Caixa de Correio #125 - Agosto

31 de agosto de 2022

A tristeza que me deu esse mês porque queria ter lido alguns lançamentos que estava aguardando desde quando foram anunciados em junho e não pude, porque acho que esqueceram de mim lá na editora. Vamo ver se mês que vem o problema é resolvido e eu não saia prejudicada. :(
O que comprei esse mês foi a expansão Spirecrest, do lindíssimo e muito legal Everdell. Em breve vou trazer a resenha dele aqui no blog e depois das expansões a medida que for completando.

Não teve livro, não teve tarô, não teve popinho... Faz nem sei quantos meses que dei uma pausa nos popinhos pra poder focar nos jogos de tabuleiro, mas ano que vem pretendo voltar com a coleção eterna de HP.

Só sei que estou apaixonada com esse jogo, gente... Socorro que lindezura *-*

Jogo:

  • Everdell - Spirecrest

Games - Cult of the Lamb

29 de agosto de 2022

Título:
Cult of the Lamb
Desenvolvedora: Massive Monster
Plataforma: PC/PS4/PS5/Xbox/Nintendo Switch
Categoria: Aventura/Ação/Fantasia
Ano: 2022
Classificação Indicativa: 14+
Nota: 
Sinopse: Crie seu próprio culto em uma terra de falsos profetas, aventurando-se por regiões misteriosas e diversas para criar uma comunidade fiel de Seguidores da floresta, e para propagar sua Palavra e se tornar o único culto verdadeiro.



Desenvolvido pela Massive Monster e publicado pela Devolver Digital, Cult of the Lamb é um jogo indie que, traz uma das propostas mais "peculiares" que já encontrei.
A história do game gira em torno de uma profecia onde um cordeiro seria o responsável por libertar uma poderosa entidade maligna que fora aprisionada há muitas eras (por motivos que não cabem explicar para evitar possíveis spoilers). Sendo assim, os quatro bispos da Fé Antiga, criaturas poderosas e igualmente sombrias, passaram a caçar e executar todos os cordeiros dessas terras, acreditando que a extinção dessa espécie seria a garantia de que a dita entidade, aqui chamada de "Aquele que Espera", jamais iria escapar das profundezas de onde foi acorrentada, e o reino da Fé Antiga permaneceria forte e eterno sob o poder dos falsos profetas.


Tudo começa quando o último cordeiro, uma criaturinha indefesa e inocente, é capturado para ser sacrificado num tipo de ritual religioso. O pobrezinho não tem escolha a não ser se ajoelhar diante dos bispos e aceitar a morte certa. Porém, após o golpe certeiro do machado de seu algoz, ele acorda num lugar diferente, onde é recebido pelo próprio Aquele que Espera. Ter a alma do último cordeiro executado sob seu poder era tudo o que aquela entidade diabólica precisava para colocar seu plano de fuga em prática, e para isso, os dois fazem um pacto: Em troca de ter a vida de volta e se vingar de seus executores, o cordeirinho deveria criar um culto para reunir seguidores fiéis e matar os falsos profetas para que ele pudesse se libertar. E para ter os poderes necessários para essa tarefa tão importante, Aquele que Espera oferece sua própria Coroa Vermelha, seu maior símbolo de poder, que também irá conceder poderes ao cordeiro durante sua jornada. A partir daí, o pequeno parte numa missão para confrontar a Fé Antiga onde, além de explorar locais secretos para enfrentar um monte de criaturas perigosas, derramar muito sangue e ficar cada vez mais forte, ele também terá que resgatar e doutrinar a maior quantidade de seguidores possível para o culto (afinal, eles são a fonte do poder do cordeiro), trabalhar para aumentar - e manter - a fé e a lealdade do rebanho, gerenciar a base para cuidar de suas necessidades e impedir que eles se revoltem ou abandonem o culto, e realizar os mais diversos - e bizarros - rituais em sua igreja para fortalecer a seita.


