Resumo do Mês - Janeiro

1 de fevereiro de 2022


Tchau, JaneiroOoo. Primeiro mês parece que começou ontem, mas já foi. Enfim consegui finalizar todas as resenhas pendentes e entreguei a tempo pra não ter problema com a parceria. Também fiz duas leituras "avulsas" e resenhei porque fiquei animada em dar minha opinião sobre esses livros.
Vou tentar voltar a fazer postagens no instagram do blog, mas eu não dou certo com essa rede social. Me perco e até hoje não aprendi a mexer direito. Tiro fotos igual minha cara, não tenho aquele dom (e nem saco) pra montar um cenário bacana pra fazer uma foto bonita, e esse é o maior motivo de eu não dar as caras por lá, então não posso prometer que realmente vai ser algo que vou levar pra frente, porque talvez não leve. Juro que queria gostar, mas não rola aquela "química". Pensei em recriar o canal do blog que exclui faz uns anos, mas minha autoestima tá no fundo do poço e não tenho vontade de mostrar a cara, sem contar que com a casa cheia de crianças, eu não teria paz e silêncio pra poder gravar nada.
Ando meio chateada com a encomenda de dois pops exclusivos que fiz e que deveria ter chegado em dezembro. Desde então falo que estou esperando, mas nada de chegar. Se eu tivesse deixado pra comprar fora dessa "pré-venda" já teria recebido há séculos, e olha que o preço nem foi tão vantajoso assim pra ter valido a pena, já até vi mais em conta a pronta-entrega inclusive... Mas serve de experiência pra não comprar nesse esquema mais, independente do saco de paciência que eu tenha.

Na primeira semana de janeiro eu tive um desgosto tão grande pelo meu Petruchio ter conseguido fugir da gaiola que eu quase desisti de ter calopsitas. Eu tinha aparado a asa do abençoado porque deixo a gaiola aberta e só fecho na hora de dormir, mas ele se assustou com o Ian passando com uma escada e voou lá pra garagem. Da garagem ele conseguiu voar pra casa do vizinho, e de lá ele sumiu. Ele não conseguia voar pro infinito e além, só ia pra baixo, mas o muro aqui é muito baixo, e a direção que ele foi é uma descida, então ele foi planando, passando por cima das casas, e foi sabe-se lá Deus pra onde. Fui atrás desse pequeno vagabundo andando pelo bairro afora, cheguei a ver ele na varanda de uma casa na rua de trás, mas quando tentaram resgatar ele, ele escapou de novo e perdi ele de vista. Fiquei desolada, sai assoviando "fiu-fiu" por aí, e fui perguntando dele pra todo mundo que eu via na rua, mas cheguei a perder as esperanças de encontrar. Catarina ficou sozinha na gaiola e não parava de chamar o companheiro. Uma semana se passou desde o sumiço, eu aqui desacreditada, e meu vizinho disse que achava que ele tinha sido encontrado por um outro vizinho que mora umas 5 casas pra baixo da minha, e quando fui ver era mesmo o Petruchio. Nem acreditei que acharam e devolveram esse fujão e agora ele tá aqui como se nada tivesse acontecido. Ele tava meio arisco quando voltou e ficou me estranhando, mas logo já me reconheceu como parte do "bando", continuou aquele trenzinho mais fofo e agora tá aprendendo a assoviar a música da família Adams. Dá vontade de matar, viu.


A cara desse vadio

Enfim, esse mês não teve nada de novo. Semana passada eu sofri com uma gripe forte, não sei se foi gripe comum por causa da mudança de tempo, não sei se foi a gripe nova, mas pelo menos já to 100%. Tenho dedicado meu tempo com as tarefas de casa, com as crianças, em ler meus livros e assistir minhas séries, e claro, jogando o bendito Desafio das Décadas.  Já estou terminando a década de 80 e estou doida pra terminar esse desafio pra começar outro.

Caixa de Correio #119 - Janeiro

31 de janeiro de 2022

Não é possível que esse ano também vai passar voando. Nem acredito que Janeiro já acabou. Esse mês até que foi bem tranquilo e não me desesperei com pendências. Então não fiquei na correria, não me senti desanimada e ainda me surpreendi com as leituras que fiz por minha conta.
Esse mês não teve deck, mas teve pop. Depois de meses e meses sem comprar um popinho, voltei com os de HP que não tem fim.
Comprei dois livros da Meg Cabot que fecham suas respectivas séries, que li há uns 500 anos, e eu nem sabia que tinham sido lançados, então assim que vi, já corri pra comprar e estou terminando de ler o último volume da série Desaparecidos. Precisava ler algo mais leve depois de É Assim que Acaba ter acabado com minha pessoa e me deixado com aquela ressaca horripilante.

