Lucky ingressou muito cedo no universo do K-pop. Aos dezessete anos, ela é uma febre na Ásia e a grande aposta de sua gravadora para conquistar o Ocidente – mas ainda tem dúvidas de que essa é a vida que realmente deseja. Por isso, em uma noite pouco antes de viajar para os Estados Unidos, ela resolve sair disfarçada de um hotel em Hong Kong para fazer tudo o que quiser.
É então que Lucky encontra Jack, um jovem paparazzo. Sem saber que está ao lado de uma das maiores celebridades do momento, ele acompanha a garota pela cidade e os dois desenvolvem uma conexão especial, mas Jack logo se vê num dilema quando percebe que tem o maior furo de sua carreira bem à sua frente.
Em um fim de semana repleto de música e reviravoltas, os dois se aproximam e aprendem muito um com o outro – mas as mentiras entre eles podem colocar tudo a perder.
Novidade de Março/20 - Seguinte
4 de março de 2020
Um Lugar só Nosso - Maurene Goo
Vermelho, Branco e Sangue Azul - Casey McQuiston
3 de março de 2020
Título: Vermelho, Branco e Sangue Azul
Autora: Casey McQuiston
Editora: Seguinte
Gênero: New Adult/Romance
Ano: 2019
Páginas: 392
Nota:★★★★★♥
Compre: Amazon
Resenha: Alex é o filho da presidente dos Estados Unidos. Queridinho pela mídia, bonito, talentoso e carismático, o jovem já faz parte do meio político e tem tudo para se dar bem se seguir os passos da mãe. Quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, ele não esperava ter que lidar com Henry, irmão do príncipe e que é sempre comparado a Alex, o que ele ODEIA e faz com que ele o considere uma enorme pedra em seu sapato. Até que uma situação inusitada faz com que eles pareçam inimigos frente à mídia, causando ameaças aos acordos entre os governos dos países. A fim de evitar maiores problemas, eles são obrigados a se comportar como se fossem melhores amigos para manter as aparências e afastar qualquer fofoca, mas esse lance vai acabar fazendo com que os dois se aproximem mais do que pensaram ser possível...
Eu gosto de romances que tem essa temática LGBTQ+, seja por desconstruir vários tabus sociais, quanto por, principalmente, ter uma história legal, bem amarrada e cheia de toques de bom humor, e com Vermelho, Branco e Sangue Azul a experiência é super positiva, porque é um livro muito amorzinho. É um romance contemporâneo com vários clichês (o relacionamento que começa na base do ódio e no final um não pode viver sem o outro é coisa que a gente tem muito costume de ver por aí), mas, tem o diferencial da trama estar inserida nesse meio onde o relacionamento improvável precisa não só quebrar barreiras e preconceitos, mas enfrenta-los.
A autora é bastante sutil nos detalhes e as coisas acontecem da forma mais natural possível, então não ficamos com aquela sensação de que esse é mais um romance LGBT da moda que querem nos enfiar goela abaixo. A história flui muito bem, de forma gradual, e explora os dilemas de Alex e Henry e o quanto pode ser complicado "sair do armário", principalmente por serem pessoas públicas e alvos de julgamentos e notícias constantes de sociedade e mídia.~
Embora Alex seja bastante teimoso e irritante, é bem legal acompanha-lo nessa jornada de autodescoberta sobre a própria sexualidade e a forma como ele aceita essa condição, porque mesmo que o relacionamento pareça ser "proibido", não quer dizer que ele deva se esconder ou negar ser quem ele realmente é.
Henry já é diferente, é mais discreto, mais elegante, talvez pela cultura britânica em si, mas também sofre com dilemas envolvendo se assumir publicamente. Logo, um acaba sendo o que o outro precisava pra resolver esses "probleminhas", pois passam a se entenderem e a terem confiança um no outro quando percebem que estão no mesmo barco.
Outro ponto bem bacana é a questão familiar. Por mais que os protagonistas e seus familiares estejam envolvidos com o meio político, eles não estão isentos dos dramas e dos problemas que toda família está sujeita a ter, e os embates entre Alex e sua mãe na Casa Branca são muito interessantes, assim como os dilemas da monarquia britânica, e tudo isso acaba refletindo na forma como eles encaram suas vidas, o que desejam pro futuro, o que passam a enxergar e quais as mudanças que vieram com a aproximação desses dois.