A mecânica do jogo é bastante interessante e inicialmente me lembrou jogos como Don't Starve e Stardew Valley com a pegada da animação Happy Tree Friends. A jornada é dividida no gerenciamento do culto e na exploração das quatro dungeons onde cada uma está sob domínio de um dos bispos. Elas são desbloqueadas a medida que novos seguidores se juntam ao culto, assim como o nível de dificuldade das batalhas dos monstros que aparecem aumenta. Os elementos dessas duas funções de gerenciamento e exploração estão interligados e requerem que o jogador vá intercalando as tarefas e as missões para poder avançar. Cada cruzada vai render uma experiência única, pois os mapas, os eventos e os espólios sempre mudam a cada exploração. Mesmo que o cordeirinho morra durante as batalhas, com o poder da Coroa Vermelha ele ressucita e não perde por completo tudo o que foi coletado pelo caminho, logo é bom estar atento a certos tipos de habilidades adquiridas para poder facilitar o processo de retorno ao culto em caso de morte ou em caso do jogador não queira continuar a exploração naquele momento por qualquer motivo.


É preciso construir diversas estruturas para suprir as necessidades dos seguidores, como tendas para que possam dormir, banheiros para que não saiam fazendo cocô por aí tornando o lugar insalubre, cozinha para o preparo da comida para que ninguém morra de fome, fazendinhas para cultivo de frutas e legumes pra prover o sustento, centro de cura para os enfermos se recuperarem, prisões para castigar os rebeldes, covas para enterrar os cadáveres, decorações variadas e etc. Tais construções requerem a coleta de recursos para que se possa pagar o preço de cada uma delas, então é necessário coletar madeira, pedra, ouro e etc, tanto na base quando nas explorações.

Com o progresso da jornada, o aprimoramento da base e com a devoção dos fiéis, são desbloqueados novos itens e estruturas, rituais e doutrinas que dão mais poder à Coroa Vermelha, armas e maldições para ajudar nas batalhas, cartas de "tarô" que dão algumas pequenas vantagens durante as lutas, e até novas skins para personalizar os seguidores e deixa-los com a carinha de vários animais ou criaturas.
O mapa da terra ancestral também vai sendo desbloqueado aos poucos, e o cordeiro pode viajar para conseguir novos recursos, fazer missões específicas para conseguir novos itens e desbloquear mais funções, pescar, se divertir com mini jogos que podem dar bônus ou itens importantes, e conhecer e interagir com criaturas que podem ajudar de alguma forma nessa incrível e macabra jornada.



Um detalhe muito bacana é a questão do jogador poder seguir por um caminho mais benevolente onde ele prioriza o bem estar dos seus súditos, ou ser um completo sádico e não ter piedade de ninguém, incentivando inclusive o canibalismo. São escolhas que vão desbloqueando habilidades e poderes específicos e que vão moldar essa pequena sociedade que deve obediência ao cordeiro. Não basta apenas conquistar esses seguidores, é preciso mantê-los "na linha" ao mesmo tempo em que se tenta respeitar a compreensão que eles tem do significado da fé. Eles possuem aspectos específicos e a forma deles encararem a vida ou aceitar certas imposições são únicas. Alguns perdem fé caso presenciem mortes por terem medo, enquanto outros ganham fé caso fiquem doentes pois encaram isso como um tipo de provação divina. Alguns são mais difíceis de serem convencidos pela palavra e demoram mais pra subir de nível, outros parecem gostar de causar discórdia no culto e fazem várias intrigas por aí, e cabe ao cordeiro decidir acatar ou não o que eles começam a pedir, enfim... é preciso lidar com essas particularidades de cada um, assim como as consequências das escolhas que forem feitas e o que fica estabelecido a partir de então dentro da seita.


Os gráficos dispensam maiores comentários, pois tudo é muito bonito, cheio de cor e movimento. Além da arte fofa, o jogo me ganhou pelos pequenos detalhes, como vento e chuva, coisinhas que aparecem somente durante o dia ou a noite, as batalhas cheias de efeitos, e os sons como sussurros ou outras horripilâncias. O que marca é essa ambientação que mistura o macabro com o bonitinho.