Espiem o que teve nessa caixinha:

The Sims 4 - Desafio das Décadas - 1970

30 de janeiro de 2022



Seguindo o padrão coloridão dos anos 60, chegamos na década de 70 com o acréscimo das calças boca de sino da moda, e barrigas a mostra. As casas continuam coloridas, porém mais modernas e estilosas.

A casa:


Resolvi não alterar a estrutura da casa, só as cores das paredes e de alguns móveis. A casa continua com 3 quartos e 2 banheiros e isso é suficiente pra dar conta das duas famílias. até então.

A vida e a saga da família:

A peleja continua com Soraya criando o filho sozinha depois da morte de Ken e ainda ajudando Selena na criação dos filhos dela. Selena conseguiu voltar pra universidade depois da suspensão por causa das notas baixas, e a rotina de estudos, a frequência às aulas e ainda o seu trabalho como babá, a deixaram sem tempo nenhum, e se não fosse a ajuda da irmã, ela estaria lascada. Daniel também anda trabalhando muito e fazendo hora extra, o que o deixa ausente de casa durante o dia inteiro. Ele até perdeu a festa de aniversário dos filhos pra se ter noção.



Porém, quando todos foram pras suas camas dormirem, Ellie ainda não tinha ido embora, e foi quando Daniel chegou. Eles ficaram várias horas conversando e ela acabou confessando sua atração por ele. Daniel ficou surpreso, mas acabou mandando Ellie embora pra não ter problemas com Selena. Faz anos que eles se conhecem e estão juntos, não faz sentido se deixar levar por uma mera atração.

Forest é muito estudioso, ajuda os primos com as tarefas. Ele está aprendendo a jogar xadrez com a mãe e suas habilidades lógicas já estão bem avançadas.





Ao final da primavera, depois de Ellie continuar frequentando a casa das primas e ligando pra Daniel sem parar, ele acabou marcando de encontrá-la na cidade, mas no final das contas não resistiu aos encantos dela... Agora ele não sabe se continua enganando Selena e investe num relacionamento novo e escondido nessa altura do campeonato, ou se esquece tudo isso e continua vivendo sua vida de marido e pai de família como se nada tivesse acontecido...



Mas e se ele resolver acabar com tudo e Ellie começar a chantageá-lo? Daniel precisa de um plano B... Será que se ele confessar tudo pra Selena ela vai perdoá-lo?

O verão chegou, Forest cresceu e agora é adolescente. Soraya desistiu de vez de ir pra universidade e decidiu que vai ficar em casa se dedicando às crianças e à estufa, e quando sobrar um tempinho, ela faz seus exerícios pra manter o corpo em forma.



Como Forest é muito inteligente, ele acabou ficando responsável por ajudar os primos com os trabalhos da escola, e Soraya, como uma boa tia coruja, sempre está ajudando também.



Ellie achou que seria uma boa ideia aparecer na casa das primas, e Daniel decidiu que ter qualquer relacionamento com ela seria algo impossível. Ele não poderia destruir sua família por um caso que nem deveria ter começado, e pra não correr o risco de Ellie tomar qualquer atitude que pudesse colocá-lo numa situação ainda pior, ele mesmo decidiu terminar tudo e contar o que aconteceu para Selena. Foi terrível, Ellie chorou, Selena chorou e Daniel ficou muito arrependido. Selena não sabe ainda o que vai fazer depois se descobrir que foi traída dessa forma tão sacana...
Não sei se é alguma maldição ou o que, mas toda vez que Selena ajuda Soraya na cozinha, acontece um incêndio.



Daniel ficou idoso e anda triste por Selena o estar evitando. Ele tenta se desculpar a todo momento, mas a decepção com ele e com a própria prima é uma coisa que parece que vai durar pra sempre. O problema é que quando ela decidiu preparar um jantar pra conversar com o marido e pedir o divórcio pra acabar com essa história, ela descobriu estar grávida...



Selena se formou em Belas Artes e agora pode largar seu emprego de babá pra conseguir algo em sua área, ou talvez comece a pintar quadros para vendê-los por uma quantia considerável de simoleons. Depois que ela se formou, o bebê nasceu, Richard é o nome do pequeno.



