Marley & Eu - John Grogan

5 de abril de 2022

Título:
Marley & Eu
Autor: John Grogan
Editora: Harper Collins
Gênero: Biografia/Memórias
Ano: 2020
Páginas: 304
Nota:★★★★★
Compre: Amazon
Sinopse: John e Jenny tinham acabado de se casar. Eles eram jovens e apaixonados, vivendo em uma pequena e perfeita casa, sem nenhuma preocupação. Jenny queria testar seu talento materno antes de enveredar pelo caminho da gravidez. Ela temia não ter vindo com esse "dom" no DNA, justamente porque matara uma planta, presente do marido, por excesso de cuidado - afogando-a. Então, eles decidiram ter um mascote. Vão a uma fazenda, escolhem Marley, ao tomar contato com uma ninhada, porque também ficam encantados com a doçura da mãe, Lily; depois têm uma rápida visão do pai, Sammy Boy, um cão rabugento, mal-encarado e bagunceiro. Rezam para que Marley tenha puxado à mãe, porém suas preces não são atendidas. A vida daquela família nunca mais seria a mesma.
Dividindo as alegrias e os sofrimentos ao lado de John e Jenny, inclusive quando os bebês do casal enfim chegaram, ele apoiou e acompanhou sua família humana nas situações mais difíceis. Como todo bom cão, Marley conquistou corações com seu espírito brincalhão e levado e, acima de tudo, mudou para sempre a vida de todos aqueles que encontrou.

Resenha: Marley & Eu foi escrito pelo escritor e jornalista John Grogan e publicado inicialmente em 2006 pela Editora Prestígio aqui no Brasil. De lá pra cá já o livro teve algumas outras edições quando passou a ser publicada pela Harper Collins.

Acredito que todo mundo já tenha ouvido falar da história em que Marley revira a vida do casal que o adota de cabeça pra baixo por causa das maluquices que ele apronta, e acho que por esse motivo eu não tinha trazido minhas impressões do livro aqui pro blog até então.
Fiz a leitura de Marley & Eu pouco depois de ter sido lançado, anos antes de ter criado o blog, antes de ter virado filme, e se tornou um dos meus livros favoritos da vida. Como fui convidada pela mybest Brasil para falar um pouquinho do melhor livro de todos os tempos, nada mais justo do que resgatar essa obra maravilhosa sobre esse verdadeiro ícone canino que tocou o coração de seus donos e do resto do mundo.
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Quando os jovens recém casados John e Jenny Grogan decidiram adotar um cachorro, a ideia era adquirir uma experiência inicial de cuidados para planejarem ter um filho mais tarde. Os dois eram felizes, tinham uma vida perfeita, trabalhavam como jornalistas e moravam numa bela casa na Flórida. Jenny já tinha matado uma planta afogada e queria cuidar - com sucesso - de algo que não fosse inanimado para se preparar para seu maior sonho: ser mãe.
Eis que eles adotam Marley, um filhotinho de labrador que estava sendo vendido com desconto por apresentar um comportamento meio diferente dos seus irmãos, mas Jenny não resistiu aquele olhar e foi amor a primeira vista. E a partir daí, vamos acompanhando os acontecimentos, que vão além dos relatos sobre as travessuras e peripécias desse cãozinho de liquidação, compreendendo também as passagens importantes da vida do casal Grogan e a família incrível que começaram a constituir entre as décadas de 1990 e 2000.

O livro é escrito em primeira pessoa, com comentários engraçados do autor sobre as situações embaraçosas em que Marley colocou a família por diversas vezes, e por descrever a vivência e as experiências da família, acaba sendo algo que atinge muita gente que também passa ou passou por isso. Grogan escreve muito bem e tem um senso de humor ótimo, e isso deixa o leitor envolvido e super curioso com a próxima aventura de Marley.
Marley é um cachorro totalmente fora dos padrões da raça: ele é barulhento, desobediente, imprevisível, deixa um rastro de destruição por onde passa causando altos prejuízos, come tudo o que vê pela frente, pula em cima dos outros, fica totalmente descontrolado quando há tempestades, e é simplesmente "inadestrável". Isso já o caracteriza como o pior e mais impossível cachorro do mundo, mas, em contrapartida, ele é o cão mais corajoso, fiel, devoto e companheiro que John poderia ter, sendo o responsável por trazer alegria e despertar o melhor que havia naquele casal, fazendo com que o aceitassem exatamente como ele é durante os treze anos que permaneceu junto com a família.