Talvez a repetição de tarefas e cenários, ou a pouca variação dos combates possa ser cansativa pra alguns jogadores, talvez encontrar um seguidor com uma demanda específica no meio de muitos quando o culto cresce pode ser bem trabalhoso, mas Cult of the Lamb é o tipo de jogo que me agrada muito por trazer gerenciamento de recursos, batalhas dinâmicas, e exploração de mapas onde é possível dedicar várias horas sem sequer ver o tempo passar, e tudo isso num completo misto de temas envolvendo uma seita bizarra liderada por um cordeirinho que fez um pacto demoníaco e agora está possuído e tem sede de sangue e poder. É uma combinação improvável de elementos distintos que, ao meu ver, deu super certo. Quem imaginou que o capeta seria um bichinho tão engraçadinho e amassável, morando numa vilinha colorida, liderando criaturinhas felizes e saltitantes que podem ser sacrificadas a qualquer momento num ritual apavorante? *-*


É aquela coisa... E se, depois da morte, você fizesse um pacto pra voltar a vida? E se, ao retornar, você cuidasse de uma vila? E se nessa vila você organizasse uma seita? E se você usasse os poderes que ganhou com a seita pra se vingar de quem te matou?
É uma loucura sem fim? Com certeza, mas é muito, muito divertido. Não é a toa que o jogo conquistou e bateu a marca de 1 milhão de jogadores em tão pouco tempo depois de lançado, e posso dizer que se tornou um dos meus favoritos.

75 anos de Paulo Coelho

24 de agosto de 2022


75 ANOS DO ESCRITOR PAULO COELHO • 35 ANOS DA PUBLICAÇÃO DE O DIÁRIO DE UM MAGO
O ALQUIMISTA HÁ 650 SEMANAS NA LISTA DO USA TODAY

O brasileiro vivo com maior influência internacional - e um dos escritores mais lidos do mundo -, Paulo Coelho comemora seus 75 anos no dia 24 de agosto.

Em 2022, celebram-se também os 35 anos da publicação de O Diário de um Mago, seu primeiro best-seller. O livro foi escrito após a peregrinação do autor, em 1986, pelo caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, e lançando pela editora Eco, do Rio de Janeiro, no ano seguinte. A experiência pelo caminho de Santiago de Compostela foi transcendental na vida do autor, e o grande sucesso internacional de O Diário de um Mago após sua publicação contribuiu para aumentar substancialmente o número de peregrinos à cidade da Galícia, na Espanha — tanto que, em 1999, Paulo Coelho foi condecorado com a medalha de Oro de Galicia por parte do Conselho de Estado da Espanha e, em 2008, a prefeitura local prestou homenagem ao escritor brasileiro dando seu nome a uma das ruas da cidade.

Os livros de Paulo Coelho publicados mundialmente atingiram a assombrosa marca de cerca de 320 milhões de exemplares vendidos em mais de 170 países - o autor mais traduzido da língua portuguesa é publicado em 88 línguas diferentes, entre elas o albanês, o estoniano, o persa (a jornalista Patrícia Campos Mello descobriu versões de O Diário de um Mago nessa língua entre prisioneiros na fortaleza norte-americana de Guantánamo, em Cuba), o hindi, o malaiala (falado no sul da Índia), o marati (falado na costa central ocidental da Índia), o vietnamita e o suaíli (uma das línguas oficiais do Quênia). No Brasil, Paulo Coelho chegou a ter cinco títulos na mesma lista de livros mais vendidos, uma façanha que nenhum outro autor conseguiu realizar.

O Alquimista, seu livro de maior sucesso, foi lançado em junho de 1988, inicialmente pela mesma editora Eco. Como o publisher da editora não acreditava muito no sucesso do título, a reedição de O Alquimista saiu pela editora Rocco - e se transformou rapidamente em um dos maiores fenômenos de venda do Brasil. A saída da Eco também marca o momento em que Paulo Coelho começou a trabalhar com Mônica Antunes, sua agente exclusiva até hoje, proprietária da Sant Jordi, com sede em Barcelona. O livro vende cerca de 1 milhão de exemplares todos os anos somente nos Estados Unidos, sendo o mais presenteado a estudantes que terminam o ensino médio no país. Ainda nos Estados Unidos, o maior mercado de livros do mundo, O Alquimista tem o recorde de ter permanecido por 427 semanas consecutivas na lista de mais vendidos do jornal The New York Times - a relação de best-sellers mais prestigiada da indústria internacional do livro. Em agosto de 2022, o livro alcançou a extraordinária marca de 650 semanas consecutivas na lista de mais vendidos do jornal USA Today. A inspiração para o bestseller foi uma história persa aproveitada pelo escritor argentino Jorge Luis Borges em seu livro de contos História universal da infâmia.