Eu gosto dos livros da Seguinte por serem mais voltados pro público juvenil e até infanto-juvenil, e fiquei um pouco surpresa por este livro estar nesse selo. Talvez se encaixasse melhor no selo da Paralela devido ao gênero e à história propriamente dita? Não sei... A capa colorida com ilustração meio infantilizada dos protagonistas é até bonitinha e sugestiva, mas não combina muito com o conteúdo já que se trata de um new adult. Não é a toa que logo na segunda folha do livro há um aviso de que a leitura é indicada para leitores a partir de 16 anos pois a história, apesar de leve e divertida, tem umas cenas bem "calientes". Em alguns pontos achei que a história se arrastou além do esperado, com descrições longas demais, e isso torna alguns capítulos meio cansativos, mas num geral, eu gostei muito.
No mais, indico muito a leitura do livro pra quem busca por uma história que aborda afinidade, confiança e aceitação de um jeito cativante, divertido e imperdível.
Autora: Casey McQuiston
Editora: Seguinte
Gênero: New Adult/Romance
Ano: 2019
Páginas: 392
Nota:★★★★★♥
Compre: Amazon
Sinopse: O que pode acontecer quando o filho da presidente dos Estados Unidos se apaixona pelo príncipe da Inglaterra?
Quando sua mãe foi eleita presidente dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana. Bonito, carismático e com personalidade forte, Alex tem tudo para seguir os passos de seus pais e conquistar uma carreira na política, como tanto deseja.
Mas quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, Alex tem que encarar o seu primeiro desafio diplomático: lidar com Henry, irmão mais novo de Philip, o príncipe mais adorado do mundo, com quem ele é constantemente comparado - e que ele não suporta.
O encontro entre os dois sai pior do que o esperado, e no dia seguinte todos os jornais do mundo estampam fotos de Alex e Henry caídos em cima do bolo real, insinuando uma briga séria entre os dois.
Para evitar um desastre diplomático, eles passam um fim de semana fingindo ser melhores amigos e não demora para que essa relação evolua para algo que nenhum dos dois poderia imaginar - e que não tem nenhuma chance de dar certo. Ou tem?
Resenha: Alex é o filho da presidente dos Estados Unidos. Queridinho pela mídia, bonito, talentoso e carismático, o jovem já faz parte do meio político e tem tudo para se dar bem se seguir os passos da mãe. Quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, ele não esperava ter que lidar com Henry, irmão do príncipe e que é sempre comparado a Alex, o que ele ODEIA e faz com que ele o considere uma enorme pedra em seu sapato. Até que uma situação inusitada faz com que eles pareçam inimigos frente à mídia, causando ameaças aos acordos entre os governos dos países. A fim de evitar maiores problemas, eles são obrigados a se comportar como se fossem melhores amigos para manter as aparências e afastar qualquer fofoca, mas esse lance vai acabar fazendo com que os dois se aproximem mais do que pensaram ser possível...
Eu gosto de romances que tem essa temática LGBTQ+, seja por desconstruir vários tabus sociais, quanto por, principalmente, ter uma história legal, bem amarrada e cheia de toques de bom humor, e com Vermelho, Branco e Sangue Azul a experiência é super positiva, porque é um livro muito amorzinho. É um romance contemporâneo com vários clichês (o relacionamento que começa na base do ódio e no final um não pode viver sem o outro é coisa que a gente tem muito costume de ver por aí), mas, tem o diferencial da trama estar inserida nesse meio onde o relacionamento improvável precisa não só quebrar barreiras e preconceitos, mas enfrenta-los.
A autora é bastante sutil nos detalhes e as coisas acontecem da forma mais natural possível, então não ficamos com aquela sensação de que esse é mais um romance LGBT da moda que querem nos enfiar goela abaixo. A história flui muito bem, de forma gradual, e explora os dilemas de Alex e Henry e o quanto pode ser complicado "sair do armário", principalmente por serem pessoas públicas e alvos de julgamentos e notícias constantes de sociedade e mídia.~
Embora Alex seja bastante teimoso e irritante, é bem legal acompanha-lo nessa jornada de autodescoberta sobre a própria sexualidade e a forma como ele aceita essa condição, porque mesmo que o relacionamento pareça ser "proibido", não quer dizer que ele deva se esconder ou negar ser quem ele realmente é.