O verão estava chegando ao fim e Richard se tornou um bebê muito espertinho. Adorava ouvir histórias e aprender coisas novas. No começo no outono, Daniel morreu de velhice. Selena ficou chateada, mas ao mesmo tempo ficou aliviada de ter, enfim, ficado livre. Ela vai sentir falta do marido, afinal, eles construiram uma vida juntos, mas ela não estava feliz nesse casamento e, lá no fundo, Selena nunca conseguiu perdoar a traição dele, e nunca vai perdoar Ellie por isso.



Lá em Monte Komorebi, Ellie ficou sabendo da notícia que Daniel tinha morrido e ficou desolada. Como se isso já não fosse doloroso o bastante, ela ainda recebeu duas ligações com outras duas más notícias: Sarah e Samantha, as outras irmãs de Selena e Soraya, também faleceram. Ela saiu pra espairecer num parque próximo de sua casa, e lá conheceu Osmar Sterle. Como ele demonstrou ser um cara legal, ela não perdeu tempo e já foi logo se atirando pra cima dele. Ela só queria preencher aquele vazio que Daniel deixou.



Não demorou pra que Ellie descobrisse estar grávida de Osmar, então eles decidiram se casar pra criar o bebê e o relacionamento ia sendo melhorado com o tempo. Osmar foi morar com Ellie em sua casa, dividindo o teto com os irmãos dela, Edith e Edward. Pouco tempo depois Emerson nasceu. Edith achou um absurdo que Ellie se casasse tão rápido com um cara praticamente desconhecido, mas Ellie não quis saber.



Emerson mal acabou de nascer e Ellie já estava grávida pela segunda vez. Ela estava torcendo para que nascesse uma menina pra poder ter um casalzinho. Emerson cresceu e Ellie começou a achar as responsabilidades da maternidade bem puxadas, ainda mais porque Osmar começou a passar muito tempo fora de casa com a justificativa que estava trabalhando muito para poder comprar uma casa e se mudarem pra um canto só deles. Então Ellie confiou no marido, mesmo que não soubesse com o que diabos ele trabalhava, ela nunca pensou nisso quando se envolveu e fez tudo tão rápido...



Quando Ellie entrou em trabalho de parto, Osmar não estava em casa, então quem a acompanhou até o hospital foi Edith. Edith já estava cheia de amores com Emerson e esperando ansiosa por um segundo sobrinho. Como ela não se casou e não teve filhos, ela acabou se apegando muito a Emerson e já estava sofrendo por antecipação só de imaginar que Ellie iria sair de casa e levar as crianças pra longe dela. Lá no hospital, Ellie teve Charles, outro menino. Ela ficou um pouco decepcionada já que queria uma menina, então decidiu que tentaria mais uma vez quando se mudasse.



De volta a Windenburg, Selena mal envelheceu e assim que se tornou idosa, ela morreu. As crianças estão desoladas pois o pai faleceu faz pouco tempo, as tias, e agora sua mãe também. Soraya está arrasada, mas vai precisar ter forças agora que os sobrinhos ficaram sob sua tutela, e pra isso vai contar com a ajude de Forest. River e Candy, que resolveu se tornar vegetariana, se tornaram adolescentes.



Ao finalzinho do Outono, Soraya envelheceu e ficou idosa, Forest se tornou jovem adulto e Richard virou criança. Forest conseguiu entrar na carreira de detetive, iniciando como cadete. Ele sempre foi inteligente e todas as partidas de xadreez que jogou com sua mãe ajudaram para que ele melhorasse sua habilidade de lógica, então trabalhar com investigação vai ser algo que ele vai gostar muito. O inverno chegou, e enquanto Soraya ia pra cozinha preparar o café da manhã pra família, ela teve um treco e caiu dura no chão. Tantas perdas num período tão curto de tempo foi demais pras crianças.



Forest está decidido a ser um detetive brilhante, e largar o emprego nesse momento não é uma opção, então todos vão ter que colaborar e passar pelo luto juntos. River e Richard se tornaram escoteiros e estão em busca dos distintivos que mostram o quanto são dedicados e exemplares. Eles vão às reuniões dos escoteiros, pescam, pintam, são educados com as pessoas e isso vai melhorando seus atributos.



Candy começou a contruir esculturas na antiga mesa de carpintaria da família, a mesma que pertenceu ao seu tata(...)tataravó Giancarlo. Suas habilidades de lógica e mecânica estão aumentando e ela está se destacando por não ficar fazendo "coisas de mulher". Ela pensa em seguir carreira de engenheira ou coisa do tipo.



