Blackout - Dhonielle Clayton, Tiffany D. Jackson, Nic Stone, Angie Thomas, Ashley Woodfolk e Nicola Yoon

15 de dezembro de 2021

Título:
 Blackou
t - O Amor Também Brilha no Escuro
Autoras: Dhonielle Clayton, Tiffany D. Jackson, Nic Stone, Angie Thomas, Ashley Woodfolk e Nicola Yoon
Editora: Seguinte
Gênero: Romance/Jovem adulto
Ano: 2021
Páginas: 272
Nota:★★★☆☆
Compre: Amazon
Sinopse: Uma onda de calor causa um apagão em Nova York. Multidões se formam nas ruas, o metrô para de funcionar e o trânsito fica congestionado. Conforme o sol se põe e a escuridão toma conta da cidade, seis jovens casais veem outro tipo de eletricidade surgir no ar… Um primeiro encontro ao acaso. Amigos de longa data. Ex-namorados ressentidos. Duas garotas feitas uma para a outra. Dois garotos escondidos sob máscaras. Um namoro repleto de dúvidas. Quando as luzes se apagam, os sentimentos se acendem. Relacionamentos se transformam, o amor desperta e novas possibilidades surgem ― até que a noite atinge seu ápice numa festa a céu aberto no Brooklyn.
Neste romance envolvente e apaixonante, composto de seis histórias interligadas, as aclamadas autoras Dhonielle Clayton, Tiffany D. Jackson, Nic Stone, Angie Thomas, Ashley Woodfolk e Nicola Yoon celebram o amor entre adolescentes negros e nos dão esperança mesmo quando já não há mais luz.

Resenha: Blackout é uma antologia de contos que falam sobre histórias de amor e autodescoberta, cheias de representações negras e LGBTQI+.
Era uma sexta-feira, Nova York estava passando por uma onda de calor insuportável e isso acaba causando um grande apagão na cidade. O metrô pára, o trânsito fica congestionado, e a multidão começa a tomar conta das ruas. Embora a cidade esteja no escuro, uma energia diferente vai começar a surgir entre esses casais...

O livro é dividido em seis contos, todos narrados em primeira pessoa, mas há um conto maior, "A Longa Caminhada", escrito pela autora Tiffany D. Jackson, que foi dividido em cinco atos pra intercalar os outros. Eu tive mais facilidade em juntar essas partes do primeiro conto para ler direto e os demais não interrompessem e nem atrapalhassem na fluidez.
Os contos funcionam como capítulos, eles tem o título, o nome da autora, o local e o horário onde os personagens estão enquanto estão enfrentando o apagão, e sempre há menção a uma festa onde conhecem alguém em comum que vai estar lá, ou estão tentando chegar lá. Por serem curtos, não há tanto aprofundamento nas histórias, mas sempre aparece aquela frase de efeito clichê (e algumas não fazem o menor sentido). Alguns tem informações suficientes, abordando bem a situação e a personalidade dos personagens, outras dão aquela sensação de quero mais porque foram construídos de uma forma que é impossível não sentir empatia e se apegar, outros nem tanto quanto eu gostaria.

A Longa Caminhada, traz os personagens Tammi Wright e Kareem Murphy. A história começa com Tammi indo para uma entrevista de estágio que ela queria muito fazer, mas ao chegar lá, se depara com Kareem, seu ex namorado de quem ela ainda guarda muitas mágoas, principalmente porque, aparentemente, ele tem outra namorada. Acontece que houve um erro no disparo de emails da empresa, a vaga era pra uma pessoa só, mas os dois foram chamados. Quando a responsável iria verificar o que houve pra ver de quem era a vaga, ocorre o apagão e eles são despachados pra voltarem na semana seguinte. Eles tentam chegar ao metrô no Central Park, Tammi quer pegar o metrô ir pra casa e Kareem precisa chegar a tempo em uma festa onde ele seria o DJ, os dois esperando que até lá a energia já tenha voltado. O problema é que Tammi não tem dinheiro pra chegar ao centro, e Kareem como está sem celular pra poder se comunicar com os outros pra avisar se está tudo bem ou não, precisa usar o telefone de Tammi, então um acaba ficando "dependente" do outro enquanto eles partem a pé no meio da confusão da cidade.

Esse é um conto que vai abordar como a falta de comunicação e interpretação são fatores prejudiciais para um relacionamento, assim como mostra que, mesmo que tarde, ainda é possível tentar reparar os erros se houver espaço para uma boa conversa, desde que alguém esteja disposto a ceder em vez de se achar dona da razão. Não gostei muito da Tammi porque ela me pareceu um tanto tóxica, irritante e imatura com a ideia de que suas suposições sem fundamento correspondem com a realidade, e as conversas dela com Kareem mostram muito bem isso, mas adorei o rapaz com seu amor por música, com seu jeito descolado e protetor, e como ele se preocupa com aqueles que quer bem.
Nota: ★★★☆☆

Sem Máscara, de Nic Stone, é o segundo conto escrito por Nic Stone, e aqui temos JJ Harding e Tremaine Wright que se conhecem desde a infância. O tempo foi passando, JJ começou a jogar basquete, andar com os caras descolados do time da escola e ficar rodeado de garotas bonitas, e Tremaine era aquele que sofria bullying com esses caras. Depois de muito tempo sem se verem, JJ, que no tempo presente estava no metrô, percebe que Tremaine entra no mesmo vagão onde ele estava, e é quando tudo se apaga, o metrô para e as pessoas ficam bem incomodadas estando presas no escuro e naquele calor infernal. JJ fica hesitante em ir falar com Tremaine, então ele começa a lembrar de quando se conheceram e de alguns eventos que ocorreram nesse período, incluindo um "baile de máscaras".

