Lido em: Março de 2015
Título: O Diário de Anne Frank
Autores: Otto H. Frank e Mirjam Pressler
Editora: Record
Gênero: Biografia/Drama
Ano: 2015
Páginas: 352
Nota:
★★★★★♥
Sinopse: O diário de Anne Frank - A edição brochura de O diário de Anne Frank está de roupa nova. O depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seu diário narra os sentimentos, os medos e as pequenas alegrias de uma menina judia que, como sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto. Lançado em 1947, O diário de Anne Frank tornou-se um dos livros mais lidos do mundo. O relato tocante e impressionante das atrocidades e dos horrores cometidos contra os judeus faz deste livro um precioso documento e uma das obras mais importantes do século XX.
Resenha: O diário era, inicialmente, para ser guardado para si mesma, mas quando ouviu uma transmissão de Gerrit Bolkestein, membro do governo Holandês, que dizia que após a guerra esperava recolher testemunhos sobre o holocausto, tornando-o público, Anne Frank, decidiu que publicaria seu livro com base em seu diário.
Anne Frank retrata seus dias, durante dois anos, no anexo chamado por ela como Anexo Secreto. A história começa em Junho de 1942, quando ela relata a descoberta de seu diário e de como se sentiu ao receber este presente. Até então ela vivia uma vida livre, sem medo, sem isolamento, sem angústia, sem preconceito e não tinha o que temer. Contudo, no momento em que a Segunda Guerra surge, e, com ela o Nazismo, por ela e a família serem judeus, foram obrigados, junto com mais oito pessoas, a se esconderem no Anexo Secreto. Seu mundo muda e ela relata detalhadamente tudo em seu diário até 1º de Agosto de 1944, quando escreveu a última página.
Neste livro é possível conhecer uma época com costumes diferentes do nosso, mas o que mais impressiona é como a guerra e os nazistas modificaram tudo, de como tudo foi cruel e desumano. Através do diário, podemos saber o que aconteceu com Anne Frank e aos outros refugiados no Anexo, sendo possível compreender os acontecimentos e sentir diante de tudo isso a opressão que, com certeza, vai abalar o leitor.
Anne Frank era jovem e imatura quando tudo aconteceu, mas com o tempo ela amadurece, o que é perceptível com o decorrer da leitura. Posso dizer que certas páginas de seu diário soaram infantis, o que pode ser considerado monótono, mas antes, é válido considerar que uma menina de 13 anos, não importa a nacionalidade ou origem, continua sendo uma criança, então é esperada atitudes semelhantes de uma. Porém, como disse, ela amadurece e através deste amadurecimento podemos ver a fundo o que está acontecendo, seus sentimentos diante de tudo aquilo e o que ela pensa, além da esperança que está sempre presente. Uma pena Anne Frank não ter visto seu diário sendo publicado e lido por milhares de pessoas, mas graças a sua coragem, força e esperança, hoje a conhecemos e sabemos por tudo que ela passou. O diário deixa a mensagem que precisamos ser fortes, que o preconceito não é algo humano, e, acima de tudo, que a esperança é o que nos mantém vivos.
Esta versão é a edição definitiva, com extras que pode ser encontrado no final da leitura, contendo comentários destacados feitos pela garota, uma capa diferente com a foto dela e o local onde ficou escondida com tons escuros, o que me provocou certa inquietação. A revisão esta impecável, folhas amarelas e fontes em tamanho confortável para a leitura.
O Diário de Anne Frank é uma leitura que considero obrigatória. Uma história capaz de fazer qualquer leitor refletir sobre o que aconteceu durante o Holocausto e os horrores pelos quais os que foram perseguidos passaram. Um livro simplesmente sublime.
Leitura mais do que indicada.