A década chegou ao fim, Forest ainda é jovem adulto e está se dando bem na carreira, os gêmeos são adolescentes e estão indo bem na escola (River está indo melhor do que Candy) e Richard ainda é criança. Ele é bastante dependendo do primo e não para de andar atrás dele quando estão em casa.
O saldo da família é de pouco mais de 50mil, e vamos ver o que a famigerada década de 80 tem pra reservar pra eles.

Fazendo a tour rápida pelo mundo, em Newcrest, Sérgio (filho de Jacob Gallo) encontrou sua alma gêmea e assumiu de vez o namoro com Carlos. Eles estão fazendo planos para juntarem as escovas de dentes e adotar um gato.

Em Winderburg, os filhos de Sarah, Andrew, Mark e Megan, continuam morando na casa. Eles não tem contato com os primos mais. Do outro lado do bairro, todos os filhos de Diana morreram de velhice e nenhum se casou ou teve filhos pra dar continuidade a família.

Em Del Soy Valley, David Moss é o herdeiro da mansão deixada pelo pai depois que sua mãe, Samantha, morreu. Ele descobriu que seu pai teve outros três filhos fora do casamento quando pesquisou pela árvore genealógica e acabou não ficando surpreso já que o pai era uma celebridade, mas ele jamais irá dividir sua herança milionária e vai fazer de tudo para esconder esse escândalo. David já é adulto e ainda não se casou e também perdeu contato com os primos.

Em Monte Komorebi, Edith morreu de velhice e Edward continuou morando na casa com a Ellie e sua família. Talvez seja melhor que Edward vá viver a vida numa casa menor e deixe a irmã. Finalmente, depois de ter tido três meninos, Ellie teve uma menina, a Viviane. Ela suspeita que o marido esteja trabalhando com alguma coisa ilegal, mas ainda não descobriu o que é...

Se nenhuma outra família apareceu na tour, é porque já não estão mais entre nós... E é isso, bora pros anos 80.

É Assim que Acaba - Colleen Hoover

17 de janeiro de 2022

Título:
É Assim que Acaba - It Ends with Us #1
Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Gênero: Romance/Drama
Ano: 2018
Páginas: 368
Nota:★★★★★
Sinopse: Lily é uma jovem que se mudou de uma cidadezinha do Maine para Boston, se formou em marketing e abriu a própria floricultura. E é em um dos terraços de Boston que ela conhece Ryle, um neurocirurgião confiante, teimoso e talvez até um pouco arrogante, com uma grande aversão a relacionamentos, mas que se sente muito atraído por ela. Quando os dois se apaixonam, Lily se vê no meio de um relacionamento turbulento que não é o que ela esperava. Mas será que ela conseguirá enxergar isso, por mais doloroso que seja?

Resenha: Lily Bloom é uma jovem de vinte e três anos, apaixonada por plantas, que saiu de uma cidadezinha no Maine e se mudou para Boston há dois anos e mora com sua colega de apartyamento, Lucy. Lily é fã de Ellen DeGeneres desde criança, e, até seus dezesseis anos, escrevia cartas pessoais em forma de diário (o que ela chamava de Diários de Ellen) onde contava os acontecimentos de sua vida sem a menor intenção de enviá-las. No diário ela escrevia como se estivesse conversando com a própria Ellen, contando sobre seu cotidiano, sobre os episódios envolvendo seu pai e sua mãe, sobre ideias que ela tinha para o programa, e sobre Atlas, um garoto sem teto que invadiu uma casa abandonada da vizinhaça a quem ela resolveu ajudar. Formada em marketing, agora ela quer abrir a própria floricultura numa tentativa de ter uma vida estável fazendo o que gosta. Quando o pai de Lily morre, sua mãe lhe pede para que ela faça um discurso fúnebre para falar de cinco coisas boas que ele fez em vida, mas Lily acaba não sendo capaz de se lembrar de nada realmente bom que seu pai tenha feito... Ela sai do velório e vai até o terraço de um prédio para espairecer, e talvez chorar um pouco. E é lá que ela conhece Ryle Kincaid, um jovem neurocirurgião rico, muito bonito e bem sucedido que parece ter aversão a relacionamentos e tem como principal objetivo de vida ser brilhante em sua carreira.

