Titulo: A Hospedeira (The Host)
Direção: Andrew Niccol
Elenco: Saoirse Ronan, Diane Kruger, Max Irons, Jake Abel, William Hurt, Frances Fisher, Boyd Holbrook, Chandler Canterbury
Gênero: Ficção Científica, Romance
Ano: 2013
Duração: 2h 6m
Classificação: +12
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: A fome e a violência foram erradicadas da Terra, bem como os problemas climáticos do planeta foram resolvidos. Estes feitos foram conquistados graças aos seres alienígenas conhecidos como almas, que ocupam corpos humanos como se fossem parasitas. Pregando uma sociedade baseada na paz, as almas perseguem os poucos humanos que ainda não foram dominados. Um deles é Melanie Stryder (Saoirse Ronan), que se sacrifica para que o irmão caçula, Jamie (Chandler Canterbury), possa escapar. Melanie passa a ser dominada por uma alma chamada Peregrina, que tem por missão vasculhar suas memórias para encontrar rastros de outros humanos. Entretanto, a consciência de Melanie ainda está viva dentro do corpo, o que faz com que Peregrina tenha que lidar com ela constantemente. Com o tempo, a alma fica cada vez mais fascinada com a vida e os sentimentos que Melanie tinha e passa a protegê-la de Buscadora (Diane Kruger), que deseja capturar seus amigos humanos o quanto antes.Acho que todo mundo já sabe que A Hospedeira é a adaptação do livro de mesmo nome da autora Stephanie Meyer, que foi lançado em 2009 pela Editora Intrínseca, e eu comprei por R$40,00 reais gordos e li logo em seguida. Nem preciso falar que morro de ódio porque hoje dá pra comprar por R$8,71 no Submarino, né?! Mas enfim... Não me arrependo, pois diferente de Crepúsculo, A Hospedeira foi um livro que me surpreendeu e gostei muito (veja a resenha do livro clicando aqui), e quando soube que iria virar filme, já fiquei bem animada pra poder assistir.
Vou ser sincera, pois como já faz anos que li o livro, muitos detalhes já tinham escapado da minha memória, mas até que por ser uma adaptação, é possível observar mudanças bem significativas, mas no geral, o filme não decepcionou.
O foco da história é um romance um tanto complicado, que tem como pano de fundo um mundo onde seres alienígenas, denominados "almas", se "hospedam" nos corpos dos humanos passando a controlá-los de forma a tornar a Terra um planeta melhor pra se viver depois de não se conformarem com o quanto os humanos a destroem, onde a cortesia e a gentileza flui entre todos os habitantes e todos vivem em paz e harmonia absoluta. O que acontece é que Peregrina, uma das almas, é implantada em Melanie Stryder, que numa tentativa de salvar seu irmão caçula, acaba sendo capturada. Mas mesmo tendo o corpo controlado, ela ainda está com a consciência intacta e demonstra que está disposta a lutar. As duas, sempre em conflito, acabam por se entenderem até chegarem ao esconderijo dos humanos, liderado por Jebb, tio de Melanie. Eles vivem fugindo dos buscadores, os responsáveis por procurar e capturar os humanos dessa resistência para implantar outras almas em seus corpos. Porém, ao verem que Mel agora é hospedeira da "coisa", não a vêem com os mesmos olhos (trocadilho infame). Peregrina, agora aliada dos humanos, se deixa levar por várias emoções, inclusive quando sabe que é intrusa no relacionamento que Mel mantinha com Jared, mas ao mesmo tempo se sente atraída por Ian. Um quarteto amoroso com 3 corpos.
Gostei da atuação dos atores, gostei do cenário onde humanos aparecem como a escória, sempre sujos e andrajosos, enquanto os alienígenas sempre se vestem de branco, limpos e puros, e andam por aí em seus carros, motos e helicópteros cromados, blindados e futurísticos, mas houveram algumas mudanças que ao meu ver não foram necessárias, como a aparência da buscadora que fica na cola de Peregrina a fim de descobrir onde esses humanos se escondem, travando sua própria guerra, em desacordo com os princípios de sua própria espécie. A mulher do livro é uma bruxa, mas no filme é uma loira, linda e gostosona.
Também estou tentando ignorar o fato de que assisti a versão dublada desse filme, e morri de ódio. Uma porque odeio filme dublado, e outra porque além de algumas vozes não combinarem nada com os personagens, outras são claramente forçadas e travadas, como se a pessoa estivesse falando um texto decorado, feito um robô, tirando a naturalidade do diálogo... Credo.
Recomendo que antes de assistirem, leiam o livro, pois não dá pra pegar a verdadeira essência da história e nem tirar conclusões plausíveis se baseando somente no filme... É que nem Harry Potter. Muito bom, mas nem se compara ao livro, que é mil vezes melhor. E assistam legendado, pelo amor de Deus, não diminua sua experiência.