Aqui temos um conto sobre autoconhecimento e a descoberta sobre a bissexualidade. A autora também tenta abordar algumas discussões sociais importantes, como a amamentação em público, por exemplo, mas achei que não se encaixou muito bem quando essa visão veio de JJ, porque ele é aquele tipo de pessoa que não toma frente de nada, ele sempre fica em cima do muro e parece travar quando precisa agir, como se estivesse perdido. O conto em si é praticamente um relato de JJ se descobrindo como bissexual, qual foi o papel de Tremaine nisso e o que acontece nesse reencontro no metrô. Às vezes fiquei com a impressão de que JJ é um super covarde, mas, pensando melhor, pude perceber que na verdade ele representa muito bem as pessoas que ainda tem dificuldades de se assumir e também se sentem perdidas e muito confusas com seus sentimentos e novas experiências.
Nota: ★★★☆☆

Feitas para se encaixar, escrito por Ashley Woodfolk, começa com Nella Jackson apagando um pequeno incêndio causado por velas na Althea House, uma casa de repouso pra idosos onde seu avô Ike vive. Por causa do apagão na cidade, a tão falada Joss Williams, que frequenta a Althea House uma vez por semana com seu cão terapeuta Ziggy, foi chamada nessa sexta-feira em caráter de urgência pra auxiliar os idosos nessa escuridão. E é assim que Nella, depois de tanto ouvir seu avô falar dela, conhece Joss. A atração de Nella por Joss é praticamente instantânea, e a medida que elas recebem uma "missão" de procurar uma foto que o avô disse ter perdido pela casa, elas começam a se aproximar, começam a falar de experiências que já tiveram, e vemos o quanto elas combinam muito bem.

Não vou dizer que o conto é lésbico por envolver duas mulheres, até mesmo porque enquanto vemos Nella trocar mensagens com alguém que seria sua "ex não-namorada", Joss fala de uma experiência com alguém "não binárie e queer" (sim, aqui a gente vê o uso do pronome neutro pra se referir a esse relacionamento que Joss teve), mas se trata dessa aproximação e da química que elas claramente têm.
Eu gostei desse conto de forma geral pela forma como as meninas se conheceram e foram se envolvendo aos poucos, só não curti a estrutura dele pois acabou me soando confuso devido a forma como as coisas foram apresentadas (tanto que tive que ler duas vezes pra entender), além da quantidade de nomes de personagens secundários que, embora a gente saiba que seja dos moradores da casa, não fazemos ideia de quem são e o que fazem exatamente, com exceção de uns três deles. Parece que a autora vai jogando nomes e espera que o leitor adivinhe quem é quem.
Nota: ★★☆☆

Todas as grandes histórias de amor… e pó, de Dhonielle Clayton, é o terceiro conto do livro onde Lana Beauvais-Simmons e Tristán Nestrepo ficam presos numa biblioteca durante o apagão. Eles são melhores amigos desde a infância, e enquanto Tristán faz o estilo popular, dono de podcast e tal, Lana é mais reservada, mais dedicada aos estudos e está tentando arrumar um jeito de contar pra Tristán que o ama antes de sua viajem pra Paris, mesmo que ele seja bem festeiro e viva mostrando pra ela as mensagens e curtidas que ele recebe de várias garotas.

Antes de tudo, acho válido destacar que há várias notas de rodapé pra expor o pensamento "verdadeiro" de Lana acerca de algumas frases ditas no diálogo com Tristan, e eu confesso não ser nada fã desse recurso por motivo de "interrupção constante" que me faz perder o foco, então deixei pra ler tudo depois do conto.
Eu fiquei um pouco irritada com esse lance de Lana gostar de alguém que, a princípio, só a via como amiga, cheio de contatinhos e etc. É meio triste nutrir sentimentos por uma pessoa, ficar guardando isso pra si (as notas de rodapé mostram bem isso), e ainda ficar triste ou sem saber como agir porque essa pessoa vive a vida (já que ele não tem como adivinhar os pensamentos da outra), e como os dois sempre fazem apostas pra qualquer coisa como forma de brincadeira, essa foi a forma de Lana por tudo pra fora. Mas posso dizer que eu adorei esse conto, amei a forma sensível como foi muito bem escrito, com todos os detalhes poéticos, e ainda com uma biblioteca como pano de fundo.
Nota: ★★★★☆

Sem dormir até o Brooklyn, de Angie Thomas, se passa num ônibus de turismo que estava levando uma turma de alunos numa excursão e fica parado no trânsito por causa do apagão. Kayla namora Tre’Shawn, mas tem uma queda por Micah, e alí, no meio dos dois, ela acaba tendo uma epifania depois de bater um papo no escuro com o motorista do ônibus.

