Essa wishlist demorou eras pra sair, quando deveria ter sido umas das primeiras a ter sido postada, mas, pelo menos, com os últimos lançamentos, ela já fica atualizada pra facilitar minha vida.
Já devo ter dito em algum momento que sou uma super fã de Os Simpsons. Coleciono os DVD's das temporadas (que pra minha tristeza eterna pararam de ser lançadas), tenho canecas e outros perequetês desse universo amarelo e cheio de rosquinhas. Os primeiros pops da franquia já foram lançados há alguns anos, são raríssimos e por isso MUITO caros, na faixa dos 4 dígitos cada um! Já os demais ainda estão num preço acessível. Claro que sonhar em completar essa coleção hilária não custa nada, mas num futuro, mesmo que distante, ainda vou ter toda a família.
Na Telinha - Coringa
21 de outubro de 2019
Título: Coringa (Joker)
Elenco: Joaquin Phoenix, Robert De Niro, Zazie Beetz, Frances Conroy
Gênero: Drama/Thriller
Ano: 2019
Duração: 2h 02min
Classificação: +16
Nota:★★★★★♥Sinopse: Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos e, toda semana, precisa comparecer a uma agente social, devido aos seus conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne (Brett Cullen) é seu maior representante.
Ok, embora eu não seja muito fã do universo da DC, não me contive quando anunciaram o lançamento de Coringa, filme este que se encarregaria de falar um pouco mais sobre as origens de um dos maiores e mais icônicos vilões dos quadrinhos até então.
Final dos anos 70. Arthur Fleck é um homem que sofre com um transtorno psicológico bastante peculiar. Ele não consegue controlar suas emoções, é esquisito e ri descontroladamente nos momentos mais inapropriados que se possa imaginar, despertando, assim, o desprezo, o preconceito e até a violência alheia por ele ser "diferente". Seu maior sonho era se tornar um palhaço para fazer as pessoas rirem, mas por causa de sua doença, as coisas não poderiam sair conforme o planejado.
Arthur mora com a mãe, que também sofre de transtornos mentais, e eles vivem uma vida miserável. Ele depende da ajuda do governo para tratar seu transtorno, mas tudo muda quando Gothan entra numa espécie de colapso político, e a verba destinada a saúde é cortada, deixando Arthur desamparado.
Isso acaba causando uma reação muito negativa em Arthur, que faz com que ele mate a tiros três completos imbecis que estavam assediando uma mulher no metrô e que reagem com violência a uma das crises de riso nervosas de Arthur, e o espancam sem piedade. Esses assassinatos, até então sem um suspeito, acabam desencadeando um movimento popular de extrema revolta em Gothan City, que, na época, era representada por ninguém menos que Thomas Wayne, o pai daquele que futuramente viria a ser o Batman, o pequeno Bruce Wayne. Essa luta de classes pela reivindicação dos direitos do povo é trabalhada de uma forma bastante orgânica, mostrando o contraste existente entre a elite e os pobres oprimidos que levaram Gothan ao caos, e, através desse conflito, o filme acaba dando um novo e original ponto de vista para a origem do Batman, sem nunca se desviar do foco de seu arqui-inimigo, e ainda brincando com os expectadores ao sugerir certos tipos de ligações entre os personagens que surpreendem demais.
Obviamente não é possível falar sobre o filme sem elogiar e aplaudir de pé a atuação magnífica de Joaquin Phoenix, que entregou ao público um personagem peculiar e totalmente doentio com a devida maestria. Além dos vários quilos que ele perdeu para interpretar o Coringa, sua atuação vai além do físico arqueado e pavoroso, chegando a ser perturbadora. É impressionante como ele conseguiu criar risadas diferentes para cada reação que ele tem, mas todas elas são tão maníacas quanto assustadoras.
Este personagem em particular foi construído sem maiores referências para que a história pudesse ser reinventada de uma forma original, mas ainda mantendo a sua essência. A doença de Arthur não é romantizada, ele é tratado como o doente mental que ele é, em que o lado real e obscuro enfrentado por ele sempre ficam em evidência; o seu ponto de vista deturpado, com direito à projeções do que ele idealiza, mas que nem sempre correspondem à realidade; e a forma como ele "abraça" sua loucura se tornando, assim, o Coringa. Sua personalidade é visceral, e é moldada de acordo com as experiências trágicas e amargas nessa sociedade imunda.