O Alquimista é elogiado e recomendado por líderes mundiais como o ex-presidente americano Barack Obama, a ativista paquistanesa e prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai e o ex-secretário geral das Nações Unidas, o sul-coreano Ban Ki-moon, além de muitos outros; por escritores de renome internacional, como o italiano Umberto Eco e o japonês Kenzaburo Oe, ganhador do prêmio Nobel de Literatura; por personalidades como Gisele Bündchen e Oprah Winfrey, apresentadora e líder de um dos maiores clubes de leitura do mundo; e até por esportistas como o heptacampeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton e os superastros da NBA LeBron James e Kobe Bryant — com quem Paulo Coelho planejava escrever um livro para crianças, plano infelizmente impedido pela morte trágica do jogador de basquete. No mercado norte-americano, há um audiobook de O Alquimista narrado pelo grande ator inglês Jeremy Irons, vencedor do Oscar de Melhor Ator em 1991.

Com 21 obras e algumas centenas de milhões de exemplares vendidos, Paulo Coelho é publicado pelas mais importantes editoras do mundo, como a Knopf e a Harper Collins, nos Estados Unidos, a Flammarion, na França, a Planeta, na Espanha, a Penguin Random House, no México, e a Kadokawa, no Japão. No Brasil, é publicado pelo selo Paralela, da Companhia das Letras, desde 2016, quando lançou A Espiã, inspirado na vida misteriosa de Mata Hari, mulher nascida nos Países Baixos e fuzilada durante a Primeira Guerra Mundial. Em 2010, Paulo Coelho organizou para editora inglesa Penguin uma antologia de textos que foram fonte de inspiração para ele; entre os trechos selecionados, estão passagens De Profundis, de Oscar Wilde, Eichmann em Jerusalém, de Hannah Arendt (em 1982, uma visita aos escombros do campo de concentração nazista de Dachau, na Alemanha, se transforma em uma das experiências mais marcantes da vida do autor e reforça suas convicções de sempre lutar contra os autoritarismos de qualquer matiz ideológico), O Príncipe, de Maquiavel, Ficções, de Jorge Luis Borges, e Os Manuscritos do Mar Morto. Desde o lançamento de seus primeiros best-sellers, O Diário de um Mago e O AlquimistaPaulo Coelho cuida zelosamente de detalhes da divulgação e da distribuição de seus livros em todo o mundo, assim como da relação com seus leitores.

       

Em 1996, Paulo Coelho recebeu a comenda Chevalier da Ordem Nacional da Legião de Honra, concedida pelo presidente da França Jacques Chirac, e, no mesmo país, recebeu o título de Officier dans l’Ordre des Arts e des Lettres em 2003. Ele ocupa a cadeira de número 21 da Academia Brasileira de Letras desde 2002 e, em 2007, tornou-se Mensageiro da Paz das Nações Unidas. Paulo Coelho ganhou cerca de 115 premiações e homenagens de dimensões internacionais, entre as quais o prêmio Grinzane Cavour (Itália, 1996; também concedido a escritores como José Saramago, Doris Lessing e Ian McEwan), o prêmio Goldene Feder (Hamburgo, 2005) e o Hans Christian Andersen Award, concedido pelo International Board on Books for Young People (2010).

Paulo Coelho é conselheiro da Unesco para o Programme on Spiritual Convergences and Intercultural Dialogues e foi membro do board da Fundação Schwab, que promove o Fórum de Davos, e do International Advisory Council do Harvard International Negotiation Program.