Essa é uma história de um "não-triangulo-amoroso" (?). Isso porque o interesse de Kayla por Micah é recíproco, mas não há traição "física". Kayla sabe o quanto é escroto ficar se derretendo por outro cara enquanto namora com Tre, mas ela não consegue controlar esse impulso. E essa confusão toda pra que? Pra gente chegar a conclusão que é um conto sobre autodescoberta e amor próprio. Mesmo que a autora escreva bem e de uma forma bem fluída, achei essa "jornada" de autodescoberta um tanto mal executada.
Nota: ★★☆☆☆

Seymour & Grace, escrito por Nicola Yoon, encerra a antologia trazendo a história de Seymor, um motorista de aplicativo, e Grace, uma passageira jamaicana que está há dois anos em Nova York estudando. Grace está tentando chegar na famigerada festa de que todos falam nos contos anteriores para encontrar com a amiga e tentar reatar com seu ex namorado que também está lá, mas o congestionamento por causa do apagão não está facilitando as coisas. Ouvir o motorista escutando um podcast filosófico sobre a parábola do Navio de Teseu não está ajudando muito, mas o que ela não imaginava era que no final isso faria muito sentido. O clima está meio desconfortável entre os dois, Seymor parece não ter muita noção, a gasolina do carro acaba no meio do caminho, e ele se oferece para acompanhar Grace até a festa a pé. Ela fica um tanto resistente no início, mas acaba aceitando, e eles vão conversando e se conhecendo um pouco mais durante o caminho.

Esse conto foi o melhor pra mim. Ele intercala os pontos de vista de Seymor e de Grace, então podemos saber o que se passa na cabeça de cada um durante esse momento que eles passam juntos, e é impossível não se encantar por toda a simplicidade de Seymor, ou admirar Grace por ser uma jovem tão decidida. A história se concentra e traz reflexões sobre o senso de identidade, sobre as mudanças pelas quais passamos com o tempo, e sobre como essas mudanças interferem no convívio e nos relacionamentos. Grace percebe que o motorista de aplicativo está longe de ser só mais um cara sem noção, e a conexão que surgiu alí mostra que quando suas pessoas são capazes de se enxergar além das aparências, não se deve ignorar a oportunidade de se conhecerem melhor.
Nota: ★★★★★

Enfim, Blackout pra mim foi um livro mediano, que abordou as temáticas escolhidas na maioria das vezes de uma forma um tanto pobre e com termos que ainda não entendi, como por exemplo,"amor negro". Qual a diferença desse amor para os outros amores quando nada nos contos fez alguma referência ou criou situações que explicassem isso melhor? Acho que as vezes não basta somente a representatividade de cor ou gênero, pois se um livro é escrito com um propósito que nao serve pra nada, principalmente quando a mesma história pode ser contada com qualquer outro personagem no lugar dos que estão ali sem que haja diferença, a sensação final é de perda de tempo. Senti falta de situações que tivessem algum impacto maior pra justificar toda a propaganda, que me envolvesse e realmente me ensinasse algo que ainda não sei, mas não foi o caso.

The sims 4 - Desafio das Décadas - 1940

13 de dezembro de 2021



O início da década:



1940 começou com a casa cheia de novo. Carla grávida, Lisbeth casada e toda felicinha, e Jeremy e Amabella super orgulhosos.

A Casa:



Com um saldo bem generoso na poupança, a casa foi reformada mais uma vez para que os cômodos ficassem melhores distribuidos e acomodasse mais 2 casais que em breve teriam filhos. A reforma não ficou barata, pois foi preciso substituir a maioria da mobília para se adequar ao novo estilo, mas tem quartos para todos e de brinde ainda montei um escritório pra servir como sala de estudos e leitura.

A vida e a saga da família:

Antes de mais nada, preciso falar do meu DE-SES-PE-RO de procurar a Heiki pela vizinhança e não encontrar. A criatura abismal simplesmente morreu poucos dias depois de ter ficado velha e a casa ficou vazia, e como o pobre coitado do Danilo era um mísero bebê, com certeza ele foi levado pela assistência social, sem aviso nem nada, e sabe-se lá onde ele foi parar. Será que minha missão vai ser organizar um multirão pelas gerações pra procurar o abeçoado nos orfanatos e nas casas da vizinhança que podem tê-lo adotado e ver se consigo recuperar essa criança? A Nazaré do The Sims, meupaiamado. Não é possível que isso tenha acontecido.

Nessa década muita coisa muda, graças a Deus. As mulheres já podem seguir algumas carreiras (poucas, mas já é um bom começo), os adolescentes podem trabalhar meio período, agora é permitido ter uma máquina de lavar em casa (dando fim na maldita bacia e nas roupas espalhadas e fedorentas que ficam jogadas pela casa por não caberem no cesto), as crianças podem nascer no hospital e, relcionamentos interraciais estão liberados. O casamento ainda não é permitido, mas pelo menos agora vou enfiar o pé na jaca criando novas famílias, ou aproveitar algumas existentes do próprio jogo, pra cruzarem o caminho dessa tropa que já está na 5ª geração, se não me engano, maaaas, a 2ª Guerra Mundial está aí e não tenho um bom pressentimento. Já no começo da década eu comecei a mandar os homens pra Guerra, então era preciso tentar ter um bebê antes disso pro caso do abençoado não voltar vivo.
Uma observação mui importante aqui: Tive que mudar as regras do desafio no que diz respeito às Guerras e à Planta-Vaca. Isso porque toda vez que eu ia lá com o Sim pegar o bolo na boca dela, ela engolia e cuspia o Sim logo em seguida, então ele sobrevivia e ficava por isso mesmo (isso explica por todos os Sims de 1910 sobreviveram na 1ª Guerra e eu, trouxa, achando que tinha sido sorte)... Porém, entretanto, contudo, todavia, descobri que o Sim SEMPRE é cuspido da primeira vez que tenta pegar esse bolo, então que graça teria se nunca seria comido de fato? Ele sempre iria sobreviver à Guerra desse jeito. Descobri que somente na segunda tentativa de se pegar o bolo é que ele começa a ter chances de ser engolido ou não, então, mudei a regra pra que tentassem pegar o bolo 2x.
Como a quantidade de casas espalhadas já está bem considerável, vou entrar nas casas só no final da década pra ver como estão as coisas, senão não consigo dar a devida atenção pra família na casa principal e ainda perco muita coisa, já que eles vão vivendo por conta própria quando estou nas casas alheias. Vide o problema com a criança sobrenatural.
 