Vou ser sincera em afirmar que tive uma certa dúvida ao caracterizar este livro como "o melhor de todos os tempos" já que existem tantos outros livros, principalmente os clássicos importantíssimos que foram escritos por autores de renome nos séculos passados, e que até hoje estão imortalizados através de suas obras. Mas acho que não precisamos de um calhamaço sobre romances complicados e repletos de palavras difíceis para nos envolvermos com a história, nos emocionarmos do começo ao fim, e ainda aprendermos sobre amor verdadeiro, puro e incondicional. Basta um livro simples que veio de uma ideia ainda mais simples: Falar da própria vida e das experiências de se ter o "pior cachorro do mundo". Não é algo inédito, já sabemos como a história termina, mas quem ama animais, principalmente quem já teve um animal bagunceiro, se identifica, aprende muito e se sensibiliza. O que toca as pessoas é o fato do autor fazer esse misto de carga emocional em meio a experiência de conviver com um cachorro como Marley, logo é compreensível que embora seja um livro "comum", tenha feito tanto sucesso e se tornado um best-seller. O que vale é experiência que temos durante a leitura, e acredito que seja inegável que Marley & Eu mexa com o leitor, fazendo com que a história dele seja marcante e inesquecível. Outro ponto que achei super importante destacar é a ideia de que, por mais problemático que Marley tenha sido, maus tratos e abandono nunca fez parte da realidade da família e nem foi uma opção. John e Jenny enfrentaram juntos a responsabilidade de cuidar de Marley com paciência e muito amor, pois, como sendo o "primeiro filho", ele fazia parte da família assim como os filhos que vieram depois.
''Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele.''
- Pág 292
No final, acabamos percebendo que não se trata de uma história sobre um cachorro desgovernado, mas sim sobre uma família que começou quando ele chegou e aprendeu tudo aquilo que realmente importa nessa vida com ele. Prepare os lencinhos e boa leitura!

Wishlist #2 - Board Game - War: Império Romano

2 de abril de 2022

Todo mundo sabe que War é um clássico dos jogos de tabuleiro, e não duvido que seja um dos jogos mais vendidos do Brasil. Já tenho o War comum e o War Vikings, e os dois são um sucesso aqui em casa. Todo mundo gosta, mas também briga, chora, ri, é um Deus nos acuda. O que pus na lista é a edição Império Romano, que se trata de uma edição especial que a Grow lançou em 2007 em comemoração aos 35 anos do jogo no Brasil, e atualmente só se acha esse bendito pra comprar se for usado (já que esgotou e não fizeram mais). Inclusive já comprei e tô esperando o meu chegar, mas prevejo demorar um século já que ele vem lá do Acre.

As regras são as mesmas do jogo tradicional, mas o cenário foi baseado no mapa do Império Romano na época do seu apogeu em 140d.C., onde o jogador se depara com províncias como Lusitania e Capadocia. Ao invés de utilizar tanques e exércitos, esta edição tráz legiões compostas por legionários, cavaleiros e catapultas como peças para os jogadores.

Editora/Fabricante: Grow
Criadores: Sérgio Halaban e André Zatz
Idade recomendada: 10+
Jogadores: 3-4
Descrição: Roma já foi um dos maiores e mais duradouros império da história.
Vamos voltar para o ano 140 d.C., quando o Império Romano atingiu sua maior extensão e dominava praticamente toda a Europa, parte da Ásia e o norte da África.
Isso, porém, não significava que os tempos eram de paz. Pelo contrário, os povos guerreavam entre si e contra Roma, buscando liberdade. Volte no tempo com War Império Romano e sinta a emoção de defender suas fronteiras e avançar com suas legiões conquistando as províncias do mundo romano em 140 d.c! A cada jogador cabe um objetivo, que só deve ser conhecido por ele mesmo, o conhecimento deste objetivo por outros jogadores tornará mais difícil a sua conquista.





