa união, rumo a Alfheimr, que a aventura realmente começa, pois embarcamos num mundo fantástico com direito a dragões, armas mágicas, elfos malígnos, reviravoltas, muitos perigos e muita emoção.
O livro é narrado em terceira pessoa, e a impressão que dá é que o próprio autor está nos contando a história da forma mais descontraída e engraçada do mundo, e adorei como a narrativa flui bem e tem um ritmo rápido, em que os acontecimentos não tem enrolação.
Independente da situação em que os personagens se encontravam, toques de humor e sarcasmo estavam presentes pra que a história não ficasse pesada e confesso ter rido horrores com todas aquelas tiradas hilárias. A história se passa no ano de 1001, mas tem alguns termos bem atuais e por isso fiquei com uma sensação maior de que estava ouvindo a história sendo contada com bastante irreverência, como se estivesse sentada numa roda.
Só achei que o começo ficou um pouco confuso, principalmente para aqueles que se distraem ou perdem a concentração muito fácil (
como eu), pois enquanto está rolando alguma coisa emocionante, de repente nos deparamos com algum acontecimento do passado, que explica um pouco mais sobre os personagens, ou como se conheceram, para depois voltar ao que estava acontecendo e retomar o raciocínio. Eu confesso que isso me incomodou um pouco, pois pra não me confundir, precisei ler ignorando essas partes para só ao fim do capítulo eu voltar nelas novamente, e assim entendi bem melhor, sem interrupções. Talvez se essas situações dos flashbacks fossem colocadas num capítulo a parte, com mais aprofundamento, ficaria mais fácil e mais bacana, pois por mais que a leitura seja fácil e envolvente, acho que um leitor mais desatento iria ficar bem perdido no início.
Mas enfim, no meio das páginas ainda podemos observar as ilustrações de alguns dos personagens, e como adoro ilustrações, fiquei encantada com tamanha perfeição. A capa é linda, mas os mais atentos irão desconfiar o rumo que a história leva ao olharem a parte de trás...
Enquanto os personagens partem nessa viagem, me senti viajando junto com eles, vivendo todos os perigos que eles viveram pois é impossível não se envolver. Outra coisa que percebi é que por mais "machões" que os personagens sejam, eles conservam valores e tem grande senso de justiça, e geralmente histórias antigas desse tipo, sempre nos apresentam personagens com características típicas, são machistas, ignorantes e donos da verdade, e em Dragões de Titânia não senti isso e gostei muito!
Super recomendo a leitura para todos aqueles que adoram uma boa história fantástica, cheia de ação, aventura, mistérios e muito humor! Estou super ansiosa pra começar a ler a continuação, "A Queda do César".