Inicialmente ele é apresentado como um homem fracassado, injustiçado, incompreendido, solitário e fraco, mas cada acontecimento trágico enfrentado por ele é responsável por uma mudança que acarreta numa transformação gradual, assim o personagem é desenvolvido no tempo certo e acompanhamos a evolução de alguém no fundo do poço e sem perspectiva alguma, para alguém que, em meio a loucura, ao caos e a anarquia, finalmente se encontrou, se libertou dessas amarras e se tornou tão ameaçador e perigoso.
O filme é impactante e reflete as piores consequências não só de um sonho que não pôde ser alcançado, mas de alguém que aprendeu a se alimentar do caos para espalhar o que há de pior sobre essa sociedade tão doente e podre quanto.
A gente sai do cinema pensando "meudeusdocéu, que espetáculo de filme sensacional". Uma obra prima, um dos melhores filmes da década, sim e com certeza.
Nocturna - Maya Motayne
19 de outubro de 2019
Título: Nocturna - A Forgery of Magic #1
Autora: Maya Motayne
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Jovem Adulto
Ano: 2019
Páginas: 480
Nota:★★★☆☆
Resenha: Num passado distante, Castallan fora tomado pelos Inglésios, e a população acabou tendo sua ligação com a magia rompida. Mas anos se passaram, o continente de Castallan conseguiu se reeguer e a população conseguiu se reconectar com a magia. A magia está ligada aos quatro elementos e todos tem uma ligação muito forte com ela, mas somente alguns são dotados do propio, uma habilidade única para um bruxo distinto.
Depois de perder Dez, o herdeiro do trono, seu irmão Alfie precisa voltar para assumir as responsabilidades do reino em seu lugar. Alfie é dotado do propio, ele consegue sentir e igualar a cor de sua magia. Mas ele, embora tenha visto com os próprios olhos o irmão ter sido sugado por um buraco após um incidente conspiratório, não acredita que Dez morreu, mas sim que está preso em alguma realidade paralela, sem ter como voltar. Qualquer coisa que envolva magia parece poder ser revertido, logo Alfie acredita que exista alguma forma de trazer seu irmão de volta, mesmo que para isso ele precise se envolver com bruxos e com o lado sombrio da cidade, o que acaba fazendo com que ele cruze o caminho de Finn Voy, quando resolve participar de algumas partidas ilegais para conseguir alguns livros raros como prêmio, com informações importantes que podem ajudá-lo a trazer Dez de volta.
Finn é uma ladra que não se importa com nada nem ninguém devido a um passado bastante traumático, e como possuidora do propio, sua habilidade é poder mudar seu rosto e seu corpo e se transformar em quem ela quiser, assim, além de se proteger, ela pode se disfarçar e fugir sem ser pega. Ela também queria ganhar o prêmio para poder fugir sem olhar pra trás, mas tudo muda quando ela é pega e sua habilidade é bloqueada para que ela consiga um artefato para a gangue que a capturou. Agora Finn precisa roubar o tal artefato mágico para poder escapar, mas o artefato se encontra no castelo. Agora o destino dos dois irá mudar pra sempre quando eles, acidentalmente, liberta uma magia antiga que vai colocar a vida de todos em perigo.
Narrado em terceira pessoa, a autora apresenta um universo fantástico inspirado na cultura latina e tem uma construção de mundo bastante interessante e que despertou minha curiosidade logo no início. As características físicas dos personagens, os detalhes do cenário e das paisagens, as descrições acerca do clima e da comida local, é tudo muito bem construído e próximo da realidade cultural do local e muitos podem se identificar com esses detalhes.
Mas, embora a escrita seja boa e esse universo seja muito legal, a história não me prendeu o suficiente pra que eu me importasse com o que estava acontecendo, pois não foi tão bem desenvolvida quanto deveria ser. A trama é enrolada e cheia de furos, e os personagens parecem um bando de idiotas que mal sabem o que estão fazendo, e as coisas acabam não fazendo sentido algum. Finn é a única que salva em meio a essas caricaturas em forma de personagens. A história é cheia de conveniências e facilitações narrativas, e o que deveria ser um tipo de alívio cômico pra dar um tom de bom humor à trama, só me fez revirar os olhos pois as gracinhas de Luka, o primo do príncipe, além de fora do tom, são feitas nos momentos mais nonsense que se pode imaginar.
Ainda assim o livro foi bem resolvido e não tem a menor necessidade de uma continuação, a menos que a autora use o mesmo mundo pra abordar outra história, envolvendo outros personagens talvez, caso contrário não vou entender nada.