Em 2003, O Alquimista conquistou o Guinness World Record como o livro que teve mais traduções para outros idiomas; em 2009, Paulo Coelho obteve um novo Guinness World Record como o autor mais traduzido pelo mesmo livro. Ele foi um dos primeiros escritores a usar as redes sociais e, em pesquisa realizada pela agência de relações públicas americana JCPR em 2009, estava entre as cem personalidades mundiais mais seguidas no Twitter (apenas cinco das cem pessoas mencionadas não eram norte-americanas). Em 2017, o escritor foi escolhido como um dos cem pensadores de influência mundial pela Fundação Albert Einstein, do Canadá, que preserva o acervo do gênio da física alemão.

Paulo Coelho sonhava ser escritor desde a adolescência no Rio de Janeiro. Na juventude, já fazia comentários por escrito sobre os livros que lia (aos 25 anos, tinha feito anotações sobre mais de quinhentos livros) e enviava poemas para os críticos literários que tinham colunas de literatura em jornais. Trabalhou em teatro (chegando a dar aulas de direção e interpretação) e em jornais de grande circulação — como O Globo, do Rio de Janeiro —, foi editor de periódicos da contracultura (também chamada de “udigrudi” no Brasil) e trabalhou nas gravadoras Polygram e CBS. Em 1970, influenciado pelos movimentos místicos e alternativos, pegou o Trem da Morte para ir até a Bolívia e a Machu Picchu, no Peru. Depois foi para Amsterdã, na Holanda, a capital mundial do movimento hippie. De lá, de ônibus, fez sua primeira excursão ao Oriente, experiência que relata no livro autobiográfico Hippie, lançado em 2018.

No início da década de 1970, cruzou com o roqueiro baiano Raul Seixas, e o encontro mudou sua vida. Juntos, os dois compuseram mais de quarenta canções, algumas de imenso sucesso e que se tornaram para sempre clássicos do rock brasileiro, como “Gita” (grande hit também na voz de Maria Bethânia), “Eu nasci há dez mil anos atrás” e “Sociedade Alternativa”. Faria ainda letras para outros importantes compositores brasileiros, como Rita Lee e Zé Rodrix, e até para um dos fundadores da bossa nova, Roberto Menescal, um de seus grandes amigos; ao todo seriam cerca de 120 letras para canções. Sua última participação no universo da canção foi a versão do bolero mexicano “Me vuelves loco”, de Armando Manzanero, grande sucesso no Brasil na voz de Elis Regina como “Me deixas louca”. A versão voltaria a ser gravada pela filha de Elis, a cantora Maria Rita, em 2012.

O espírito livre e ousado de Paulo Coelho custou a ele vários momentos de restrição violenta de sua liberdade: seus pais o internaram em clínicas de tratamento psiquiátrico, onde recebeu inclusive choques elétricos (experiência que narra no livro Veronika Decide Morrer, que motivou um projeto de lei do então senador Eduardo Suplicy proibindo as internações psiquiátricas arbitrárias no Brasil, e ele foi detido duas vezes pela repressão da ditadura civil-militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985. A primeira vez foi em 1969, quando voltava da uma viagem do Paraguai com a namorada e dois amigos para ver um jogo da seleção brasileira de futebol. A segunda foi em 28 de maio de 1974, no período mais terrível da ditadura: Paulo Coelho foi primeiro detido pelo Dops, o órgão responsável pela repressão, e, depois de liberado, sequestrado do táxi que o levava para casa, detido e torturado.

Em 1980, Paulo Coelho se casou com a artista plástica Christina Oiticica, que fez as capas de seus primeiros livros e com quem ele vive até hoje em Genebra, na Suíça. Naquela década, o casal fundou e dirigiu a editora Shogun, no Rio de Janeiro. Em 2014, criaram a fundação, com sede naquela cidade, que leva o nome dos dois e que, entre outras atividades, apoia o Solar Menino de Luz, uma obra social no complexo de favelas Pavão, Pavãozinho e Cantagalo. Em 2021, diante da negativa, sob argumentos políticos, ao pedido de que o Festival de Jazz de Capão pudesse ter acesso aos incentivos da Lei Rouanet, a Fundação Paulo Coelho e Christina Oiticica financiou o festival de música da cidade, localizada na Chapada Diamantina. Em julho do mesmo ano, anunciou-se a adaptação para o cinema do livro O Alquimista, em que o ator inglês Sebastian de Souza fará o papel de Santiago.