A década já começou com a adrenalina daquele jeito, os homens das famílias começaram a ir pra 2ª Guerra Mundial. O dia mal começou e Carla entrou em trabalho de parto no meio da cozinha enquanto preparava o café da manhã pra galera, e logo nasceu a pequena Samantha. Deu nem tempo de correr pro hospital. Cameron e Elias foram os primeiros, mas sobreviveram.
As notícias da Guerra estavam deixando todos muitos tensos, e toda vez que algum homem da família era convocado, era aquele desespero. Os filhos da falecida Bibiana, John e Carlos, sobreviveram. Giovane, o filho de Paola, também sobreviveu. Jacob, filho de Dom, conseguiu escapar, mas Gerald, seu irmão, não teve a mesma sorte... Leonardo, filho de Giuseppe, sobreviveu, e como seus irmãos Paulo e Artur eram adolescentes, eles não foram convocados.

Lá na casa de Diana, as coisas não poderiam estar mais "prósperas". Depois do casalzinho de gêmeos, Estevão foi convocado pra Guerra. Eles tentaram um bebê antes dele partir. Ele sobreviveu e quando voltou se deparou com a esposa grávida, e quase caiu duro quando nasceram gêmeas, de novo, Sandra e Grace, e elas são idênticas.

Quase ao mesmo tempo, Carla descobriu outra gravidez, e quando foi ter o bebê conseguiu ir pro hospital junto com Cameron a tempo. Sarah foi o primeiro bebê a nascer num hospital, mas a experiência foi meio traumática, porque ao chegar lá, tanto a recepcionista quando o médico de plantão eram FANTASMAS ??? Gente???



Esse jogo é uma comédia.

Lisbeth descobriu estar grávida e só sabia falar sobre gravidez, lia livros sobre educação de crianças, ficou obcecada com o assunto. Ao mesmo tempo começou a praticar canto e descobriu que é uma coisa que ela gosta muito de fazer.

Jeremy e Amabella começaram a se preparar pro pior. O aviso de que Isadore morreu chegou e todo mundo ficou de luto. Acho que Amabella ficou tão arrasada e deprimida com a morte da irmã que enquanto fazia uma pintura muito triste no seu cavalete, ela teve um troço e caiu dura no chão. A família quase morreu junto de tanto chorar.
Amabella morreu e nem chegou a conhecer Edith, a filha que Lisbeth teve, e nem Selena, a terceira filha que Carla teve.



A depressão era tanta que quando as irmãs cozinhavam juntas elas mais choravam do que prestavam atenção nas panelas, e não demorou a acontecer um acidente e por pouco elas não tacaram fogo na casa.



Cameron e Elias foram pra Guerra e sobreviveram pra voltar pra casa e conhecer os filhos que iriam nascer.

Jeremy gostava muito de passar um tempo aconchegando suas netinhas recém nascidas, mas parece que ele já estava sentindo que aquilo era uma despedida. Muito idoso, ele teve um ataque e morreu no quarto das crianças. Talvez Edith e Selena não vão se lembrar dessa cena horrorosa, mas não posso dizer o mesmo de Samantha, que já era criança, e Sarah. Elias até veio correndo pra tentar implorar pela vida do sogro, mas já era tarde demais...



Quando o Outono chegou, fui dar uma conferida na casa da Diana, e pra minha surpresa, a terceira gravidez dela também foi de gêmeos. O casal foi agraciado com Gregório e Gretha. Agora ela e o marido estão com 6 crianças em casa e completamente desesperados...

Voltando pra casa da família principal, me deparo com Carla e Lisbeth grávidas. Carla teve Soraya, que puxou o cabelinho ruivo do pai, e Lisbeth teve Ellie. Sò nasce menina nessa casa, meudeus.



Como Elias trabalha como pintor, ele começou a fazer pinturas em telas em casa, e isso tem rendido uma boa graninha pra família. Ao final do Outono, Lisbeth decidiu aproveitar seu dom de cantar e tocar violino e entrou na carreira de Entretenimento. É a primeira mulher da família a conseguir um emprego. Ela inclusive estava incentivando Samantha a cantar também.

Cameron e Carla estão pensando em abrir um restaurante, mas eles ainda vão precisar juntar uma graninha a mais pra isso porque o investimento é altíssimo. Quem sabe na década que vem...
Basicamente a vida da família está assim: Carla cuida das crianças, da casa e das plantas enquanto Cameron, Elias e Lisbeth vão trabalhar. As meninas estão indo muito bem na escola e há uma possibilidade de irem pra universidade quando ficarem mais velhas.