Mas, não posso negar que a história aborda temas como autoaceitação, sobre erros e acertos, sobre culpa, sobre as consequências de se ser manipulado, e principalmente sobre amizade verdadeira, mas mesmo com elementos importantes assim, não foi uma leitura que me cativou tanto quanto eu esperei. Recomendo? Sim, mas não vá com muitas expectativas.
Autora: Maya Motayne
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Jovem Adulto
Ano: 2019
Páginas: 480
Nota:★★★☆☆
Sinopse: No primeiro volume de uma trilogia de fantasia inspirada na cultura latina, uma ladra capaz de mudar de aparência e um príncipe herdeiro se unem para proteger o reino de uma magia perversa.
Depois de se libertar da dominação dos inglésios, o reino de Castallan não esperava passar por mais nenhuma crise. Mas Dez, o herdeiro, foi assassinado, e agora nobres e plebeus precisam aceitar que o destino do reino está nas mãos do príncipe Alfie, que passou meses fugindo de suas obrigações enquanto bebia tequila em alto-mar.
De volta a Castallan, Alfie não consegue acreditar que seu irmão morreu e, tentando provar o contrário, se depara com Finn Voy. Graças a sua habilidade de assumir a aparência de qualquer pessoa, Finn está sempre usando um disfarce para se proteger dos traumas de seu passado e de qualquer um que se meter em seu caminho.
Quando os destinos de Alfie e Finn se cruzam, eles acidentalmente libertam uma magia poderosa e antiga que, se não for detida, vai mergulhar o mundo em escuridão. Com o futuro de Castallan em suas mãos, o príncipe e a ladra terão de aprisionar essa magia obscura a qualquer custo, mesmo que, no caminho, precisem confrontar seus segredos mais sombrios.
Resenha: Num passado distante, Castallan fora tomado pelos Inglésios, e a população acabou tendo sua ligação com a magia rompida. Mas anos se passaram, o continente de Castallan conseguiu se reeguer e a população conseguiu se reconectar com a magia. A magia está ligada aos quatro elementos e todos tem uma ligação muito forte com ela, mas somente alguns são dotados do propio, uma habilidade única para um bruxo distinto.
Depois de perder Dez, o herdeiro do trono, seu irmão Alfie precisa voltar para assumir as responsabilidades do reino em seu lugar. Alfie é dotado do propio, ele consegue sentir e igualar a cor de sua magia. Mas ele, embora tenha visto com os próprios olhos o irmão ter sido sugado por um buraco após um incidente conspiratório, não acredita que Dez morreu, mas sim que está preso em alguma realidade paralela, sem ter como voltar. Qualquer coisa que envolva magia parece poder ser revertido, logo Alfie acredita que exista alguma forma de trazer seu irmão de volta, mesmo que para isso ele precise se envolver com bruxos e com o lado sombrio da cidade, o que acaba fazendo com que ele cruze o caminho de Finn Voy, quando resolve participar de algumas partidas ilegais para conseguir alguns livros raros como prêmio, com informações importantes que podem ajudá-lo a trazer Dez de volta.
Finn é uma ladra que não se importa com nada nem ninguém devido a um passado bastante traumático, e como possuidora do propio, sua habilidade é poder mudar seu rosto e seu corpo e se transformar em quem ela quiser, assim, além de se proteger, ela pode se disfarçar e fugir sem ser pega. Ela também queria ganhar o prêmio para poder fugir sem olhar pra trás, mas tudo muda quando ela é pega e sua habilidade é bloqueada para que ela consiga um artefato para a gangue que a capturou. Agora Finn precisa roubar o tal artefato mágico para poder escapar, mas o artefato se encontra no castelo. Agora o destino dos dois irá mudar pra sempre quando eles, acidentalmente, liberta uma magia antiga que vai colocar a vida de todos em perigo.
Narrado em terceira pessoa, a autora apresenta um universo fantástico inspirado na cultura latina e tem uma construção de mundo bastante interessante e que despertou minha curiosidade logo no início. As características físicas dos personagens, os detalhes do cenário e das paisagens, as descrições acerca do clima e da comida local, é tudo muito bem construído e próximo da realidade cultural do local e muitos podem se identificar com esses detalhes.