Resumo do Mês - Março

1 de abril de 2022


Março foi um mês que, pelo menos pra mim, parece ter demorado horrores pra passar. Mas, não nego que consegui aproveitar bastante meu tempo pra iniciar algumas séries e ainda jogar vários jogos de tabuleiro com as crianças. Agora que voltei a receber livros de parceria, vou retomar com as leituras pra não acumular pendências e depois ficar desesperada no meio do salvem-se quem puder.

Como meu foco recaiu sobre outras coisas, acabei não dando muita atenção pro Desafio das Décadas no The Sims 4, mas juro que até final de abril eu termino, e aí começo outro que ainda vou escolher.

No mais, o que teve no blog foi essa mixaria aqui:

Caixa de Correio #121 - Março

31 de março de 2022

Não sei o que rolou, mas achei que esse mês custou a passar.
Esse mês a caixinha tá boa e bem divertida. Resolvi que vou reinvestir em alguns jogos de tabuleiro pra ver se consigo tirar as crianças da frente do computador e ter mais momentos em família. Muitos dos jogos são de estratégia (alguns são daqueles tipos que destroem amizades, mas enfim), então vão trabalhar o raciocínio e o controle emocional da penca e acho que eles precisam disso antes que um Roblox da vida derreta a cabeça deles e deixe eles loucos. O "reinvestir" é porque eu tinha vários jogos a uns bons anos atrás, mas as peças foram se perdendo porque as criaturas mirins não têm um pingo de cuidado, os dinheirinhos ou as cartinhas foram rasgando e ficando inutilizáveis, eu não fazia ideia se era possível ou não comprar peças de reposição, e no final das contas joguei tudo fora quando percebi que estava tudo incompleto e injogável. Agora descobri que a maioria desses jogos que eu tinha eram edições limitadas por serem de personagens, e que hoje valem o olho da própria cara, e tô me sentindo a própria palhaça, mas, pelo menos achei e comprei a edição de Clue dos Simpsons porque esse era o que eu mais gostava. Depois faço uma wishlist só pros jogos que quero comprar. Esse mês não teve pop de novo, porque o dinheiro que eu usaria pra comprar os que me faltam, eu comprei os jogos, então talvez fique pro mês que vem e eu me dou de aniversário, ou pro próximo, vamos ver. Agora é rezar pro pop que comprei em agosto seja enviado pra chegar mês que vem, porque não aguento mais essa enrolação eterna.
No mais, espiem o que chegou:

Todos os Santos Malditos - Maggie Stiefvater

29 de março de 2022

Título:
Todos os Santos Malditos
Autora: Maggie Stiefvater
Editora: Verus
Gênero:  Realismo mágico/Jovem adulto
Ano: 2019
Páginas: 252
Nota:★★★☆☆
Compre: Amazon
Sinopse: Eis algo que todo mundo quer: um milagre. Eis algo que todo mundo teme: o que é preciso para conseguir um... Qualquer pessoa que visite Bicho Raro, no Colorado, vai encontrar um cenário de santos sombrios, amor proibido, sonhos científicos, corujas loucas por milagres, afetos distantes, um ou dois órfãos e um céu cheio de estrelas vigilantes. No coração desse lugar está a família Soria, cujos membros têm a capacidade de realizar milagres. E no coração dessa família estão três primos que desejam mudar o futuro: Beatriz, a garota sem sentimentos, que quer apenas ser livre para examinar seus pensamentos; Daniel, o santo de Bicho Raro, que faz milagres para todo mundo, menos para si; e Joaquin, que passa suas noites no comando de uma estação de rádio usando o nome Diablo Diablo. Eles estão todos à procura de um milagre. Mas os milagres de Bicho Raro nunca são exatamente o que você espera. 