Fazendo uma tour rápida pela vizinhança pra saber o que aconteceu com os outros familiares, o resumão ficou assim:

Lá em Willow Creek, Milena ficou viúva. John morreu de velhice e deixou os filhos órfãos, coitados. Henrique é adolescente e Regina é criança.
Giovane também morreu de velhice, e Dalila ficou sozinha com os filhos: Simone, que já é jovem adulta; Eliane, adolescente; e Tiago, criança.
Carlos e Catrina, adultos, estão felizes com Vitor, o filho deles que é criança.

Em Newcrest, Sophie e Lorenzo estão levando a vida após a morte de Kennedy. Sophie está quase chegando na velhice, e Lorenzo já é jovem adulto.
Muriel e Hans morreram de velhice e deixaram as filhas Ana e Sabina na casa. Ana virou professora e se casou com Josué Caldeira, um crítico da gastronomia local. Na lua de mel ela ficou grávida. Sabina, adolescente, continua estudando no ensino médio, mas não resistiu aos encantos de Sidney Shield, um escritor de livros de aventura. Eles se casaram e planejam ter filhos, mas só se ela não for pra faculdade.
Jacob, já idoso, demorou a conhecer Fran Sistur, mas foi amor a primeira vista e se casaram bem rápido. Ele ainda sofre muito pela perda do irmão mas ficou feliz quando soube que a esposa estava grávida.
Leonardo se casou com Diva e eles não tiveram filhos porque se dedicaram a cuidar dos seus irmãos gêmeos Paulo e Artur. Ao final da décadas eles já eram jovens adultos e agora que estão criados podem seguir com a vida.

Em Magnolia Promenade, Alicia e Albert são idosos e estão bem, continuam criando os filhos e todos estão muito felizes. Alexei e Hanzel já são jovens adultos e Harry e Mercy são crianças. Alexei e Hanzel ainda não se casaram.

Lá em Windenburg, além da família principal, também moravam Bernard e Lizandra com as duas filhas. Os dois morreram de velhice e as filhas, Ângela e Jessica, ficaram com a casa. Ângela se casou com Ferdinando Jiome, e Jessica se casou com Jaime Bruiser. Ângela ficou grávida no final da década.

Em Brindlenton Bay, Elisa e Leon, os filhos da falecida Isadore, já são adultos. Elisa se casou com Robson e foi morar na casa dele em Evergreen Harbor. Leon se casou com Viviane.
Eileen, quase chegando na velhice, continua morando com o irmão Fabrício. Ela se casou com Ross Hunter e não tiveram filhos. Fabricio se casou com Cristina.
Louis e Liene morreram de velhice e deixaram os filhos Liam e Loretta. Os dois são jovens adultos. Liam se casou com Wanda e Loretta se casou com Christian

E não, não encontrei o pobre coitado do Danilo from Além em lugar nenhum

Ao final da década, Carla e Lisbeth estavam assim:




Diana, Estevão e a penca, assim:



A família terminou a década de 40 com quase 30mil na poupança. Ainda não sei que tipo de reforma vou fazer na casa. Vou fazer umas pesquisas pra me inspirar. Agora resta contar com a sorte, pois nessa década tem mais uma Guerra, e nessa, além dos homens, as mulheres que são jovens adultas também vão como voluntárias. Socorro.

Malibu Renasce - Taylor Jenkins Reid

10 de dezembro de 2021

Título: Malibu Renasce
Autora: Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela
Gênero: Romance/Drama
Ano: 2021
Páginas: 360
Nota:★★★★☆
Compre: Amazon
Sinopse: Malibu, agosto de 1983. É o dia da festa anual de Nina Riva, e todos anseiam pelo cair da noite e por toda a emoção que ela promete trazer.
A pessoa menos interessada no evento é Nina, que nunca gostou de ser o centro das atenções e acabou de ter o fim do relacionamento com um tenista profissional totalmente explorado pela mídia. Talvez Hud também esteja tenso, pois precisa admitir para o irmão algo que tem mantido em segredo por tempo demais, e parece que esse é o momento. Jay está contando os minutos, pois não vê a hora de encontrar uma menina que não sai de sua cabeça. E Kit também tem seus segredos ― e convidado ― especiais.
Até a meia-noite, a festa estará completamente fora de controle. O álcool vai fluir, a música vai tocar e segredos acumulados ao longo de gerações vão voltar para assombrar todos ― até as primeiras horas do dia, quando a primeira faísca surgir e a mansão Riva for totalmente consumida pelas chamas.

Resenha: Nina, Jay, Hud e Kit são os quatro filhos do astro da música Mick Riva (quem leu Os Sete Maridos de Evelyn Hugo e lembra dele?). Todos os anos, os irmãos Riva organizam uma festa que se tornou famosa em toda Malibu. Mas, fatalmente essa festa de 1983 estará fora de controle num determinado momento, resultando na mansão sendo consumida pelas chamas. Até esse momento, os quatro precisarão lidar com os próprios segredos e conflitos, ao longo de uma noite capaz de mudar suas vidas para sempre.