As obras de Paulo Coelho publicadas pela editora Paralela são:

• A Espiã
• O Alquimista
• O Diário de Um Mago
• Veronika Decide Morrer
• Onze Minutos
• Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei
• O Demônio e a Srta. Prym
• A Bruxa de Portobello
• Hippie
• O Dom Supremo
• O Monte Cinco
• O Vencedor Está Só
• Ser Como o Rio Que Flui
• Aleph
• As Valkírias
• Adultério
• Manuscrito Encontrado em Accra
• Maktub
• Manual do Guerreiro da Luz
• Brida
• O Zahir

Fonte: Companhia das Letras

The Sims 4 - Desafio da Viúva Negra - Marido #1 (parte 4)

18 de agosto de 2022

Willow Creek, Terça-feira de Verão

Tomas conseguiu uma promoção no emprego e as coisas estão indo bem. Ele continua mais apaixonado do que nunca. Enquanto ele trabalha, eu aproveito pra fingir interesse na amizade dos vizinhos e acabei conhecendo uma ricassa da cidade que vai ser muito útil futuramente.

Miko me indicou uma academia chique em Del Sol Valley e mesmo que pra chegar lá eu precise fazer uma viagem, eu vou pra manter o corpo em forma e, claro, conhecer gente nova (e rica, se possível). A academia aqui perto de casa anda muito mal frequentada.

No meu primeiro dia, enquanto eu corria na esteira, uma confusão na academia começou, várias pessoas histéricas e o motivo era uma subcelebridade sabe-se lá de onde, tão famoso que eu nunca ouvi falar dele na minha vida. Independente de quem seja, decidi pedir uma foto e um autógrafo pra me integrar àquela patifaria e fingir a mesma animação dos outros pra não levantar suspeitas e, quem sabe, chamar atenção do dito cujo.

A academia realmente é um lugar muito interessante, são várias pessoas que passam por alí todos os dias, e eu só preciso conhecer as pessoas certas pra seguir com meus planos, e, quando menos espero, foi assim que conheci um rapaz bem interessante chamado Paulo Rocha, que foi tão legal comigo que resolvi chamá-lo pra almoçar lá em casa, sem nenhum compromisso, enquanto o Tomas estava trabalhando... Agora que estou ficando expert na Culinária preciso usar isso a meu favor.

O papo foi super legal, Miko veio me visitar e os dois se deram bem, e, quando me dei conta, Tomas chegou do trabalho. Apresentei meu mais novo amigo para que ele não imaginasse coisas, afinal, Tomás é um pouco ciumento, e tudo correu melhor do que eu esperava. Paulo com certeza está interessado depois de passar o dia comigo e com a Miko, pois meu charme é irresistível, porém, ele não vai avançar o sinal vermelho enquanto eu não der brecha, até mesmo por ele ter conhecido Tomas.
Está decidido: Paulo será o próximo da lista.

Ass. Amber Black Collette

Wishlist #102 - Funko Pop - Turning Red

16 de agosto de 2022

Faz tempo que não compro um popinho, às vezes fico numa agonia danada de ver pops de HP e Disney sendo lançados e eu deixando passar por ter dado uma pausa pra focar em outro tipo de coleção e hobbie. Mas, não desisti de vez e continuo de olho em vários, a frequência só diminuiu um pouco porque não dá pra sair acumulando tudo que a gente vê pela frente.
Não sei se fiquei um pouco mais seletiva com o que realmente me interessa ou sei lá, mas são poucas as franquias que andam chamando minha atenção ultimamente, ainda mais porque a Funko atira pra todo lado e não dá sossego (haja dinheiro e coragem), e Turning Red foi uma delas, tanto pela animação ser bem fofinha, quanto por ter só dois pops, o que já facilita na hora de fechar o set.
Enfim, Meilin é uma fofinha, independente da versão peluda ou não, e tá na lista.