Mas, embora a escrita seja boa e esse universo seja muito legal, a história não me prendeu o suficiente pra que eu me importasse com o que estava acontecendo, pois não foi tão bem desenvolvida quanto deveria ser. A trama é enrolada e cheia de furos, e os personagens parecem um bando de idiotas que mal sabem o que estão fazendo, e as coisas acabam não fazendo sentido algum. Finn é a única que salva em meio a essas caricaturas em forma de personagens. A história é cheia de conveniências e facilitações narrativas, e o que deveria ser um tipo de alívio cômico pra dar um tom de bom humor à trama, só me fez revirar os olhos pois as gracinhas de Luka, o primo do príncipe, além de fora do tom, são feitas nos momentos mais nonsense que se pode imaginar.
Ainda assim o livro foi bem resolvido e não tem a menor necessidade de uma continuação, a menos que a autora use o mesmo mundo pra abordar outra história, envolvendo outros personagens talvez, caso contrário não vou entender nada.
Mas, não posso negar que a história aborda temas como autoaceitação, sobre erros e acertos, sobre culpa, sobre as consequências de se ser manipulado, e principalmente sobre amizade verdadeira, mas mesmo com elementos importantes assim, não foi uma leitura que me cativou tanto quanto eu esperei. Recomendo? Sim, mas não vá com muitas expectativas.
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Na Telinha - O Rei do Show
17 de outubro de 2019
Título: O Rei do Show (The Greatest Showman)
Elenco: Hugh Jackman, Zac Efron, Michelle Williams, Rebecca Ferguson, Zendaya, Keala Settle
Gênero: Drama/Musical
Ano: 2017
Duração: 1h 44min
Classificação: +12
Nota:★★★★☆Sinopse: De origem humilde e desde a infância sonhando com um mundo mágico, P.T. Barnum (Hugh Jackman) desafia as barreiras sociais se casando com a filha do patrão do pai e dá o pontapé inicial na realização de seu maior desejo abrindo uma espécie de museu de curiosidades. O empreendimento fracassa, mas ele logo vislumbra uma ousada saída: produzir um grande show estrelado por freaks, fraudes, bizarrices e rejeitados de todos os tipos.
O Rei do Show é baseado nos feitos de P.T. Barnum, um empresário visionário do século 19 que não só ficou conhecido por ter sido o fundador do circo moderno e da história do entretenimento, mas também por apresentar ao público artistas com alguma característica física ou habilidades diferentes que os tornavam "aberrações", mas que na verdade eram completas fraudes. Acho válido ressaltar que, no filme, Barnum, interpretado pelo ator Hugh Jackman, ganhou uma versão bastante romanceada e até fantasiosa sobre as verdadeiras origens desse oportunista que fez fama e fortuna com suas apresentações, principalmente por se tratar de um musical que, consequentemente, faz com que tudo pareça um conto de fadas do século 19 onde, embora haja inúmeras dificuldades na trajetória que ele teve, há esperança de que no final, tudo vai dar certo.
Assim, vamos acompanhando a história de P.T., que era um garotinho pobre e sem perspectiva, apaixonado por Charity, uma garota de classe social bem superior a sua, com o sonho de melhorar de vida para poder se casar com ela, seu grande amor. Agora, depois de adulto, ele enfim se casa com ela, mas por não ter condições financeiras, a família vive cheia de dificuldades e apertos até ele ter a ideia de criar o espetáculo com apresentações musicais, com direito à atrações únicas que ele passa a recrutar, como a mulher barbada, acrobatas, albinos, siameses, o homem mais gordo do mundo, e afins, que juntos trazem uma diversidade étnica sem igual que, querendo ou não, não deixa de ser uma forma de representatividade muito bacana.
Mas, mesmo que o filme reforce que deve-se seguir o coração, lutar incansavelmente para alcançar os sonhos, e que, por mais que a vida seja difícil, no final haverá uma recompensa, o que se sobrepõe é a ideia de que a sociedade trata as pessoas com alguma diferença com desprezo, a ponto de elas viverem às margens e serem excluídas, ofendidas e até atacadas. Qualquer semelhança com a realidade da nossa atualidade não é mera coincidência.
O problema maior é que a mensagem sobre a luta contra o preconceito fica explícita e, até certo ponto, é muito bonita e emocionante, mas não há profundidade alguma nos personagens e a história é tão superficial e foca tanto no conto de fadas e do felizes para sempre, que chega a dar dó. São personagens interessantes, que parecem ter uma bagagem de vida sofrida e que renderiam camadas incríveis, mas que não foram trabalhados para que os conhecêssemos mais a fundo e sentíssemos mais empatia por cada um deles. Alguns até que mostram de onde vieram ou como chegaram no espetáculo, como é o caso da mulher barbada ou do anão que quer ser general, mas os outros só estão lá pra preencher a "vaga" e nada mais. Ninguém sabe de onde vem, o que fazem, como, quando, porquê... Só sabemos que são diferentes e que sofrem com o preconceito da sociedade, e procuraram refúgio no circo, onde, enfim, se sentiram em casa com seus "iguais".