Resenha: Todos os Santos Malditos, escrito por Maggie Stiefvater e publicado no Brasil pelo selo Verus da Editora Record, é um livro fantástico que faz um misto com drama e romance em meio a uma mitologia mágica e cheia de excentricidade. A história se passa na década de 60 e traz a família Soria como a responsável pelos acontecimentos que se passam alí. Os Soria ficaram conhecidos na cidadezinha minúscula de Abejones, no México, como Los Santos por realizarem milagres, e centenas de pessoas saíam de todos os cantos rumo as cercanias de Abejones em busca de bênçãos e curas para seus piores tormentos. Mas, o governo do México não aceitava essas práticas e passou a ameaçá-los para que parassem com os milagres, o que fez com que os Soria buscassem a ajuda e a proteção da Igreja Católica, mas foram igualmente ameaçados por suas práticas serem "obscuras". Eles, então, partiram em busca de um lugar seguro onde pudessem dar continuidade a esse legado, e depois de percorrerem mais de 3 mil quilômetros, chegaram no estado do Colorado, nos EUA, onde encontraram o lugar ideal, silencioso e cercado por montanhas onde se instalaram. Eis que surgiu o pequeno vilarejo de Bicho Raro. Alí os santos da família Soria poderiam viver tranquilos além de poderem "ouvir" de longe e ficarem a espera dos forasteiros, ou peregrinos, que iam em direção a eles em busca do milagre de que precisavam.

Porém, os milagres são dividos em duas partes. O santo que realizava o milagre só era capaz de retirar e mostrar a escuridão que consumia quem necessita de sua ajuda. Após isso, a própria pessoa deveria dar continuidade ao processo, enfrentando sua escuridão para se livrar dela, superar e, assim, poder seguir em paz e rumo a luz, caso contrário, ficaria presa as trevas, da pior forma possível. Os santos também não podiam interferir nessa segunda fase do milagre e precisavam se afastar dos peregrinos "agraciados", ou teriam que lidar com uma escuridão ainda pior... Sendo assim, os milagres soavam muito mais como uma maldição já que as pessoas não eram capazes de lidarem com os próprios problemas ao se depararem com eles cara a cara, e ficavam estagnadas nos arredores de Bicho Raro sob formas ou circustâncias tão curiosas quanto apavorantes.

Várias décadas se passaram, e chegamos em 1962, onde temos os três jovens primos que estão no coração dos Soria: Beatriz, Daniel e Joaquim. Embora eles tenham plena consciência da importância do dom que carregam, somente Daniel, que tem dezenove anos, está preocupado em realizar os milagres, e o que ele mais queria era poder ajudar aqueles que não se permitem ser ajudados. Beatriz, com dezoito anos, é mais razão e tem zero emoção, e ela quer ser livre para se dedicar à ciência, analisar e refletir sobre todos os seus pensamentos. E Joaquim, que tem dezesseis anos, só quer saber de tocar a estação de radio pirata da família sob o codinome Diablo Diablo, então através dele também acompanhamos a "trilha sonora" da história.

Até que um dia, Tony DiRisio, um homem um tanto ranzinza de meia idade que dirigia sua perua Mercury amarelo ovo lá no Kansas, conhece Pete Wyatt, um jovem cristão que lhe pediu uma carona, e, por coincidência, os dois estavam indo para o Colorado, mais especificamente para Bicho Raro. Enquanto Tony estava em busca de um milagre sem saber ao certo qual era seu problema, Pete só queria arranjar um caminhão para poder trabalhar num negócio que o fizesse se sentir feliz, logo isso não fazia dele um peregrino. Daniel faz o milagre em Tony, e logo depois parte para o deserto para se afastar de sua família. O motivo? Ele está apaixonado por Marisita, uma peregrina a quem ele ajudou e que agora sofre as consequências de ainda não ter conseguido lidar com a própria escuridão, que se manifestou como uma chuva incessante sobre sua cabeça. E como uma das regras dos Soria é se afastar daqueles que receberam os milagres, Daniel não vê outra alternativa a não ser deixar uma carta para Beatriz avisando que iria atrás de Marisita, confiando que ela usaria a razão para entender sua motivações para insistir em algo proibido, e ir embora para não afetar a família. E partindo dessa premissa, a história se desenrola mostrando as consequências das escolhas dos personagens e como eles lidam com tudo isso.