Henry já é diferente, é mais discreto, mais elegante, talvez pela cultura britânica em si, mas também sofre com dilemas envolvendo se assumir publicamente. Logo, um acaba sendo o que o outro precisava pra resolver esses "probleminhas", pois passam a se entenderem e a terem confiança um no outro quando percebem que estão no mesmo barco.
Outro ponto bem bacana é a questão familiar. Por mais que os protagonistas e seus familiares estejam envolvidos com o meio político, eles não estão isentos dos dramas e dos problemas que toda família está sujeita a ter, e os embates entre Alex e sua mãe na Casa Branca são muito interessantes, assim como os dilemas da monarquia britânica, e tudo isso acaba refletindo na forma como eles encaram suas vidas, o que desejam pro futuro, o que passam a enxergar e quais as mudanças que vieram com a aproximação desses dois.
Eu gosto dos livros da Seguinte por serem mais voltados pro público juvenil e até infanto-juvenil, e fiquei um pouco surpresa por este livro estar nesse selo. Talvez se encaixasse melhor no selo da Paralela devido ao gênero e à história propriamente dita? Não sei... A capa colorida com ilustração meio infantilizada dos protagonistas é até bonitinha e sugestiva, mas não combina muito com o conteúdo já que se trata de um new adult. Não é a toa que logo na segunda folha do livro há um aviso de que a leitura é indicada para leitores a partir de 16 anos pois a história, apesar de leve e divertida, tem umas cenas bem "calientes". Em alguns pontos achei que a história se arrastou além do esperado, com descrições longas demais, e isso torna alguns capítulos meio cansativos, mas num geral, eu gostei muito.
No mais, indico muito a leitura do livro pra quem busca por uma história que aborda afinidade, confiança e aceitação de um jeito cativante, divertido e imperdível.
Resumo do Mês - Fevereiro
1 de março de 2020
Agora que o Carnaval acabou, podemos começar o ano oficialmente nesse país, né non? Fevereiro foi um mês bem tranquilo, fugi de festas porque detesto muvuca e continuo de boas, procuro andar sempre com pensamentos positivos e praticando gratidão. E partindo dessas pequenas mudanças já percebi várias coisas boas acontecendo, o que me deixa mais animada inclusive.
Voltei a reler os livros de Harry Potter, e aproveitei pra ouvir os audiolivros também, o que é uma experiência super legal (procurem no youtube, tem vários canais que disponibilizam um monte audiolivros) e isso me deixou ainda mais empolgada com a história, e também a completar a coleção de Funko Pop dessa saga que não acaba nunca mais. Um dia chego lá.
Enfim, bora ver o que teve no blog:
♥ Resenhas
- Assombrado - Meg Cabot
- Serotonina - Michel Houellebecq
- Crepúsculo - Meg Cabot
- Enfim, Capivaras - Luisa Geisler
- A Espada do Destino - Andrzej Sapkowski
- Harry Potter e a Pedra Filosofal - J.K. Rowling
- Harry Potter e a Câmara Secreta - J.K. Rowling
♥ Na Telinha
- Anne with an "E" (1ª temporada)
- Abominável
♥ Games
- Não Seja Demitido!
♥ Wishlist
- Funkos de Ralph Breaks the Internet
- Funkos de Cinderella
♥ Caixa de Correio de Fevereiro
- Livritchos esperados e popinhos lindíneos ♥
Caixa de Correio #96 - Fevereiro
29 de fevereiro de 2020
Fazia um bom tempo que eu não comprava livros que estavam na minha wishlist literária, coisa de mais de ano. Mês passado eu só comprei dois livritchos em promoção porque saíram praticamente de graça pra mim pelo site do Submarino, e esse mês agora eu resolvi que, mesmo eu me desapegando de vários livros meus, alguns eu ainda faço questão de manter, e outros quero ter na estante, e é o caso desses abençoados da Darkside Books que comprei e espero não me decepcionar com a leitura.