A Ponte Entre Reinos - Danielle L. Jensen

11 de agosto de 2022

Título:
A Ponte Entre Reinos - 
A Ponte Entre Reinos #1
Autora: Danielle L. Jensen
Editora: Seguinte
Gênero: Romance/Fantasia/New Adult
Ano: 2022
Páginas: 416
Nota:★★★★☆
Sinopse: Lara é uma princesa treinada para ser uma espiã letal. Ela tem duas certezas: 1) o rei Aren de Ithicana é seu maior inimigo; 2) ela será a responsável por destruí-lo.
Por ser a única rota possível num mundo assolado por tempestades, a ponte de Ithicana gera poder e riqueza — e a miséria dos territórios vizinhos, entre eles a terra natal de Lara. Então, quando é enviada para cumprir um acordo de paz e se casar com Aren, Lara está decidida a descobrir todas as fraquezas desse reino impenetrável.
Mas, conforme se infiltra em seu novo lar e entende o preço que Ithicana paga para manter o controle da ponte, Lara começa a questionar suas convicções. E, quando seus sentimentos por Aren passam da hostilidade para uma paixão intensa, ela terá de escolher qual reino vai salvar — e qual vai destruir.

Resenha: Localizado ao sul, Maridrina é um reino de miséria, onde a fome e a escassez assolam a população. Em contrapartida, os reinos do norte possuem muita fartura, e as pessoas vivem com o mínimo de dignidade. Porém, por serem reinos continentais, Maridrina e Harendell estão divididos por mares muito extensos, que na maior parte do ano são tempestuosos e mortais, o que invibializa a navegação para realizar rotas comerciais para que o reino do sul receba os suprimentos necessários para a sobrevivência do povo. Entre os continentes, existe o reino de Ithicana, ou o Reino da Ponte, formado por pequenas ilhas compostas por áreas selvagens, perigosas e infestadas por cobras. Essas ilhas cortam o oceano, o que possibilitou a criação de uma ponte imensa que faz a ligação entre os dois continentes. Mas, supostamente, não é isso o que acontece por causa do rei de Ithicana, que tem controle sobre o único meio de acesso que existe, impedindo a prosperidade em Maridrina. A ponte permite o comércio entre reinos vizinhos, e quem controla a ponte controla o comércio.

O rei de Maridrina, Silas, teve vinte filhas com suas concubinas. Desde crianças todas elas viveram reclusas no Deserto Vermelho, sendo submetidas a um treinamento intenso para se tornar espiãs e assassinas letais. Elas passaram a vida inteira acreditando que a miséria que assola Maridrina era culpa do rei tirano e cruel de Ithicana, e que a única forma de salvar seu povo era forjar uma aliança entre os reinos. Assim, por meio de um tratado de paz feito com o reino inimigo, uma das princesas foi prometida em casamento com Aren Kertell, o 37º rei de Ithicana, sem que ele soubesse qual das filhas seria, mas a verdadeira missão por trás desse casamento arranjado era que a princesa escolhida se infiltrasse, usasse suas habilidades secretas de espiã para descobrir as fraquezas do reino, e assassinar Aren para que a ponte fosse invadida e tomada. Após um evento único, Lara Veliant, aos vinte anos, foi a princesa escolhida para cumprir as ordens do pai.

Quando Lara chega a Ithicana com ódio no coração, ela espera viver os piores dias de sua vida até que acabasse com a vida do marido mas, com o passar do tempo, ela percebe que o rei não é nada parecido com quem ela pensava. Aren é leal, corajoso, inteligente e honrado, muito diferente do monstro que ela foi levada a acreditar que ele seria, e que havia algo muito maior por trás do controle da ponte que ela não fazia a menor ideia. O misto de sentimentos que ela passou a ter diante de sua nova condição e das descobertas que fez muda, fazendo com que ela passe a questionar as próprias convicções. A medida que a verdade dolorosa sobre o conflito político dos reinos vem à tona, Lara percebe que as consequências do plano de seu pai serão inevitáveis, e ela vai precisar decidir de que lado irá ficar e por quem lutará.