A atração é inevitável, eles parecem ser perfeitos um para o outro, mas cada um segue seu caminho a partir dalí sem que nada acontecesse entre eles. Seis meses depois, Lily saiu do emprego e está lidando com os preparativos para, finalmente, abrir sua floricultura, e é onde ela conhece Allysa, que se oferece para trabalhar pra ela. Elas logo se tornam melhores amigas enquanto conversavam e davam uma geral no lugar. Mas Lily sofre um pequeno acidente e Allysa liga para seu marido e seu irmão, que estavam juntos num bar próximo, pra virem ajudar, e para surpresa de Lily, o irmão de Allysa era ninguém menos do que Ryle. Teria sido o destino? Talvez, mas essa reaproximação acabou fazendo com que Ryle se rendesse aos encantos de Lily, passando a ter sentimentos por ela dos quais ele nunca sentiu por mais ninguém, e não demora muito até que eles comecem um relacionamento mais sério. Mas da mesma forma que Lily traz traumas de um passado conturbado em família enquanto protege suas lembranças de Atlas como seu primeiro amor, Ryle também carrega traumas de um passado que ele esconde e tenta esquecer, mas que ainda reflete em quem ele se tornou...

Sabe quando a gente termina uma leitura e fica baqueada pelo impacto que ela tem, ou fica sem encontrar as palavras certas para falar sobre? Pois é... Pra ler os livros da Collen Hoover é preciso ter a mão um kit emergencial pra recomposição, pois as lágrimas e os soluços são inevitáveis (quando li Um Caso Perdido eu quase morri). Demorei séculos pra tomar coragem, mas resolvi ler sem procurar saber do que se tratava, e sequer li a sinopse, logo, foi quase como levar um soco no estômago acompanhar essa jornada de Lily.

A escrita de Colleen é um negócio surreal. Ela é capaz de transportar o leitor pra dentro da história, de fazer com que a gente sinta na pele o que os personagens sentem e vivem, tornando a experiência de leitura marcante e indelével. A narrativa é feita em primeira pessoa e se alterna entre presente, com o desenvolvimento do relacionamento entre Lily e Ryle; e passado, onde ela relembra as situações envolvendo seu pai, sua mãe, e Atlas. E quando, no presente, Atlas reaparece, as coisas começam a tomar um rumo bastante inesperado. A  existência de Atlas já é o suficiente para afetar Ryle de uma forma assombrosa e, consequentemente, o relacionamento dele com Lily.

O tema central do livro é a violência doméstica e a forma como a vítima fica totalmente dividida entre o amor que ela sente, a ideia da primeira agressão ter sido um caso isolado, e o pensamento de que a ferida aberta é algo irreversível. A nota da autora inclusive fala sobre sua própria e emocionante experiência (o que torna este o seu livro mais pessoal), e sobre o livro ser instrutivo, pra mostrar um pouco da realidade de quem vive essas agressões, de como a pessoa vive num tipo de prisão, criando milhares de desculpas pra justificar o comportamento do agressor, e como isso além de afetar a mulher em todos os aspectos, a mantém num círculo sem fim quando ela se recusa a enxergar a realidade, o que foi o caso de Jenny, a mãe de Lily.

Embora haja o lado romântico entre Lily e Ryle, esse romance é apenas um elemento que serve pra mostrar como ele se instala devagarinho, até começar a revelar seu lado mais obscuro e perturbador. Mesmo que o tema seja pesadíssimo, ele foi escrito de uma forma leve e muito delicada, mas não com intuito de amenizar a dor ou a gravidade que é esse tipo de violência, e sim como forma de mostrar que é com simpatia e leveza que o agressor conquista a mulher até qualquer coisa servir de gatilho para mostrar seu eu verdadeiro e do que ele é capaz. Existe amor, mas se esse amor é demonstrado da pior forma possível, as decepções e o sentimento de impotência se sobrepõe a todo o resto, e ninguém merece ou deve ser destruída por esse sentimento. Não adianta acreditar que as coisas irão mudar se elas sempre se repetem, independente de quantos pedidos de desculpas e demonstrações de arrependimento comoventes intercalem as agressões... Amor e abusos juntos resultam num relacionamento tóxico, a confusão de sentimentos e pensamentos que surgem disso muitas vezes vão impedir que a vítima raciocine com clareza, e é para esses fatos que a autora chama a nossa atenção.
"No futuro, se por algum milagre você achar que é capaz de se apaixonar de novo, se apaixone por mim."
Lily é uma personagem muito cativante, engraçada, altruísta, inteligente, determinada, compreensiva e amorosa, e é impossível não gostar e não sentir empatia por ela. Ela sempre tenta agir com a razão, mesmo que o coração às vezes atrapalhe seus pensamentos. Talvez seja uma das melhores e mais marcantes personagens que já acompanhei nessa minha vida de leitora.