Dividido entre passado e presente, o livro é narrado de uma forma super envolvente, mesclando humor, tensão, suspense e muito drama. Os personagens são apresentados através de seus pontos de vista, e, aos cacos, tentam se reencontrar em meio a um cenário natural e paradisíaco de Malibu. Esse cenário acaba preenchendo a história como se fosse um personagem a parte. O presente é o momento da famigerada festa em si e suas 12 horas de duração, detalhando a relação entre os familiares e seus convidados, enquanto o passado retrata a história dos Riva lá em 1956, sobre a origem e a infância dos irmãos. Assim como a maioria dos livros da autora, este não traz reviravoltas e grandes surpresas pra chocar o leitor, mas sim momentos verdadeiros sobre situações tristes vivenciadas pelas personagens, e que, de alguma forma, poderiam ser vividas por qualquer pessoa como você ou eu.

Sabe quando um autor entra no seu top 10 de autores preferidos? Pois então... Os livros da Reid não trazem meras histórias, trazem AS HISTÓRIAS. Histórias com uma carga emocional e dramática bastante intensa, histórias que falam sobre assuntos que qualquer um pode passar e se sentir representado, e no caso de Malibu Renasce, uma história que fala sobre os erros cometidos quando se tenta acertar, sobre perdas, sobre a família e o fardo que ela nos faz carregar, sobre responsabilidade, abandono, culpa, medo...

De forma geral, Malibu Renasce, mantendo o "padrão TJR" de qualidade, traz uma história bem construída, com temas relevantes e carga emocional suficiente pra, talvez, arrancar algumas lágrimas nos leitores. Super recomendo.

PS.: Ao que tudo indica, o livro será adaptado para uma série na TV e já estou ansiosa pra ver personagens tão marcantes na telinha.

Para Sempre Interrompido - Taylor Jenkins Reid

8 de dezembro de 2021

Título:
Para Sempre Interrompido
Autora: Taylor Jenkins Reid
Editora: Paralela
Gênero: Romance/Drama
Ano: 2021
Páginas: 304
Nota:★★★★☆
Compre: Amazon
Sinopse: Elsie e Ben pareciam ter todo o tempo do mundo: vinte e poucos anos, recém-casados, apaixonados. Entre eles as coisas sempre aconteceram depressa, como uma explosão irrefreável de energia. Elsie só não tinha como saber que o brilho de seu romance seria tão fugaz.
Pouco mais de uma semana depois de se casar, Elsie perde Ben em um acidente e sente o futuro se desfazer diante de seus olhos. Só o que resta é um eterno agora, carregado de questões não resolvidas do passado.
Para atravessar sua dor, Elsie precisará inevitavelmente olhar para trás. Não só para entender a dimensão de sua perda, mas também para conhecer a nova família que nunca chegou a ter ― e para descobrir, enfim, quem ela se tornou depois de ter seu final feliz interrompido.

Resenha: Depois de se conhecerem numa pizzaria e viverem uma paixão super intensa durante seis meses, Elsie e Ben reconhecem serem almas gêmeas e decidem se casar. Tudo entre eles acontece muito rápido, há muito química, e eles não poderiam estar mais felizes. Mas, poucos dias depois de se casarem, Ben sofre um acidente gravíssimo e não resiste. Elsie fica arrasada e sem rumo, e agora vai precisar aprender a lidar com o luto. E nesse momento trágico ela conhece Susan, a mãe de Ben, que até então não sabia da existência de Elsie. Susan é viúva, e agora que perdeu o filho único está mais destruída do que nunca, e a aproximação entre as duas, que não acontece da maneira mais feliz de todas, vai trazer alguns aprendizados para os dois lados já que elas vão compartilhar da mesma dor de uma forma tão comovente quanto brutal.

O livro é narrado em primeira pessoa e se alterna entre o passado e o presente de Elsie, onde ela lida com o luto com muita resistência tentando reaprender a viver sem o marido de uma forma quase agonizante, enquanto nos mostra o desenvolvimento do seu relacionamento arrebatador com Ben. Este foi o primeiro livro escrito por Taylor Jenkins, mas por aqui a gente já percebe o talento da autora em construir uma história incrível e muito emocionante que vai levar os leitores às lágrimas devido a carga dolorosa e cruel sobre os estágios do luto.

Elsie é aquele tipo de personagem que vai mexer com o leitor, e talvez não de uma forma muito positiva. A forma como ela lida com a perda é bem intensa e real, e é perfeitamente compreensível que ela esteja em mil pedaços. Não sei se ela se mostrar imatura e super egoísta tem a ver com o processo do luto em si, mas mesmo que a ideia seja torcer pra que ela supere e tenha forças pra seguir em frente, ela é tão irritante que não dá pra entender e nem engolir. Elsie é arrogante demais e isso acaba comprometendo a empatia do leitor, mas podemos ver ela passando pela negação e isolamento, pela raiva, pela barganha, pela depressão e, finalmente, pela aceitação... Tudo ao seu modo. Não vou negar que é triste, que dói, mas são fases necessárias pra se aprender a lidar com a perda e o quão importante é refletir sobre isso.

As passagens que falam sobre o romance do casal são um pouco superficiais, focam mais na questão da intensidade das coisas, falam sobre como Ben era um cara incrível e como eles estavam felizes juntos, e isso só faz a gente ficar triste por saber que eles não tiveram tempo o suficiente pra curtirem a companhia um do outro. A sensação de injustiça é inevitável.
Os personagens secundários não são muito bem aprofundados, o que não acontece com Susan. Susan é uma mulher maravilhosa e rouba toda a cena. Elsie tem uma melhor amiga, a Ana, e por mais que ela faça de tudo pra ajudar e ficar ao lado da amiga, a forma como Elsie narra os acontecimentos - pela sua própria visão - acaba distorcendo muitas coisas, fazendo com que Ana saia como egoísta, o que não é verdade. Por um lado isso é um ponto positivo, pois mostra que as vezes as pessoas tem uma percepção errada quando está com a cabeça afetada demais pra pensar direito, e isso mostra o quanto os personagens que a autora apresenta são reais, são gente como a gente, passíveis de falhas e muitas vezes incompreendidos. Por outro lado, algumas atitudes são extremas demais, e nem sempre dá pra defender.