Antes de mais nada, por mais que a autora tenha classificado o livro como uma "fantasia realista", não acho que A Ponte Entre Reinos seja um livro de fantasia. Magia, elementos sobrenaturais, seres mágicos e afins passam longe daqui. O único elemento de "fantasia" no livro é o mundo alternativo (e bem interessante) que a autora criou pra servir como pano de fundo para o romance entre Lara e Aren em meio a uma trama política cheia de segredos obscuros e absurdos.

Narrado em terceira pessoa e com capítulos que se alternam entre Lara e Aren, o livro instiga o leitor, seja pela curiosidade pela criação do universo de Maridrina e a Ponte que conecta os reinos, assim como o desenvolvimento do romance, aparentemente improvável, entre dois inimigos declarados.
Lara é uma personagem que claramente foi criada para ser forte, fodona e admirável, assim como Aren está alí pra arrancar suspiros com sua bravura feat. gostosura, mas me incomodou um pouco o fato da autora colocar várias conveniências no meio dos acontecimentos pra evidenciar algumas características ou facilitar algumas situações. Lara, mesmo que seja inteligente e sagaz, passa muuuito tempo se fingindo de boba pra não levantar suspeitas, então sobra pouco espaço pra vermos ela demonstrar suas habilidades mortais, e eu senti falta de ver ela em ação pra mostrar o quanto é destemida como a autora apresentou. Por mais que os diálogos e a interação entre o casal fossem dinâmicas e interessantes, a desconfiança entre eles seja genuína, e a alternância das narrativas mostre o ponto de vista de um sobre o outro para sabermos o que se passa na cabeça de cada um, Aren percebeu que estava apaixonado do nada, sem que houvesse um desenvolvimento sólido que justificasse ele ter chegado a essa conclusão. As cenas calientes entre os dois começam a surgir de repente, e cheguei a me perguntar o que eu perdi por não ter entendido como aquilo aconteceu, e por isso achei o romance meio superficial.

Os pequenos momentos de alívio cômico ficam com a avó de Aren, uma velha obcecada com os dentes alheios e que passa horas no banheiro sentada no "trono". Os personagens secundários são bem construidos e tem uma boa presença, principalmente Ahnna, a irmã de Aren que faz parte da guarda do reino e parece esconder muitas coisas. A ambientação, às vezes, é um pouco confusa e em alguns pontos eu não sabia se os personagens estavam em terra firme ou se estavam navegando por aí, só sei que eles enfrentavam bichos e perigos onde estivessem.

A escrita flui bem e é descomplicada, e a história, mesmo que tenha suas falhas, é interessante, e por mais que o clichê do enemies to lovers, casamento arranjado e traições necessárias para um bem maior sejam fatores que estejam presentes, é uma leitura que vale a pena e envolve do começo ao fim. Nas últimas páginas eu comecei a suspeitar da índole de uma personagem em específico, mas as reviravoltas acabaram com minhas suspeitas e percebi que o livro não é nada previsível.

O final fica totalmente em aberto deixando os leitores com a cara na poeira, desesperados pela continuação, loucos pra saber o que vai acontecer, e como Lara vai meter a cara pra conseguir resolver o problema estratosférico envolvendo Aren, Silas e o futuro dos reinos. Sendo assim, pra quem gostou e se empolgou com a história, só resta pedir pelamordedeus pra Seguinte não demorar a publicar o segundo volume, The Traitor Queen. E eu estou bem curiosa.


A Ponte Entre Reinos é o primeiro volume da série (ainda não finalizada) de mesmo nome, escrita pela autora Danielle L. Jensen. Embora a história se passe no mesmo universo, os dois primeiros volumes (A Ponte Entre Reinos e The Traitor Queen), assim como o volume extra (#3.5 The Calm Before the Storm), são dedicados a contar a história de Lara e Aren. The Inadequate Heir, o terceiro livro, traz a história das personagens Keris e Zarrah, até então. Atualmente a autora está escrevendo o quarto volume, que dá continuidade à história das mesmas personagens do terceiro livro, mas ele ainda não possui título definido.