A questão do romance e dos dramas é até bem trabalhada, e em alguns pontos dá pra se emocionar, pois fala do amor verdadeiro de uma forma bem direta e bonita. P.T. Barnum, a fim de dar uma vida melhor pra sua esposa e suas filhas, se concentra exclusivamente no trabalho e deixa a família de lado, e sua ausência devido ao trabalho constante acaba interferindo naquilo que ele construiu e sonhou, colocando seu próprio casamento em risco, logo fica no ar a questão do trabalho vs família, e que é preciso conciliar as coisas pra haver equilíbrio, afinal, não adianta nada conquistar tudo e viver uma vida de luxo quando o sentimento de solidão de uma das partes toma conta.
Phillip Carlyle (Zac Efron) também é um personagem que acrescenta bastante, pois ele já vem de uma família abastada e jamais poderia colocar sua reputação em risco, mas resolve abrir mão de tudo para seguir o que o faz feliz, incluindo se envolver com Anne Wheeler (Zendaya). O relacionamento não tem muita profundidade, mas também serve pra mostrar o preconceito não só da sociedade, mas da própria família. Naquela época quase ninguém se casava por amor, e os casamentos costumavam ser arranjados entre as famílias de mesma classe social, logo um rapaz branco e rico se envolver com uma moça pobre e negra era inaceitável, praticamente repulsivo. E os dois mostram que é possível, sim, superar esse tipo de barreira, desde que enfrentem tais imposições absurdas com força e coragem. No final, o amor sempre fala mais alto.
A trilha sonora acaba sustentando boa parte dessa atmosfera "mágica", e por mais que a coreografia e o estilo musical não tenham nada a ver com o estilo da época que a história se passa, elas fazem sentido de acordo com os propósitos dos personagens, e sempre trazem letras cheias de significado e que tem a ver com a situação enfrentada pelos personagens. E nem preciso dizer que This is Me, cantada por Keala Settle (que interpreta Lettie Lutz, a mulher barbada) é aquele tipo de música que a gente ouve e não pára de cantar nunca mais, tanto pela canção ser envolvente e quanto pela letra ser inspiradora e cheia de empoderamento sobre autoaceitação.
No mais, mesmo que eu não seja fã de musicais (e tenha achado que Hugh Jackman, como cantor, passaria fome), O Rei do Show passa uma mensagem muito legal sobre superação diante de uma sociedade excludente e que oprime as diferenças, além de abordar temas como amizade, amor e superação de forma simples e direta, mesmo que bastante superficial.
A Incendiária - Stephen King
14 de outubro de 2019
Título: A Incendiária
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Suspense/Sobrenatural/Sci-fi
Ano: 2018
Páginas: 450
Nota:★★★★☆
Resenha: Quando um grupo de universitários se voluntariam para um misterioso experimento científico comandado por uma organização governamental clandestina conhecida como A Oficina, eles não imaginavam quais seriam as consequências ao terem contato com o composto químico "lote 06"... Andy e Vicky foram cobaias sobreviventes ao experimento. Poderes psíquicos se manifestaram e alteraram seus DNA's. Eles passaram a ser capazes de mover objetos com a mente, se comunicarem através de pensamentos e até influenciar o pensamento alheio. Mas algo não previsto pela Oficina foi a união desses dois, e tudo mudaria quando o casal teve uma filha, Charlie. Ela tem sete anos, mas desde muito pequena já estava bem claro que ela havia herdado um poder grandioso e sobrenatural, o dom da pirocinese, o poder de criar fogo com a força da sua mente. Ela tenta controlar essa habilidade, mas quando o governo passa a persegui-la com intenção de usar os poderes dela como arma militar, Charlie e o pai, Andy, decidem fugir para contarem para o mundo a história real do que aconteceu, mas será que vão conseguir quando o mundo estiver em chamas?
O livro é narrado através da perspectiva de vários personagens, o que torna a trama bem mais interessante e dinâmica já que há um ponto de vista diferente para uma mesma situação de acordo com o personagem da vez.