Ryle também é apaixonante, e isso é um enorme problema quando ele começa a ter seus surtos, pois da mesma forma que Lily acredita que ele jamais seria capaz de machucá-la por ele ama-la, eu também acreditei nele, e fiquei na expectativa de que ele mudasse ou tivesse seu momento de redenção, presa na ideia de que não é possível esse tipo de atitude abominável partir de um cara tão legal e que faz tudo pela pessoa que ele ama. Lá vem Colleen estapeando nossas caras mostrando como as mulheres, por mais firmes e esclarecidas que sejam, podem se deixar levar e cair nesse tipo de cilada. E só quem vive sabe como é e como é difícil sair.

Atlas é outro personagem incrível digno de admiração. Ele também teve seus traumas no passado que o quebraram em mil pedaços, mas ele conseguiu superar, mesmo que jamais tenha esquecido o que viveu com Lily. Ele é forte, batalhador, gentil e acaba se tornando o porto seguro dela. É muito bonito ver como ele lhe estende a mão, como ele se preocupa, e como ele só quer que ela fique bem e seja feliz.

Os personagens secundários também são maravilhosos e muito bem construídos. Allysa, por mais endinheirada que seja, é totalmente desprendida das coisas. Ela se mostrou uma amiga maravilhosa, que não só apoia Lily, como também lhe dá conselhos e alertas inteligentes e importantes. Ela inclusive trabalha pra Lily ~de graça~ só pra ocupar seu tempo, ter algo pra fazer e com quem conversar, e não cair na depressão.

Enfim, o livro vai trazer uma reflexão sobre a coragem necessária pra se quebrar esse padrão, sobre se ter empatia com quem está numa situação dessas, e sobre tentar compreender que, embora as pessoas lidem com seus traumas das mais diversas maneiras, nada justifica a violência e que alguma coisa tem que ser feita pra isso chegar ao fim.

É Assim que Acaba é um drama poderoso, inspirador e emocionante, já entrou na lista de melhores livros que já li na minha vida, que vai tocar os leitores de uma forma indescritível, mostrando que é preciso tirar forças do além pra se fazer a escolha certa quando se está nas situações mais complicadas.

Sol e Tormenta - Leigh Bardugo

14 de janeiro de 2022

Título:
Sol e Tormenta - Grishaverso #2
Autora: Leigh Bardugo
Editora: Planeta/Minotauro
Gênero: Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2021
Páginas: 352
Nota:★★★★☆
Compre: Amazon
Sinopse: O boi sente o jugo, mas será que o pássaro sente o peso de suas asas? Na aguardada continuação de Sombra e Ossos, Alina e Maly precisam fugir das garras do Darkling após o terrível confronto na Dobra das Sombras. Apesar de finalmente ter se reunido com a pessoa mais importante de sua vida e de se ver livre do controle de Darkling e das pressões da corte, Alina está atormentada pela culpa depois dos acontecimentos na Dobra. Mas não há tempo para reflexões quando o seu principal objetivo é sobreviver. Nessa fuga frenética, em que precisa correr por sua vida e pelo destino de seu país, a Conjuradora do Sol acaba encontrando aliados – e inimigos – em figuras que nunca imaginou, como no corsário misterioso que é muito mais do que aparenta ser. Por sua vez, o Darkling está mais poderoso e determinado do que nunca. Com um novo poder assustador e extremamente perigoso, ele não irá poupar esforços para encontrar Alina e conquistar o trono de Ravka. O cerco está se fechando.

Resenha: Sol e Tormenta é o segundo volume da trilogia Grisha, escrita pela autora Leigh Bardugo, e dá sequência aos acontecimentos finais de Sombra e Ossos. Por esse motivo, a resenha pode ter spoilers do livro anterior!

O livro parte do ponto onde o anterior parou, com Alina e Maly fugindo do Darkling. Por estar sendo caçada por ele, ela esconde seu amplificador para que ninguém veja, e os dois vão tentando ao máximo possível passar despercebidos em meio as pessoas. Como Alina pára de usar seus poderes a fim de não chamar atenção de ninguém, ela começa a ficar pálida e fraca, então Maly continua fazendo papel de protetor, sempre cuidadoso e preocupado. Mas isso não foi o suficiente, e o Darkling não demora a encontrá-los. Com a ajuda do corsário Steamhold e sua tripulação, eles cruzam o Mar Real,  e nessa viagem ela encontra tanto inimigos quanto aliados, e a busca por um segundo amplificador começa... E quando ele é encontrado, tudo muda, e Alina decide, com ajuda de Nikolai, o segundo filho do rei, partir pra Osalta numa tentativa de tomar o comando do segundo exército para reunir forças contra as ameaças do Darkling. Porém, devido ao conflito que aconteceu da Dobra das Sombras, muitas pessoas acreditaram que Alina não tinha sobrevivido, então, quando ela chega ao Palácio, ela vai precisar lidar com a desconfiança do rei, que não sabe se ela é capaz de comandar um exército inteiro de Grishas (que também desconfiam dela) e quais são suas reais intenções (já que em sua fuga ela deixou o povo pra trás), e começa a tratá-la como se ela fosse uma pessoa qualquer. Alina, então, vai precisar conquistar a confiança de todos para provar que é capaz de derrotar o Darkling se tiver a ajuda necessária. 
Nesse meio tempo, ela acaba tendo acesso ao livro "A Vida dos Santos", e Alina faz uma associação do conteúdo desse livro com a posição em que ela se encontra, um tipo de "santa" da qual as pessoas tem fé e acreditam ser a salvação. Ela acredita que as informações do livro são pistas do que ela deve fazer e seguir, e a partir dalí ela vai em busca desses itens para se fortalecer, numa tentativa de vencer essa guerra.

