Título: O Teorema Katherine
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Gênero: Ficção/Literatura Estrangeira
Ano: 2013
Páginas: 304
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Colin conhece Katherine. Katherine gosta de Colin. Colin e Katherine namoram. Katherine termina com Colin. É sempre assim.
Após seu mais recente e traumático pé na bunda, o Colin que só namora Katherines resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-garoto prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, com pura matemática, o desfecho de qualquer relacionamento.
Uma descoberta que vai entrar para a história, elevando Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. E também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
Resenha: O Teorema Katherine foi o segundo livro escrito pelo autor John Green no ano de 2006, e lançado esse ano no Brasil pela Editora Intrínseca. É o segundo livro que leio do autor (o primeiro foi A Culpa é das Estrelas) e como gostei bastante, criei expectativas para continuar lendo seus livros.
Ele conta a história de Colin Singleton, um prodígio, super nerd e viciado em anagramas que já começa na pior. Sua namorada, Katherine, acabou de terminar o namoro com ele, e o pobrezinho ficou arrasado. Términos de namoro são situações chatas, mas comuns na vida das pessoas, porém, na vida de Colin, isso é um pouco "diferente". Esta Katherine em especial foi a namorada de quem ele mais gostou e ficou apegado, de todas as outras 18 Katherines que ele já namorou na vida! Sim! Colin já teve a experiência
Colin fica inconformado com a situação, e é aí que entra Hassan, seu melhor amigo. Os dois então caem na estrada, dirigindo o Rabecão de Satã, e chegam em Gutshot, e lá conhecem uma caipirona com quem eles fazem amizade, Lindsey. Então, Colin resolve aproveitar toda sua genialidade para criar gráficos e elaborar uma equação matemática a fim de comprovar que, através dos números, é possível prever o fim de todos os relacionamentos. Dessa forma, além de, quem sabe, conseguir ganhar um prêmio importante, ainda poderia reconquistar sua tão amada 19ª Katherine. Mas será que realmente é possível realizar esse feito?
Feita em terceira pessoa, o que abrange o ponto de vista do leitor para as mais diversas situações, a narrativa é bem leve e o texto muito bem escrito. John Green consegue mesclar diálogos simples, inteligentes e engraçados, e ao mesmo tempo inserir uma linguagem mais culta junto com gírias adolescentes e locais, e com várias referências histórias relacionadas à Ciência e algumas descobertas que complementam a história. O livro ainda é cheio de notas de rodapé hilárias que explicam brincadeiras e diálogos entre os dois amigos, entre outras maluquices que acontecem, e a própria capa já demonstra essa característica com o nº 1 acima do nome dele, o que dá um toque na diagramação. Tradução e revisão também foram ótimas, e a capa me agradou bastante, pois adoro capas "limpas".
Os personagens são típicos do autor... Todos muito inteligentes, que, através de atitudes e comentários, sempre colocam humor até onde não se deve, e com alguma "mania" estranha que os tornam diferentes e/ou "especiais". Collin se formou no colégio e sempre foi muito sozinho. Por ser o nerd da turma, sempre era sacaneado pelos outros. Hassan é muçulmano, tem suas próprias crenças, mas pra mim foi o melhor personagem da história. Lindsey também não fica atrás, pois, com todo seu jeitão e sotaque caipira, consegue despertar a simpatia do leitor.
Porém, o livro não me surpreendeu, nem me prendeu como achei que fosse acontecer. Muitas vezes senti que houve enrolação e a história não saia do lugar, como se perdesse um pouco do foco, e a medida que vai avançando, se torna um pouco entediante, principalmente com as explicações e fórmulas matemáticas, que sinceramente, não perdi tempo tentando decifrar, talvez até porque eu tenha uma certa antipatia de matemática (viva o Português e a História). Cheguei num ponto em que passei a considerar o humor forçado, e todas as notas de rodapé prejudiciais, pois acabam interrompendo o texto... Sério, são mais de 80 notas de rodapé!
No final das contas, é possível captar a mensagem sobre nossos valores, aceitação e busca pela felicidade, o que acho válido, mas pra mim, houve muito floreio desnecessário. Acho que quem realmente gosta da utilização da matemática dessa forma, deva se interessar, aproveitar e gostar bem mais. No geral, é um bom livro para passar o tempo, mas totalmente esquecível...