O livro é narrado em terceira pessoa e, assim como os demais livros da autora, tem uma escrita refinada e bastante poética, mas vou ser bem sincera em dizer que, pelo menos pra mim, quando um livro não me prende no início por dar mais a impressão de confusão do que imersão, a ponto de eu precisar recomeçar, é um problema. Li os três primeiros capítulos pra perceber que não tinha entendido nada, e lá fui eu voltar pro começo. Contextualizar a premissa foi um pouco difícil, mas acho que consegui captar a parada pra poder explicar a base da trama. Não sei se eu estar esgotada da cabeça interferiu nessa falta de compreensão inicial. Talvez se eu tivesse encontrado um resumo com essas explicações antes, eu poderia estar mais preparada pra leitura e não teria perdido tempo boiando pelas páginas com cara de Nazaré Tedesco confusa.


É muita gente em meio a descrições de características ou situações bizarríssimas, como uma cabra prenha que fica muito cansada ao parir a primeira cabrita e depois de meses resolve ter o outro filhote. Ou os cachorros degenerados de Bicho Raro que têm gênio ruim e por isso comeram os irmãos ainda na barriga da mãe impaciente. Ou um bebê que perde seus cílios postiços do útero ao nascer e logo em seguida coloca outro no lugar. No meio disso ainda há cortes pra divagações e flashbacks que interrompem a cena e o ritmo da leitura. Enfim... é difícil se acostumar e se familiarizar com essa mitologia diferente e com a construção de mundo baseada no realismo mágico, pois tudo é jogado em cima do leitor sem uma origem, sem um contexto, sem explicações, e a gente que lute. Talvez a intenção do gênero seja realmente fazer contrapontos ao que consideramos "normal" na fantasia para que cada um possa ter a própria interpretação, como é o caso das características esquisitas que os personagens adquirem quando estão com a escuridão materializada sobre eles, mas assumo que não é algo que eu esteja acostumada a encontrar por aí. Então, fiquei com aquela sensação de que a autora (que já tem uma escrita divina, e isso pra mim já basta), quis dar uma enfeitada inserindo um ar filosófico e artístico do gênero, mas virou um amontoado de elementos e detalhes sem muito propósito e que não fariam diferença pro desenrolar da história se não estivessem alí. A mesma história poderia ter sido contada de um jeito menos confuso. E pra mim, o problema é que, mesmo entendendo a base dessa história, com o passar das páginas as coisas continuam esquisitas e confusas, mas o que salva são os dilemas profundos dos personagens, e como eles lidam com isso.

Os personagens principais são bem construídos e possuem camadas únicas e bem interessantes de se acompanhar, cada um com suas qualidades e defeitos, mas os personagens secundários, com exceção de Marisita, me soaram como um amontoado de gente com características descritas de forma resumida e genérica, às vezes irrelevantes, e com pouco espaço para aparecerem e serem aprofundados como eu gostaria.

Se Bicho Raro não fosse um lugar fictício, tenho certeza que entraria no Guinness como o lugar com a maior variedade e concentração de corujas curiosas da face da Terra, e, talvez, o único lugar onde há um deserto que não é só um cenário, mas um personagem tão vivo quanto os demais. No mais, Todos os Santos Malditos, embora seja um livro excêntrico, é indicado pra quem procura por uma leitura que aborda o medo, a perda, os amores proibidos, a esperança, e o que há de mais obscuro relacionado às particularidades do ser humano. Basta abrir a mente e o coração e se permitir ser envolvido por essa história tão estranha quanto única.

Wishlist #1 - Board Game - Catan

27 de março de 2022

Criando mais um tipo de wishlist no bloguito porque sim. Sempre curti jogos de tabuleiro, já comentei que tive vários mas, pelas crianças terem destruído tudo uns anos atrás quando eram menores, acabei jogando fora. Mas, resolvi que vou colocar alguns na lista pra ir comprando aos pouquinhos e voltar a jogar (mesmo que a frequência de comprinhas tenha diminuído drasticamente, não desisti de colecionar meus pops, então vou ter que conciliar isso aí pra não ter que declarar falência).
Depois de ver o quanto eles estão enfiados no quarto com celular e computador por horas e horas, comecei a ficar preocupada com esse tempão todo de tela que eles estão tendo. Acho que preciso desviar a atenção da penca com algo que não envolva nenhum eletrônico, que estimule o raciocínio e a criatividade, e ainda promova esses momentos em família, então andei pesquisando vários joguinhos pra poder incluir nessa lista.