Narrado em primeira pessoa, vamos acompanhando o ponto de vista de Alina nessa saga contra o Darkling. Ela ganhou um novo poder e começou a refletir sobre tudo, se questionando sobre o que é certo e errado, lidando com o sentimento de solidão constante mesmo que esteja cercada de gente, se sentindo culpada por tudo o que aconteceu e pelo "novo" comportamento de Maly, principalmente quando Nikolai sugere uma aliança com Alina que, embora aparentemente pudesse ajudar nessa jornada, tiraria Maly do sério. Mesmo que ela tome algumas decisões questionáveis e fique num vai e vem de evolução/retrocesso, ela é esperta, pega muitos detalhes úteis no ar, e está aprendendo cada vez mais a se impor quando pensa no quão importante é seu papel nessa guerra terrível, logo ela não poderia se dar ao luxo de se preocupar com as birras (sim, birras ridículas) que Maly faz. O abençoado está mais egoísta, inseguro e infantil do que nunca, acha que namorar com Alina lhe dá o direito de controlá-la ou tomar decisões por ela, não consegue aceitar e lidar com a ideia de que ela se tornou uma pessoa poderosa desde que descobriu ser uma Grisha, fica se lamentando porque sente falta da Alina sem poderes de antes, e fica se fazendo de vítima, se colocando numa posição inferior para que ela se sinta culpada por ele estar infeliz e por ela não colocá-lo em primeiro lugar em sua vida, mesmo que uma fucking guerra gigante esteja pondo a vida de toda a Ravka em risco. Ele parece um peso morto que ela precisa carregar sem motivo nenhum. A criatura não parece entender que a realidade agora é outra, que os poderes dela talvez sejam a única chance que eles tem, e que se apegar no passado ou no que poderia ter sido se fosse diferente não serve de nada. E como Alina ama esse completo imbecil, sua dependência emocional fica evidente, ela realmente se culpa em vez de mandá-lo pastar, e esse "romance" irritante e sem um pingo de química acaba tirando boa parte da graça da história. No começo cheguei a considerar que o problema com Maly pudesse estar na narrativa que traz exclusivamente o ponto de vista de Alina, e quem sabe ela estivesse o interpretando errado, não é mesmo? Penso que se a autora tivesse escrito um mísero capítulo com o ponto de vista de Maly, talvez fosse possível compreender esse comportamento detestável, mas não. Quanto mais páginas se passam, mais birra o dito cujo faz, a ponto dele achar que ir lutar com os Grishas, como se ele fosse um galo de briga querendo mostrar que é dono de si e sabe se virar sozinho, fosse uma boa ideia. É vergonhoso. E a coisa toda fica pior pro lado dele quando Nikolai entra em cena, porque, por mais que ele seja sarcástico e "liso", ele não só incentiva, mas mostra e ensina pra Alina o que é ser uma verdadeira líder, e em companhia dele, ela literalmente brilha e fica cheia de atitude.

Dito isso sobre esse romance miserável que ganhou muito mais espaço do que deveria, basicamente são os personagens secundários que carregam o livro nas costas, principalmente Nikolai que chega roubando todo o protagonismo da história sem pedir licença. A coisa toda fica pior pro lado de Maly quando ele entra em cena, porque por mais que Nikolai seja sarcástico e impossível, ele não só incentiva e apoia, mas mostra e ensina pra Alina o que é ser uma verdadeira líder, e em companhia dele, ela literalmente brilha, pra desgosto e ofuscamento eterno do mala do Maly. Nikolai é super inteligente e carismático, e quando há um diálogo divertido e afiado, pode ter certeza que a fala partiu dele.