Os próximos da lista que vou comprar, só não sei quando exatamente, vão ser as edições em capa dura da saga The Witcher (aquelas capas são lindas, meudeusdocéu) e a edição ilustrada de Harry Potter e o Cálice de Fogo, e espero achar num preço bom porque estão custando os olhos da própria cara ultimamente, socorro, Jesus...
Enfim... eis caixinha:
Os próximos da lista que vou comprar, só não sei quando exatamente, vão ser as edições em capa dura da saga The Witcher (aquelas capas são lindas, meudeusdocéu) e a edição ilustrada de Harry Potter e o Cálice de Fogo, e espero achar num preço bom porque estão custando os olhos da própria cara ultimamente, socorro, Jesus...
Enfim... eis caixinha:
Na Telinha - Abominável
25 de fevereiro de 2020
Título: Abominável (Abominable)
Elenco: Chloe Bennet, Albert Tsai, Tenzing Norgay Trainor, Eddie Izzard, Sarah Paulson
Gênero: Animação/Fantasia/Aventura
Ano: 2019
Duração: 1h 37min
Classificação: Livre
Nota: ★★★☆☆
Em parceria com a produtora chinesa Pearl, a DreamWorks trouxe para o público mais uma aventura envolvendo uma jornada mágica e com vários perigos que se passa na China.
Yi é uma adolescente que perdeu o pai há um tempo e mora com a mãe e a vó. O sonho dela é realizar o que o pai não pode fazer ainda em vida, que seria viajar numa grande aventura pela China, e por isso vive ocupada fora de casa, fazendo diversos trabalhos para juntar dinheiro.
Num laboratório longe dalí, uma criatura enjaulada consegue escapar e acaba indo parar no telhado do prédio onde Yi mora, e quando a garota o encontra, percebe que ele é um yeti muito dorminhoco com algumas habilidades especiais e que só quer voltar pra casa, no monte Everest. Yi passa a chama-lo de "Everest", e parte com ele e mais dois amigos numa viagem cheia de aventuras pela China enquanto são seguidos pelo dono megalomaníaco do laboratório, Sr. Burnish, e pela zoóloga responsável, Dra. Zara, que querem capturar o yeti a qualquer custo.
Partindo dessa premissa, temos aquela trama bem clichê e previsível de um grupinho de amigos que precisam salvar alguém recém conhecido, e no meio do caminho passam por maus bocados até chegar ao destino. Talvez pela produtora ser a mesma, é impossível não notar uma enorme similaridade com o dragão Banguela, de Como Treinar seu Dragão. Everest é o dito "pé-grande", o "abominável-homem-das-neves", mas de assustador ele não tem nada, muito pelo contrário. Sua boca gigante faz com que ele pareça mais um cachorro feliz que adora enfiar a cabeça pra fora da janela do carro enquanto a língua voa, e ser muito peludo e fofinho reforça ainda mais essa característica. Só faltava o pobre latir.
Everest consegue controlar a natureza para que ela se mova a seu favor. Ele pode fazer as plantas florescerem e dar frutos gigantes, pode criar um verdadeiro tsunami e destruir tudo, e pode inclusive invocar nuvens e vento, logo, não entendi a real necessidade dele ter companhia de crianças que correm risco de vida ao entrarem nessa e serem perseguidas pelos agentes do Sr. Burnish e da Dra. Zara, sendo que pra voltar pra casa bastava que Everest fosse voando e pronto. A impressão que fica é que os momentos reservados ao uso desse dom são utilizados somente nas horas convenientes pra dar aquele clímax e impressionar, mas o efeito acaba sendo o contrário por ser óbvio.
Ainda assim, não nego que há algumas cenas fofas e encantadoras que podem divertir, inclusive aquelas envolvendo Yi tocando o violino que ela herdou do pai, e o que a motiva fazer tudo o que ela faz, é justamente por causa da morte e do luto por ele, e da homenagem que ela deseja prestar ao tornar esse sonho de viajar pela China que ele tinha em algo real, mas da forma que foi colocado, a ligação propriamente dita entre essa questão e o yeti, eu não acho que as crianças podem captar essa ideia de uma forma muito clara, mas, sim, fiquem ligadas à fofura de Everest e aos poderes dele que promovem os melhores efeitos visuais do filme.