Como um bom drama, Para Sempre Interrompido é um livro que vai mostrar, através do sofrimento de Elsie e Susan, o quanto o luto e seus estágios é uma carga pesada e sufocante pra se carregar, como as pessoas lidam de forma diferente com suas perdas, que ninguém nunca deve diminuir a dor do outro pelo motivo que seja (principalmente pelo curto período de tempo que o casal viveu junto), que a saudade de quem nunca mais vai voltar é uma sensação insuportável, e que por isso devemos aproveitar cada segundo com quem amamos, expressando nossos sentimentos sempre que possível, pois nunca sabemos o dia de amanhã.

Pra quem procura por um livro emocionante e com uma carga dramática bem intensa, é leitura super indicada.

Política é para Todos - Gabriela Prioli

6 de dezembro de 2021

Título:
Política é para Todos
Autora: Gabriela Prioli
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Política/Ciências Sociais
Ano: 2021
Páginas: 272
Nota:★★★★☆
Compre: Amazon
Sinopse: Em seu primeiro livro, Gabriela Prioli oferece uma introdução acessível sobre como funciona a política ― e como debatê-la de forma racional e sem achismos.
O que é uma democracia e para que serve uma constituição? Quais são as atribuições de cada uma das três esferas de poder e como garantir que elas se mantenham em harmonia? Como funcionam as eleições e qual a importância das fake news nesse cenário?
Em Política é para todos, a advogada e apresentadora Gabriela Prioli responde a essas e outras questões imprescindíveis para a compreensão do funcionamento da política ― sobretudo a brasileira ―, mas que muitas pessoas têm receio ou vergonha de perguntar. Com a linguagem descomplicada que fez dela uma das personalidades mais populares do país, a autora mostra como cada um de nós pode se engajar para construir a sociedade que queremos, debatendo os assuntos relevantes com opiniões próprias e argumentos racionais.

Resenha: Vou ser sincera em afirmar que até meados de 2017 eu não me interessava por política. Na verdade, eu odiava política. Ter que sair de casa pra votar, pra mim, era um martírio absoluto, um castigo, e quando eu não ia na cidade do lado justificar o voto, eu votava em branco ou em qualquer candidato que tivesse zero chances de ser eleito. Na minha cabeça, não achava que eu tinha que participar desse circo de horrores que é a política nesse país e só queria distância desse bando de vagabundos, que em vez de cumprirem suas promessas, só acabam com a vida do povo enquanto enchem os próprios bolsos.

Continuo achando que todos os políticos, ou pelo menos 99% deles, sofrem de algum tipo de vagabundagem crônica, e se a gente parar pra ler meia dúzia de notícias isso fica mais óbvio do que nunca, mas eu admito que meu preconceito, minha antipatia, e a minha visão limitada sobre o assunto acabavam me impedindo de entender muita coisa que aconteceu no passado ou que estava acontecendo no presente, e que, talvez, se as pessoas se interessassem pra entenderem o básico de como tudo funciona para votarem de forma racional e consciente, o país não estaria nesse buraco sem fundo.

Então, quando as campanhas pras eleições presidenciais começaram, todas aquelas tretas absurdas, a quantidade de canais no youtube que surgiram pra defender candidato x ou candidato y, o monte de informações sobre os governos passados que começaram a vir à tona para justificar a escolha do voto pra um ou pra outro e etc, me fizeram começar a refletir sobre a importância do tema e como uma eleição acaba afetando a vida de todo mundo, seja pra beneficiar ou pra prejudicar. E eu ainda não tinha me dado conta de que afeta minha vida inclusive. Um dos canais que descobri nessa empreitada foi o da Gabriela Prioli, e achei muito interessante a forma como ela abordava a política e analisava os candidatos, e a partir dela, comecei a ver alguns outros canais, tanto de esquerda quanto de direita, pra poder ter uma visão mais ampla da situação toda, entender o que esses influenciadores tinham a dizer e de onde tiram argumentos pra apoiar ou reclamar desses políticos. Claro que o choque de ver tanta desinformação foi grande, mas pelo menos comecei a me inteirar e começar a entender que a coisa vai muito além.

E por que escrevi esse textão antes da resenha propriamente dita? Porque hoje penso que se a política fosse um tema que já fizesse parte das bases da sociedade no quesito educação, fazendo parte da grade escolar por exemplo, se fosse algo mais acessível, e se tivesse uma linguagem de fácil compreensão, talvez as pessoas, como cidadãs, teriam mais informações, talvez pensassem com mais racionalidade na hora de eleger candidatos, talvez não ignorassem e odiassem a política como eu mesma fazia, e talvez as coisas fossem diferentes de como é hoje.

E levando tudo isso em consideração, penso que livros como esse da Gabriela são fundamentais e muito importantes para esse tipo de aprendizado, pois ele se propõe a oferecer uma introdução bem acessível sobre o funcionamento da política (englobando formação de partidos, atribuições dos poderes e afins) e fugindo de ideologias pra qualquer um, e como debatê-la com coesão para que os cidadãos fiquem por dentro das decisões e possam, assim, votar com consciência e fazer as cobranças que lhes cabem.