O Darkling também tem uma presença marcante nas poucas vezes em que aparece, e ele continua sagaz, implacável, manipulador, e mais cruel do que nunca, seja pelo grande poder que tem, ou pelas estratégias que ele vai colocando em prática acima de tudo e todos pra conquistar seus objetivos sombrios. O fato de Alina ter várias "visões" com ele trazem momentos de bastante tensão pro desenrolar da trama.

No mais, Sol e Tormenta amplia esse universo dos Grisha mostrando todo o potencial que a história tem e ainda pode ter, mas é um volume que, por mais reviravoltas que tenha, se arrasta em muitos pontos sem que nada aconteça, com dramas descartáveis e com esse romance deplorável demais pra se aturar. Não acho que o livro tenha sido atingido com a "maldição do segundo volume", é uma boa continuação, com acontecimentos importantes e necessários para dar prosseguimento à saga, mas se a autora não tivesse gastado tantas páginas tentado enfiar esse romance falido goela abaixo dos leitores, a experiência teria sido muito melhor.
Agora fico aqui, iludida e shippando Alina com Nikolai, e desejando que Maly seja desintegrado e vire pó... Seria pedir muito?

The Sims 4 - Cenários - Ano Novo, Atividade Nova

12 de janeiro de 2022


Descrição: Nunca é tarde demais para começar uma atividade extra. Depois de fazer uma resolução de Ano Novo para se concentrar na criação de habilidades lucrativas, será que um Sim é capaz de potencializar esse ímpeto e continuar fazendo grandes mudanças a fim de obter um futuro mais próximo?

Temas: Fortuna, Habilidades, Carreira

Requisitos:
- 1 Sim Jovem Adulto ou mais velho

Resultados Possíveis:
- Tem §25.000 e atinge o nível 5 em qualquer habilidade.
- Atinge o nível 3 de qualquer carreira.

O novo desafio limitado de Cenários já chegou e eu nunca vi desafio mais fácil nessa vida.
O objetivo é chegar ao nível 3 de qualquer carreira OU juntar §25.000 e chegar no nível 5 de qualquer habilidade.

Então, lá vamos nós. Essa é a Calíope Avocado. Ela quer seguir carreira na área da Educação, então conseguiu um emprego de Professora Substituta. O emprego não paga muito bem, vida de professor não é fácil, então depois de ter construído a casa e não ter sobrado dinheiro nenhum, o jeito de conseguir mais dinheiros foi colhendo flores pela vizinhança, ou cavando buracos pra ver se encontrava algo útil sempre que necessário.



Calíope começou a praticar debates em frente ao espelho para aumentar sua habilidade em Pesquisa e Debate, pois é uma habilidade necessária pra começar a ser promovida nessa carreira. Ela também tinha que corrigir tarefas dos alunos, fazer algumas pesquisas num computador (e como eu não tinha dinheiro pra comprar um, ela tinha que ir na biblioteca fazer isso), ou ainda convencer os outros a doarem tempo pra educação.



A única dificuldade aqui foi com relação ao humor dela. Ela tem o traço "Exigente", e isso faz ela ficar nervosa por qualquer coisa. Como se isso já não fosse chato, a carreira de professora já deix a pobi esgotada, então a energia parece que baixa 2x mais rápido. Então Calíope acabava perdendo um tempo que poderia gastar melhorando a habilidade, dormindo pra recuperar as energias.



Eu marquei pra aspiração dela ser aleatória, e o que saiu foi "Local - Perfeitamente Impecável", logo ela vivia limpando a casa, lavando pratos, limpando o banheiro. Aloka da limpeza. Como ela já começou a melhorar a habilidade de Pesquisa e Debate desde o início, ela já tinha chegado ao nível 4, o que deu e sobrou pra chegar ao nível 3 da carreira. Então rapidinho ela foi promovida pra Professora Assistente, e dois dias depois já foi promovida de novo pra Professora, atingindo o nível 3 da carreira e concluindo o cenário. Deu nem tempo de cumprir o outro resultado. Talvez com carreiras que exigem um nível de habilidade maior seja possível juntar o dinheiro e melhorar a habilidade primeiro, mas essa de Educação é super de boas ser promovida.
Resumindo: Teve nem graça. Depois vou tentar com outra profissão, ou em vez de focar na habilidade pra ser promovida, talvez seja mais legal melhorar outra que não tem nada a ver pra ela não ser promovida, e ter até uma dificuldade maior pra juntar a grana necessária.



Vou continuar jogando com a Calíope, já tô cheia das ideias aqui.