Os amigos de Yi não tem muitos atrativos, visto que um deles não dava muita bola pra Yi por ela não ser popular, é viciado em redes sociais e selfies e só se preocupa com isso na vida, e o outro mais novo que adora basquete acaba sendo mais engraçadinho, mas, claro, a partir da aventura, eles acabam tendo uma visão de mundo diferente. Apesar de fracos, eles movimentam a trama dando toques de bom humor e trazendo alguma pouca tensão, já que algumas coisas dão errado, e mostrando que uma amizade improvável pode surgir e se fortalecer nessa dinâmica, onde a união em prol de algo maior é a única coisa que lhes resta.
Já não posso falar a mesma coisa dos "vilões", que não tem motivações convincentes pra seguir com seus planos "malignos", ou que causam "reviravoltas" inexplicáveis pra mudarem de lado numa tentativa bem xulé de causar qualquer emoção no público. Sei que em animações infantis é comum que as coisas se resolvam - e elas sempre se resolvem - de uma forma feliz, mas quando isso é feito de forma preguiçosa eu morro de dó.
Abominável traz uma aventura até divertida abordando temas como amizade, família, luto e autodescoberta num visual bem bacana e utilizando uma trilha sonora tocante e muito legal, mas a animação em si não traz nada de inesquecível, pra ser sincera.
Elenco: Chloe Bennet, Albert Tsai, Tenzing Norgay Trainor, Eddie Izzard, Sarah Paulson
Gênero: Animação/Fantasia/Aventura
Ano: 2019
Duração: 1h 37min
Classificação: Livre
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Shanghai, China. Yi (Chloe Bennet) é uma adolescente que, certo dia, descobre que um yeti está no telhado do prédio em que ela mora. A partir disso, ela e seus colegas passam a chamar a criatura mística de "Everest" e, ao criarem laços com o animal, decidem levá-lo até sua família, que está no topo do planeta. Porém, os três amigos terão que conseguir despistar o ganancioso Burnish (Eddie Izzard) e a zoóloga Dra. Zara (Sarah Paulson), que querem pegar o yeti a qualquer custo.
Em parceria com a produtora chinesa Pearl, a DreamWorks trouxe para o público mais uma aventura envolvendo uma jornada mágica e com vários perigos que se passa na China.
Yi é uma adolescente que perdeu o pai há um tempo e mora com a mãe e a vó. O sonho dela é realizar o que o pai não pode fazer ainda em vida, que seria viajar numa grande aventura pela China, e por isso vive ocupada fora de casa, fazendo diversos trabalhos para juntar dinheiro.
Num laboratório longe dalí, uma criatura enjaulada consegue escapar e acaba indo parar no telhado do prédio onde Yi mora, e quando a garota o encontra, percebe que ele é um yeti muito dorminhoco com algumas habilidades especiais e que só quer voltar pra casa, no monte Everest. Yi passa a chama-lo de "Everest", e parte com ele e mais dois amigos numa viagem cheia de aventuras pela China enquanto são seguidos pelo dono megalomaníaco do laboratório, Sr. Burnish, e pela zoóloga responsável, Dra. Zara, que querem capturar o yeti a qualquer custo.
Partindo dessa premissa, temos aquela trama bem clichê e previsível de um grupinho de amigos que precisam salvar alguém recém conhecido, e no meio do caminho passam por maus bocados até chegar ao destino. Talvez pela produtora ser a mesma, é impossível não notar uma enorme similaridade com o dragão Banguela, de Como Treinar seu Dragão. Everest é o dito "pé-grande", o "abominável-homem-das-neves", mas de assustador ele não tem nada, muito pelo contrário. Sua boca gigante faz com que ele pareça mais um cachorro feliz que adora enfiar a cabeça pra fora da janela do carro enquanto a língua voa, e ser muito peludo e fofinho reforça ainda mais essa característica. Só faltava o pobre latir.
Everest consegue controlar a natureza para que ela se mova a seu favor. Ele pode fazer as plantas florescerem e dar frutos gigantes, pode criar um verdadeiro tsunami e destruir tudo, e pode inclusive invocar nuvens e vento, logo, não entendi a real necessidade dele ter companhia de crianças que correm risco de vida ao entrarem nessa e serem perseguidas pelos agentes do Sr. Burnish e da Dra. Zara, sendo que pra voltar pra casa bastava que Everest fosse voando e pronto. A impressão que fica é que os momentos reservados ao uso desse dom são utilizados somente nas horas convenientes pra dar aquele clímax e impressionar, mas o efeito acaba sendo o contrário por ser óbvio.