Alguns tópicos são muito esclarecedores e se estendem bastante, outros carecem de maior aprofundamento, mas acredito que a ideia é fazer com que as pessoas pensem por si só, que fiquem curiosas, que estudem e busquem por mais informações e conhecimento, até mesmo porque as explicações sobre os aspectos políticos tão importantes para a democracia são tão boas que envolvem o leitor na leitura de tal forma que queremos saber cada vez mais. Encontramos significados para os termos mais conhecidos além de informações sobre o contexto político na História e como isso influencia no cenário atual, e por mais que seja um conhecimento básico, após a leitura e entendimento do livro, qualquer um consegue tem informações suficientes pra poder falar sobre o tema com alguma propriedade.

Garota, 11 - Amy Suiter Clarke

4 de dezembro de 2021

Título:
Garota, 11
Autora: Amy Suiter Clarke
Editora: Suma
Gênero: Thriller/Suspense/Mistério
Ano: 2021
Páginas: 304
Nota:★★★☆☆
Compre: Amazon
Sinopse: Uma apresentadora de podcast obcecada por um crime não resolvido. Um serial-killer que volta a matar garotas, vinte anos depois de ter desaparecido. A caçada começa agora.
Elle Castillo é a apresentadora de um podcast popular sobre crimes reais. Depois de quatro temporadas de sucesso, ela decide encarar um caso pelo qual sempre foi obcecada ― o do Assassino da Contagem Regressiva, um serial-killer que aterrorizou a comunidade vinte anos atrás. Suas vítimas eram sempre meninas, cada qual um ano mais jovem que a anterior. Depois que ele levou sua última vítima, os assassinatos pararam abruptamente. Ninguém nunca soube o motivo.
Enquanto a mídia e a polícia concluíram há muito tempo que o assassino havia se suicidado, Elle nunca acreditou que ele estava morto. Ao seguir uma pista inesperada, no entanto, novas vítimas começam a aparecer. Agora, tudo indica que ele está de volta, e Elle está decidida a parar sua contagem regressiva.

Resenha: Elle Castillo é uma ex assistente social que largou para apresentar o "Justiça Tardia", um podcast bem popular sobre crimes reais que nunca foram resolvidos.
Depois de ter feito sucesso com 4 temporadas do seu podcast, Elle quer retomar um caso antigo de um serial killer que fazia vítimas cuja idade era sempre um ano mais jovem que a vítima anterior, o caso ficou conhecido como "Assassino da Contagem Regressiva" (ou ACR). Nenhum assassinato aconteceu mais depois que uma menina de 11 anos foi morta, vinte anos se passaram desde então e a polícia acredita que o criminoso já estás morto depois de duas décadas sem notícias.
Mas Elle não acredita na teria da polícia, e sua obsessão por esse caso, para que a justiça seja feita, não permite que ela simplesmente esqueça.

Até que uma criança desaparece e o padrão do suposto crime é o mesmo do ACR. Não se sabe se o assassino voltou a ativa, ou se é alguém o imitando motivado pelo sucesso do Justiça Tardia, e agora Elle ficará envolvida com a investigação do caso, e com os dilemas e a angústia de manter o podcast no ar, mas independente do que aconteça, ela está decidida a interromper essa contagem regressiva.

A narrativa é uma transcrição do podcast de Elle, com detalhes de situações de seu cotidiano, e com passado e presente se intercalando pra abranger a trama, e é um tipo de formato que deixa a história bem dinâmica, envolvente e fluída. Além das entrevistas, há descrições de vinhetas e efeitos sonoros do podcast, aumentando a experiência de imersão. É como se estivéssemos mesmo acompanhando o podcast. Um ponto super positivo é sobre as pesquisas que a autora fez sobre esses tipos de casos, então a investigação em si tem uma base sólida e bem aprofundada pra ser desenvolvida tornando tudo muito crível, e por ser um livro de estreia tudo isso deve ser levado em consideração. Pode ser que essa "lentidão" incomode quem goste de thrillers com mais adrenalina.

O problema pra mim (e talvez pra quem já leu outros thrillers mais pesados), é que muitas coisas que acontecem são convenientes e facilitam muito essa jornada da investigação, e isso acaba fazendo com que os leitores consigam pegar pistas que tornam algumas descobertas óbvias. A construção de Elle é muito boa, é uma personagem com camadas e que tem sua motivação justificada para insistir em resolver esse crime. Ela não quer se meter nesse caso apenas pela curiosidade, a coisa vai muuuito além e, mesmo que ela tenha algumas atitudes bem irresponsáveis e que jamais resultariam em boa coisa se fosse algo verídico, é tudo bem interessante de se acompanhar. O assassino é muito bem construído e os detalhes de sua forma de agir dá aquela sensação de pavor. A trama de maneira geral não preza por reviravoltas mirabolantes, mas sim, foca nos mínimos detalhes para não só mostrar esse lado investigativo do caso, mas também transmitir uma mensagem super relevante sobre feminismo e empoderamento feminino, enquanto faz críticas pertinentes ao machismo e a responsabilidade de influenciadores que seguem esse nicho ao falar de crimes na internet enquanto há pessoas envolvidas que podem assistir e serem afetadas por isso.