A medida que o passado de Andy e da filha vem à tona, assim como o interesse real da Oficina em seu objetivo de capturar os dois, é possível estar na cabeça dos personagens, acompanhar suas angústias, seus medos e suas virtudes. E da mesma forma temos acesso a personalidade complexa de Rainbird, o agente que está os perseguindo. Sua frieza e crueldade na forma de agir chegam a ser assustadoras, e com certeza ele entra pro time de personagens icônicos e psicóticos do autor, com características peculiares que os tornam tão obsessores quanto maquiavélicos em seus terríveis objetivos.
Por ter sido inicialmente lançado nos anos oitenta, há diversas referências da época e é impossível não sentir aquela nostalgia devido ao estilo, pois como tudo é muito bem detalhado, é perfeitamente possível imaginar e visualizar todo o cenário que foi palco para grandes acontecimentos marcantes.
A Incendiária é uma leitura cheia de suspense cuja trama é movimentada de acordo com o desenvolvimento das relações entre os personagens e do constante perigo enfrentado por Charlie e seu pai enquanto fogem e tentam ficar um passo a frente dos vilões. No início, assim como a maioria dos livros de King, há muitos detalhes e descrições minuciosas acerca de acontecimentos e situações que ocorreram antes da fuga de pai e filha. Essas cenas se alternam, passado e presente, para uma melhor compreensão do que está acontecendo, e o que aconteceu antes que interferiu diretamente no destino dos dois. Porém, o excesso tornou algumas partes um tanto longas, com informações repetidas e até desnecessárias.
Sei que faz parte do estilo do autor, mas chega a ser um pouco cansativo acompanhar uma história que deveria ser frenética, mas que acaba sendo "quebrada" por tantas interrupções feitas pelo próprio autor.
O projeto gráfico do livro, assim como os demais da Coleção Biblioteca Stephen King, está divino. A capa com textura meio emborrachada e com detalhes em alto relevo enriquecem a obra, assim como a diagramação e os detalhes internos que simulam páginas "queimadas".
No mais, o livro talvez esteja mais pra um thriller com toques de ficção científica e muito suspense do que pro terror propriamente dito, mas é leitura muito indicada, principalmente para os fãs do autor.
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Gênero: Suspense/Sobrenatural/Sci-fi
Ano: 2018
Páginas: 450
Nota:★★★★☆
Sinopse: Uma criança com o poder mais extraordinário e incontrolável de todos os tempos. Um poder capaz de destruir o mundo.
Andy e Vicky eram apenas universitários precisando de uma grana extra quando se voluntariaram para um experimento científico comandado por uma organização governamental clandestina conhecida como “a Oficina”. As consequências foram o surgimento de estranhos poderes psíquicos — que tomaram efeitos ainda mais perigosos quando os dois se apaixonaram e tiveram uma filha. Desde pequena, Charlie demonstra ter herdado um poder absoluto e incontrolável. Pirocinética, a garota é capaz de criar fogo com a mente.
Agora o governo está à caça da garotinha, tentando capturá-la e utilizar seu poder como arma militar.
Impotentes e cada vez mais acuados, pai e filha percorrem o país em uma fuga desesperada, e percebem que o poder de Charlie pode ser sua única chance de escapar.
Resenha: Quando um grupo de universitários se voluntariam para um misterioso experimento científico comandado por uma organização governamental clandestina conhecida como A Oficina, eles não imaginavam quais seriam as consequências ao terem contato com o composto químico "lote 06"... Andy e Vicky foram cobaias sobreviventes ao experimento. Poderes psíquicos se manifestaram e alteraram seus DNA's. Eles passaram a ser capazes de mover objetos com a mente, se comunicarem através de pensamentos e até influenciar o pensamento alheio. Mas algo não previsto pela Oficina foi a união desses dois, e tudo mudaria quando o casal teve uma filha, Charlie. Ela tem sete anos, mas desde muito pequena já estava bem claro que ela havia herdado um poder grandioso e sobrenatural, o dom da pirocinese, o poder de criar fogo com a força da sua mente. Ela tenta controlar essa habilidade, mas quando o governo passa a persegui-la com intenção de usar os poderes dela como arma militar, Charlie e o pai, Andy, decidem fugir para contarem para o mundo a história real do que aconteceu, mas será que vão conseguir quando o mundo estiver em chamas?
O livro é narrado através da perspectiva de vários personagens, o que torna a trama bem mais interessante e dinâmica já que há um ponto de vista diferente para uma mesma situação de acordo com o personagem da vez.