Ainda assim, não nego que há algumas cenas fofas e encantadoras que podem divertir, inclusive aquelas envolvendo Yi tocando o violino que ela herdou do pai, e o que a motiva fazer tudo o que ela faz, é justamente por causa da morte e do luto por ele, e da homenagem que ela deseja prestar ao tornar esse sonho de viajar pela China que ele tinha em algo real, mas da forma que foi colocado, a ligação propriamente dita entre essa questão e o yeti, eu não acho que as crianças podem captar essa ideia de uma forma muito clara, mas, sim, fiquem ligadas à fofura de Everest e aos poderes dele que promovem os melhores efeitos visuais do filme.
Os amigos de Yi não tem muitos atrativos, visto que um deles não dava muita bola pra Yi por ela não ser popular, é viciado em redes sociais e selfies e só se preocupa com isso na vida, e o outro mais novo que adora basquete acaba sendo mais engraçadinho, mas, claro, a partir da aventura, eles acabam tendo uma visão de mundo diferente. Apesar de fracos, eles movimentam a trama dando toques de bom humor e trazendo alguma pouca tensão, já que algumas coisas dão errado, e mostrando que uma amizade improvável pode surgir e se fortalecer nessa dinâmica, onde a união em prol de algo maior é a única coisa que lhes resta.
Já não posso falar a mesma coisa dos "vilões", que não tem motivações convincentes pra seguir com seus planos "malignos", ou que causam "reviravoltas" inexplicáveis pra mudarem de lado numa tentativa bem xulé de causar qualquer emoção no público. Sei que em animações infantis é comum que as coisas se resolvam - e elas sempre se resolvem - de uma forma feliz, mas quando isso é feito de forma preguiçosa eu morro de dó.
Abominável traz uma aventura até divertida abordando temas como amizade, família, luto e autodescoberta num visual bem bacana e utilizando uma trilha sonora tocante e muito legal, mas a animação em si não traz nada de inesquecível, pra ser sincera.
Tags:
Abominável,
Animação,
Aventura,
Crítica,
Dream Works,
Fantasia,
Na Telinha
Games - Não Seja Demitido!
24 de fevereiro de 2020
Título: Não Seja Demitido! (Don't Get Fired!)
Desenvolvedora: QuickTurtle
Plataforma: Android e iOS
Categoria: Simulação/Sobrevivência
Ano: 2015(?)
Classificação Indicativa: Livre
Nota: ★★★★☆
Não Seja Demitido é um game indie de sobrevivência que simula a jornada sofrida e um tanto injusta de trabalho de um pobreescravo funcionário sem amigos e sem dinheiro, que passa por várias empresas coreanas com "objetivo" de não ser demitido e subir de cargo. O problema é que não ser demitido é simplesmente impossível, e talvez a "graça" do jogo esteja justamente nessa dificuldade, mostrando o quanto é complicado começar do zero e crescer dentro de uma grande corporação cheia de hierarquias e nenhuma mãozinha pra ajudar.
O jogo começa com o personagem, um rapazinho entusiasmado de cabelinho azul, animado pra entrevista em busca do seu primeiro emprego. Depois de muita rejeição (que conta como demissão), ele ingressa na empresa como estagiário, sem ganhar um tostão furado, e trabalhando feito um louco recolhendo dezenas de arquivos e documentos de seus superiores para dar conta. O pouco dinheiro que ele ganha é uma mísera moedinha por cada arquivo finalizado, e, no início, a pilha de arquivos que se acumulam é assustadora, já que o pobrezinho é iniciante e não tem qualificações.