Eis que descobri Catan, que se trata de um jogo onde nosso personagem, um colono, descobre uma ilha cheia de recursos e agora precisa prosperar e expandir seu território, porém, outros colonos também encontraram a mesma ilha e irão disputar esse espaço, negociando itens e matéria prima, e ainda tendo que lidar com ladrões que vão tentar atrapalhar os planos de conquista e expansão. No final, vence quem conseguir prosperar mais.

Editora/Distribuidora: Devir
Criador: Klaus Teuber
Idade recomendada: 10+
Jogadores: 3-4
Descrição: Catan é um jogo com milhões de fãs apaixonados no mundo todo pela diversão, entretenimento e estratégias que ele possibilita. Situada historicamente na Idade Média, Catan é uma ilha a ser colonizada pelos jogadores, quem devem, a cada rodada, construir estradas, vilas e cidades, negociando as matérias-primas do local: madeira, minério, trigo, tijolos e ovelhas. Ladrões estão à solta e atrapalham seus planos de conquista e poder. As Habilidades de negociar, prever e criar, aliadas a um pouco de sorte, farão de você o colonizador mais bem-sucedido da ilha. Venha para Catan, encare este desafio e sinta o prazer de ser o soberano de uma pequena ilha que se espalhou pelo mundo!

Expansões
Navegantes
Icem as velas! Já exploraram Catan agora chegou o momento de os navegantes zarparem à exploração das ilhas vizinhas Graças a lã e a madeira podem construir barcos que os levarão ao alto mar Além disso descobriram uma nova matéria-prima o ouro! Que outros segredos se escondem no denso nevoeiro? Quem será o mais corajoso na hora de enfrentar os temíveis piratas? e quem será o primeiro a construir uma Grande Maravilha? Com essa expansão Catan ganha ainda mais variedade com algumas poucas regras vão abrir-se possibilidades infinitas seja com qualquer dos oito cenários diferentes ou com um mundo criado por si.

Cidades e Cavaleiros
Graças às novas mercadorias, o comércio está no auge e as cidades crescem sem parar. Entre os vários novos edifícios surgem câmaras municipais, bibliotecas e fortalezas, simbolizando o progresso e a riqueza. Mas toda esta bonança chamou a atenção de algumas hordas de bárbaros, agora resta pouco tempo para treinar e armar um exército de cavaleiros para lhes fazer frente. Apenas os que forem suficientemente corajosos para enfrentar os bárbaros é que poderão salvar as suas cidades da destruição total.

Mercadores e Bárbaros
Viva novas aventuras! Têm florescido, em Catan, aldeias idílicas e algumas cidades luxuosas. Mas não acha isso suficiente? Ainda quer mais aventuras?
Então extraia ouro dos rios, venda peixe fresco e tente influenciar as rotas das caravanas para favorecer os seus interesses. Use seus cavaleiros para defender a costa contra os invasores bárbaros e faça com que o castelo do Conselho de Catan volte a resplandecer.
Graças aos seus 5 cenários e às 4 variantes combináveis, esta expansão oferece um número sem fim de possibilidades que o vão surpreender, da mais simples à mais sofisticada.

Piratas e Exploradores
Naveguem por águas desconhecidas na esperança de descobrir alguma ilha onde possam erguer novas bases. Uma travessia emocionante espera por vocês. Encontre os covis escondidos dos piratas e derrotem os temíveis corsários. Encham os porões dos navios com peixe e especiarias e transportem mercadorias valiosas até Catan para fazer fortuna. Começou a corrida ao ouro e à glória. Esta expansão introduz diversos novos elementos ao universo de Catan, com os quais poderão desfrutar de uma nova experiência de jogo.