A medida que o passado de Andy e da filha vem à tona, assim como o interesse real da Oficina em seu objetivo de capturar os dois, é possível estar na cabeça dos personagens, acompanhar suas angústias, seus medos e suas virtudes. E da mesma forma temos acesso a personalidade complexa de Rainbird, o agente que está os perseguindo. Sua frieza e crueldade na forma de agir chegam a ser assustadoras, e com certeza ele entra pro time de personagens icônicos e psicóticos do autor, com características peculiares que os tornam tão obsessores quanto maquiavélicos em seus terríveis objetivos.
Por ter sido inicialmente lançado nos anos oitenta, há diversas referências da época e é impossível não sentir aquela nostalgia devido ao estilo, pois como tudo é muito bem detalhado, é perfeitamente possível imaginar e visualizar todo o cenário que foi palco para grandes acontecimentos marcantes.
A Incendiária é uma leitura cheia de suspense cuja trama é movimentada de acordo com o desenvolvimento das relações entre os personagens e do constante perigo enfrentado por Charlie e seu pai enquanto fogem e tentam ficar um passo a frente dos vilões. No início, assim como a maioria dos livros de King, há muitos detalhes e descrições minuciosas acerca de acontecimentos e situações que ocorreram antes da fuga de pai e filha. Essas cenas se alternam, passado e presente, para uma melhor compreensão do que está acontecendo, e o que aconteceu antes que interferiu diretamente no destino dos dois. Porém, o excesso tornou algumas partes um tanto longas, com informações repetidas e até desnecessárias.
Sei que faz parte do estilo do autor, mas chega a ser um pouco cansativo acompanhar uma história que deveria ser frenética, mas que acaba sendo "quebrada" por tantas interrupções feitas pelo próprio autor.
O projeto gráfico do livro, assim como os demais da Coleção Biblioteca Stephen King, está divino. A capa com textura meio emborrachada e com detalhes em alto relevo enriquecem a obra, assim como a diagramação e os detalhes internos que simulam páginas "queimadas".
No mais, o livro talvez esteja mais pra um thriller com toques de ficção científica e muito suspense do que pro terror propriamente dito, mas é leitura muito indicada, principalmente para os fãs do autor.
A Heroína da Alvorada - Alwyn Hamilton
11 de outubro de 2019
Título: A Heroína da Alvorada - A Rebelde do Deserto #3
Autora: Alwyn Hamilton
Editora: Seguinte
Gênero: YA/Aventura/Romance
Ano: 2018
Páginas: 384
Nota:★★★★★♥
Resenha: Amani, a famosa bandida de olhos azuis, está de volta nesse desfecho super esperado da trilogia A Rebelde do Deserto, pronta para tentar por fim no reinado de Oman.
Após a traição de Leyla e da captura dos líderes da rebelião pelo sultão, Amani passou a ficar a frente da rebelião, liderando os rebeldes. Mas ao mesmo tempo que lidera os rebeldes, Amani também precisa correr contra o tempo para encontrar a lendária e misteriosa cidade de Eremot, o suposto local onde seus amigos estariam aprisionados, e salvar Miraji da destruição, mesmo que ela esteja cada vez mais vulnerável à situação e correndo incontáveis riscos, não somente devido a guerra iminente contra o sultão, mas também contra uma magia antiga e muito forte que se encontra no deserto...
A escrita e a narrativa da autora são maravilhosas, continuam melhores do que nunca. A leitura é fluída e envolvente, a história é intensa, super agitada, sempre há contratempos, momentos de aflição pura, surpresas e reviravoltas de deixar o cabelo em pé. Os personagens continuam sendo muito bem desenvolvidos, assim como seus relacionamentos que, embora importantes e bem construídos, não ofuscam a questão da guerra e ainda intensificam a ideia da esperança que as pessoas tem de um novo mundo.
A mitologia da trama é super interessante, principalmente no que diz respeito à criação do mundo e à magia, e como esses elementos interferem em cada acontecimento da história, deixando tudo muito mais rico.
Amani continua uma ótima protagonista, mas, devido aos acontecimentos e ao enorme perigo que todos correm, ela se questiona muito sobre sua posição como líder da rebelião, se o que ela está fazendo é a coisa certa ou não. Ela segue cheia de receios, sabe que suas decisões vão determinar o futuro, mas também sabe que no meio do caminho poderão haver perdas irreparáveis. O jeito é seguir em frente, se reerguendo a cada queda, sem desistir e sempre lutando pela liberdade do povo.