Cada período de experiência, aparentemente, corresponde a um ano de trabalho, e, a cada promoção, a pontuação exigida para subir de nível dobra para dificultar ainda mais a vida do personagem, já exausto. Porém a pensão/salário prometido para o dito cargo só é recebida quando o pobre coitado é demitido, logo é bastante difícil juntar dinheiro para aprimorar o personagem para que ele se qualifique e consiga ser promovido com menos dificuldade. As qualificações são caras e vão desde a aumentar a saúde, até melhorar a capacidade e a velocidade no trabalho e da equipe, assim como melhorias no discurso ou na liderança (quando ele consegue atingir um cargo de chefia e tem subordinados a quem pode dar ordens). É possível desbloquear alguns desafios que podem render algum benefício ou a demissão imediata, e assistir anúncios como forma de ganhar um dinheirinho extra fazendo esse trabalho "por fora" (desde que você não seja pego, claro).
Com vários pop ups de chefes dando ordens e exigindo coisas absurdas, ou subordinados implorando por descanso onde é preciso escolher uma opção entre as duas oferecidas, é possível ganhar e perder dinheiro, saúde, uma porcentagem sobre as chances de uma provável promoção ao final da experiência, comprar bens materiais para subir de posição social, casar, comprar uma casa, e até ser demitido por fazer uma escolha errada.
O jogo em si é bem intuitivo, simples e coloridinho (e dá pra configurar o idioma em português também). Os gráficos são em 8 bits e o gênero chiptune é o que dá som ao game, dando uma boa de uma nostalgia dos videogames dos anos 80/90, o que é bastante atrativo. Há um painel onde é possível conferir a "coleção" dos motivos que levaram o coitado a ser demitido, assim como as posições que ele já ocupou na empresa (algumas são secretas e só são desbloqueadas dependendo da forma como ele age na empresa, como "demônio", "anjo", "parasita"...).
Desenvolvedora: QuickTurtle
Plataforma: Android e iOS
Categoria: Simulação/Sobrevivência
Ano: 2015(?)
Classificação Indicativa: Livre
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Desempregados destruirão seus celulares e trabalhadores contratados chorarão como garotinhas depois que jogarem este jogo!
Sobreviva no emprego do jeito extremo...
'Não seja demitido!' chegou!!!
Para todos aqueles que estão procurando um emprego:
'Não seja demitido!' é um jogo de sobrevivência onde você interpreta um personagem sem dinheiro e amigos importantes. Você precisa fazê-lo subir na empresa desde um simples 'estagiário' ao praticamente inalcançável 'presidente'.
Experimente as condições de trabalho extremamente duras da Coréia com controles simples!
Por quantas empresas você terá que passar para se tornar o presidente?
Para todos os trabalhadores e desempregados cansados e frustrados:
Faça seus sonhos se realizarem nesse jogo!
Até que você chegue no topo da escada ...
Não. Seja. Demitido!
[Não importa o que você espera, você verá que tem muito mais XD]
Não Seja Demitido é um game indie de sobrevivência que simula a jornada sofrida e um tanto injusta de trabalho de um pobre
O jogo começa com o personagem, um rapazinho entusiasmado de cabelinho azul, animado pra entrevista em busca do seu primeiro emprego. Depois de muita rejeição (que conta como demissão), ele ingressa na empresa como estagiário, sem ganhar um tostão furado, e trabalhando feito um louco recolhendo dezenas de arquivos e documentos de seus superiores para dar conta. O pouco dinheiro que ele ganha é uma mísera moedinha por cada arquivo finalizado, e, no início, a pilha de arquivos que se acumulam é assustadora, já que o pobrezinho é iniciante e não tem qualificações.
Cada período de experiência, aparentemente, corresponde a um ano de trabalho, e, a cada promoção, a pontuação exigida para subir de nível dobra para dificultar ainda mais a vida do personagem, já exausto. Porém a pensão/salário prometido para o dito cargo só é recebida quando o pobre coitado é demitido, logo é bastante difícil juntar dinheiro para aprimorar o personagem para que ele se qualifique e consiga ser promovido com menos dificuldade. As qualificações são caras e vão desde a aumentar a saúde, até melhorar a capacidade e a velocidade no trabalho e da equipe, assim como melhorias no discurso ou na liderança (quando ele consegue atingir um cargo de chefia e tem subordinados a quem pode dar ordens). É possível desbloquear alguns desafios que podem render algum benefício ou a demissão imediata, e assistir anúncios como forma de ganhar um dinheirinho extra fazendo esse trabalho "por fora" (desde que você não seja pego, claro).
Com vários pop ups de chefes dando ordens e exigindo coisas absurdas, ou subordinados implorando por descanso onde é preciso escolher uma opção entre as duas oferecidas, é possível ganhar e perder dinheiro, saúde, uma porcentagem sobre as chances de uma provável promoção ao final da experiência, comprar bens materiais para subir de posição social, casar, comprar uma casa, e até ser demitido por fazer uma escolha errada.
O jogo em si é bem intuitivo, simples e coloridinho (e dá pra configurar o idioma em português também). Os gráficos são em 8 bits e o gênero chiptune é o que dá som ao game, dando uma boa de uma nostalgia dos videogames dos anos 80/90, o que é bastante atrativo. Há um painel onde é possível conferir a "coleção" dos motivos que levaram o coitado a ser demitido, assim como as posições que ele já ocupou na empresa (algumas são secretas e só são desbloqueadas dependendo da forma como ele age na empresa, como "demônio", "anjo", "parasita"...).
Talvez, pra mim, o único ponto negativo do jogo seja a ideia do salário só ser recebido de forma integral no ato da demissão, e toda demissão faz com que o personagem volte dois cargos na hierarquia da empresa, assim, só dá pra realmente juntar dinheiro pra fazer as melhorias que queremos sendo demitido. Isso é um fator que acaba desanimando e dificultando ainda mais o progresso do personagem já que, sem dinheiro, ele não tem meios pra poder investir em melhorias e capacitação.
É interessante acompanhar o coitado nessa jornada, pois a cada vez que ele é promovido, ele passa a trabalhar sempre o dobro, e consequentemente isso interfere na aparência que ele tem. Ao entrar como estagiário ele é animado, sorridente e bem feliz, mas a medida que vai subindo de cargo e tendo novas responsabilidades atribuídas, ele começa a perder os cabelos, ficar com olheiras fundas, olhos vermelhos, e chorando de desespero. É notável o quanto ele vai virando um caco com o passar do tempo, de tão acabado. Achei um pouco injusto não ter opção de escolhermos uma personagem feminina, o que dá a entender que só homens podem conquistar cargos altos de chefia, como diretoria ou presidência da empresa, mas enfim...
As telas de carregamento do jogo também trazem dicas e várias frases "motivacionais" (ou não), e, num geral, o jogo em si deixa qualquer um indignado pelo esforço que, na maioria das vezes e sem a menor explicação, nunca é reconhecido. Por essas e outras Não Seja Demitido!, mesmo que viciante, acaba sendo um pouquinho cansativo, porque é realmente muito difícil sair do lugar e é brochante sempre voltar no início pra começar praticamente tudo de novo. Mas não nego que seja um game muito bom pra se passar o tempo e ver o quão dura, muitas vezes injusta, cheia de desafios, e digna de piedade, é a vida de um trabalhador que, literalmente, dá o sangue pela empresa em troca dequase nada.
É interessante acompanhar o coitado nessa jornada, pois a cada vez que ele é promovido, ele passa a trabalhar sempre o dobro, e consequentemente isso interfere na aparência que ele tem. Ao entrar como estagiário ele é animado, sorridente e bem feliz, mas a medida que vai subindo de cargo e tendo novas responsabilidades atribuídas, ele começa a perder os cabelos, ficar com olheiras fundas, olhos vermelhos, e chorando de desespero. É notável o quanto ele vai virando um caco com o passar do tempo, de tão acabado. Achei um pouco injusto não ter opção de escolhermos uma personagem feminina, o que dá a entender que só homens podem conquistar cargos altos de chefia, como diretoria ou presidência da empresa, mas enfim...
As telas de carregamento do jogo também trazem dicas e várias frases "motivacionais" (ou não), e, num geral, o jogo em si deixa qualquer um indignado pelo esforço que, na maioria das vezes e sem a menor explicação, nunca é reconhecido. Por essas e outras Não Seja Demitido!, mesmo que viciante, acaba sendo um pouquinho cansativo, porque é realmente muito difícil sair do lugar e é brochante sempre voltar no início pra começar praticamente tudo de novo. Mas não nego que seja um game muito bom pra se passar o tempo e ver o quão dura, muitas vezes injusta, cheia de desafios, e digna de piedade, é a vida de um trabalhador que, literalmente, dá o sangue pela empresa em troca de
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