Os demais personagens também são ótimos, e por mais odioso que o sultão seja, ele não é um vilão genérico que é mau porque sim. Ele tem suas motivações, que mesmo inaceitáveis, até são compreensíveis.
A Heroína da Alvorada me proporcionou uma leitura incrível, e posso dizer que não só encerrou a trilogia com chave de ouro, como foi um dos livros mais legais que li até então. Ri, chorei, fiquei aflita e não conseguia largar o livro enquanto não cheguei ao fim. Pra mim, o desfecho desse trilogia que evoluiu a cada volume foi épico, inesquecível, e é impossível não recomendar a leitura.
Autora: Alwyn Hamilton
Editora: Seguinte
Gênero: YA/Aventura/Romance
Ano: 2018
Páginas: 384
Nota:★★★★★♥
Sinopse: No último volume da trilogia A Rebelde do Deserto, Amani vai se deparar com a escolha mais difícil que já teve que fazer: entre si mesma e seu país.
Quando a atiradora Amani Al-Hiza escapou da cidadezinha em que morava, jamais imaginava se envolver numa rebelião, muito menos ter de comandá-la. Depois que o cruel sultão de Miraji capturou as principais lideranças da revolta, a garota se vê obrigada a tomar as rédeas da situação e seguir até Eremot, uma cidade que não existe em nenhum mapa, apenas nas lendas — e onde seus amigos estariam aprisionados.
Armada com sua pistola, sua inteligência e seus poderes, ela vai atravessar as areias impiedosas para concluir essa missão de resgate, acompanhada do que restou da rebelião. Enquanto assiste àqueles que ama perderem a vida para soldados inimigos e criaturas do deserto, Amani se pergunta se pode ser a líder de que precisam ou se está conduzindo todos para a morte certa.
Resenha: Amani, a famosa bandida de olhos azuis, está de volta nesse desfecho super esperado da trilogia A Rebelde do Deserto, pronta para tentar por fim no reinado de Oman.
Após a traição de Leyla e da captura dos líderes da rebelião pelo sultão, Amani passou a ficar a frente da rebelião, liderando os rebeldes. Mas ao mesmo tempo que lidera os rebeldes, Amani também precisa correr contra o tempo para encontrar a lendária e misteriosa cidade de Eremot, o suposto local onde seus amigos estariam aprisionados, e salvar Miraji da destruição, mesmo que ela esteja cada vez mais vulnerável à situação e correndo incontáveis riscos, não somente devido a guerra iminente contra o sultão, mas também contra uma magia antiga e muito forte que se encontra no deserto...
A escrita e a narrativa da autora são maravilhosas, continuam melhores do que nunca. A leitura é fluída e envolvente, a história é intensa, super agitada, sempre há contratempos, momentos de aflição pura, surpresas e reviravoltas de deixar o cabelo em pé. Os personagens continuam sendo muito bem desenvolvidos, assim como seus relacionamentos que, embora importantes e bem construídos, não ofuscam a questão da guerra e ainda intensificam a ideia da esperança que as pessoas tem de um novo mundo.
A mitologia da trama é super interessante, principalmente no que diz respeito à criação do mundo e à magia, e como esses elementos interferem em cada acontecimento da história, deixando tudo muito mais rico.
Amani continua uma ótima protagonista, mas, devido aos acontecimentos e ao enorme perigo que todos correm, ela se questiona muito sobre sua posição como líder da rebelião, se o que ela está fazendo é a coisa certa ou não. Ela segue cheia de receios, sabe que suas decisões vão determinar o futuro, mas também sabe que no meio do caminho poderão haver perdas irreparáveis. O jeito é seguir em frente, se reerguendo a cada queda, sem desistir e sempre lutando pela liberdade do povo.
Os demais personagens também são ótimos, e por mais odioso que o sultão seja, ele não é um vilão genérico que é mau porque sim. Ele tem suas motivações, que mesmo inaceitáveis, até são compreensíveis.
A Heroína da Alvorada me proporcionou uma leitura incrível, e posso dizer que não só encerrou a trilogia com chave de ouro, como foi um dos livros mais legais que li até então. Ri, chorei, fiquei aflita e não conseguia largar o livro enquanto não cheguei ao fim. Pra mim, o desfecho desse trilogia que evoluiu a cada volume foi épico, inesquecível, e é impossível não recomendar a leitura.
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